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segunda-feira, 2 de julho de 2012

MEMÓRIAS DE UM HOMEM SILENCIOSO

Quando, após muitos anos de observação, reflexão, falação, audição, tentativas e erros, consultas à clássicos e à não clássicos, relatos populares e impopulares, você começa a descobrir as razões e as intenções dos homens e mulheres em certas coisas desta vida, você se dá conta de que o único comentário e interpretação possível deve ser o mais discreto, o mais silencioso.


É num momento como este que me encontro hoje e, entendo porque Freud teve que produzir de forma tão literária esta e uma narrativa teórica sobre as ambivalências, contradições, culpas e traumas de qualquer ser humano comum. 


Por isto refleti agora sobre esta figura do homem silencioso. Ele não é silencioso porque não pode falar ou porque é proibido. Ele não tem nenhuma necessidade de respeitar dogmas ou impedimentos culturais, ditames dos costumes ou compromissos morais e imorais.


Ele não fala porque sua voz jamais alcançaria o tom maravilhoso de uma confissão. Ao contrário, suas memórias são delicados testemunhos, onde as críticas acabam ao fim e ao cabo não tendo nenhum valor mais nos dias de hoje. Mas, então sobre o que ele poderia escrever nos dias de hoje?



Não sei.....

Mas...

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