Nunca pensamos que nossa jornada
neste mundo ia ser fácil. Querer mudar este país, ousar fazer isto é uma grande
ousadia mesmo. Além disto, antes de chegar ao poder – ou a certa parcela dele –
conseguir construir uma grande aliança política e social e depois fundar um
partido com trabalhadores, movimentos sociais, intelectuais, artistas, velhos
militantes de Esquerda, perseguidos na ditadura, líderes religiosos ecumênicos.
Teólogos da libertação, estudantes, jovens, aposentados, indígenas,
ambientalistas, sindicalistas, sem terra, sem moradia, desempregados e com
milhões de brasileiros de todas as classes sociais, não foi nada fácil não. Ao
mesmo tempo, construir com todos estes um programa generoso e transformador e
vencer as eleições em 2002, após 22 anos de fundação deste partido, após muitas
derrotas eleitorais e, então, governar para executar todos os programas e
projetos sociais de que somos portadores históricos, o que inclui, acabar com a
fome, sem deixar de fazer obras de infraestrutura, democratizar o acesso à
universidade, ao ensino técnico, incluir milhões de excluídos, combater e
resolver a seca no nordeste, acabar com o apagão de energia, descobrir e
explorar o Pré-sal, fazer do Brasil a quinta economia do mundo, atrair a
cobiça, o ódio, a raiva e a inveja dos poderosos, dos exploradores, da elite
que tem suas raízes no colonialismo, no sistema de servidão ou de escravidão,
sofrer as cabalas de traição, vendettas e conspirações de toda ordem, e
conseguir seguir e fazer tudo isto com a composição política deste congresso e
com o tipo de sistema político do Brasil nunca ia ser fácil e não foi. Sofremos
todo tipo de ataque possível, mas não vamos esmorecer, não vamos recuar e vamos
resistir sim, vamos avançar no debate com a sociedade civil e defender a
reforma política. Se enganou e se engana quem achou que nos derrotou já. Um
projeto político como este, não acaba porque perde o poder ou tem seu poder
ameaçado, ele só acaba quando as pessoas desistem da sua síntese, quando as
pessoas deixam de se sentir integradas nele, e, apesar de todas as crises,
decepções, erros e imperfeições este projeto persiste. Nós não desistimos dele.
Então, não tem e não vai ter moleza alguma para nossos adversários. Vamos
continuar lutando pela legalidade e pela democracia e fazendo o bom debate com
a sociedade. Muitos, sabemos claramente disto, devem estar se dando conta do
golpe ainda. Percebo todos os dias a opinião pública mudando. E ela não muda
para favorável ao golpe não. E não encontro mais ninguém defendendo o
IMPEACHMENT nas ruas desde o da 17. Aqueles que zoavam ou debochavam do PT
andam bem envergonhados e em silêncio. Alguns praticamente fogem da gente de
vergonha do espetáculo dos deputados e agora mais ainda ao saberem que passamos
muita vergonha no exterior com o golpe, a agenda golpista e está junção de
corruptos, fascistas, revanchistas que o golpismo tem conseguido juntar no
mesmo saco e babam pelo poder, pela impunidade e por acabar com programas
sociais, direitos trabalhistas e que querem entregar as riquezas nacionais aos
interesses privados que os financiam e aos quais sempre estiveram associados.
Mas nós vamos lutar sim, até que se faça justiça, até que a democracia e o povo
brasileiro estejam à salvo destes predadores inescrupulosos.
#LutarPelaDemocraciaBrasileira
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