Eu defendo compatibilizar as três
formas de abordagens.
Não se pode perder de vista o
quadro histórico, a temática e os textos clássicos.
Organizar isto e equilibrar isto
é a tarefa do professor e professora.
Aliás, tento fazer isto em sala
de aula.
O que deve ser bem diferente de
mandar fazer o defender que se faça isto ou aquilo.
E creio que quanto mais próximo
disto se chegar, quanto maior o equilíbrio entre estas três funções e
finalidades, melhor o professor e mais séria a lição.
Entendo todos que defendem esta
ou aquela abordagem por predileção conceitual ou por adesão teórica, mas penso
assim e creio também que ganharíamos muito se nos dedicamos a discutir estes
três temas ou funções com mais profundidade e acabando com esta falsa disputa
de método e concepção filosófica.
Não creio que teremos algum ganho
discutindo no ensino de filosofia concepções formalistas, historicistas ou de
exegese literárias.
São concepções que representam
tarefas bem importantes na compreensão da filosofia.
Lecionou 20 anos já e a cada ano
que passa vejo melhoras, encontros soluções e saio deste debate que para mim é
pura retórica de academia.
Ainda que respeite os apaixonados
por um método ou outro observo que todos os professores que eu tive de certa
forma adotavam uma abordagem que privilegiava tanto compreensão quanto crítica
dos textos.
No primeiro eixo temos que
situar, relacionar e contextualizar o pensamento, as idéias e os autores, já no
segundo procurar ir além, superar ou avançar na reflexão apesar ou a partir
deles.
E é bem interessante olhar por
que exemplo os programas de ensino em outros países, em especial, na França.
Ao meu ver, a filosofia deve ser
ensinada para todos, mas não serão todos que vão avançar nela, como aliás
ocorre com qualquer área do conhecimento na escola que ousa ir para além do
básico.
Noto que há muita discussão
puxando para um lado ou outro como se a síntese fosse impossível.
Penso que podemos avançar mais
aqui.
OBS.: Este texto é uma pequena
colecta de frases e respostas que escrevi sobre um artigo de Vladimir Safatle
sobre a Filosofia e os Adolescentes de 2013.
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