Não sabemos bem como classificar
esta narrativa acima. Mas podemos ver algumas hipóteses a respeito disto. E nem
todas hipóteses, é claro, serão arroladas aqui. Por exemplo, para começar, quando
esta pessoa usa a figura de seu pai em uma analogia entre a escada assassina e
o dia normal, pareceria que ele estivesse repetindo aqui mais uma vez uma
satisfação de um impulso maníaco ou prolongando da sua relação com seu pai
falecido como forma de sustentar o acesso aos seus velhos hábitos de menino e
às suas referências recorrentes. E a analogia entre um dia normal é a a escada
assassina nos deveria levar para um dia normal e assassino, mas isto não faz sentido
algum para nós. Por outro lado, ele também pode estar com uma grande
expectativa – de vida ou morte, ascenção ou queda - em relação a determinado
acontecimento e, por tal motivo, estar criando este ambiente ou espaço para tal
acontecimento. Pode também, enfim, como a maioria das pessoas sensatas reflete
sobre tal situação, estar apenas pensando em bobagens. O que lhe ocorre
recorrentemente quando está mais uma vez, entre outras tantas, simplesmente
desocupado. Ou, por fim, para não enfastiar o leitor casual aqui, está na
verdade a cerzir uma narrativa preparatória ou introdutória a um grande
acontecimento que quer nos contar, mas não sabe bem por onde começar.
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