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sábado, 12 de setembro de 2009

CURSO DE PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS

Iniciei com um grupo de colegas da Escola Estadual Olindo Flores um curso de Prevenção do uso de drogas para Educadores de Escolas Públicas. A modalidade do curso é Ensino à Distância e é organizado pela UNB e promovido pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República com participação do Ministério da Educação. Tem sido uma boa experiência, inclusive porque como alguns de vocês sabem amanhã fará um mês que eu parei de fumar e, também, porque é sempre bom trabalhar com os colegas em processos e projetos específicos que ultrapassam e podem mudar nossas práticas na sala de aula.

O curso iniciou a quatro semanas e já fizemos quatro aulas, sendo três do primeiro módulo e uma do segundo. Com tarefas individuais e coletivas.

Hoje vou pautar com a minha resposta melhorada um pouco e postar uma questão de um fórum deste curso:

É POSSÍVEL UMA SOCIEDADE SEM DROGAS? OU UMA ESCOLA SEM DROGAS?

Não creio ser possível uma sociedade sem drogas.

As drogas são, na minha visão e creio de outros, uma substituição de um prazer não obtido de outra forma.

Mesmo que em nossa sociedade consigamos obter prazer de modo mais convencional, que consigamos ter tolerância com todas as formas de amor e de troca de afetos, ainda assim as pessoas terão sempre um quê de insatisfação, de ansiedade, de depressão que podem fazer com que elas fiquem psicologicamente ou quimicamente dependentes de drogas.

É por isto que as drogas legais são de amplo uso na sociedade. E as drogas ilegais só ocupam um espaço na sociedade pelo fato de que em muitos casos elas são mais acessíveis e tem efeitos mais fortes do que outras drogas.

O que podemos fazer é educar as pessoas para ter uma relação consciente e livre em relação as drogas. Afinal as drogas estão na própria natureza e todas as gerações futuras terão acesso a drogas em virtude do avanço do conhecimento da natureza e das fórmulas químicas que dão base para as drogas.

Temos que nos comportar aqui de forma semelhante como temos que nos comportar com as farmácias na rua principal e a nossa farmacinha de casa. Não porque há ali caixas de medicamentos que temos que fazer um uso indiscriminado destes.

A disponibilidade não é uma justificativa para o uso indiscriominado de droga alguma.

Sabemos que os medicamentos também são drogas e muitas pessoas dependem deles para terem uma vida feliz e o seu uso deve ser em geral prescrito e acompanhado.

Podemos reduzir os danos causados pelo uso de drogas, assim como controlamos o uso de medicamentos. Podemos ter tempos adequados para a fruição e o lazer e uma vida mais saudável.

Mesmo assim, alguns hão de querer usar drogas para saber como é que é e ou para fugir da realidade.

A pergunta aqui também pode ser: porque na nossa sociedade algumas pessoas precisam utilizar-se de mecanismos ou expedientes para alterar a consciência ou fugir da realidade? se tivermos consciência das razões que levam as pessoas ao uso de drogas então teremos a capacidade de alterar algumas condições que nossa sociedade apresenta que fazem as pessoas usarem drogas.

Temos que, então, olhar melhor com mais atenção para a nossa sociedade. Muitos usuários de drogas estão desesperados, mas esta não é uma regra geral, pois alguns usuários não possuem de início nenhuma razão maior para converterem-se em drogadictos.

Se na sociedade temos este quadro aproximado, a escola acaba por reproduzir isto também em parte.

Só tenho um senão: talvez seja mais fácil realizar atividades prazerosas na escola do que na sociedade.

E ainda temos que considerar que a escola tem um tempo e um espaço de certa forma separadoda sociedade externa, das ruas o que, na minha opinião pode permitir a construção coletiva e partilhada de um ambiente diferente e mais saudável.

Mas mesmo assim vejo dificuldades, pois o ambiente circundante acaba por pressionar o espaço escolar com drogas e outras condutas.

Mas bem é só um começo de debate.

Vamos lá...um abração amigo...

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