Eu creio que esta discussão envolve diversos vieses. Desde a
segurança filosófica do professor ou professora de ensino básico, devido a sua
formação ou características pessoais de personalidade, até mesmo ao tipo de
formação e ao domínio de certas teorias e autores desconhecidos, e até mesmo
ter uma situação de exercício mais controlada no que toca aos objetivos da
disciplina. Eu mesmo confesso que me asseguro muito e fico muito mais tranqüilo
usando como fio condutor a história da filosofia. E também aposto numa certa
fixação de conteúdos como base para vôos mais altos tipo para além do texto ou
em conexão com a realidade e as vivências atuais dos alunos. Creio que deveria
ser feito um bom debate sobre isto. E me chama muita atenção que aqueles que
debatem no viés temático tenham tido uma ótima formação e são portadores de
muita segurança em suas abordagens. Creio que a insegurança teórica e a suspeita
deveriam ser mais aceitas como argumento para se respeitar um fio condutor mais
estável e garantir que se evite um surto de ensaísmos que podem cair em
exercícios retóricos, em subjetividades criativas e que, no entanto, pode
apenas reproduzir a imagem ou o espelhar a imagem e a projeção de um pensador
incipiente. É só uma ponderação e não tenho tanta segurança em saber se o
problema é de fato este mesmo e não uma melhor formação e acompanhamento da
iniciação á docência para fomentar em reciprocidade mais virtudes intelectuais
do que proezas.
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