A receita neoliberal e de livre
mercado usada por Parente na Petrobras, com a simpatia da mídia global, deu no
que deu. Com a política de reajustes sucessivos, com a entrega do pré sal e
outras iniciativas entreguistas no setor, botaram a economia brasileira de
joelhos. Isso devorou a renda de todos que trabalham com transportes e aumentou
todos os custos diretos e indiretos. A economia andava maquiada e sua solidez
era puro fingimento. Com muitas medidas botaram o país à deriva e devoraram
suas reservas. Agora com o avanço da crise e, com a paralisação, greve e
Lockout que persistirá - porque o governo não tem política ou margem de manobra
mais, se reprimiu profundamente a dinâmica econômica. O Brasil vai colher
grande prejuízo e com certeza vai reduzir de tamanho economicamente. Vejam que
os impostos e as receitas necessárias para áreas de saúde e educação e muitas
outras políticas públicas já estavam escassos, agora vão minguar mais também.
Já houve o congelamento de recursos em áreas estratégicas por vinte anos - o
que é um absurdo - agora haverá depressão maior no financiamento e no custeio
do estado. Metade do orçamento federal vai para a dívida e os juros da vida
garantindo o pacto com os rentistas e acionistas invisíveis. As prefeituras que
já estavam sufocadas em suas receitas e condições de pagamento dos salários,
por redução de repasses e ausência de reparos e um vazio de investimentos, vão
entrar num sufoco ainda maior. Isso atinge diretamente os cidadãos e cidadãs.
Um estado que não consegue cumprir seus compromissos, efetuar pagamentos de
salários e fornecedores vai estagnado a economia local e regional. Os estados
vão ver suas receitas minguarem por três meses. O PIB do país vai cair no
mínimo 10% e até se retomar a dinâmica econômica minimamente, o que também não
tem data certa para ocorrer mais, vai demorar no mínimo seis meses até às
confianças se restabelecem. A barbeiragem do Parente e do Temer, dos ministros
e do congresso que achava tudo muito bom, do judiciário que estava achando tudo
muito justo, e de seus blocos de partidos e de interesses vai colocar o Brasil
numa situação pré-falimentar. A política para os combustíveis, gás, óleo diesel
e gasolina é só um exemplo crítico e que trouxe o limite porque foi abusiva e
incontrolável. Em diversas outras áreas as medidas foram também perversas e
irresponsáveis. Não mediram as consequências e elas vieram e são profundas. Não
adianta ficar culpando empresários somente, nem os caminhoneiros ou os
petroleiros no contexto atual. Não adianta botar o exército na rua também.
Intervenção militar é uma insanidade, pois não resolve o problema e pode apenas
aumentar ele encobrindo a sua gravidade com um regime de força. Só um bando de
idiotas acredita nisso como solução. A base da economia é a confiança - Trust -
e a confiança foi dissolvida e destruída. O pânico dos consumidores nos
mercados é a prova de que ninguém tem uma perspectiva boa no horizonte. Os
abusos nas tabelas de preços, provam o estado de anomia e o caos instaurado.
Irresponsáveis, eles e aqueles que os colocaram lá, ainda não entenderam o
tamanho do problema atual. Nem que você vista toda a população brasileira de
verde amarelo, esse te não vai jogar junto mais na mesma direção. Imbecilizaram
de tal modo a classe média e as elites que não há hospício suficiente para
internar e recuperar a sanidade de todos. De outro lado, as saídas políticas ou
estão abandonadas ou fazem pouca diferença num cenário de desespero e irracionalidade.
O golpe das pedaladas foi dado, porque ainda havia riqueza nacional a ser
entregue e interesses poderosos a serem satisfeitos, usurparam o poder e
fizeram a festa, agora já entregaram tudo e o grande butim foi feito e a festa
de impunidade está consagrada. Como configurar já que o país andou para trás
vinte anos em dois, não há muito mais o que fazer. Parabéns aos idiotas, aos
coxinhas, aos patinhos, aos fascistas, aos liberais ou pseudo liberais e
aqueles que acreditam em soluções absolutas. Conseguiram colocar o país num
caos. Brasil, se não o ama, deixe de meter o bedelho no seu destino: canalhas!
P.S.; O texto trata da Greve dos caminhoneiros que está parando o Brasil desde a última terça feira dia 22 de maio de 2018 e que vai seguir nesta semana.
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