Descobri esta obra Low Roar logo
que seu primeiro album saiu. Assim como diversos outros grupos e composições
que tenho escutado e me ocupado apresentam lamentações - Radiohead, Massive
Attack, et Bob Dylan, Neil Young para ficar por aqui - tenho notado que as tais
lamentações envolvem "sempre" dois caminhos opostos e que se combinam
nos tempos da gente. De um lado, a resignação que é sua face passiva, já de
outro lado a agressividade que é sua face ativa e que é mais visível na
indignação ou na canção de protesto ou, até mesmo na mera crítica social, seja
ela irônica ou destrutiva. Fiquei pensando porque esta forma de expressão passa
como que a dominar certa vertente da nossa sensibilidade contemporânea que
mistura alienação, marginalidade, fuga e também uma forma interessante de
isolamento que não é completo, pois mantém seu vínculo com o bárbaro mundo impossível e
muitas vezes insuportável. Me parece até que o melhor motivo para isto é que é
reconfortante poder sair, poder expressar a queixa, mandar a carta para lugar
algum, informar ao que já era e também sair dessa, com alegria, satisfação e
nem muita pressa ou lentidão. Dar de ombros, grunfar um pouco e seguir. Vejo
nos compassos como que de um galope lento ( Tum Tum Tum Tum Tum Tum) um sinal
disto. O tempo vai passando e nós vamos indo, apesar de tudo, apesar de você e
deste mundo... LOW ROAR:
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