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segunda-feira, 6 de abril de 2020

Saint Patrick's Day


- Saint Patrick's Day -

- Esse Ano Não Teve -

- Acho que saiu caro isso -

Bem, eu me identifico com essa data e muito. E me sinto bem ou muito bem de chapéu verde, tomando chopp e podendo fazer algum tipo de barulho ou arruaça feliz.

Li esses dias uns debates bem idiotas de que essa festa não é nossa ou que não deveria ser permitida e etc. Na hora, eu fiquei pensando com meus botões que restaram: que diabos é isso de ficar patrulhando a festa e o gozo dos outros? Ou tentando dizer qual festa ou comemoração se pode ou não fazer. Bem, o resultado está aí. Com o Corona Vírus ninguém pode ou deve comemorar nada e não pode e não deve mesmo fazer aglomeração alguma. Agora, aceita isso, que dói menos.

Voltando para Saint Patrick's Day. Não é mesmo uma modinha para mim e quem me conhece bem, sabe muito bem que não. Apesar dessa minha aparência Deutschland, desse me fenótipo mesclado europeu que é muito visível, tô mais para um irlandês beberrão e rabugento, brigão e muito bem humorado do que para um alemão frio e cheio de autocontrole e comedimento - o que convenhamos não passa de outro estereótipo desnecessário e dispensável.

Por causa do meu sobrenome materno. Adams que é uma família mais que milenar irlandesa, eu acabei descobrindo porque as pessoas não tem o menor direito de me chamar de alemão louco ou alemão batata. Podem ter certeza que deu muito trabalho descobrir isso. Deu até uma suave crise de identidade. Mas eu superei. Digamos que minha personalidade que envolve essa soma de espírito, caráter, experiência, influências e educação, com certas propensões de humor bem geniosas.

Com a grande fome vivida na Irlanda num século qualquer da idade moderna - vá pesquisar se quiser saber exatamente, uma parte considerável dos Adams migraram para o mundo. Alguns já viviam na Inglaterra ou Reino Unido, adaptados ou sobrevivendo a dominação inglesa de outras formas, inclusive, contra ela, mas outros deram o fora. Foram cair em algumas regiões alemãs e francesas, belgas e holandesas.

Alguns outros migraram para a Nova Inglaterra e lá, pelo que se tem notícia, tiveram um sucesso razoável ou melhor, tiveram alguma importância e papel na Independência Americana o no livramento da dominação inglesa.

Você pode pensar que eu odeio os ingleses, mas não pense isso. A História que calhou deles serem esses vizinhos pretensiosos e que acreditam muito que podem decidir como a vida dos outros povos deve ser levada ou deve lhes servir aos seus interesses. A maior parte dos ingleses não tem nada que ver com Isso. Somente alguns tem essas pretensões e outros possuem esse hábito por terem sido educados e herdarem quase que uma obrigação de ser assim.

Em Veias Abertas da América Latina, o memorável Eduardo Galeano, se deu ao árduo trabalho de tecer ou reconstruir a trama que fez com que os maravilhosos portugueses explorassem as riquezas do Brasil, extraissem toneladas de ouro das Geraes e que boa parte desse ouro tenha ido parar em cofres ingleses. Ou seja, com o perdão da simplificação, como a astúcia comercial e militar inglesa conseguiu dominar Portugal, e por tabela o Brasil. Entendam, porém, amigos e amigas, meus amores que isso não é nada pessoal contra ingleses.

Isso, essa história da Inglaterra e seus êxitos extraordinários com outros povos, pode ser outro objeto de pesquisa meu caro leitor. Recomendo inclusive alguns livros muito bons que se encontram no acervo da Biblioteca Central da UFRGS, que eu e minhas duas filhas descobrimos em um passeio e roteiro de pai e filhas.

Voltando para Saint Patrick's Day, pois eu creio que terem proibido o Saint Patrick's Day em Porto Alegre ou melhor na Cidade Baixa neste ano deu azar viu. Vai por mim. Não se deve oprimir os dominados em seus pequenos obséquios. Pode dar tudo errado.



Felicitas!

E um coelho sortudo corre em meio às féras...

Como vocês podem ver, estou tentando manter o bom humor.

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