- Saint Patrick's Day -
- Esse Ano Não Teve -
- Acho que saiu caro isso -
Bem, eu me identifico com essa
data e muito. E me sinto bem ou muito bem de chapéu verde, tomando chopp e
podendo fazer algum tipo de barulho ou arruaça feliz.
Li esses dias uns debates bem
idiotas de que essa festa não é nossa ou que não deveria ser permitida e etc.
Na hora, eu fiquei pensando com meus botões que restaram: que diabos é isso de
ficar patrulhando a festa e o gozo dos outros? Ou tentando dizer qual festa ou
comemoração se pode ou não fazer. Bem, o resultado está aí. Com o Corona Vírus
ninguém pode ou deve comemorar nada e não pode e não deve mesmo fazer
aglomeração alguma. Agora, aceita isso, que dói menos.
Voltando para Saint Patrick's
Day. Não é mesmo uma modinha para mim e quem me conhece bem, sabe muito bem que
não. Apesar dessa minha aparência Deutschland, desse me fenótipo mesclado
europeu que é muito visível, tô mais para um irlandês beberrão e rabugento,
brigão e muito bem humorado do que para um alemão frio e cheio de autocontrole
e comedimento - o que convenhamos não passa de outro estereótipo desnecessário
e dispensável.
Por causa do meu sobrenome
materno. Adams que é uma família mais que milenar irlandesa, eu acabei
descobrindo porque as pessoas não tem o menor direito de me chamar de alemão
louco ou alemão batata. Podem ter certeza que deu muito trabalho descobrir
isso. Deu até uma suave crise de identidade. Mas eu superei. Digamos que minha
personalidade que envolve essa soma de espírito, caráter, experiência,
influências e educação, com certas propensões de humor bem geniosas.
Com a grande fome vivida na
Irlanda num século qualquer da idade moderna - vá pesquisar se quiser saber
exatamente, uma parte considerável dos Adams migraram para o mundo. Alguns já
viviam na Inglaterra ou Reino Unido, adaptados ou sobrevivendo a dominação
inglesa de outras formas, inclusive, contra ela, mas outros deram o fora. Foram
cair em algumas regiões alemãs e francesas, belgas e holandesas.
Alguns outros migraram para a
Nova Inglaterra e lá, pelo que se tem notícia, tiveram um sucesso razoável ou
melhor, tiveram alguma importância e papel na Independência Americana o no
livramento da dominação inglesa.
Você pode pensar que eu odeio os
ingleses, mas não pense isso. A História que calhou deles serem esses vizinhos
pretensiosos e que acreditam muito que podem decidir como a vida dos outros
povos deve ser levada ou deve lhes servir aos seus interesses. A maior parte
dos ingleses não tem nada que ver com Isso. Somente alguns tem essas pretensões
e outros possuem esse hábito por terem sido educados e herdarem quase que uma
obrigação de ser assim.
Em Veias Abertas da América
Latina, o memorável Eduardo Galeano, se deu ao árduo trabalho de tecer ou reconstruir
a trama que fez com que os maravilhosos portugueses explorassem as riquezas do
Brasil, extraissem toneladas de ouro das Geraes e que boa parte desse ouro
tenha ido parar em cofres ingleses. Ou seja, com o perdão da simplificação,
como a astúcia comercial e militar inglesa conseguiu dominar Portugal, e por
tabela o Brasil. Entendam, porém, amigos e amigas, meus amores que isso não é
nada pessoal contra ingleses.
Isso, essa história da Inglaterra
e seus êxitos extraordinários com outros povos, pode ser outro objeto de
pesquisa meu caro leitor. Recomendo inclusive alguns livros muito bons que se
encontram no acervo da Biblioteca Central da UFRGS, que eu e minhas duas filhas
descobrimos em um passeio e roteiro de pai e filhas.
Voltando para Saint Patrick's
Day, pois eu creio que terem proibido o Saint Patrick's Day em Porto Alegre ou
melhor na Cidade Baixa neste ano deu azar viu. Vai por mim. Não se deve oprimir
os dominados em seus pequenos obséquios. Pode dar tudo errado.
Felicitas!
E um coelho sortudo corre em meio
às féras...
Como vocês podem ver, estou
tentando manter o bom humor.
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