Ontem ao final da tarde passou um corcel verde
água ano 75 por mim e minha irmã e eu me lembrei do dia em que meu pai chegou
com ele na estação rodoviária, estacionou bem no balão da curva do
estacionamento e nos chamou para ver. Eu gostei dele à primeira vista. Já era
usado tinha mais de cinco anos. Aquela cor é inesquecível para mim, porque
ainda hoje ajuda a testar meu humor e me anima em diversas situações que a
encontro. Aprendi a dirigir com aquele carro me parece e fazia força para
alcançar os pedais. E foi com ele também que eu fiz bobagem uma noite dando
carona para um amigo e fazendo muito caso de algumas gotas de whisky no
assoalho traseiro.. Foi uma barbeiragens na Rua São Paulo que me custou duras
repreensões e que custou ao meu pai um prejuízo que um dia tentei reparar.
Depois do meu acidente, de uma colisão traseira numa esquina de acesso à BR 116
em Esteio que não existe mais e de uma peixada de um outro eletricista – o memorável
Chico, foi que de vez passaram uma tinta verde fosca nele e ele ganhou o
apelido de Sargento e durou até o dia em que meu pai se desfez dele. Depois que
vendeu ainda vi ele num ferro velho em cima de uma pilha de latarias e me
impressionou por que ainda tinha aquele ar selvagem e audaz dos velhos tempos.
Ontem quando vi um irmão dele andando tive uma ótima sensação. A sensação de
uma boa lembrança, pois que a tração dianteira e também a arrancada dele eram
coisas geniais para mim, porque eu sentia o motor e as rodas nas pontas dos pés
e deve ser esta uma das sensações mais legais da direção mesmo. Um dia pisei
fundo quando ele já era o Sargento e a lataria tremeu toda, mas foi uma ótima e
inesquecível sensação. Assim como andar de moto sem capacete foi um dia legal e
deixa para a gente aquela sensação de liberdade com o vento na cara, aquele
carro foi para mim a melhor experiência de integração homem/máquina que eu
tive. Deve ser uma coisa de guri isso. Algo bem parecido ou semelhante só fui
sentir com a guitarra entre as mãos. Mas daí já é outra história...
POLÍTICA, HISTÓRIA, FILOSOFIA, SOCIOLOGIA, DEMOCRACIA, DEMOGRAFIA, GEOGRAFIA, lITERATURA, POESIA E ARTE - TEXTOS PARA INFORMAR, DIVULGAR, LER E CRITICAR - Daniel Adams Boeira - 13 de junho de 2009 - daniel underline boeira arroba yahoo ponto com ponto br
domingo, 23 de outubro de 2016
O SIGNO, A ONDA E O CHOQUE DO RETROCESSO
Deve ser terrivelmente torturante
- e para mim é muito torturante isso - como deve ser ao outro portador de
consciência moral, política e histórica, aos mestres e aos mais sábios, como
deve ser ao homem comum mas sensato e prudente ver e perceber com nitidez e
precisão que o Global e o Local estão, de fato, na mesma sintonia de
insensatez...que o atraso e o retrocesso e que o signo negativo se exibe em
abundância e desavergonhadamente...a abordagem do padrinho é tocante...Não
consigo discutir muito isto pois o nível de responsabilidade por este estado de
coisas todo em parte é muito claro e de outra parte muito obscuro. Teriam sido
estas coisas produto da liberação indiscriminada do amplo circuito de opiniões
ou do vale tudo generalizado do tempo presente que fez com que o mais estúpido,
o mais torpe, o mais imbecil e o mais reacionário virassem a voz das multidões
pela abundância de oferta da opinião leiga e comum? O senso comum dominante que
aqui no Brasil elege e está elegendo e reelegendo certas criaturas deve ser o
mesmo que coloca um Donald "fim do mundo" Trump na berlinda do
processo de retrocesso. Não consigo mesmo desconectar ou desligar uma coisa da
outra...leia com atenção o artigo do Caçapava: http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/comunidade/coluna-anpof/835-as-eleicoes-americanas-de-2016-como-sinal-historico
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
TODA PERSEGUIÇÃO É PRENÚNCIO DE UMA VITÓRIA (15/10/16)
Lembro sempre deste tipo de
perseguição que alguns jovens, seja por que motivo for, sofrem e vão continuar
sofrendo por acreditarem que o mundo pode ser diferente, por acreditarem em
sonhos e em utopias...e toda vez que faço isso penso que aqueles que atacam
estes jovens são os pobres de espírito, carentes de alma e de paixão pela
humanidade e vivem como se a nossa vida fosse um jogo de sobreviver, destruindo
ao próximo e seus sonhos e impedindo o próximo de ser feliz também á sua
maneira e com suas concepções. Algo do que eu e muitos da minha geração e
outras vivemos hoje no Brasil deve nos lembrar mais ainda de que toda a dor que
sofremos, ou que todo mal que se abate contra nossos ideais mais sinceros pode
apenas ser o prenúncio de que se suportarmos tudo isto, chegará o dia em que
esta provação será lembrada como o momento em que mais nos depuramos e mais
fortes ficamos por saber de verdade o que é essencial, principal e
determinante. Se engana muito em sua vaidade, arrogância e maldade aqueles que
acham que váo ao fim e ao cabo nos destruir. Não conseguirão mesmo...nós vamos
prosseguir companheiros e companheiras, medo não há...mesmo que queimem todos
os nossos navios, nós sabemos nadar e sabemos viver neste mar em que habitamos,
respiramos e lutamos em todos os tempos possíveis, sejam de bonança, sejam de
tempestade....
O CÃO E A SERPENTE
E eis que ontem em sala de aula,
me lembrei da maestria deste cãozinho contra a serpente, enquanto estava lendo
uma passagem clássica da metafísica de Aristóteles, Livro 1 Capítulo 1 e para
exemplificar a diferença entre técnica e raciocínios, ou arte de aperfeiçoar a
ação humana que é uma das belas sacadas do velho Aristóteles (384-322 a.C.). O
cãozinho pela sua sobrevivência e na luta para permanecer na natureza aos
diversos ciclos da seleção natural foi se aperfeiçoando a tal ponto de vencer
uma serpente poderosa. Note-se que ele atordoa ela com seus movimentos de tal
modo que a mesma fica com seus reflexos eficazes muito diminuídos e, então, ele
lhe saca a vitória e a vida.
POSSIBILIDADES FUTURAS
Saiba que por incrível que pareça
eu tenho uma forte impressão positiva de nossas possibilidades futuras. Apesar
de todo massacre que sofremos.
FATIAS DA REALIDADE - NEALE, STEPHEN - ENCARANDO OS FATOS, Ed. Unesp
Um dos temas que tem me fascinado
muito nos últimos tempos - desde 2013 pelo menos - é este. E nesta noite ainda
tive um insight sobre variações de descrições e flutuações de imagens. Os fatos
são vistos sempre de uma perspectiva, mas podemos ver eles com um quadro de
todas as perspectivas possíveis? Se Neale nos ajuda em algo parece ser esta
ideia de que podemos ter fatias da realidade. Mas se é assim, então, surgem
outras possibilidades. Podemos construir uma imagem ou uma descrição completa
disto? Com certa divisão de descrições rígidas e flexíveis desta realidade.
Olhem estes exemplos aplicados em muitos filmes cuja distorção intencional do
espaço e tempo mostra como a realidade sofre alterações. A lista de filmes com
isto cada vez aumenta mais. As novas tecnologias me parecem contribuir muito
nesta direção de incrementarmos nossa capacidade de pensar cada vez mais uma
amplitude de diversidade e abandonar de vez o finitismo num futuro não muito
remoto. E eu lembro aqui das séries de mundos possíveis e também das variações
espaço e tempo a priori. Bem...longa prosa sobre as possibilidades de
transitividade de nossa compreensão em qualquer linguagem ou tradução e mesmo
em sistemas formais...
VÃO PRENDER LULA? ATÁ...
Lula não é um corrupto, nem corruptor, não é um
lacaio da burguesia e nem um lambe botas da elite, não é um chefe de quadrilha
ou um canalha, ele vive um flagelo terrível cuja dimensão é muito maior do que
muitos imaginam. Este flagelo ultrapassa a pessoa dele, seu partido e seus
aliados diretos. É uma bobagem ler este processo como algo particular. É
preciso ser muito ignorante para pensar assim. Tenho convicção desde muito
tempo que ele vive na ponta da estrutura política brasileira com um papel e
interação fundamental pela esquerda desde meados dos anos 70 e poucos tem a
percepção que ele tem dos processos políticos brasileiros e também das perspectivas
que se apresentam pela frente. Eu não tenho a menor dúvida de que se aquilo que
estão preparando para ele vingar, ele será somente o rubicão de um processo de
perseguição muito maior que envolve também passar por cima do resto da
esquerda. E a falta de solidariedade à ele e à outros demonstra que vira
barbada fazer o que bem entender com qualquer um, sob qualquer pretexto. Não é
só a moral seletiva que se exibe aqui, mas sim também uma justiça fortemente
orientada ideologicamente e isto não é mesmo pouca coisa. Sobra coisa ruim para
muita gente depois dele viu... Ele ficar no Brasil e suportar as consequências
todas como suporta, deveria servir de sinal para todos os outros que querem
ocupar o seu papel ou lugar na esquerda reagirem, abandonarem a perspectiva de
testemunhas da história ou de sujeitos passivos no processo, abandonar a
perspectiva pseudo crítica e moral também, pois não se trata mesmo de salvar só
o couro dele não...perigosa não é a sacralização, mas sim a cristianização e
crucificação de Lula como se purgasse os pecados de todos os outros da direita
e da política nacional...
PARA GOVERNAR ESTA CIDADE - SÃO LEOPOLDO URGENTE
Devem sair dos gabinetes e dos
almoços refinados e estar de galochas atendendo ao povo que sofre mais
inundações e enchentes, ajudar onde conseguem, apoiar e saber onde estão os
problemas de drenagem urbana e aproveitar para conhecerem a cidade que ainda não
conhecem.
E o atual gestor que ainda não
aceitou o resultado eleitoral, deveria iniciar os trabalhos de transição e
deixar os cidadãos ao par dos projetos pendentes nesta área de planejamento
urbano, drenagem urbana e saneamento da cidade. Tomar uma iniciativa de
responsabilidade e assinar de uma vez o contrato de obra da ampliação da
Avenida Thomas Edison, feitura da quinta ponte e da Obra da Avenida Dom João
Becker, para se começar a pensar como resolver também o tema da drenagem da
região da Scharlau via obras na Avenida Thomas Edison. E não ficar fazendo de
conta que é sério..
NÃO FOI EM VÃO - Balta presente! (18/10/16)
o Balta era um cara que levantava
a bandeira do PT independente da maré, do vento ou das notícias. Eu adorava ser
parceiro dele para qualquer coisa. Desde limpar a sede do PT ate marchar de
vermelho com a bandeira nos vestindo! Podes ter certeza que ele foi um dos
grandes responsáveis pela nossa gloriosa vitória com Vanazzi e Paulete em São
Leopoldo. Ajudou a eleger a Ana Affonso e sempre segurou coma gente a luta
contra o golpe. Enquanto outros vacilaram ele estava firme. Baltazar presente
para todo sempre! A melhor forma de homenagear ele é continuar lutando,
construindo e organizando o partido e melhorando a vida do povo brasileiro,
gaúcho e leopoldense!
Muito obrigado meu companheiro Pedro Paulo
Baltazar!!! Vamos sentir muita falta de você e tua esperança irá ao final desta
jornada vencer!!! Tenho muito orgulho da tua amizade, companheirismo e
camaradagem!! ôooo meu professor! Jamais te esquecerei...nós que vestimos o
manto vermelho juntos tantas vezes e com tanta alegria...
2016 E OS TESTES DESTA VIDA
Já tive anos tão agitados quanto este. Não vou
listar aqui todos os eventos, pois devo deixar em aberto um balanço final,
posto que ainda é cedo e muita coisa pode acontecer para arrematar em
definitivo este ano. Lembro meu 1993, assim como 1989, 1998, 2004 e, também,
1977, mas 2016 vai seguindo batendo todos os quesitos de situações inusitadas,
reviravoltas, grandes lutas juntas, situações de superação, situações de
surpresa e também grandes descobertas e muitas ações coletivas. Um mês após o
outro me trouxe e a meus colegas, amigos, companheiros, familiares e próximos
grandes desafios...foi sofrido, muito lutado, muito trabalho e muitas demandas
e pautas simultâneas...nós e eu junto sempre não vencemos todas as pautas e
questões, mas mesmo ali onde podemos perceber uma grande dor e grande derrota,
vi a semente da vitória e da superação sendo plantada, vi a beleza do afeto, da
generosidade, da fraternidade e da grandeza humana sendo expressa, nem sempre
em palavras, mas em gestos, sinais e licenças. Não consegui saber em nenhum mês
qual seria a questão adicional da vida, o novo departamento em xeque, mas em
alguns momentos foi possível perceber antes o que viria, perceber antes o que
realmente importa no que viria. Estamos em 18 de outubro deste ano e faltam
algo como 72 dias para findar e, apesar de enunciar esta questão bem complexa
aqui, não sou profeta, não tenho previsões, nem augúrios, nem temores...estou
muito atento...que venham os próximos dias, não estou tão preparado, nem sei o
que vai acontecer, mas tenho confiança...
A VIDA DO OUTRO LADO DO ESPELHO
Precisamos abrir nossas mentes
para outras alternativas, alternativas melhores em nossos cursos de ação.
Talvez pensar um pouco mais, com mais cuidado nos permita viver mesmo muito
melhor. Mas prestando mais atenção aos sinais do mundo também. Tenho pensado
neste tipo de coisa também. parece que nossa vida passa por um espelho e quando
passamos para o outro lado algo continua mesmo em uma outra dimensão e outra
forma. A imagem abaixo foi muito bem escolhida é do feijão ou espelho de
Chicago, no Parque Millenium, que aparece ao final do filme Contra o Tempo, com
Jake Gillenghaal, uma obra de ficção maravilhosa sobre vida após a morte e de
retorno à vida no tempo, de alteração da realidade causal e fatual através de
uma busca incansável em se livrar de um problema e também de um angustiante
eterno retorno. O universo paralelo ou outro mundo possível parece conter
outras alternativas de ação, decisão, situação e reflexão também. Penso aqui no
perspectivismo fatual também ou nas chamadas fatias da realidade que podem ser
postas em outra combinação, como um romance de Cortazar, um jogo de amarelinha
ou um esquema protótipo de roteiro de cinema com caminhos alternativos.
PARA CERTOS FARÓIS DA ESQUERDA
A minha fé na humanidade e no progresso do
gênero humano definha a cada declaração e interpretação do mundo de algumas
criaturas que se consideram os faróis da esquerda brasileira. Dá uma vontade de
me retirar para o escritório e abolir qualquer ligação com os eventos do
cotidiano imediato do meu País. A mistura deletéria de oportunismo, egoísmo,
individualismo, moralismo, ingenuidade rasa, idealismo torpe e trôpego com
revanchismo e a falta de mera generosidade, bom senso e boa vontade é de doer.
Tem muita bobagem sendo dita e feita que logo, logo vão deixar envergonhados
não os seus autores ou autoras, mas aqueles que num futuro talvez nem tão
remoto tiverem o papel de narrar em detalhes e com precisão os acontecimentos
históricos do nosso país é da humanidade. É de doer...sem chance de alguma
graça....
RADIOHEAD AND LAMENTATION
Eu aprendo muito com o lamento dos outros. E
acho que a música é um bom caminho ou método de lamentação. Descubro sempre que
minha dor pode ser maior ou menor que a deles, mas que eu não gosto de
lamentar, não gosto de chorar, não gosto de sofrer, não gosto de saber que não
posso resolver. Não faz diferença nenhuma lamentar,a não ser que você quiser
sair do sufoco de sofrer calado ou assistir calado o que não gosta de ver,
viver, fazer, saber, sentir e dizer.
UMA PILHA DE SELEÇÕES
Confissões de um leitor incurável: tudo começou
com uma pilha de Seleções do Readers Digest... Quando a direita tinha vergonha
ou ficava envergonhada...
TODOS CONTRA O NAZISMO
O que algumas pessoas que se julgam as
inteligentes e sábias politicamente não sabem ou não entendem é que até a máfia
lutou contra o nazismo...
MÚSICA, SENSIBILIDADE, EDUCAÇÃO E HUMANIDADE
Descobri esta obra Low Roar logo
que seu primeiro album saiu. Assim como diversos outros grupos e composições
que tenho escutado e me ocupado apresentam lamentações - Radiohead, Massive
Attack, et Bob Dylan, Neil Young para ficar por aqui - tenho notado que as tais
lamentações envolvem "sempre" dois caminhos opostos e que se combinam
nos tempos da gente. De um lado, a resignação que é sua face passiva, já de
outro lado a agressividade que é sua face ativa e que é mais visível na
indignação ou na canção de protesto ou, até mesmo na mera crítica social, seja
ela irônica ou destrutiva. Fiquei pensando porque esta forma de expressão passa
como que a dominar certa vertente da nossa sensibilidade contemporânea que
mistura alienação, marginalidade, fuga e também uma forma interessante de
isolamento que não é completo, pois mantém seu vínculo com o bárbaro mundo impossível e
muitas vezes insuportável. Me parece até que o melhor motivo para isto é que é
reconfortante poder sair, poder expressar a queixa, mandar a carta para lugar
algum, informar ao que já era e também sair dessa, com alegria, satisfação e
nem muita pressa ou lentidão. Dar de ombros, grunfar um pouco e seguir. Vejo
nos compassos como que de um galope lento ( Tum Tum Tum Tum Tum Tum) um sinal
disto. O tempo vai passando e nós vamos indo, apesar de tudo, apesar de você e
deste mundo... LOW ROAR:
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
A FILOSOFIA NÃO É UMA ESCADA, MAS SIM UM MODO DE VIDA E DE REFLETIR SOBRE A VIDA
- O velho problema da escada e
desta perspectiva pessoal - seja ela negativa, seja ela dogmática - sobre a filosofia.
E eu aqui pensando em argumentar algo sobre o tema e tentar defender a
obrigatoriedade com argumentos ligados ao lugar, a função, o espaço e a
relevância do ensino de filosofia na escola. Apos ler um argumento
wittgensteiniano que auto refuta isto tudo comparando a filosofia e sua
relevância ao ensino de música ou de direito. Sempre penso como um advogado
nestes casos e que não devemos defender o que julgamos causa perdida em
princípio. Então que se assuma a tentativa de refutar a obrigatoriedade do
ensino da filosofia na escola. Eu penso muito, por experiência própria com o
ensino da filosofia, que ela é tão relevante quanto qualquer outra disciplina
no currículo escolar e que a questão é mais ligada a uma dificuldade de se
olhar para o currículo e a nossa educação de forma mais organizada e sistêmica.
A filosofia é para mim fundamental para diversificar, dar tratamento não
dogmático e elevar a capacidade argumentativa e o acervo cultural dos jovens.
Sobre o uso disto por eles, suas implicações e aplicações daí é com eles. Penso
que assim como não se pode sonegar determinadas lições num curso de filosofia -
o que inclui algo sobre a escadinha também - não se pode sonegar a filosofia no
currículo escolar porque ela apresenta uma abordagem e introdução às bases de
diversos problemas em aberto na humanidade e também às bases de muitas ciências
hoje estabilizadas. Vejo então um interesse histórico no ensino da filosofia
como acervo cultural do pensamento humano e também um interesse problemático do
filosofar como exercício crítico. Conheço, por exemplo, pouquíssimos
professores que ensinam ciências na escola com uma abordagem mais crítica e
problemática e creio que a filosofia pode contribuir para desequilibrar esta
rigidez nestas crenças. E mesmo para se preservar a democracia e também a
necessidade de diálogo entre concepções diferentes e culturas diferentes. Se me
perguntarem, por fim, como se deve organizar o currículo eu diria que poderia
ser pensado e organizado em quatro chaves. Matemáticas e ciências formais,
Linguagens e ciências discursivas, História e ciências humanas, Biologia e
ciências naturais e que diversas outras disciplinas introdutórias poderiam se
incluídas nestes três grupos sem prescindir de Artes ( e aqui caberiam todas as
artes) e Educação Física (com todos os esportes e práticas físicas). Enfim, o
problema para mim não é a quantidade de disciplinas - tendo em vista a
construção do ensino integral e muitas outras modificações dos usos e das
finalidades do espaço escolar que devem ser feitas - mas sim o modo como elas
estão organizadas, o modo como se ensina elas e se formam os professores e a
questão da qualidade da compreensão nossa sobre a articulação e a relação entre
umas e outras disciplinas.
P.S.: é uma resposta meio que de bate pronto a uma provocação do Eduardo Medeiros que de certa forma ironiza o posicionamento de Vinicius Galerani Cuter sobre o tema. - Devo ultrapassar isto nestas próximas semanas.
Obs.: Meu argumento foi mesmo de bate
pronto. Creio que é insuficiente ainda. Teria que discutir coisas mais
específicas tipo os objetivos da disciplina e também a articulação dela com as
demais e os demais ramos do conhecimento. Não creio que a filosofia seja só um
episódio histórico passado, mas não deixa de ser. Como também nao creio que ela
seja a única potência crítica entre as disciplinas. Mas não me Parece razoável
extinguir a experiência que foi retomada no ensino médio a pouco menos de dez anos
e que ainda pode ter ganhos de qualidade e avançar numa definição melhor do seu
papel. Queria ver muitos colegas lecionando uns dez anos escolas públicas para
se avaliar melhor. Eu leciono fazem vinte já é considero que evolui e fiquei
melhor, que is didáticos são melhores hoje e que há um bom campo de trabalho se
erguendo que irá refletir também na elevação da qualidade na academia. Não
desprezo nenhum esforço na educação e penso que muito mais e melhor pode ser
feito se houver mais engajamento, articulação e debate. Tempos para isto e até
mesmo uma rotina neste tema e assunto.
Está é a simples vontade de
alguns retirar a disciplina do ensino médio ou tornar ela apenas facultativa e,
de outro lado, e há também certa abordagem exterior ao tema, apesar de ser
filosófica e argumentada, mas é assim me parece mal argumentada.. A blague do
Eduardo sobre Mendoncinha e Wittgensteinianos exibe este aspecto no seu limite.
A FILOSOFIA NÃO É UMA ESCADA, MAS SIM UM MODO DE VIDA E DE REFLETIR SOBRE A VIDA
- O velho problema da escada e
desta perspectiva pessoal - seja ela negativa, seja ela dogmática - sobre a filosofia.
E eu aqui pensando em argumentar algo sobre o tema e tentar defender a
obrigatoriedade com argumentos ligados ao lugar, a função, o espaço e a
relevância do ensino de filosofia na escola. Apos ler um argumento
wittgensteiniano que auto refuta isto tudo comparando a filosofia e sua
relevância ao ensino de música ou de direito. Sempre penso como um advogado
nestes casos e que não devemos defender o que julgamos causa perdida em
princípio. Então que se assuma a tentativa de refutar a obrigatoriedade do
ensino da filosofia na escola. Eu penso muito, por experiência própria com o
ensino da filosofia, que ela é tão relevante quanto qualquer outra disciplina
no currículo escolar e que a questão é mais ligada a uma dificuldade de se
olhar para o currículo e a nossa educação de forma mais organizada e sistêmica.
A filosofia é para mim fundamental para diversificar, dar tratamento não
dogmático e elevar a capacidade argumentativa e o acervo cultural dos jovens.
Sobre o uso disto por eles, suas implicações e aplicações daí é com eles. Penso
que assim como não se pode sonegar determinadas lições num curso de filosofia -
o que inclui algo sobre a escadinha também - não se pode sonegar a filosofia no
currículo escolar porque ela apresenta uma abordagem e introdução às bases de
diversos problemas em aberto na humanidade e também às bases de muitas ciências
hoje estabilizadas. Vejo então um interesse histórico no ensino da filosofia
como acervo cultural do pensamento humano e também um interesse problemático do
filosofar como exercício crítico. Conheço, por exemplo, pouquíssimos
professores que ensinam ciências na escola com uma abordagem mais crítica e
problemática e creio que a filosofia pode contribuir para desequilibrar esta
rigidez nestas crenças. E mesmo para se preservar a democracia e também a
necessidade de diálogo entre concepções diferentes e culturas diferentes. Se me
perguntarem, por fim, como se deve organizar o currículo eu diria que poderia
ser pensado e organizado em quatro chaves. Matemáticas e ciências formais,
Linguagens e ciências discursivas, História e ciências humanas, Biologia e
ciências naturais e que diversas outras disciplinas introdutórias poderiam se
incluídas nestes três grupos sem prescindir de Artes ( e aqui caberiam todas as
artes) e Educação Física (com todos os esportes e práticas físicas). Enfim, o
problema para mim não é a quantidade de disciplinas - tendo em vista a
construção do ensino integral e muitas outras modificações dos usos e das
finalidades do espaço escolar que devem ser feitas - mas sim o modo como elas
estão organizadas, o modo como se ensina elas e se formam os professores e a
questão da qualidade da compreensão nossa sobre a articulação e a relação entre
umas e outras disciplinas.
P.S.: é uma resposta meio que de bate pronto a uma provocação do Eduardo Medeiros que de certa forma ironiza o posicionamento de Vinicius Galerani Cuter sobre o tema. - Devo ultrapassar isto nestas próximas semanas.
Obs.: Meu argumento foi mesmo de bate
pronto. Creio que é insuficiente ainda. Teria que discutir coisas mais
específicas tipo os objetivos da disciplina e também a articulação dela com as
demais e os demais ramos do conhecimento. Não creio que a filosofia seja só um
episódio histórico passado, mas não deixa de ser. Como também nao creio que ela
seja a única potência crítica entre as disciplinas. Mas não me Parece razoável
extinguir a experiência que foi retomada no ensino médio a pouco menos de dez anos
e que ainda pode ter ganhos de qualidade e avançar numa definição melhor do seu
papel. Queria ver muitos colegas lecionando uns dez anos escolas públicas para
se avaliar melhor. Eu leciono fazem vinte já é considero que evolui e fiquei
melhor, que is didáticos são melhores hoje e que há um bom campo de trabalho se
erguendo que irá refletir também na elevação da qualidade na academia. Não
desprezo nenhum esforço na educação e penso que muito mais e melhor pode ser
feito se houver mais engajamento, articulação e debate. Tempos para isto e até
mesmo uma rotina neste tema e assunto.
Está é a simples vontade de
alguns retirar a disciplina do ensino médio ou tornar ela apenas facultativa e,
de outro lado, e há também certa abordagem exterior ao tema, apesar de ser
filosófica e argumentada, mas é assim me parece mal argumentada.. A blague do
Eduardo sobre Mendoncinha e Wittgensteinianos exibe este aspecto no seu limite.
domingo, 9 de outubro de 2016
SOBRE TABUS DA ESQUERDA - INTELECTUAIS ORGÂNICOS
Eu acho bem legal a Denise
Bottman lembrar esta discussão dos INTELECTUAIS ORGÂNICOS. Sou do tempo em que
isto parecia um tabu moral. político e
ideológico. O camarada que é oriundo da classe média ou da elite jamais poderá
liderar os trabalhadores. Foi bem bom para o Lula isso. Mas me parece uma
espécie de purismo ou preservacionismo de classe. Conheci diversos filhos de
classe média e da elite mais consistentes e renhidos na defesa da esquerda e do
proletariado do que outros que deveriam ser. Envolve isto, de um lado, a idéia
de que a libertação, emancipação ou revolução dos trabalhadores será obra deles
mesmos ou então não será e, também, aquela coisa meio maluca de que um
intelectual de esquerda oriundo da classe média ou da elite, mesmo fazendo uma
opção bem radical de esquerda, fazendo todos os sacrifícios materiais e
existenciais para ser de esquerda o que incluía se proletarizar e ir trabalhar
como peão, jamais poderá ser o intelectual da classe trabalhadora. Hoje vejo
isto como uma fantasia ou delírio teórico de base paranoide. A traição ou o
desvio que é o elemento a ser temido pode ser efetivado por qualquer um. Tanto
pelo indivíduo oriundo das classes trabalhadoras,quanto pelo filho da elite ou
da classe média burguesa. A questão de fundo é: a serviço do que você coloca
tua inteligência, conhecimento e experiência? Qual método e que resultados você
alcança com tuas ideias. Posso estar errado, e tenho sido muito mais prudente
em minhas afirmações, mas creio que este tema deve ser relativizado, que o dogmatismo
por traz disto deve ser dissolvido e para ser superado precisamos falar,
discutir, contestar e ultrapassar esta questão. E hoje é justamente 9 de
outubro, o dia em que foi sacrificado um intelectual orgânico de esquerda
oriundo da classe média e que pegou em armas, foi traído e desprezado e mesmo
abandonado por um partido comunista apinhado de indivíduos que sob esta
descrição poderiam ter sido intelectuais orgânicos, mas não o foram, nem em
teoria, num acordo com os conceitos, e nem na prática, num acordo na ação.
Denise Bottman lembrou assim: “antigamente
a gente lia gramsci e tinha aquela tal história dos intelectuais orgânicos x os
intelectuais tradicionais. claro que todo mundo queria ser intelectual
orgânico, que era muito mais bonito, e ficava naquele maior desconforto porque
sabia que não era nem poderia ser um intelectual orgânico em relação ao que, na
época, se chamava de proletariado. e ninguém queria ser intelectual orgânico de
sua classe (classe média, pequena burguesia, como lá se chamasse) e tampouco
jamais se concebia como um "intelectual tradicional", ora, imagina
só!
mas esse problema de identidade
para a intelectualidade de esquerda ou mesmo meramente progressista daquela
época era sério, quando não meio burlesco. pois, se o intelectual tradicional
gramsciano era aquele que estava unido a determinado grupo ou instituição e se
fazia de porta-voz dos interesses específicos daquele grupo ou instituição - e se
considerássemos que um partido, por mais de esquerda que fosse, era um grupo ou
instituição -, parecia um pouco difícil recusar a classificação de
"tradicionais" para seus intelectuais.
era um drama danado para os mais
suscetíveis.”
SOBRE A VAIDADE NEGATIVA: Rewiew 2015
Num tempo de destruição cultural,
massacre violento e não aceitação das diferenças. Num tempo de padronização da
vida. Tal padronização produz até mesmo a Vaidade Negativa, ou seja, aquela
Vaidade tão mesquinha que nega até mesmo a Vaidade do outro e a beleza do
outro. Esta vaidade se mostra na crítica aos selfies ou às exposições dos
outros. O sujeito só pode aparecer se for impessoal, indiferente ou
padronizado.Sobre a tal vaidade negativa cuja base é negar a vaidade do outro e
se preocupar muito com a exposição do outro. Com um viés crítico, mas que expõe
a si mesmo como censor moral ou vigilante do que pode ou não pode aparecer
neste mundo. .o problema não é a exposição do eu, mas sim tentar ao máximo
padronizar à todos, conter todos e controlar o outro, o belo no outro e o ser
do outro. Cada vez que revisito este texto avanço duas linhas.
O PT ACABOU? Em São Leopoldo não senhor! (03/10/2016)
Então onde quer que ele sobreviva
deve haver algo para ser visto, revisado e repensado. Em São Leopoldo, deveria
ser reconhecido isto, tanto em sua dimensão positiva de qualidades, quanto no
que toca aos erros dos adversários. Uma vez li um debate que tentava anular
certas nuances de análise eleitoral para se evitar um tendência a racionalizar
estes processos. Mas vejamos mais de perto este PT que sobrevive, luta e vence
a eleição em São Leopoldo. Seus candidatos, relações sociais, legados e também
o projeto e a crítica à gestão atual PSDB/PMDB, seus ex aliados do PSD e do PP
e o PDT que correndo por fora chega em segunda lugar contribuindo para a
derrota do condomínio governista que venceu a reunião em 2012.
Não podem ser menosprezados os
destratos aos servidores, o pouco zelo pela cidade - buracos, lixo e diversas
outras incompetências e que levaram o governo a obter, com certa unanimidade, o
título de pior governo da história da cidade. O PDT se posicionou sem desgaste
ou rejeição em princípio é foi ocupando espaço, mas não creio que venceria
Vanazzi e o PT parte porque o eleitorado aglutinado por Vanazzi parece ser
muito fiel ao PT desde muito tempo e resistiu aos diversos ataques e
bombardeios midiáticos e às diversas vilanias e mentiras postas pelo caminho
desta campanha e mesmo antes. O Golpe teve seu fator mitigado em parte por
iniciativas que marcaram a tensão negativa do processo na cidade. Já no que
toca à Lava Jato o mais impressionante mesmo é se saber que o paladino moral da
câmara e da campanha é justamente inscrito como alguém que recebeu recursos
deste escândalo de corrupção.
A tentativa de levar a eleição ao
tapetão ou ao judiciário parece repetir a sina dos maus perdedores que me
parece caracterizar justamente aqueles que jamais serão vencedores nesta
cidade.
Por fim, o PT não acabou em São
Leopoldo, assim como o PMDB, o PDT e outros que nesta legislatura e em outras
já estiveram sem vereadores. Mas o PT venceu, elegeu o prefeito é vice Prefeita
do PCdoB, em aliança de Esquerda, e elegeu seus dois principais nomes sob
Vanazzi que resistiram ao massacre e não se curvaram ao medo. Como muitos
outros aliás que t militando destemidamente sem constrangimentos e com altivez.
Os suplentes da chapa do PT demonstram uma clara combinação entre renovação e
experiência e assim o PT aponta para o futuro. Resta agora compor o governo com
qualidade, trabalhar muito e dialogar muito para se fortalecer e avançar
retomando seu eleitorado mais próximo e afim. A chapa com uma vice mulher
eleita também aponta para algo mais na política de São Leopoldo.
Vanazzi vence sua terceira
eleição confirmando sua estrela. Na primeira, em 2004, derrota o gigante Waldir
Schmidt, na segunda derrota, em 2008, o Médico Moa, com o índice impressionante
de 77℅ dos votos, e agora na terceira eleição derrota uma plêiade de
adversários que merecem respeito e assim como ele podem permanecer no cenário
político local, na depende de suas inteligências e da capacidade de lograr
êxito frente à adversidades.
Ary Vanazzi, note-se bem, foi
eleito num dos momentos mais duros da história do PT no país e só isso já
deveria impor mais respeito, menos pequenez e mais galhardia e grandeza aos
seus adversários.
A ETERNA REPETIÇÃO DO PADRÃO DE JOGO GOLPISTA - 04/10/2016
Ler o que li no jornal VS de hoje
quatro anos depois desta novela e fraude que foi este governo do PSDB é algo
incrível.. Me dar conta do que o magistério e os servidores municipais sofreram
por 4 anos basta para mover um manifesto de indignação com o que passamos. Eu,
além disto, creio que isto possa refrescar a memória daqueles que julgam os
outros à partir de seus próprios espelhos e óculos. Não posso dizer que quem
votou no Vanazzi é burro, nem quem não votou, porque isto simplesmente não é um
argumento. É apenas uma ofensa que mostra exatamente a falta de argumentos e,
por óbvio, à renúncia moral à toda e qualquer racionalidade e razoabilidade. Do
mesmo modo aqueles que não aceitam os resultados eleitorais, não dão exemplo de
elevação moral ou razoabilidade e nem de respeito à democracia das urnas, pois
ingressam no Caminho vergonhoso do poder à qualquer preço, abandonam os
escrúpulos e buscam vilipendiar a democracia tanto quanto os golpistas. Foi uma
eleição difícil,muito disputada, porém foi uma das eleições de são Leopoldo
onde houve mais debates, apresentação de propostas e também aenor quantidade de
conflitos, prisões e violências de toda ordem. Tivemos um domingo tranquilo e o
clima na grande maioria das escolas foi muito pacífico, houve muito diálogo e
respeito entre a maioria dos adversários disto mostra que estamos virando uma
página da história política de nossa cidade que talvez abra mais espaço para o
entendimento e a boa política. Parte disto me permite dizer que a eleição de
2012 e todas as suas burlas, fraudes e peças de marketing e engodo político
acabou ontem. Assim, espero que todos aceitem, ou os mais sábios aceitem uma
Invitation for reason...pois
#VanazziVenceu a #EleicaoAcabou e
#AceitaQueDoiMenos
A VITÓRIA MAIS DIFÍCIL - 03/10/2016
Talvez eu tenha participado neste
ano de 2016 em São Leopoldo com muitos outros companheiros e companheiras de
uma das disputas, lutas e vitórias mais importantes da história de meu partido
e da esquerda em nossa cidade. Muitos sabem como eu e meus companheiros, tudo o
quanto passamos, sofremos e lutamos nesta eleição. Não existem discursos
suficientes para preencher este sentimento grandioso, mas nós vencemos e construímos
a mais difícil unidade. Agradeço muito mesmo meus colegas, meus amigos e
camaradas e a todos que entenderam nossa luta e nos apoiaram. #VanazziPaulette
vão reconstruir esta cidade com nosso apoio e nossa participação. A vitória é
de todos e que o trabalho seja cumprido!!!
MEU CARO AMIGO E AMIGA ELEITORA DE SÃO LEOPOLDO (01/10/2016)
#VoltaVanazzi 13 #VoltaAnaAffonso
13813
te digo que já não tenho mais
nenhum medo da derrota nem da vitória exagerada, pois há algo extraordinário e
irrefutável em tudo que já realizamos e creio mesmo que é isto que nos fará
vencer sempre. É isto que nos faz seguir lutando juntos.
Ultrapassamos o nosso Rubicão,
que é deixar de ser promessa é virar realidade, nossas vitórias nunca foram
fáceis e nem as derrotas, mas estamos caminhando mais certos como nunca.
E, sem a menor dúvida, já temos
uma grande vitória moral, a maior vitória de todas: a única coisa que nos
sustenta hoje é o nosso trabalho, os resultados do nosso trabalho, não são
nossas promessas nem nossos sonhos que nos trouxeram até aqui mais e é por isso
que vamos vencer.
O ódio do PT virou ódio sobre o
nosso trabalho para o povo e uma parte bem relevante do povo já sabe disto e
diz isto para a gente nas ruas, nas escolas, nos ônibus, nos trens, nos salões,
nas calçadas da vida. Eles perderam e vão continuar perdendo enquanto não
tiverem propostas para fazer mais e melhor e pelo visto vão continuar assim,
negando, reclamando e ignorando a tal da verdade dos fatos, dos indicadores,
das imagens e dos sorrisos do nosso povo que aparecem em todo canto que a gente
vai.
E eu digo com muito orgulho vai
perder playboy!!! e o povo nos olha nos olhos e pisca com um sorriso nos
lábios. Nada é mais gratificante do que viver isso e sentir isso. Um abraço e
vamos construindo nossa vitória porque até as 17 horas de domingo tem voto, tem
povo e tem luta!
Vem com a gente, vem com a Frente
Popular!
POR UMA ECONOMIA DOS AFETOS (01/10/2016)
Ontem estava mesmo dizendo algo
sobre o pano de fundo de tudo isto. Algo que tenho conversado muito com colegas
e amigos no que toca ao meu modo de ver certas crenças da gente. Minha esposa
Regina Porto tem sido uma espécie de grande parceira neste debate também.
Porque nós dois possuímos crenças diversas, em alguns caso conflituosas, mas
preservamos nossos afetos comuns. E sempre lembro do meu falecido irmão - o
Rafael que nos faz falta a cinco anos já - neste tema. Tínhamos muitas crenças
em conflito, seja em detalhes, por nuances ou por ênfases, mas possuíamos
muitos afetos comuns também e a gente ria muito disto também. Os conflitos
políticos, religiosos, tradicionais ou inovadores e epistêmicos ou morais,
pertencem todos eles e encenam todos eles um certo regime de crenças, uma
economia de crenças. Então, na real certos conflitos não se dão entre pessoas,
mas sim entre sistemas de crenças e as pessoas que se lançam neste conflitos
agem como peões orientados por certas crenças, valores e também desejos e
intenções. Alguns são mais autoconscientes e percebem isto e aprendem a separar
toda aquela convicção e de seus afetos, já outros não. Assim, trato aqui do
recorrente conflito entre nossos regimes de crenças, sistemas de crenças e
nossos afetos. Nossas crenças mudam, podem mudar, podemos descobrir seus
equívocos e falhas, erros e enganos, mas nossos afetos não. Apesar dos afetos
mudarem em grau, noto que eles não deixam de existir. Mesmo quando nossas
crenças comuns deixam de existir, fica ali entre nós uma base afetiva. Desta
forma nossos afetos devem ter maior consideração em nossa economia da vida. E
devemos cuidar muito deles e dos seus objetos que realmente tem importância
para nós. Tenho muito respeito pelas crenças de todos, e aprendi mesmo a não me
apegar por demais em certas crenças, tendo em vista minha disposição a fazer
mais sínteses positivas do que conflitos, mas prefiro mesmo respeitar mais
nossos afetos. Quando mudarmos nossa economia de crenças por uma economia de
afetos, mudamos esta lógica perversa. E eu creio que nosso mundo será muito
melhor, nossas relações com os outros serão melhores. Esta é a a posta que
faço. Aliás, lembrei disto em três situações ontem. Na primeira, lembrei com
minha colega Carolina Sá Mendes, disto e relacionei com Jesus Cristo que
mandava amar uns aos outros muito mais do que a qualquer coisa - penso que
crenças também devem se subordinar a este princípio. E que, portanto, amar é um
ditame orientador de todas as nossas disposições apesar das crenças que
possamos ter. Na segunda situação, relacionada a uma brincadeira com amigas do
Ceprol, Andreia Nunes, Angelita Lucas e Cristiane Maria Mainardi, expressei que
meu afeto era independente do que quer que eu viesse a acreditar ou pensar
sobre qualquer coisa. Depois, numa situação de debate com um velho amigo professor
sobre saúde e alimentação, ao final, o que restou de nossas clássicas
divergências foi a graça. Sim, a graça infinita de nos sabermos nesta vida,
próximos e num mundo comum. A educação e o diálogo, a democracia e o respeito
sempre vão acabar por nos guiar para isto.
MEU CARO AMIGO JOÃO (01/10/2016)
Bom dia...meu caro amigo João. Li
ontem tua interrogação e fiquei pensando se devia te responder sobre isto ou
não e como deveria te responder. Te respondo por consideração e respeito e
também para aproveitar e promover nosso entendimento ou desentendimento de
forma clara. Bem, sou filiado e militante do PT, já fui filiado interno e
sempre militei no PT e em geral não respondo mesmo pelas situações ou
ocorrências de outros partidos - no que te referes à Iara Cardoso. Nem sabia
que você estava apoiando o Ronaldo Nado Teixeira. Aliás sei da tua militância
no PDT desde quando jovem. Respeito a tua escolha, apesar de divergir dela. Não
tenho a menor ideia sobre esta situação que descreves ou aponta. Mas mesmo assim
creio que devemos respeitar a todos os militantes políticos, candidatos e
cidadãos de nossa cidade e evitar ao máximo transformar o bom debate político
num jogo de bugio, numa banca de ofensas e evitar agressões e admoestações de
todo lado. Não tenho dúvida que todos nós que construímos a democracia neste
país - e eu e você e muitos outros queridos e queridas de nossa geração fizemos
isto mesmo sendo adversários hoje, ontem ou amanhã - devemos dar exemplo e
sempre elevar o nível do debate, promover disputa de argumentos e não deixar as
nossas relações civis e pessoais serem abaladas pela refrega ou peleia. Amanhã
a eleição acaba e a vida continua. Um novo prefeito será eleito, vereadores e
vereadoras e devemos abrir uma nova página da história de nossa cidade e seguir
a vida. Espero que todos os excessos já cometidos sejam superados e sob a
calibragem do voto cada um aceite o seu lugar e passe a negociar de acordo com
sua representatividade conferida nas urnas pelo bem de nossa cidade e não por
vaidades pessoais, veleidades de crenças ou pela ausência de afeto pelo teu
próximo. A democracia e a política como diz meu grande amigo, mestre e
conselheiro Luciano Marques só vale a pena se servir para melhorar as relações
humanas e a vida do nosso povo. Eu voto em Ary Vanazzi e Paulete Souto porque
acredito sinceramente que eles representam isto e sei que muitos de diversos
partidos e ideias, posições e concepções pensam o mesmo. Também voto em Ana
Affonso 13813 porque vejo nela a continuidade da luta dos educadores e a melhor
aposta para isto neste cenário e neste tempo. defendo também um programa
político e propostas políticas, um legado que já faz parte da história deste
país, deste estado e desta cidade e que não pode ser negado simplesmente porque
tem eleição ou porque alguns aceitam o vale tudo pelo poder. Agradeço tua
provocação porque me ajudou a expressar estas ideias aqui. Sendo hoje a
primeira vez que sento em um PC para escrever em mais de 21 dias. Serei sempre
fraterno contigo e com muito outros e te deixo um abraço!
P.S. Escrevi esta resposta antes da caminhada da vitória da frente popular no sábado pela manhã.
ORAÇÃO CAIANA (29/09/2016) – CINCO ANOS SEM MEU IRMÃO
"Que eu saiba puxar lá do
fundo do baú um jeito de sorrir pros nãos da vida. Que as perdas sejam medidas
em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita métrica, nem
contado em reais. Que as relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas
com abraços longos. Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo
instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja, ou
do mal que tenha feito pra mim. Que a vida me ensine a amar cada vez mais de um
jeito mais leve..".
Caio Fernando Abreu
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