"O grau zero do pensar é ilusão."
M" O grau zero do pensar é ilusão."
Márcia Tiburi.
Márcia Tiburi.
Diversão,
fantasia, delírio e magia sempre são as formas mais básicas de
pensar o outro diferentemente de si mesmo. A paixão ou o amor que
cria a fantasia ou ilusão de uma fusão completa, nunca resolvida ou
cumprida.
A ilusão também dá início e responde a uma
vontade de ver melhor, pensar além ou ultrapassar o imediatamente
dado. Ela ultrapassa com as asas da imaginação, do sonho e do
desejo a imagem mais real. Negamos o que simplesmente está aí para
ver além dele mesmo e de nós mesmos.
Grau zero é uma
espécie de ficção necessária para um ponto de partida. Um vazio a
ser preenchido ou saturado pela insuficiência do que é perante o
dever ser ou aquilo que o nosso desejo almeja enquanto perfeição ou
realização superior do que está dado. Queremos mais e por isso
mesmo negamos aquilo que é. Assim, aquilo que é passa a ser
rejeitado por uma promessa de algo melhor.
Daí porque
se tem esta espécie de compensação insuficiente que o grau zero do
pensamento e do ser representa. Um espaço vazio ficcional que pode
mais uma vez e de novo nunca ser preenchido.
Pois quando o ser
real desaparece ou é substituído por uma ficção até a verdade
passa a ser escondida. Essa é a ilusão perpretada pela diferença e
a negação do real.
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