Este título representa parte do nosso esforço cotidiano mais trivial e comezinho. Todos os dias pela manhã precisamos acordar e recomeçar a vida, retomar nossa existência quase como se tudo fosse novo.
A diferença é que nós não recomeçamos tudo, simplesmente continuamos o que começamos ontem, anteontem e dias, meses, anos e décadas atrás. É a nossa vida cara. Ela não acaba quando sonhamos e não acaba quando mudamos de lugar, simplesmente começa um novo capítulo uma nova parte desta história de vida. Não há hipótese de descontinuidade ou de interrupção real do fluxo da nossa vida, pelo menos enquanto estivermos vivendo. Enquanto nada de extraordinariamente arrasador nos arraste para uma vida interrompida ou prejudicada. Nesta situação em que o nosso eu perde suas referências de memória.
Mas ocorrem alguns problemas por aí, com a gente e com outros. Sofremos acidentes, cometemos imprudências e muitas vezes nos precipitamos arriscadamente para fora deste nosso contínuo da nossa existência. Ora a frequência deste acontecimentos não determina ainda a anormalidade das ligações diárias que fazemos ao passado, seja o mais remoto seja o mais recente ou intermediário. Não há porque julgar que não possamos recomeçar todos os dias pelo resto de nossas vidas sem grandes esforços.
O personagem de Sandler, Henry, precisa reinicializar a personagem de Drew Barrymore todos os dias simplesmente - se é que dá para considerar isso simples - porque ela não inicializa legal. Ele casa com ela e monta estratégias de BOOT.
O amor é lindo e a sabedoria o acompanha diria Diotima.
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