2010 está se esvaindo nos seu últimos momentos e vejo tudo que passou neste ano como uma grande exposição da força que nós construímos juntos.
Com todas as nossas diferenças fomos capazes de vencer as eleições e de certa forma dar um passo mais largo ainda para o futuro com que tanto sonhamos para todos os homens e mulheres do Rio Grande do Sul, do Brasil e do Mundo. Cuidamos da nossa vida como deu e mantivemos nossos laços de solidariedade e fraternidade.
Desejo que todos os nossos sonhos se realizem, ainda que aos poucos, ainda que em etapas mais curtas ou mais largas e que nossos passos juntos façam 2011 ser tão vitorioso e trabalhoso quanto 2010, pois se queremos vencer sabemos que precisamos lutar e jamais poder repousar no berço das vitórias fáceis.
Nossas responsabilidades não aumentaram nem diminuiram com tudo que aconteceu, simplesmente ganham mais clareza de formulação e mais instrumentos para a sua consecução.
FELIZ 2011 e um GRANDE ABRAÇO AMIGO
POLÍTICA, HISTÓRIA, FILOSOFIA, SOCIOLOGIA, DEMOCRACIA, DEMOGRAFIA, GEOGRAFIA, lITERATURA, POESIA E ARTE - TEXTOS PARA INFORMAR, DIVULGAR, LER E CRITICAR - Daniel Adams Boeira - 13 de junho de 2009 - daniel underline boeira arroba yahoo ponto com ponto br
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
PREFEITOS DE SÃO LEOPOLDO - RIO GRANDE DO SUL - PERÍODO REPÚBLICANO
LISTA DE PREFEITOS DE SÃO LEOPOLDO – PERÍODO REPUBLICANO
1. Mj. Epifânio Orlando de Paula Fogaça 1892-1900
2. Cap. Florêncio da Silva Câmara 1900-1901
3. Luiz Lourenço Stabel 1901-1902
4. Guilherme Gaelzer Neto 1902-1916
5. Gabriel de Azambuja Fortuna 1916-1919
6. Cel. João Ferreira Firmo 1919
7. Mansueto Bernardi 1919-1923
8. Frederico Wolffenbüttel 1923-1924
9. Cel. João Corrêa Ferreira da Silva 1924-1928
10. Cel. Theodomiro Porto da Fonseca 1928-1944
11. Dr. Carlos de Souza Moraes 1944-1945/1946-1947
12. Dr. Arthur Ebling 1945-1946
13. Dr. Arthur Ferreira Filho 1947
14. Dr. Mário Sperb 1947-1951
15. Germano Hauschild 1951-1955
16. Paulo Costa da Silva Couto 1955-1959
17. Maria Emilia de Paula 1959
18. Dr. Siegbert Saft 1959-1963
19. Glodomiro Martins 1963-1969
20. Dr. Olímpio Sérgio da Costa Albrecht 1969-1973 / 1977-1982/ 1989-1992
21. Henrique da Costa Prieto 1973-1977
22. Manoel Luiz Nunes 1982-1983
23. Waldir Artur Schmidt 1983-1989/ 1993-1996/ 2001-2004
24. Ronaldo Feijó Ribas 1997-2000
25. Ary José Vanazzi 2005-2008/ 2009-2012
Nota: em virtude de um trabalho fiz este levantamento. Pode servir para orientar a reconstrução da história política da minha cidade natal. A principal fonte foi o site do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo. É um site que recomendo, pois possui muitas informações importantes, ainda que penso que necessitamos fazer uma abordagem mais crítica da história da cidade em vários aspectos já é uma excelente fonte.
1. Mj. Epifânio Orlando de Paula Fogaça 1892-1900
2. Cap. Florêncio da Silva Câmara 1900-1901
3. Luiz Lourenço Stabel 1901-1902
4. Guilherme Gaelzer Neto 1902-1916
5. Gabriel de Azambuja Fortuna 1916-1919
6. Cel. João Ferreira Firmo 1919
7. Mansueto Bernardi 1919-1923
8. Frederico Wolffenbüttel 1923-1924
9. Cel. João Corrêa Ferreira da Silva 1924-1928
10. Cel. Theodomiro Porto da Fonseca 1928-1944
11. Dr. Carlos de Souza Moraes 1944-1945/1946-1947
12. Dr. Arthur Ebling 1945-1946
13. Dr. Arthur Ferreira Filho 1947
14. Dr. Mário Sperb 1947-1951
15. Germano Hauschild 1951-1955
16. Paulo Costa da Silva Couto 1955-1959
17. Maria Emilia de Paula 1959
18. Dr. Siegbert Saft 1959-1963
19. Glodomiro Martins 1963-1969
20. Dr. Olímpio Sérgio da Costa Albrecht 1969-1973 / 1977-1982/ 1989-1992
21. Henrique da Costa Prieto 1973-1977
22. Manoel Luiz Nunes 1982-1983
23. Waldir Artur Schmidt 1983-1989/ 1993-1996/ 2001-2004
24. Ronaldo Feijó Ribas 1997-2000
25. Ary José Vanazzi 2005-2008/ 2009-2012
Nota: em virtude de um trabalho fiz este levantamento. Pode servir para orientar a reconstrução da história política da minha cidade natal. A principal fonte foi o site do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo. É um site que recomendo, pois possui muitas informações importantes, ainda que penso que necessitamos fazer uma abordagem mais crítica da história da cidade em vários aspectos já é uma excelente fonte.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
REDES CULTURA: PROGRAMA DE GOVERNO TARSO GENRO E BETO GRILL PARA O RIO GRANDE DO SUL
Redes Cultura
O Brasil mudou nos últimos anos. Para melhor. Ultrapassou paradigmas, abriu-se para sua diversidade cultural. Foi líder e um dos principais signatários da Convenção da Unesco sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, aprovada em 2005 e ratificada em 2007 pelo parlamento brasileiro. Nesse documento, o Brasil expressa que a base de nossa identidade é a diversidade.
O Rio Grande do Sul é e sempre foi território de fronteira, de cultura híbrida, mestiça, mesclada em cores, raças, usos e cosmogonias provenientes de distintas tradições e cantos do mundo. O Estado acolhe uma população de origem muito variada, a qual, em sua totalidade, forma um dos povos mais diversos do Brasil.
Desde gaúchos mestiços do pampa, negros trazidos pelo escravismo, indígenas, portugueses
dos Açores e demais europeus que, em distintos períodos, vieram para povoar o território, os gaúchos habitam com a riqueza de seus costumes de norte a sul e de leste a oeste do território mais meridional do Brasil. Estado de culturas rurais, mas cada vez mais urbanizado, é ele também lugar de culturas urbanas em suas distintas periferias, muitas vezes invisibilizadas por suas versões pasteurizadas via cultura de massa.
Essa riqueza cultural é vista pela Unesco, inclusive, como fator propulsor de desenvolvimento
econômico e social, bem como importante fator de qualificação do ambiente social, do desenvolvimento coletivo e individual. É geradora de oportunidades no campo econômico, contribuindo cada vez mais com a geração de emprego e renda, principalmente aos mais jovens. Assim como a média mundial, cerca de 7% da economia brasileira é economia da cultura.
Nossa política cultural deverá ter um caráter indutor da economia da cultura, criando condições para a sustentabilidade das práticas culturais assim como dos grupos, pequenas empresas, cooperativas e associações de produtores e criadores culturais.
A gestão cultural será democrática e republicana, garantindo o acesso e a acessibilidade dos bens,
produtos e serviços culturais à todas as pessoas.
Deverá ser compreendida não apenas como entretenimento, mas como fonte geradora de valor simbólico (criativo e estético), civilidade, solidariedade e pluralidade.
Respeitar e fomentar toda a Diversidade Cultural do Rio Grande do Sul. As manifestações culturais
tradicionais, rurais e urbanas, étnicas e todas as linguagens artísticas deverão ter espaço, ações, programas e investimentos no Governo Tarso. Devem-se criar as condições onde as Belas Artes, os grandes debates intelectuais e acadêmicos aconteçam, assim como os Festivais de Culturas Populares, das Etnias e das manifestações da Juventude. Enfim, nossa política cultural deve contribuir para que o acesso e a produção cultural seja de fato um Direito Social Básico do Povo Gaúcho.
É preciso, também, reposicionar a cultura gaúcha no cenário nacional e internacional, romper
com a posição provinciana e isolada em que o RS hoje se encontra. Trocas culturais promovem conhecimento mútuo, autoestima, paz, solidariedade e tolerância.
Para um Estado que abrigou de forma pioneira o Fórum Social Mundial, é fundamental desenvolver
um programa de intercâmbio que, não apenas humaniza, mas complementa e amplia trocas
econômicas e simbólicas. Neste sentido, devemos apoiar as iniciativas da Agenda 21 da Cultura
e dialogar permanentemente com nossos irmãos e vizinhos da América Latina.
Propomos então os 13 pontos para a cultura do Rio Grande crescer no ritmo do Brasil:
1. Convocação de uma grande Conferência Estadual de Cultura e Conferências Regionais para
definir planos de metas e ações.
2. Criação de um Sistema Estadual de Cultura, articulado com os Sistemas Municipais de Cultura, constituídos de Conselhos, Planos e Fundos municipais de cultura, possibilitando unidade institucional, harmonização da gestão e assegurando ampliação dos serviços de cultura ao cidadão.
3. Esse sistema será alavancado por um Plano Estadual de Cultura com metas, objetivos e ações
bem definidos e articulados com as diversas áreas da cultura e todos os setores sociais, de forma democrática e com a ampla participação.
4. Criação e institucionalização dos Colegiados Setoriais e dos Planos Setoriais discutidos entre os diferentes setores culturais e/ou as diversas linguagens artísticas.
5. Fortalecimento do Conselho Estadual de Cultura como uma instituição independente e de representação plural e democrática, em conjunto com Conselhos Regionais e Municipais, definidores de políticas públicas.
6. Implantação do Programa Cidadania Cultural que tem como objetivo garantir o acesso à cultura da população de baixa renda a partir de um programa estadual de subsídio para espetáculos, exposições, apresentações, shows, recitais, cinema.
7. Implantação de 500 pontos de cultura, de leitura, pontinhos de cultura, pontos de memória e Cine Mais Cultura. 500 bibliotecas públicas modernizadas em todo o Estado e 500 projetos em todas as cidades do Estado, entre Teatro na Escola, Música na Escola, Autor Presente, Cinema na Escola, Cultura na Escola.
8. Qualificação e reestruturação dos espaços públicos de cultura do Estado como: bibliotecas,
museus, galerias de arte, teatros, estúdios públicos.
9. Implementação do Fundo de Apoio à Cultura–FAC – com recursos públicos e editais por setores culturais, desde o artesanato, as culturas populares, as culturas tradicionais, até a produção cultural urbana e de vanguarda.
10. Reforma da LIC, Lei de Incentivo à Cultura buscando torná-la mais transparente, democrática,
ampliando a distribuição e o acesso dos recursos disponíveis.
11. Reestruturação da Sedac (Secretaria de Estado da Cultura) compreendendo a ampliação do orçamento, a adequação da estrutura institucional e a transversalidade da gestão. Desta forma buscaremos uma maior articulação com os programas e editais do Governo Federal, parcerias e investimentos privados e internacionais e linhas especiais de financiamento através das instituições financeiras. Criaremos órgãos gestores para coordenar projetos e programas que
protejam e promovam a Diversidade e a Cidadania Cultural, a universalização do acesso à cultura e políticas de fomento à Economia Criativa. Garantiremos a transversalidade através do desenvolvimento de políticas conjuntas com as diversas áreas.
12. Estabelecer novos programas de fomento a criação, formação e profissionalização de artistas e gestores das mais diferentes áreas: no teatro, na dança, no circo, nas artes visuais, no audiovisual, na música, na literatura, na memória e patrimônio, no hip hop, no artesanato, além e dos novos campos da criação.
13. Fortalecimento da TVE e FM Cultura, como veículos de comunicação públicos e espaço de promoção e divulgação da diversidade cultural do Rio Grande do Sul, através da implantação de políticas de gestão democráticas, financiamento, programação, atualização tecnológica, adotando as medidas necessárias para migrar de sistema estatal para sistema público, garantindo uma atuação transparente, democrática, com autonomia sobre a sua programação.
O Brasil mudou nos últimos anos. Para melhor. Ultrapassou paradigmas, abriu-se para sua diversidade cultural. Foi líder e um dos principais signatários da Convenção da Unesco sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, aprovada em 2005 e ratificada em 2007 pelo parlamento brasileiro. Nesse documento, o Brasil expressa que a base de nossa identidade é a diversidade.
O Rio Grande do Sul é e sempre foi território de fronteira, de cultura híbrida, mestiça, mesclada em cores, raças, usos e cosmogonias provenientes de distintas tradições e cantos do mundo. O Estado acolhe uma população de origem muito variada, a qual, em sua totalidade, forma um dos povos mais diversos do Brasil.
Desde gaúchos mestiços do pampa, negros trazidos pelo escravismo, indígenas, portugueses
dos Açores e demais europeus que, em distintos períodos, vieram para povoar o território, os gaúchos habitam com a riqueza de seus costumes de norte a sul e de leste a oeste do território mais meridional do Brasil. Estado de culturas rurais, mas cada vez mais urbanizado, é ele também lugar de culturas urbanas em suas distintas periferias, muitas vezes invisibilizadas por suas versões pasteurizadas via cultura de massa.
Essa riqueza cultural é vista pela Unesco, inclusive, como fator propulsor de desenvolvimento
econômico e social, bem como importante fator de qualificação do ambiente social, do desenvolvimento coletivo e individual. É geradora de oportunidades no campo econômico, contribuindo cada vez mais com a geração de emprego e renda, principalmente aos mais jovens. Assim como a média mundial, cerca de 7% da economia brasileira é economia da cultura.
Nossa política cultural deverá ter um caráter indutor da economia da cultura, criando condições para a sustentabilidade das práticas culturais assim como dos grupos, pequenas empresas, cooperativas e associações de produtores e criadores culturais.
A gestão cultural será democrática e republicana, garantindo o acesso e a acessibilidade dos bens,
produtos e serviços culturais à todas as pessoas.
Deverá ser compreendida não apenas como entretenimento, mas como fonte geradora de valor simbólico (criativo e estético), civilidade, solidariedade e pluralidade.
Respeitar e fomentar toda a Diversidade Cultural do Rio Grande do Sul. As manifestações culturais
tradicionais, rurais e urbanas, étnicas e todas as linguagens artísticas deverão ter espaço, ações, programas e investimentos no Governo Tarso. Devem-se criar as condições onde as Belas Artes, os grandes debates intelectuais e acadêmicos aconteçam, assim como os Festivais de Culturas Populares, das Etnias e das manifestações da Juventude. Enfim, nossa política cultural deve contribuir para que o acesso e a produção cultural seja de fato um Direito Social Básico do Povo Gaúcho.
É preciso, também, reposicionar a cultura gaúcha no cenário nacional e internacional, romper
com a posição provinciana e isolada em que o RS hoje se encontra. Trocas culturais promovem conhecimento mútuo, autoestima, paz, solidariedade e tolerância.
Para um Estado que abrigou de forma pioneira o Fórum Social Mundial, é fundamental desenvolver
um programa de intercâmbio que, não apenas humaniza, mas complementa e amplia trocas
econômicas e simbólicas. Neste sentido, devemos apoiar as iniciativas da Agenda 21 da Cultura
e dialogar permanentemente com nossos irmãos e vizinhos da América Latina.
Propomos então os 13 pontos para a cultura do Rio Grande crescer no ritmo do Brasil:
1. Convocação de uma grande Conferência Estadual de Cultura e Conferências Regionais para
definir planos de metas e ações.
2. Criação de um Sistema Estadual de Cultura, articulado com os Sistemas Municipais de Cultura, constituídos de Conselhos, Planos e Fundos municipais de cultura, possibilitando unidade institucional, harmonização da gestão e assegurando ampliação dos serviços de cultura ao cidadão.
3. Esse sistema será alavancado por um Plano Estadual de Cultura com metas, objetivos e ações
bem definidos e articulados com as diversas áreas da cultura e todos os setores sociais, de forma democrática e com a ampla participação.
4. Criação e institucionalização dos Colegiados Setoriais e dos Planos Setoriais discutidos entre os diferentes setores culturais e/ou as diversas linguagens artísticas.
5. Fortalecimento do Conselho Estadual de Cultura como uma instituição independente e de representação plural e democrática, em conjunto com Conselhos Regionais e Municipais, definidores de políticas públicas.
6. Implantação do Programa Cidadania Cultural que tem como objetivo garantir o acesso à cultura da população de baixa renda a partir de um programa estadual de subsídio para espetáculos, exposições, apresentações, shows, recitais, cinema.
7. Implantação de 500 pontos de cultura, de leitura, pontinhos de cultura, pontos de memória e Cine Mais Cultura. 500 bibliotecas públicas modernizadas em todo o Estado e 500 projetos em todas as cidades do Estado, entre Teatro na Escola, Música na Escola, Autor Presente, Cinema na Escola, Cultura na Escola.
8. Qualificação e reestruturação dos espaços públicos de cultura do Estado como: bibliotecas,
museus, galerias de arte, teatros, estúdios públicos.
9. Implementação do Fundo de Apoio à Cultura–FAC – com recursos públicos e editais por setores culturais, desde o artesanato, as culturas populares, as culturas tradicionais, até a produção cultural urbana e de vanguarda.
10. Reforma da LIC, Lei de Incentivo à Cultura buscando torná-la mais transparente, democrática,
ampliando a distribuição e o acesso dos recursos disponíveis.
11. Reestruturação da Sedac (Secretaria de Estado da Cultura) compreendendo a ampliação do orçamento, a adequação da estrutura institucional e a transversalidade da gestão. Desta forma buscaremos uma maior articulação com os programas e editais do Governo Federal, parcerias e investimentos privados e internacionais e linhas especiais de financiamento através das instituições financeiras. Criaremos órgãos gestores para coordenar projetos e programas que
protejam e promovam a Diversidade e a Cidadania Cultural, a universalização do acesso à cultura e políticas de fomento à Economia Criativa. Garantiremos a transversalidade através do desenvolvimento de políticas conjuntas com as diversas áreas.
12. Estabelecer novos programas de fomento a criação, formação e profissionalização de artistas e gestores das mais diferentes áreas: no teatro, na dança, no circo, nas artes visuais, no audiovisual, na música, na literatura, na memória e patrimônio, no hip hop, no artesanato, além e dos novos campos da criação.
13. Fortalecimento da TVE e FM Cultura, como veículos de comunicação públicos e espaço de promoção e divulgação da diversidade cultural do Rio Grande do Sul, através da implantação de políticas de gestão democráticas, financiamento, programação, atualização tecnológica, adotando as medidas necessárias para migrar de sistema estatal para sistema público, garantindo uma atuação transparente, democrática, com autonomia sobre a sua programação.
domingo, 21 de novembro de 2010
REDES EDUCAÇÃO: PROGRAMA DE GOVERNO DA EDUCAÇÃO TARSO GENRO E BETO GRILL - RS
Redes Educação
É responsabilidade do Estado garantir o direito à educação pública, gratuita, laica e de qualidade social para todos. Qualidade social enquanto processo permanente, de formação integral e emancipação; conhecimento enquanto construção da identidade humana e meio de compreensão do
mundo, reconhecendo o contexto, as diversidades culturais, sociais e políticas, o respeito às diferenças, o avanço da sustentabilidade ambiental e o exercício da democracia.
A nossa Política Educacional tem como base a democratização da educação em três dimensões:
a democratização da gestão, do acesso à escola e do acesso ao conhecimento com qualidade social.
A democratização da escola deve garantir a todos o acesso e a permanência com aprendizagem,
independente da faixa etária e de sua condição peculiar de desenvolvimento. Onde se aprende a democracia pela vivência da gestão democratizada – do Sistema de Ensino à sala de aula. Onde o acesso ao patrimônio cultural acumulado pela humanidade seja garantido para que, em diálogo com os saberes populares, através da ação-reflexão-ação, numa perspectiva interdisciplinar, possa ser construído o conhecimento significativo, libertador, contextualizado, ferramenta de transformação, de emancipação e de humanização.
No caminho inverso, a herança do atual governo é demonstrativa do desmonte da educação: da afronta à dignidade dos trabalhadores à precarização física da rede de escolas, da redução da qualidade da formação dos estudantes ao esvaziamento da gestão democrática. A falta de professores, o enxugamento do apoio pedagógico, a falta de diálogo, de formação continuada e de investimento, são marcas que precisamos superar para a construção da garantia da qualidade social da educação para todos.
Já os oito anos do Governo Lula, instituíram um novo patamar de acesso e qualidade para a educação com o PROUNI, a ampliação das Escolas Técnicas – IFETs, da Rede Federal de Ensino Superior como o Unipampa, ampliação de investimentos em todos os níveis de ensino com construção do FUNDEB, realização da Primeira Conferência Nacional da Educação, ou seja, tudo isto com democracia.
Eixos prioritários de programa para a educação:
1. Assegurar uma Educação de Qualidade:
Mobilizar todos os esforços para que as escolas e espaços educacionais se tornem lugares de organização, construção e difusão da cultura: no campo das ciências, das humanidades, das artes e da tecnologia onde crianças, jovens e adultos aprendem a construir conhecimento.
Tal perspectiva deve materializar-se no projeto da escola, por intermédio da clara definição
dos fins da educação escolar, da reorganização dos espaços e tempos, da identificação de conceitos relevantes no processo ensino aprendizagem, da avaliação processual e diagnóstica voltada para a correção de dificuldades que impedem uma aprendizagem significativa,
da utilização intensa e adequada dos recursos pedagógicos e tecnologias educacionais, do envolvimento da comunidade escolar, do planejamento e gestão coletiva do trabalho pedagógico, da qualidade do ambiente escolar e de suas instalações, e, sobretudo, no investimento na qualificação e valorização do trabalho docente, por meio da garantia de formação inicial e continuada e de salários condizentes com a enorme responsabilidade e desafio de ser professor.
Estimular e garantir suporte a promoção de uma profunda Reestruturação Curricular nas escolas, com ampla participação da comunidade escolar e apoio das Instituições de Ensino Superior, visando à garantia do acesso ao conhecimento-aprendizagem para todos os que estão na escola, a partir da realidade contextualizada historicamente; da articulação do saber popular ao saber científico; da superação da fragmentação do currículo através da integração das áreas do conhecimento (interdisciplinaridade); do respeito às questões culturais e sócio-antropológicas; do incentivo à pesquisa da realidade e da dialogicidade, como método de construção social do conhecimento; repensando a reorganização dos espaços e tempos da escola, as relações de convivência, o planejamento da ação coletiva do trabalho docente; aprofundando os processos de avaliação diagnóstica, sistemática, investigativa e emancipatória, respeitando os tempos e ritmos de aprendizagem dos educandos, diagnosticando avanços e dificuldades, capaz de apontar todas as possibilidades de intervenção, de provocação, de desafio intelectual necessários ao avanço e a construção do conhecimento.
Com as políticas de acesso à escola desenvolvidas pelo governo federal, como o FUNDEB e a instituição do Bolsa Família, a educação pública está vivendo, de fato, a entrada das classes populares na escola. Elas vêm de outro universo cultural diferente da realidade com que a escola tradicionalmente lidou.
Aí, na escola padronizada, a diferença cultural é tida como problema de aprendizagem.
Além de repensar a escola, através do processo de Reestruturação Curricular, vamos construir em
parceria com as universidades a instrumentalização dos trabalhadores em educação através da garantia de espaço de pesquisa, estudo, formação continuada e recursos didático-pedagógicos e tecnológicos que supram suas necessidades.
Promover a participação do Estado nos convênios com o governo federal que dão acesso aos cursos
de graduação e especialização aos professores das redes públicas, bem como para a formação continuada, através da Plataforma Paulo Freire – Programa Nacional de Formação de Professores.
Buscar, em colaboração com os municípios, a universalização do ensino fundamental através de sua
qualificação pedagógica e da articulação de ações com outras políticas públicas, bem como criar o Pacto pela Educação Infantil consolidando políticas, diretrizes e ações destinadas à ampliação do acesso e qualificação deste nível de ensino no Estado.
Promover a Inclusão Escolar com responsabilidade, considerando os diversos espaços como parte
do processo inclusivo, respeitando o direito do aluno e da família, promovendo o aprofundamento do debate, da formação, dos apoios pedagógicos e de recursos humanos, das tecnologias, da acessibilidade e da inclusão em todas as instâncias da sociedade.
Retomar o MOVA-RS, buscando a superação do analfabetismo, numa perspectiva de educação popular.
Apoiar a iniciativa de projetos de educação não formal, fundamentados na Educação Popular e voltados ao atendimento de populações em vulnerabilidade social, bem como a formação dos educadores populares.
Desenvolver ações educativas na rede de ensino estadual sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Qualificar e ampliar a implantação do Pró Jovem pela Secretaria Estadual de Educação de forma articulada com o protagonismo da juventude.
Implementar oficinas de hip hop e oficinas de Cultura Popular, como teatro, dança e música na rede pública estadual de ensino.
Utilizar a Educação à Distância (EAD), em parceria com o governo federal, como alternativa complementar a educação presencial no desenvolvimento de competências, habilidades e conteúdos, e como instrumento de ampliação à informação, capacitação e educação no Estado.
Implementar progressivamente projetos de tempo integral, integrados ao currículo escolar, que valorizem todas as dimensões dos seres humanos, tanto no espaço escolar quanto em parceria com os espaços comunitários, buscando uma educação integrada ao contexto social do bairro e da cidade.
A partir do projeto de desenvolvimento que respeite a identidade e a cultura dos povos, possibilitar a constituição de Programas Alternativos para atender as populações indígenas, afrodescendentes, comunidades quilombolas, acampados e assentados rurais e urbanos, agricultores familiares e outras demandas de grupos sociais.
2. Democratização da Educação para construção da Qualidade na Educação Básica:
Criar a Conferência Estadual de Educação – CONAE/RS – ela terá o papel de desencadear o Planejamento Participativo com a construção coletiva do Plano Estadual de Educação, desenvolvendo um amplo processo de discussão, envolvendo as comunidades escolares, o conjunto de organizações da sociedade ligadas a educação, sindicatos, associações, conselhos, secretarias municipais de educação, universidades e o Conselho de Desenvolvimento Social do nosso Governo, garantindo o protagonismo dos professores.
Garantir a eleição direta por chapa de diretores e vice-diretores, interligada ao projeto político-pedagógico-administrativo e cultural da escola, com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar.
Contribuir para o fortalecimento dos Conselhos de Escola por meio de processos de formação de
Conselheiros.
Investir, em regime de colaboração com União e Municípios, no transporte escolar dos estudantes
– ampliando, com critérios de distância e de renda das famílias, para o Ensino Médio nos Centros Urbanos; incluir atividades de prevenção à saúde, em interação com outras secretarias de governo; implementar uma política pública de alimentação escolar qualificada, priorizando uma alimentação balanceada e o consumo de produtos agroecológicos locais.
Defender o repasse 50% dos royalties do Pré-sal para a educação.
3. A valorização dos trabalhadores em educação e relação de respeito e diálogo com o CPERS/Sindicato:
Para promover essa escola de qualidade social é necessária uma política de valorização profissional dos trabalhadores em educação, estamos empenhados em garantir a melhoria e modernização das condições de trabalho. Reconhecemos o Piso Nacional Profissional do magistério como vencimento básico da carreira, e assumimos o compromisso de criar as condições financeiras necessárias para o pagamento do mesmo.
Implementar a formação continuada e em serviço, financiadas pela mantenedora e em cooperação
com universidades; intercâmbio e troca de experiências nacionais e internacionais, mantendo o professor atualizado na área da educação e promovendo a recuperação dos professores enquanto produtores de conhecimento e promotores culturais pelo apoio à produção coletiva de materiais pedagógicos.
Realizar a qualificação do quadro de trabalhadores em educação através da seleção e admissão
por Concurso Público, substituindo gradativamente os contratos temporários e respeitado o Plano de Carreira e os seus direitos – orientada por políticas afirmativas para a composição dos quadros e direcionada para a comunidade indígena, negros, pessoas deficientes.
Manter uma política de diálogo e respeito à categoria, através de uma relação aberta e construtiva com o CPERS-Sindicato. Exemplo dito será a imediata liberação dos dirigentes sindicais regionais.
4. A qualificação dos espaços físicos, segurança nas escolas e criação de políticas que valorizem o esporte:
Resgatar a escola enquanto espaço de aprendizagem, ciência e cultura, de convivência respeitosa
entre os diferentes atores que fazem a educação. E neste sentido, a construção participativa de políticas e programas de enfrentamento à drogadição e violência nas escolas.
Estimular o esporte como prática de integração e desenvolvimento físico pleno e saudável através
da implementação de programas esportivos diversificados, dentre eles a construção de quadras poliesportivas cobertas, investimento em equipamentos, formação dos professores e a criação das Olimpíadas Estaduais, propiciando ao aluno o contato e a vivência com diversas modalidades esportivas, ampliando suas possibilidades de desenvolvimento e identificação.
Promover a recuperação física das escolas viabilizando a construção, restauração e reforma dos prédios escolares, abolindo totalmente as escolas de lata.
Garantir o pleno funcionamento dos laboratórios de ciências físicas, biológicas e de informática, espaços pedagógicos importantes para a formação e preparação dos estudantes.
Readequar o repasse trimestral de recursos às necessidades das escolas a partir do diálogo com as comunidades escolares.
5. O acesso da comunidade escolar à tecnologia e à cultura:
A garantia e qualificação da informatização da escola com acesso a todos os seguimentos da comunidade escolar, com a devida capacitação de gestores e educadores para utilização das novas tecnologias.
A implantação de um projeto que possibilite a cada professor ter seu computador, criando condições para o incremento de seu papel de educador pesquisador e facilitando a troca de experiências docentes.
Criar espaços de multimídia nas escolas estaduais, com recursos tecnológicos e em parceria com
o governo federal.
O investimento na escola pública enquanto referência cultural e de espaço comunitário, que acolhe e integra as manifestações da comunidade aos processos educacionais.
6. Acesso, suporte à permanência e qualificação do Ensino Médio e Profissional:
Nenhum Jovem sem Escola: Buscar a universalização do Ensino Médio através de um conjunto de
ações que passam pelo investimento na qualificação curricular, em tecnologia e inovação, na aproximação com o mundo do trabalho e na formação permanente dos professores. Para isso, construiremos políticas de suporte ao acesso e permanência com sucesso, como o transporte escolar - ampliando para os centros urbanos – a Bolsa Juventude e os estágios que complementem a formação e subsidiem a sustentação do jovem na escola.
A Educação Profissional e Tecnológica (EPTP abrange a formação inicial e continuada ou qualificação profissional; a Educação Profissional Técnica de nível médio e a de Educação Profissional Tecnológica de graduação e pós-graduação). Partindo desta compreensão e amplitude, o Governo Tarso desenvolverá uma forte Política Pública de Estado de Educação Profissional, em conjunto com a sociedade, articulada com as Políticas de Desenvolvimento, Educação Básica e Superior, Trabalho e Renda, Ciência e tecnologia, Agricultura e Inclusão Social.
Buscar a ampliação e qualificação do ensino profissional, bem como sua integração com o médio,
nas regiões urbanas e rurais, com medidas para garantir a permanência e conclusão com sucesso dos jovens. Para tanto, construiremos uma efetiva articulação da rede estadual com as redes federal e municipal, escolas comunitárias e Sistema S, constituindo um Fórum Estadual de Educação Profissional.
Investir na formação e na permanência dos professores do ensino técnico nas escolas e na recuperação de laboratórios e equipamentos e na articulação dos cursos com os arranjos produtivos locais e regionais, com a sustentabilidade e com a inclusão social. E, quando esta for uma alternativa, disponibilizar cursos de Educação à Distância.
Fortaleceremos a educação agrícola e do campo, articulando com as políticas de agricultura familiar e com os assentamentos da reforma agrária.
Essas medidas visam garantir de uma formação geral sólida e uma educação tecnológica no ensino
médio, como base para a inserção crítica dos educandos no mundo do trabalho e para a construção
de uma cidadania ativa, voltada para a transformação social e materialização de um projeto de desenvolvimento socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente sustentável.
7. O resgate, revitalização e consolidação da UERGS:
O resgate e reconstrução da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), garantindo gestão democrática e participativa, reconhecimento de todos os atos eletivos de seus gestores em todos os níveis, estrutura, condições de funcionamento adequado aos cursos existentes e qualificação dos cursos demandados pela comunidade regional no Estado.
Resgatar o papel da UERGS de promotora de formação de licenciandos conforme as carências regionais e propor que a UERGS se credencie como instituição formadora de quadros para a administração pública.
Vincular a UERGS novamente à área da educação.
Respeitar e construir a autonomia administrativa e financeira da UERGS. Dotar a universidade de orçamento próprio, mediante Projeto de Lei que garanta um percentual fixo de recursos vinculados ao orçamento do Estado.
Ampliar e transformar a UERGS em Instituição Universitária Referência na pesquisa, extensão e
construção de conhecimentos articulada com as comunidades e vocações regionais, valorizando
sua importância para o desenvolvimento econômico, social, cultural e ambientalmente sustentável da sociedade e do Estado gaúcho.
Apoiar o resgate dos cursos de pedagogia da UERGS, voltando a Universidade para a formação de professores das redes públicas e comunitárias, em nível de formação inicial, continuada e pós-graduação, estabelecendo parcerias com as Universidades Comunitárias, Públicas e os Institutos Federais.
Zelar pelo cumprimento pleno dos dispositivos legais estabelecidos na Lei de Criação, Estatuto e
Lei de Cargos e Salários; a garantia, de forma permanente, do quadro legal previsto de técnicos e docentes, mediante concurso público, e eventual ampliação conforme definição do PDI – Plano de
Desenvolvimento Institucional.
8. A criação do PROUNI/RS:
Constituir no Estado um pacto de colaboração horizontal entre as instituições de Ensino Superior
pela qualidade, ampliação do acesso, pesquisa e formação de professores, onde a UERGS terá um
papel estratégico.
Criar o programa de suporte aos estudantes universitários, garantindo condições aos jovens de
famílias de baixa renda acesso ao ensino superior, de forma articulada com o sistema federal e instituições comunitárias. Estabelecer políticas de transporte, estágios, casas de estudante e criar a Bolsa Juventude, com a finalidade de viabilizar ao jovem carente a permanência e a conclusão do ensino médio e o acesso ao ensino superior.
NOTA: participamos da construção deste Programa de Governo na condição de membro da Setorial Estadual de Educação do Partido dos Trabalhadores. E este programa foi construído a partir de debates da formação da direção da setorial em encontro estadual, discussões regionais e debates temáticos em todas as regiões do estado do Rio Grande do Sul. Ele representa milhares de educadores e homens e mulheres que participaram desta construção.
Traz em si o acúmulo também das gestões democráticas e populares do PT e seus aliados em municípios do Rio Grande do Sul, das quatro gestões do PT na capital Porto Alegre, da gestão do companheiro Olívio Dutra no Governo do Estado de 1999 a 2002. E dialoga diretamente com o projeto de educação desenvolvido na gestão do Governo Lula de 2003 a 2010, com especial destaque para o período em que o companheiro Tarso Genro foi Ministro da Educação.
Não poderia deixar de registrar que este programa também é expressão articulada e dialogada de militantes sociais, sindicais, partidários e gestores públicos.
Muito apreendemos nesta longa caminhada e agora chegou a vez de aplicar com mais clareza um Programa de Governo que respeite a autonomia e a independência dos sindicatos perante os governos e partidos e, ao mesmo tempo, garantir que ocorra dialogo e uma construção para uma educação de qualidade e democrática para todos.
Não poderia deixar de registrar que, no nosso caso, participamos ativamente desta construção com muitos educadores da região do Vale dos Sinos e de São Leopoldo e que a nossa Administração Popular inaugurada em 2005 e reeleita em 2008 com 77,4% dos votos sob a liderança do companheiro Vanazzi foi capaz de executar integralmente o programa de governo então apresentado na eleição de 2004 o que tem possibilitado, sem perdas e sem retrocessos, grandes avanços e a construção de uma nova representação estadual para o educadores da região. A companheira Ana Affonso será nossa Deputada Estadual com fortes compromissos com este programa e articulará um grande diálogo entre os diversos atores da área.
Nossas tarefas e responsabilidades não aumentam nem diminuem com vitórias ou derrotas elas sempre são as mesmas a diferença principal é que com vitórias os meios para realizá-las estão ao nosso alcance.
Com a Vitória de Dilma no Brasil, Tarso no RS e Vanazzi governando São Leopoldo teremos agora a extraordinária oportunidade de avançar de forma mais articulada na realização do nosso grande projeto de sociedade.
Boa Leitura, Boa luta e muito trabalho.
Viva a Educação!!!
É responsabilidade do Estado garantir o direito à educação pública, gratuita, laica e de qualidade social para todos. Qualidade social enquanto processo permanente, de formação integral e emancipação; conhecimento enquanto construção da identidade humana e meio de compreensão do
mundo, reconhecendo o contexto, as diversidades culturais, sociais e políticas, o respeito às diferenças, o avanço da sustentabilidade ambiental e o exercício da democracia.
A nossa Política Educacional tem como base a democratização da educação em três dimensões:
a democratização da gestão, do acesso à escola e do acesso ao conhecimento com qualidade social.
A democratização da escola deve garantir a todos o acesso e a permanência com aprendizagem,
independente da faixa etária e de sua condição peculiar de desenvolvimento. Onde se aprende a democracia pela vivência da gestão democratizada – do Sistema de Ensino à sala de aula. Onde o acesso ao patrimônio cultural acumulado pela humanidade seja garantido para que, em diálogo com os saberes populares, através da ação-reflexão-ação, numa perspectiva interdisciplinar, possa ser construído o conhecimento significativo, libertador, contextualizado, ferramenta de transformação, de emancipação e de humanização.
No caminho inverso, a herança do atual governo é demonstrativa do desmonte da educação: da afronta à dignidade dos trabalhadores à precarização física da rede de escolas, da redução da qualidade da formação dos estudantes ao esvaziamento da gestão democrática. A falta de professores, o enxugamento do apoio pedagógico, a falta de diálogo, de formação continuada e de investimento, são marcas que precisamos superar para a construção da garantia da qualidade social da educação para todos.
Já os oito anos do Governo Lula, instituíram um novo patamar de acesso e qualidade para a educação com o PROUNI, a ampliação das Escolas Técnicas – IFETs, da Rede Federal de Ensino Superior como o Unipampa, ampliação de investimentos em todos os níveis de ensino com construção do FUNDEB, realização da Primeira Conferência Nacional da Educação, ou seja, tudo isto com democracia.
Eixos prioritários de programa para a educação:
1. Assegurar uma Educação de Qualidade:
Mobilizar todos os esforços para que as escolas e espaços educacionais se tornem lugares de organização, construção e difusão da cultura: no campo das ciências, das humanidades, das artes e da tecnologia onde crianças, jovens e adultos aprendem a construir conhecimento.
Tal perspectiva deve materializar-se no projeto da escola, por intermédio da clara definição
dos fins da educação escolar, da reorganização dos espaços e tempos, da identificação de conceitos relevantes no processo ensino aprendizagem, da avaliação processual e diagnóstica voltada para a correção de dificuldades que impedem uma aprendizagem significativa,
da utilização intensa e adequada dos recursos pedagógicos e tecnologias educacionais, do envolvimento da comunidade escolar, do planejamento e gestão coletiva do trabalho pedagógico, da qualidade do ambiente escolar e de suas instalações, e, sobretudo, no investimento na qualificação e valorização do trabalho docente, por meio da garantia de formação inicial e continuada e de salários condizentes com a enorme responsabilidade e desafio de ser professor.
Estimular e garantir suporte a promoção de uma profunda Reestruturação Curricular nas escolas, com ampla participação da comunidade escolar e apoio das Instituições de Ensino Superior, visando à garantia do acesso ao conhecimento-aprendizagem para todos os que estão na escola, a partir da realidade contextualizada historicamente; da articulação do saber popular ao saber científico; da superação da fragmentação do currículo através da integração das áreas do conhecimento (interdisciplinaridade); do respeito às questões culturais e sócio-antropológicas; do incentivo à pesquisa da realidade e da dialogicidade, como método de construção social do conhecimento; repensando a reorganização dos espaços e tempos da escola, as relações de convivência, o planejamento da ação coletiva do trabalho docente; aprofundando os processos de avaliação diagnóstica, sistemática, investigativa e emancipatória, respeitando os tempos e ritmos de aprendizagem dos educandos, diagnosticando avanços e dificuldades, capaz de apontar todas as possibilidades de intervenção, de provocação, de desafio intelectual necessários ao avanço e a construção do conhecimento.
Com as políticas de acesso à escola desenvolvidas pelo governo federal, como o FUNDEB e a instituição do Bolsa Família, a educação pública está vivendo, de fato, a entrada das classes populares na escola. Elas vêm de outro universo cultural diferente da realidade com que a escola tradicionalmente lidou.
Aí, na escola padronizada, a diferença cultural é tida como problema de aprendizagem.
Além de repensar a escola, através do processo de Reestruturação Curricular, vamos construir em
parceria com as universidades a instrumentalização dos trabalhadores em educação através da garantia de espaço de pesquisa, estudo, formação continuada e recursos didático-pedagógicos e tecnológicos que supram suas necessidades.
Promover a participação do Estado nos convênios com o governo federal que dão acesso aos cursos
de graduação e especialização aos professores das redes públicas, bem como para a formação continuada, através da Plataforma Paulo Freire – Programa Nacional de Formação de Professores.
Buscar, em colaboração com os municípios, a universalização do ensino fundamental através de sua
qualificação pedagógica e da articulação de ações com outras políticas públicas, bem como criar o Pacto pela Educação Infantil consolidando políticas, diretrizes e ações destinadas à ampliação do acesso e qualificação deste nível de ensino no Estado.
Promover a Inclusão Escolar com responsabilidade, considerando os diversos espaços como parte
do processo inclusivo, respeitando o direito do aluno e da família, promovendo o aprofundamento do debate, da formação, dos apoios pedagógicos e de recursos humanos, das tecnologias, da acessibilidade e da inclusão em todas as instâncias da sociedade.
Retomar o MOVA-RS, buscando a superação do analfabetismo, numa perspectiva de educação popular.
Apoiar a iniciativa de projetos de educação não formal, fundamentados na Educação Popular e voltados ao atendimento de populações em vulnerabilidade social, bem como a formação dos educadores populares.
Desenvolver ações educativas na rede de ensino estadual sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Qualificar e ampliar a implantação do Pró Jovem pela Secretaria Estadual de Educação de forma articulada com o protagonismo da juventude.
Implementar oficinas de hip hop e oficinas de Cultura Popular, como teatro, dança e música na rede pública estadual de ensino.
Utilizar a Educação à Distância (EAD), em parceria com o governo federal, como alternativa complementar a educação presencial no desenvolvimento de competências, habilidades e conteúdos, e como instrumento de ampliação à informação, capacitação e educação no Estado.
Implementar progressivamente projetos de tempo integral, integrados ao currículo escolar, que valorizem todas as dimensões dos seres humanos, tanto no espaço escolar quanto em parceria com os espaços comunitários, buscando uma educação integrada ao contexto social do bairro e da cidade.
A partir do projeto de desenvolvimento que respeite a identidade e a cultura dos povos, possibilitar a constituição de Programas Alternativos para atender as populações indígenas, afrodescendentes, comunidades quilombolas, acampados e assentados rurais e urbanos, agricultores familiares e outras demandas de grupos sociais.
2. Democratização da Educação para construção da Qualidade na Educação Básica:
Criar a Conferência Estadual de Educação – CONAE/RS – ela terá o papel de desencadear o Planejamento Participativo com a construção coletiva do Plano Estadual de Educação, desenvolvendo um amplo processo de discussão, envolvendo as comunidades escolares, o conjunto de organizações da sociedade ligadas a educação, sindicatos, associações, conselhos, secretarias municipais de educação, universidades e o Conselho de Desenvolvimento Social do nosso Governo, garantindo o protagonismo dos professores.
Garantir a eleição direta por chapa de diretores e vice-diretores, interligada ao projeto político-pedagógico-administrativo e cultural da escola, com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar.
Contribuir para o fortalecimento dos Conselhos de Escola por meio de processos de formação de
Conselheiros.
Investir, em regime de colaboração com União e Municípios, no transporte escolar dos estudantes
– ampliando, com critérios de distância e de renda das famílias, para o Ensino Médio nos Centros Urbanos; incluir atividades de prevenção à saúde, em interação com outras secretarias de governo; implementar uma política pública de alimentação escolar qualificada, priorizando uma alimentação balanceada e o consumo de produtos agroecológicos locais.
Defender o repasse 50% dos royalties do Pré-sal para a educação.
3. A valorização dos trabalhadores em educação e relação de respeito e diálogo com o CPERS/Sindicato:
Para promover essa escola de qualidade social é necessária uma política de valorização profissional dos trabalhadores em educação, estamos empenhados em garantir a melhoria e modernização das condições de trabalho. Reconhecemos o Piso Nacional Profissional do magistério como vencimento básico da carreira, e assumimos o compromisso de criar as condições financeiras necessárias para o pagamento do mesmo.
Implementar a formação continuada e em serviço, financiadas pela mantenedora e em cooperação
com universidades; intercâmbio e troca de experiências nacionais e internacionais, mantendo o professor atualizado na área da educação e promovendo a recuperação dos professores enquanto produtores de conhecimento e promotores culturais pelo apoio à produção coletiva de materiais pedagógicos.
Realizar a qualificação do quadro de trabalhadores em educação através da seleção e admissão
por Concurso Público, substituindo gradativamente os contratos temporários e respeitado o Plano de Carreira e os seus direitos – orientada por políticas afirmativas para a composição dos quadros e direcionada para a comunidade indígena, negros, pessoas deficientes.
Manter uma política de diálogo e respeito à categoria, através de uma relação aberta e construtiva com o CPERS-Sindicato. Exemplo dito será a imediata liberação dos dirigentes sindicais regionais.
4. A qualificação dos espaços físicos, segurança nas escolas e criação de políticas que valorizem o esporte:
Resgatar a escola enquanto espaço de aprendizagem, ciência e cultura, de convivência respeitosa
entre os diferentes atores que fazem a educação. E neste sentido, a construção participativa de políticas e programas de enfrentamento à drogadição e violência nas escolas.
Estimular o esporte como prática de integração e desenvolvimento físico pleno e saudável através
da implementação de programas esportivos diversificados, dentre eles a construção de quadras poliesportivas cobertas, investimento em equipamentos, formação dos professores e a criação das Olimpíadas Estaduais, propiciando ao aluno o contato e a vivência com diversas modalidades esportivas, ampliando suas possibilidades de desenvolvimento e identificação.
Promover a recuperação física das escolas viabilizando a construção, restauração e reforma dos prédios escolares, abolindo totalmente as escolas de lata.
Garantir o pleno funcionamento dos laboratórios de ciências físicas, biológicas e de informática, espaços pedagógicos importantes para a formação e preparação dos estudantes.
Readequar o repasse trimestral de recursos às necessidades das escolas a partir do diálogo com as comunidades escolares.
5. O acesso da comunidade escolar à tecnologia e à cultura:
A garantia e qualificação da informatização da escola com acesso a todos os seguimentos da comunidade escolar, com a devida capacitação de gestores e educadores para utilização das novas tecnologias.
A implantação de um projeto que possibilite a cada professor ter seu computador, criando condições para o incremento de seu papel de educador pesquisador e facilitando a troca de experiências docentes.
Criar espaços de multimídia nas escolas estaduais, com recursos tecnológicos e em parceria com
o governo federal.
O investimento na escola pública enquanto referência cultural e de espaço comunitário, que acolhe e integra as manifestações da comunidade aos processos educacionais.
6. Acesso, suporte à permanência e qualificação do Ensino Médio e Profissional:
Nenhum Jovem sem Escola: Buscar a universalização do Ensino Médio através de um conjunto de
ações que passam pelo investimento na qualificação curricular, em tecnologia e inovação, na aproximação com o mundo do trabalho e na formação permanente dos professores. Para isso, construiremos políticas de suporte ao acesso e permanência com sucesso, como o transporte escolar - ampliando para os centros urbanos – a Bolsa Juventude e os estágios que complementem a formação e subsidiem a sustentação do jovem na escola.
A Educação Profissional e Tecnológica (EPTP abrange a formação inicial e continuada ou qualificação profissional; a Educação Profissional Técnica de nível médio e a de Educação Profissional Tecnológica de graduação e pós-graduação). Partindo desta compreensão e amplitude, o Governo Tarso desenvolverá uma forte Política Pública de Estado de Educação Profissional, em conjunto com a sociedade, articulada com as Políticas de Desenvolvimento, Educação Básica e Superior, Trabalho e Renda, Ciência e tecnologia, Agricultura e Inclusão Social.
Buscar a ampliação e qualificação do ensino profissional, bem como sua integração com o médio,
nas regiões urbanas e rurais, com medidas para garantir a permanência e conclusão com sucesso dos jovens. Para tanto, construiremos uma efetiva articulação da rede estadual com as redes federal e municipal, escolas comunitárias e Sistema S, constituindo um Fórum Estadual de Educação Profissional.
Investir na formação e na permanência dos professores do ensino técnico nas escolas e na recuperação de laboratórios e equipamentos e na articulação dos cursos com os arranjos produtivos locais e regionais, com a sustentabilidade e com a inclusão social. E, quando esta for uma alternativa, disponibilizar cursos de Educação à Distância.
Fortaleceremos a educação agrícola e do campo, articulando com as políticas de agricultura familiar e com os assentamentos da reforma agrária.
Essas medidas visam garantir de uma formação geral sólida e uma educação tecnológica no ensino
médio, como base para a inserção crítica dos educandos no mundo do trabalho e para a construção
de uma cidadania ativa, voltada para a transformação social e materialização de um projeto de desenvolvimento socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente sustentável.
7. O resgate, revitalização e consolidação da UERGS:
O resgate e reconstrução da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), garantindo gestão democrática e participativa, reconhecimento de todos os atos eletivos de seus gestores em todos os níveis, estrutura, condições de funcionamento adequado aos cursos existentes e qualificação dos cursos demandados pela comunidade regional no Estado.
Resgatar o papel da UERGS de promotora de formação de licenciandos conforme as carências regionais e propor que a UERGS se credencie como instituição formadora de quadros para a administração pública.
Vincular a UERGS novamente à área da educação.
Respeitar e construir a autonomia administrativa e financeira da UERGS. Dotar a universidade de orçamento próprio, mediante Projeto de Lei que garanta um percentual fixo de recursos vinculados ao orçamento do Estado.
Ampliar e transformar a UERGS em Instituição Universitária Referência na pesquisa, extensão e
construção de conhecimentos articulada com as comunidades e vocações regionais, valorizando
sua importância para o desenvolvimento econômico, social, cultural e ambientalmente sustentável da sociedade e do Estado gaúcho.
Apoiar o resgate dos cursos de pedagogia da UERGS, voltando a Universidade para a formação de professores das redes públicas e comunitárias, em nível de formação inicial, continuada e pós-graduação, estabelecendo parcerias com as Universidades Comunitárias, Públicas e os Institutos Federais.
Zelar pelo cumprimento pleno dos dispositivos legais estabelecidos na Lei de Criação, Estatuto e
Lei de Cargos e Salários; a garantia, de forma permanente, do quadro legal previsto de técnicos e docentes, mediante concurso público, e eventual ampliação conforme definição do PDI – Plano de
Desenvolvimento Institucional.
8. A criação do PROUNI/RS:
Constituir no Estado um pacto de colaboração horizontal entre as instituições de Ensino Superior
pela qualidade, ampliação do acesso, pesquisa e formação de professores, onde a UERGS terá um
papel estratégico.
Criar o programa de suporte aos estudantes universitários, garantindo condições aos jovens de
famílias de baixa renda acesso ao ensino superior, de forma articulada com o sistema federal e instituições comunitárias. Estabelecer políticas de transporte, estágios, casas de estudante e criar a Bolsa Juventude, com a finalidade de viabilizar ao jovem carente a permanência e a conclusão do ensino médio e o acesso ao ensino superior.
NOTA: participamos da construção deste Programa de Governo na condição de membro da Setorial Estadual de Educação do Partido dos Trabalhadores. E este programa foi construído a partir de debates da formação da direção da setorial em encontro estadual, discussões regionais e debates temáticos em todas as regiões do estado do Rio Grande do Sul. Ele representa milhares de educadores e homens e mulheres que participaram desta construção.
Traz em si o acúmulo também das gestões democráticas e populares do PT e seus aliados em municípios do Rio Grande do Sul, das quatro gestões do PT na capital Porto Alegre, da gestão do companheiro Olívio Dutra no Governo do Estado de 1999 a 2002. E dialoga diretamente com o projeto de educação desenvolvido na gestão do Governo Lula de 2003 a 2010, com especial destaque para o período em que o companheiro Tarso Genro foi Ministro da Educação.
Não poderia deixar de registrar que este programa também é expressão articulada e dialogada de militantes sociais, sindicais, partidários e gestores públicos.
Muito apreendemos nesta longa caminhada e agora chegou a vez de aplicar com mais clareza um Programa de Governo que respeite a autonomia e a independência dos sindicatos perante os governos e partidos e, ao mesmo tempo, garantir que ocorra dialogo e uma construção para uma educação de qualidade e democrática para todos.
Não poderia deixar de registrar que, no nosso caso, participamos ativamente desta construção com muitos educadores da região do Vale dos Sinos e de São Leopoldo e que a nossa Administração Popular inaugurada em 2005 e reeleita em 2008 com 77,4% dos votos sob a liderança do companheiro Vanazzi foi capaz de executar integralmente o programa de governo então apresentado na eleição de 2004 o que tem possibilitado, sem perdas e sem retrocessos, grandes avanços e a construção de uma nova representação estadual para o educadores da região. A companheira Ana Affonso será nossa Deputada Estadual com fortes compromissos com este programa e articulará um grande diálogo entre os diversos atores da área.
Nossas tarefas e responsabilidades não aumentam nem diminuem com vitórias ou derrotas elas sempre são as mesmas a diferença principal é que com vitórias os meios para realizá-las estão ao nosso alcance.
Com a Vitória de Dilma no Brasil, Tarso no RS e Vanazzi governando São Leopoldo teremos agora a extraordinária oportunidade de avançar de forma mais articulada na realização do nosso grande projeto de sociedade.
Boa Leitura, Boa luta e muito trabalho.
Viva a Educação!!!
sábado, 13 de novembro de 2010
CAUSE WE´VE ENDED LOVERS - STEWIE WONDER
Sneaking kisses in the hall
Parting love notes are on the wall
Been each other's all and all each day
Lovers walking in the rain
So close we felt each other's pain
But now you say that love has died away
*'Cause we've ended now as lovers
Doesn't mean that we each other can't be friends
'Cause we've ended now as lovers
Does our love for one another have to end
I remember teaching you
On piano 'Tea for Two'
And how playing it wrong I kissed your hand
But when our love has gone and passed
Why does the good exceed the bad
Well that's one thing I'll never understand
'Cause I remember us at class
You were always the one to pass
And gave me answers right to see me through
But that was more than years ago
And who will love me I don't know
It's sad for sure but true it won't be you
Parting love notes are on the wall
Been each other's all and all each day
Lovers walking in the rain
So close we felt each other's pain
But now you say that love has died away
*'Cause we've ended now as lovers
Doesn't mean that we each other can't be friends
'Cause we've ended now as lovers
Does our love for one another have to end
I remember teaching you
On piano 'Tea for Two'
And how playing it wrong I kissed your hand
But when our love has gone and passed
Why does the good exceed the bad
Well that's one thing I'll never understand
'Cause I remember us at class
You were always the one to pass
And gave me answers right to see me through
But that was more than years ago
And who will love me I don't know
It's sad for sure but true it won't be you
terça-feira, 9 de novembro de 2010
POR CIMA DA CARNE SECA - CURIOSIDADES
Já faz um tempo que tenho falado desta expressão. E uso ela para mostrar aos alunos que por tras de algumas expressões típicas do cotidiano existem situações determinadas de onde estas expressões são originárias.
Eu interpreto assim: por cima da carne seca é a situação do dono da charqueada que fica olhando em panorâmica para os escravos que estão abaixo da carne seca colocando ou retirando o charque das varas da charqueada. Tô até vendo o seu moço na varanda da estãncia a visualizar a indiada e a negrada (sic) a estender as tiras de carne salgadas nas varas.
Dei até uma busca no google e, por incrível que pareça, a maior parte das interpretações leva para a história do charque, mas não mostra a situação apontada pelo dizer POR CIMA DA CARNE SECA.
Me lembrei de Heidegger que dizia que a interpretação existencial é superior a interpretação histórica, pois dá conta do contexto ontológico da ação.
Pensei que haveria uma perspectiva melhor que a minha suave e forçada interpretação da realidade.
Então fica assim: o dono da charqueada, senhor dos escravos, proprietário da estância e do gado não sente uma gota de sal nas costas. E muitas vezes deve ter passado por cima dos montes de carne seca para verificar quanto seria enviado para a freguesia ou quanto rendeu a última charqueada do verão. Por isto está por cima da carne seca.
Eita mundão véio sô...
Eu interpreto assim: por cima da carne seca é a situação do dono da charqueada que fica olhando em panorâmica para os escravos que estão abaixo da carne seca colocando ou retirando o charque das varas da charqueada. Tô até vendo o seu moço na varanda da estãncia a visualizar a indiada e a negrada (sic) a estender as tiras de carne salgadas nas varas.
Dei até uma busca no google e, por incrível que pareça, a maior parte das interpretações leva para a história do charque, mas não mostra a situação apontada pelo dizer POR CIMA DA CARNE SECA.
Me lembrei de Heidegger que dizia que a interpretação existencial é superior a interpretação histórica, pois dá conta do contexto ontológico da ação.
Pensei que haveria uma perspectiva melhor que a minha suave e forçada interpretação da realidade.
Então fica assim: o dono da charqueada, senhor dos escravos, proprietário da estância e do gado não sente uma gota de sal nas costas. E muitas vezes deve ter passado por cima dos montes de carne seca para verificar quanto seria enviado para a freguesia ou quanto rendeu a última charqueada do verão. Por isto está por cima da carne seca.
Eita mundão véio sô...
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POR CIMA DA CARNE SECA - CURIOSIDADES
sábado, 6 de novembro de 2010
POLÍTICA E RELIGIÃO: ALGUMAS ANOTAÇÕES PÓS-ELEITORAIS
Em meio ao debate regressivo imposto pelo adversário fiquei pensando na relação entre política e religião.
Todos falam em estado laico.
Sim o estado deve ser laico: governantes não devem promover discriminação entre credos religiosos, generalizar conflitos de poder na religião.
O respeito às diferenças não é só uma consideração institucional, é também o reconhecimento do direito à livre orientação e opção religiosa.
E o respeito às diferenças é também o reconhecimento do direito à livre orientação e opção políticas. Quando se mistura isto temos aí um par muito incongruente, porque orientações religiosas e orientações políticas tem em comum muitas vezes dogmatismos e concepções que tendem a irracionalidade quando se misturam.
Por isto devemos evitar esta mistura grosseira e regressiva, sob pena de começarmos a construir conflitos eternos entre sujeitos políticos e religiosos, uma regressão em tanto – O Brasil não merece isto.
Entre o fim do primeiro turno e todo segundo turno assistimos a isto, quase sem poder fazer nada em relação a isto, incluso porque o debate ficou contaminado por questões como terrorismo, aborto, ficha policial e etc. Foi uma atitude muito irresponsável do candidato Serra.
Na minha opinião foi um verdadeiro atentado a democracia brasileira, pois combinava os princípios do terror e do medo na esfera política.
É bom lembrar que Hitler usou os mesmos princípios contra os judeus e outros segmentos sociais.
Insuflando pânico alavancou um processo de violência que custou muitas vidas ao longo de 12 anos da história da Alemanha (1933-1945) e que para ser estancado custou muitas vidas ao longo dos seis anos da segunda grande guerra (1939-1945).
Vamos precisar trabalhar muito e debater seriamente para que este recurso sujo e irresponsável não vire uma constante nas eleições, seja por desespero, seja de forma criminosa e intencional.
Pensei e fiquei muito preocupado com a hipótese de virar lugar comum as religiões fazerem escolhas políticas e partidárias e os partidos fazerem escolhas religiosas.
Se acaba por discriminar este ou aquele partido e esta ou aquela religião. É este o caminho mais curto para a guerra e a rivalidade constante no seio da sociedade.
É preciso estabelecer acordos sobre isto com as religiões e os partidos políticos.
Precisamos evitar esta contagiosa regressão e perversão.
Porque daí advirão todos os conflitos possíveis com um caráter dogmático.
Como aliás assistimos nas últimas semanas da eleição que perpassaram.
Se a Política definir e escolher a Religião oficial ou parceira, e a Religião escolher a política parceira não teremos estabilidade social e isto que eu digo aqui deve dar uma idéia de quanto eu e muitos outros ficamos preocupados não somente com vitória ou derrota eleitoral.
Porque é uma péssima idéia combinar fanatismo religioso com fanatismo político e o debate completamente endiabrado do aborto fazia isto.
Que o estado deva ser laico e que a política deva evitar o recursos a religião, portanto, não é somente uma questão filosófica ou um princípio celeste.
É uma claúsula de preservação social que deveria ser respeitada com mais rigor por candidatos e partidos, e isto também vale para a gestão pública.
Todos falam em estado laico.
Sim o estado deve ser laico: governantes não devem promover discriminação entre credos religiosos, generalizar conflitos de poder na religião.
O respeito às diferenças não é só uma consideração institucional, é também o reconhecimento do direito à livre orientação e opção religiosa.
E o respeito às diferenças é também o reconhecimento do direito à livre orientação e opção políticas. Quando se mistura isto temos aí um par muito incongruente, porque orientações religiosas e orientações políticas tem em comum muitas vezes dogmatismos e concepções que tendem a irracionalidade quando se misturam.
Por isto devemos evitar esta mistura grosseira e regressiva, sob pena de começarmos a construir conflitos eternos entre sujeitos políticos e religiosos, uma regressão em tanto – O Brasil não merece isto.
Entre o fim do primeiro turno e todo segundo turno assistimos a isto, quase sem poder fazer nada em relação a isto, incluso porque o debate ficou contaminado por questões como terrorismo, aborto, ficha policial e etc. Foi uma atitude muito irresponsável do candidato Serra.
Na minha opinião foi um verdadeiro atentado a democracia brasileira, pois combinava os princípios do terror e do medo na esfera política.
É bom lembrar que Hitler usou os mesmos princípios contra os judeus e outros segmentos sociais.
Insuflando pânico alavancou um processo de violência que custou muitas vidas ao longo de 12 anos da história da Alemanha (1933-1945) e que para ser estancado custou muitas vidas ao longo dos seis anos da segunda grande guerra (1939-1945).
Vamos precisar trabalhar muito e debater seriamente para que este recurso sujo e irresponsável não vire uma constante nas eleições, seja por desespero, seja de forma criminosa e intencional.
Pensei e fiquei muito preocupado com a hipótese de virar lugar comum as religiões fazerem escolhas políticas e partidárias e os partidos fazerem escolhas religiosas.
Se acaba por discriminar este ou aquele partido e esta ou aquela religião. É este o caminho mais curto para a guerra e a rivalidade constante no seio da sociedade.
É preciso estabelecer acordos sobre isto com as religiões e os partidos políticos.
Precisamos evitar esta contagiosa regressão e perversão.
Porque daí advirão todos os conflitos possíveis com um caráter dogmático.
Como aliás assistimos nas últimas semanas da eleição que perpassaram.
Se a Política definir e escolher a Religião oficial ou parceira, e a Religião escolher a política parceira não teremos estabilidade social e isto que eu digo aqui deve dar uma idéia de quanto eu e muitos outros ficamos preocupados não somente com vitória ou derrota eleitoral.
Porque é uma péssima idéia combinar fanatismo religioso com fanatismo político e o debate completamente endiabrado do aborto fazia isto.
Que o estado deva ser laico e que a política deva evitar o recursos a religião, portanto, não é somente uma questão filosófica ou um princípio celeste.
É uma claúsula de preservação social que deveria ser respeitada com mais rigor por candidatos e partidos, e isto também vale para a gestão pública.
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POLÍTICA E RELIGIÃO - ELEIÇÕES 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
TEORIA DO AUTO-ENGANO
Hoje comprei de novo, um livro que me foi de muito interesse em meados dos anos 90 e que eu li com intensa reflexão. Naquela época eu estudava duas coisas combinadas da filosofia moderna e contemporânea, de um lado a filosofia da consciência de Descartes a Kant e, de outro lado, a filosofia da lógica de Kant a Wittgenstein. Não preciso dizer que era um embrulho conflitivo este. Mas em filosofia bons problemas são assim mesmo.
Pois bem, na época de lançamento comprei o livro e emprestei para um parente que nunca mais me devolveu. Ou devolveu e eu não fui capaz de fazer o registro adequado. E andei, de certa forma, desde a primeira leitura do livro a 15 anos atrás até a sua recompra ontem na Feira do Livro de Porto Alegre, meditando sobre os problemas deste tema.
Comprei o livro antes de uma reunião da setorial estadual de educação do Partido dos Trabalhadores (autre chose). Onde você que me lê, deve imaginar que não nos permitimos auto-enganos individuais, muito menos coletivos, depois de diversos anos e experiências partidárias, sindicais e de gestão. Ou seja, é uma instãncia do PT-RS com acúmulo suficiente para ser extremamente rigorosa e qualitativa como os novos tempos nos exigem mais ainda. (detail)
Estava com saudades do livro e do tratamento que o autor dá a ele, porque na minha primeira leitura, a obra me suscitou um conjunto de interrogações de filosofia da psicologia, filosofia moral e da ação e, também, de teoria do conhecimento que me são muito caras desde o início da minha formação. E que, por fim, combinadas com a minha logiquinha elementar e minha interpretação da teoria do conhecimento e da filosofia da consciência me trazem bons e velhos problemas de filosofia.
O livro é o AUTO-ENGANO de Eduardo Gianetti da Fonseca e foi reeditado em versão Pocket Book pela COMPANHIA DAS LETRAS agora COMPANHIA DE BOLSO da EDITORA SCHWARTZ. Editora que surgiu justamente no primeiro boom das ciências humanas e sociais logo ali no início dos anos 90.
Ao retomar as reflexões me dispus a colocar, com todas as hesitações possíveis e ressalvas necessárias o debate em aberto para uma comunidade do Orkut. Para ver o que dali pode advir. E também para excitar os meus pensamentos com as intervenções dos jovens e não tão jovens filósofos que ali argumentam.
Assim:
TEORIA DO AUTO-ENGANO
ORELHA DO LIVRO
Estarei usando a versão do Pocket Book da Companhia de Bolso, edição 2009.
Nesta edição o resumo que vou usar agora está na contracapa. (Poderemos, depois de avançarmos um pouco mais, providenciar um resumo mais técnico.)
Cito:
"Mentimos para nós mesmos o tempo todo: adiantamos o despertador para não perder a hora, acreditamos nas juras da pessoa amada, lembramos e esquecemos de acordo com nossas convicções. Para o nosso bem ou nossa ruína, o auto-engano permeia grande parte das opções e julgamentos que fazemos. Corrente também no plano biológico - um vírus altera a própria estrutura química para iludir o sistema imunológico -, esse fenômeno se baseia na capacidade que temos de acreditar que somos aquilo que não somos. O economista Eduardo Gianetti faz, aqui, uma reflexão profunda e original sobre a necessidade que tem o ser humano de iludir a si mesmo, bem como sobre as implicações éticas dessa tendência na vida pública e na vida pessoal."
SIC...
Pois bem, na época de lançamento comprei o livro e emprestei para um parente que nunca mais me devolveu. Ou devolveu e eu não fui capaz de fazer o registro adequado. E andei, de certa forma, desde a primeira leitura do livro a 15 anos atrás até a sua recompra ontem na Feira do Livro de Porto Alegre, meditando sobre os problemas deste tema.
Comprei o livro antes de uma reunião da setorial estadual de educação do Partido dos Trabalhadores (autre chose). Onde você que me lê, deve imaginar que não nos permitimos auto-enganos individuais, muito menos coletivos, depois de diversos anos e experiências partidárias, sindicais e de gestão. Ou seja, é uma instãncia do PT-RS com acúmulo suficiente para ser extremamente rigorosa e qualitativa como os novos tempos nos exigem mais ainda. (detail)
Estava com saudades do livro e do tratamento que o autor dá a ele, porque na minha primeira leitura, a obra me suscitou um conjunto de interrogações de filosofia da psicologia, filosofia moral e da ação e, também, de teoria do conhecimento que me são muito caras desde o início da minha formação. E que, por fim, combinadas com a minha logiquinha elementar e minha interpretação da teoria do conhecimento e da filosofia da consciência me trazem bons e velhos problemas de filosofia.
O livro é o AUTO-ENGANO de Eduardo Gianetti da Fonseca e foi reeditado em versão Pocket Book pela COMPANHIA DAS LETRAS agora COMPANHIA DE BOLSO da EDITORA SCHWARTZ. Editora que surgiu justamente no primeiro boom das ciências humanas e sociais logo ali no início dos anos 90.
Ao retomar as reflexões me dispus a colocar, com todas as hesitações possíveis e ressalvas necessárias o debate em aberto para uma comunidade do Orkut. Para ver o que dali pode advir. E também para excitar os meus pensamentos com as intervenções dos jovens e não tão jovens filósofos que ali argumentam.
Assim:
TEORIA DO AUTO-ENGANO
Há já algum tempo que tenho pensado se proponho ou não um debate sobre este tema aos colegas de comunidade, incluso aqueles que não se consideram colegas. Minha dúvida em relação a esta iniciativa tem sua base na minha completa situação de pouca fé em relação a qualidade dos debates deste tipo de comunidade.
Para evitar a lambança tradicional e aos exibicionismos argumentativos.
Partirei do princípio de que somos todos honestos quando argumentamos.
Vou usar como base para exame e discussão da teoria o trabalho de Eduardo Gianetti da Fonseca que me parece resumir adequadamente, salvo correção de vocês, tanto a teoria geral do auto-engano quanto as implicações da sua admissão. Pelo menos assim me parece.
A questão inicial para mim é: Quais as implicações de uma refutação ou comprovação desta teoria?
Quem vai começar a argumentar contra ou a favor disso?
OBs. Peço desculpas de antemão se minha apresentação não é a mais adequada, e com isso aceito propostas melhores.
ORELHA DO LIVRO
Estarei usando a versão do Pocket Book da Companhia de Bolso, edição 2009.
Nesta edição o resumo que vou usar agora está na contracapa. (Poderemos, depois de avançarmos um pouco mais, providenciar um resumo mais técnico.)
Cito:
"Mentimos para nós mesmos o tempo todo: adiantamos o despertador para não perder a hora, acreditamos nas juras da pessoa amada, lembramos e esquecemos de acordo com nossas convicções. Para o nosso bem ou nossa ruína, o auto-engano permeia grande parte das opções e julgamentos que fazemos. Corrente também no plano biológico - um vírus altera a própria estrutura química para iludir o sistema imunológico -, esse fenômeno se baseia na capacidade que temos de acreditar que somos aquilo que não somos. O economista Eduardo Gianetti faz, aqui, uma reflexão profunda e original sobre a necessidade que tem o ser humano de iludir a si mesmo, bem como sobre as implicações éticas dessa tendência na vida pública e na vida pessoal."
SIC...
domingo, 31 de outubro de 2010
VIRANDO UMA PÁGINA DA NOSSA HISTÓRIA - 31 DE OUTUBRO DE 2010
Virando uma página da nossa história...
com muita alegria e entusiasmo...
deixando para trás o sofrimento de homens e mulheres que não tinham opção a não ser lutar por democracia...
todos nós votaremos hoje homenageando aqueles que tombaram e lutaram de fato para que a nossa liberdade política fosse possível...
foi uma importante conquista que tem trazido belos frutos...
viva o povo brasileiro...
com muita alegria e entusiasmo...
deixando para trás o sofrimento de homens e mulheres que não tinham opção a não ser lutar por democracia...
todos nós votaremos hoje homenageando aqueles que tombaram e lutaram de fato para que a nossa liberdade política fosse possível...
foi uma importante conquista que tem trazido belos frutos...
viva o povo brasileiro...
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
DILMA 13 - SAUDAÇÃO E CONCLAMAÇÃO PARA A BOA LUTA
Vamos lá pessoal...
última semana para mostrar o que propomos e porque merecemos vencer...
viva os movimentos sociais...
viva os lutadores por um outro mundo possível...
viva os militantes que com sua vida, trabalho e comunidade constroem um Brasil melhor para todos...
até a vitória com Dilma13...
Aos militantes do PT, PMDB, PCdoB, PSB, PDT, PR, PRB, PSC, Pátria Livre parte do PP, PTB e de todos aqueles que constroem o nosso projeto...
boa luta a todos...
que a cada um seja dado o reconhecimento que merece...
e que a vitória melhore sempre nossas relações políticas e de projeto coletivo...
VIVA O POVO BRASILEIRO!!!!
e AOS CORAJOSOS MILITANTES DO PV QUE ACREDITAM QUE NÓS SOMOS PORTADORES DE UM PROJETO DIGNO DE SOCIEDADE BRASILEIRA E DE GOVERNO E VÃO APOSTAR EM NÓS E NOS AJUDAR NO SEGUNDO TURNO TAMBÉM...
VIVA O POVO BRASILEIRO!!!!
última semana para mostrar o que propomos e porque merecemos vencer...
viva os movimentos sociais...
viva os lutadores por um outro mundo possível...
viva os militantes que com sua vida, trabalho e comunidade constroem um Brasil melhor para todos...
até a vitória com Dilma13...
Aos militantes do PT, PMDB, PCdoB, PSB, PDT, PR, PRB, PSC, Pátria Livre parte do PP, PTB e de todos aqueles que constroem o nosso projeto...
boa luta a todos...
que a cada um seja dado o reconhecimento que merece...
e que a vitória melhore sempre nossas relações políticas e de projeto coletivo...
VIVA O POVO BRASILEIRO!!!!
e AOS CORAJOSOS MILITANTES DO PV QUE ACREDITAM QUE NÓS SOMOS PORTADORES DE UM PROJETO DIGNO DE SOCIEDADE BRASILEIRA E DE GOVERNO E VÃO APOSTAR EM NÓS E NOS AJUDAR NO SEGUNDO TURNO TAMBÉM...
VIVA O POVO BRASILEIRO!!!!
domingo, 17 de outubro de 2010
MANIFESTO EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA
Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.
Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais.
Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. São Paulo foi o único Estado que não apresentou, desde 2007, crescimento no exame do Ideb, índice que avalia o aprendizado desses dois níveis educacionais.
Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.
Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se. As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A proibição de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas. Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados.
No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais. Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.
Fábio Konder Comparato, USP
Carlos Nelson Coutinho, UFRJ
Marilena Chaui, USP
Otávio Velho, UFRJ
Ruy Fausto, USP
João José Reis, UFBA
Joel Birman, UFRJ
Dermeval Saviani, Unicamp
Emilia Viotti da Costa, USP
Renato Ortiz, Unicamp
João Adolfo Hansen, USP
Flora Sussekind, Unirio
Maria Victoria de Mesquita Benevides, USP
Laymert Garcia dos Santos, Unicamp
Franklin Leopoldo e Silva, USP
Ronaldo Vainfas, UFF
Otavio Soares Dulci, UFMG
Theotonio dos Santos, UFF
Wander Melo Miranda, UFMG
Glauco Arbix, USP
Enio Candotti, UFRJ
Luis Fernandes, UFRJ
Ildeu de Castro Moreira, UFRJ
José Castilho de Marques Neto, Unesp
Laura Tavares, UFRJ
Heloisa Fernandes, USP
José Arbex Jr., PUC-SP
Emir Sader, UERJ
Leda Paulani, USP
Luiz Renato Martins, USP
Henrique Carneiro, USP
Antonio Carlos Mazzeo, Unesp
Caio Navarro de Toledo, Unicamp
Celso Frederico, USP
Armando Boito, Unicamp
João Quartim de Moraes, Unicamp
Flavio Aguiar, USP
Wolfgang LeoMaar, UFSCar
Scarlett Marton, USP
Sidney Chalhoub, Unicamp
Léon Kossovitch, USP
Angela Leite Lopes, UFRJ
Benjamin Abdalla Jr., USP
Marcelo Perine, PUC-SP
José Ricardo Ramalho, UFRJ
Celso F. Favaretto, USP
Ivana Bentes, UFRJ
Irene Cardoso, USP
Vladimir Safatle, USP
Peter Pal Pelbart, PUC- SP
Gilberto Bercovici, USP
Consuelo Lins, UFRJ
Afrânio Catani, USP
Liliana Segnini, Unicamp
José Sérgio F. de Carvalho, USP
Eliana Regina de Freitas Dutra, UFMG
Sergio Cardoso, USP
Maria Lygia Quartim de Moraes, Unicamp
Vera da Silva Telles, USP
Juarez Guimarães, UFMG
Ricardo Musse, USP
Sebastião Velasco e Cruz, Unicamp
Maria Ligia Coelho Prado,USP
Federico Neiburg, UFRJ
José Carlos Bruni, USP
Ligia Chiappini, Universidade Livre de Berlim
Sérgio de Carvalho, USP
Marcos Dantas, UFRJ
Luiz Roncari, USP
Giuseppe Cocco, UFRJ
Eleutério Prado, USP
Walquíria Domingues Leão Rego, Unicamp
Marcos Silva, USP
Luís Augusto Fischer, UFRS
Edilson Crema, USP
Rosa Maria Dias, Uerj
José Jeremias de Oliveira Filho, USP
Evando Nascimento, UFJF
Adélia Bezerra de Meneses, Unicamp
Iumna Simon, USP
Elisa Kossovitch, Unicamp
Cilaine Alves Cunha, USP
Ladislau Dowbor, PUC-SP
Sandra Guardini Teixeira Vasconcelos, USP
Lucilia de Almeida Neves, UnB
Bernardo Ricupero, USP
Gil Vicente Reis de Figueiredo, UFSCar
Lincoln Secco, USP
Jacyntho Lins Brandão, UFMG
Marcio Suzuki, USP
José Camilo Pena, PUC-RJ
Joaquim Alves de Aguiar, USP
Eugenio Maria de França Ramos, Unesp
Alessandro Octaviani, USP
Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida, PUC-SP
Mauro Zilbovicius, USP
Rodrigo Duarte, UFMG
Jorge Luiz Souto Maior, USP
Francisco Foot Hardman, Unicamp
Paulo Nakatani, UFES
Helder Garmes, USP
Marly de A. G. Vianna, UFSCar
Maria Lúcia Montes, USP
Adriano Codato, UFPR
Ana Fani Alessandri Carlos, USP
Denilson Lopes, UFRJ
Ricardo Nascimento Fabbrini, USP
Paulo Silveira, USP
Ernani Chaves, UFPA
Mario Sergio Salerno, USP
Evelina Dagnino, Unicamp
Zenir Campos Reis, USP
Marcos Siscar, Unicamp
Sean Purdy, USP
Liv Sovik, UFRJ
Christian Ingo Lenz Dunker, USP
João Roberto Martins Filho, UFSCar
Marcus Orione, USP
Carlos Ranulfo, UFMG
Gustavo Venturi, USP
Nelson Cardoso Amaral, UFG
Amaury Cesar Moraes, USP
Silvia de Assis Saes, UFBA
Flavio Campos, USP
Anselmo Pessoa Neto, UFG
Vinicius Berlendis de Figueiredo, UFPR
Marta Maria Chagas de Carvalho, USP
Francisco Rüdiger, UFRS
Maria Augusta da Costa Vieira, USP
Rubem Murilo Leão Rego, Unicamp
Nelson Schapochnik, USP
Maria Helena P. T. Machado, USP
Elyeser Szturm, UnB
Luiz Recaman, USP
Reginaldo Moraes, Unicamp
Iram Jácome Rodrigues, USP
Alysson Mascaro, USP
Roberto Grun, UFSCar
Paulo Benevides Soares, USP
Edson de Sousa, UFRGS
Analice Palombini, UFRS
Márcia Cavalcante Schuback, UFRJ
Luciano Elia, Uerj
Marcia Tosta Dias, Unifesp
Paulo Martins, USP
Julio Ambrozio, UFJF
Salete de Almeida Cara, USP
Oto Araujo Vale, UFSCar
Iris Kantor, USP
João Emanuel, UFRN
Francisco Alambert, USP
José Geraldo Silveira Bueno, PUC-SP
Marta Kawano, USP
José Luiz Vieira, UFF
Paulo Faria, UFRGS
Ricardo Basbaum, Uerj
Fernando Lourenço, Unicamp
Luiz Carlos Soares, UFF
André Carone, Unifesp
Adriano Scatolin, USP
Richard Simanke, UFSCar
Arlenice Almeida, Unifesp
Miriam Avila, UFMG
Sérgio Salomão Shecaira, USP
Carlos Eduardo Martins, UFRJ
Antonio Albino Canelas Rubim, UFBA.
Eduardo Morettin, USP
Claudio Oliveira, UFF
Eduardo Brandão, USP
Jesus Ranieri, Unicamp
Mayra Laudanna, USP
Aldo Duran, UFU
Luiz Hebeche, UFSC
Adma Muhana, USP
Fábio Durão, Unicamp
Amarilio Ferreira Jr., UFSCar
Marlise Matos, UFMG
Jaime Ginzburg, USP
Emiliano José, UFBA
Ianni Regia Scarcelli, USP
Ivo da Silva Júnior, Unifesp
Mauricio Santana Dias, USP
Adalberto Muller, UFF
Cláudio Oliveira, UFF
Ana Paula Pacheco, USP
Sérgio Alcides, UFMG
Heloisa Buarque de Almeida, USP
Romualdo Pessoa Campos Filho, UFG
Suzana Guerra Albornoz, UNISC/RS
Bento Itamar Borges, UFU
Tânia Pellegrini, UFSCar
Sonia Campaner, PUC-SP
Luiz Damon, UFPR
Eduardo Passos, UFF
Horácio Antunes, UFMA
Laurindo Dias Minhoto, USP
Paulo Henrique Martinez, Unesp
Igor Fuser, Faculdade Cásper Líbero
Rodnei Nascimento, Unifesp
José Paulo Guedes Pinto, UFRRJ
Herculano Campos, UFRN
Adriano de Freixo, UFF
Alexandre Fonseca, UFRJ
Raul Vinhas Ribeiro, Unicamp
Carmem Lúcia Negreiros de Figueiredo, Uerj
Carmen Gabriel, UFRJ
Ana Gonçalves Magalhães, USP
Regina Mennin, Unifesp
Regina Pedroza, UnB
Regina Vinhaes Gracindo, UnB
Elina Pessanha, UFRJ
Elisa Maria Vieira, UFMG
Reinaldo Martiniano, UFMG
Freda Indursky, UFRGS
Frederico Carvalho, UFRJ
Renata Paparelli, PUC-SP
Renato Lima Barbosa, UEL
Antonio Prado, Unicamp
Antonio Teixeira, UFMG
Aparecida Neri de Souza, Unicamp
Ricardo Barbosa de Lima, UFG
Ricardo Kosovski, UNIRIO
Ricardo Mayer, UFAL
Rita Diogo, UERJ
Adalberto Paranhos, UFU
Adalton Franciozo Diniz, PUC-SP
Alcides Fernando Gussi, UFC
Aldo Victorino, UERJ
José Guilherme Ramos, Unincor
Alex Fabiano Jardim, Unimontes
Alexandra Epoglou, UFU
Alexandre Henz, Unifesp
Alfredo Cordiviola, UFPE
Alícia Gonçalves, UFPB
Alita Sá Rego, UERJ
Alvaro Luis Nogueira, CEFET/RJ
Amaury Júnior, UFRJ
Amilcar Pereira, UFRJ
Amon Pinho, UFU
Ana Maira Coutinho, PUC-Minas
Ana Maria Araújo Freire, PUC/SP
Ana Maria Chiarini, UFMG
Ana Maria Doimo, UFMG
Ana Maria Medeiros, UERJ
André Daibert, CEFET/RJ
André Figueiredo, UFRRJ
André Leclerc, UFC
André Martins, UFRJ
André Paulo Castanha, Unioeste
Andrea Franco, PUC-Rio
Andrea Macedo, UFMG
Andrea Silva Ponte, UFPB
Angela Prysthon, UFPE
Angelita Matos Souza, Facamp
Angelita Pereira de Lima, UFG
Aníbal Bragança, UFF
Anita Leandro, UFRJ
Anna Carolina Lo Bianco, UFRJ
Antonio Carlos Lima, UFRJ
Antônio Cristian Saraiva Paiva, UFC
Antonio Justino Ruas Madureira, UFU
Antonio Pinheiro de Queiroz, UnB
Armen Mamigonian, USP
Benito Bisso Schmidt, UFRGS
Benjamin Picado, UFF
Branca Jurema Ponce, PUC/SP
Brasilmar Nunes, UFF
Bruna Dantas, Univ. Cruzeiro do Sul
Bruno Guimarães, UFOP
Carla Dias, UFRJ
Carlos Bauer, Uninove
Carlos José Espíndola, UFSC
Carolina Martins Pulici, Centro Universitário Senac
Cauê Alves, PUC-SP
Celia Rocha Calvo, UFU
César Barreira, UFC
César Nigliorin, UFF
Clara Araujo, UERJ
Clarice Mota, UFAL
Claudinei Silva, Unioeste
Claudio Benedito Baptista Leite, Unifesp
Cláudio DeNipoti, UEPG
Cleber Santos Vieira, Unifesp
Custódia Selma Sena do Amaral, UFG
Daniela Frozi, UERJ
Daniela Weber, FURG
Daniele Nilym, UFC
Dau Bastos, UFRJ
Débora Barreto, UCM
Debora Breder, UCM
Débora Diniz, UnB
Denise Golcalves, UFRJ
Diva Maciel, UnB
Doris Accioly, USP
Doris Rinaldi, Uerj
Douglas Barros, PUC-Campinas
Edgar Gandra, UFPel
Edson Arantes Junior, UEG
Eduardo Sterzi, Faap
Elizabeth Maria Azevedo Bilange, UFMS
Emerson Giumbelli, UFRGS
Ercília Cazarin, Univ. Passo Fundo
Ernesto Perini, UFMG
Eugênio Rezende de Carvalho, UFG
Fabiana de Souza, UFG
Fabiele Stockmans, UFPE
Fábio Franzini, Unifesp
Fernanda dos Santos Castelano Rodrigues, UFSCar
Fernando Fragozo, UFRJ
Fernando Freitas, UERJ
Fernando Resende, UFF
Fernando Salis, UFRJ
Filipe Ceppas, UFRJ
Flavio Fogliatto, UFRGS
Geísa Matos, UFC
George Lopes Paulino, UFC
Geovane Jacó, UECE
Geraldo Orthof ,UnB
Geraldo Pontes Jr., UERJ
Gesuína Leclerc, UFC
Gilberto Almeida, UFBA
Gilson Iannini, UFOP
Giselle Martins Venancio, UFF
Gizelia Maria da Silva Freitas, UFPA
Graciela Paveti, UFMG
Gustavo Coelho, UERJ
Gustavo Krause, UERJ
Hélio Carlos Miranda de Oliveira, UFU
Hélio Silva, UFSC
Henri Acselrad, UFRJ
Henrique Antoun, UFRJ
José Carlos Prioste, Uerj
José Carlos Rodrigues, PUC – Rio
José Claudinei Lombardi, Unicamp
Henrique Antoun, UFRJ
Henrique de Paiva, Uninove
Humberto Hermenegildo de Araújo, UFRN
Ianni Scarcelli, USP
Irlys Barreira, UFC
Isaurora Cláudia Martins, UVA
Ivan Rodrigues Martin, Unifesp
Izabela Tamaso, UFG
Jackson Aquino, UFC
Jacqueline Girão Lima, UFRJ
Jacqueline O.L. Zago, UFTM
Janete M. Lins de Azevedo, UFPE
Jania Perla Diógenes de Aquino, UFC
Joana Bahia, UERJ
Joelma Albuquerque, UFAL
John Comerford, UFRRJ
Jorge Valadares, Fund Oswaldo Cruz
José Artur Quilici Gonzalez, UFABC
José Lindomar Albuquerque, UNIFESP
José Luiz Ferreira, UFERSA
José Messias Bastos,UFSC
José Otávio Guimarães, UnB
José Ubiratan Delgado, IRD- CNEN
Joziane Ferraz de Assis, UFV
Kátia Paranhos, UFU
Kelen Christina Leite, UFSCar
Laura Feuerwerker, USP
Leandro Lopes Pereira de Melo, Centro Universitário Senac
Simone Wolff, UEL
Solange Ferraz de Lima, USP
Sônia Maria Rodrigues, UFG
Lena Lavinas, UFRJ
Leonardo Daniato, UniFor
Lia Tomas, Unesp
Liliam Faria Porto Borges, UNIOESTE
Lúcia Maria de Assis, UFG
Lucia Pulino, UnB
Luciana Hartmann, UnB
Luciano Mendes de Faria Filho, UFMG
Luciano Rezende, Instituto Federal de Alagoas
Luciano Simão, UFF
Luís Filipe Silvério Lima, Unifesp
Luis Mattei, UFF
Luiz Fábio Paiva, UFAM
Luiz Paulo Colatto, CEFET-RJ
Luiz Sérgio Duarte da Silva, UFG
Madalena Guasco Peixoto, PUC-SP
Marcelo Carcanholo, UFF
Marcelo de Sena, UFMG
Marcelo Martins de Sena, UFMG
Marcelo Paixão, UFRJ
Marcelo Pinheiro, UFU
Marcia Angela Aguiar, UFPE
Marcia Cristina Consolim, Unifesp
Márcia Maria Menendes Motta, UFF
Marcia Maria Motta, UFF
Marcia Paraquett, UFBA
Marcio Galdman, UFRJ
Marco André Feldman Schneider, UFF
Marcos Aurélio da Silva, UFSC
Marcos Barreto, UFRJ
Marcos Cordeiro Pires, Unesp
Marcos Santana de Souza, UFS
Marcus Wolff , UCM
Maria Amélia Dalvi, UFES
Maria Aparecida Leite Soares, Unifesp
Maria Augusta Fonseca, USP
Maria Cristina Batalha, UERJ
Maria Cristina Giorgi, CEFET- RJ
Maria Cristina Volpi, UFRJ
Mônica de Carvalho, PUC-SP
Natalia Reis, UFF
Neide T. Maia González, USP
Nelson Maravalhas, UnB
Nelson Tomazi, UEL
Maria de Fátima Gomes, UFRJ
Maria Fernanda Fernandes, Unifesp
Maria Jacqueline Lima, UFRJ
Maria José Aviz do Rosário, UFPA
Maria José Vale, Unicastelo
Maria Lúcia Homem, FAAP
Maria Lúcia Seidl, UERJ
Maria Luiza de Oliveira, Unifesp
Maria Luiza Heilborn, UERJ
Maria Neyara de Oliveira Araújo, UFC
Maria Rita Aprile, Uniban
María Zulma M. Kulikowski, USP
Mariana Cavalcanti, FGV-RJ
Marisa Bittar, UFSCar
Markus Lasch, Unifesp
Marlon Salomon, UFG
Marly Vianna, UFSCar
Márnio Pinto, UFSC
Marta Peres, UFRJ
Marta Pinheiro, UFRJ
Mary Castro, UCSal
Miroslav Milovic, UnB
Edson Arantes Jr., UERJ
Moema Rebouças, UFES
Monica Alvim, UFRJ
Monica Bruckmann, UFRJ
Nereide Saviani, Unisantos
Neusa Maria Dal Ri, Unesp
Nina Leite, Unicamp
Nise Jinkings, UFSC
Nora Krawczyk, Unicamp
Olga Cabrera, UFG
Olgamir Amancia Ferreira de Paiva, UnB
Ovídio de Abreu, UFF
Patrícia Reinheimer, UFRRJ
Patrícia Sampaio, UFAM
Paulino José Orso, Unioeste
Paulo Bernardo Ferreira Vaz, UFMG
Paulo Machado, UFSC
Paulo Pinheiro Machado, UFSC
Paulo Roberto de Almeida, UFU
Rafael Haddock-Lobo, UFRJ
Ramón Fernandez, FGV-SP
Raul Pacheco Filho, PUC-SP
Rita Schmidt, UFRGS
Robespierre de Oliveira, UEM
Rodrigo Nobile, UERJ
Rogério Medeiros, UFRJ
Ronaldo Gaspar, Unicastelo
Rosana C. Zanelatto Santos, UFMS
Rosana Costa, UFRJ
Rosemary de Oliveira Almeida, UECE
Sabrina Moehlecke, UFRJ
Sara Rojo, UFMG
Sarita Albagli, UFRJ
Sidnei Casetto, Unifesp
Silviane Barbato, UnB
Silvio Costa, PUC/GO
Simone Michelin, UFRJ
Suzzana Alice Lima Almeida, UNEB
Sylvia Novaes, USP
Tadeu Alencar Arrais, UFG
Tadeu Capistrano, UFRJ
Tania Rivera, UnB
Tatiana Roque, UFRJ
Telma Maria Gonçalves Menicucci, UFMG
Tercio Redondo, USP
Théo Lobarinhas Piñeiro, UFF
Tomaz Aroldo Santos, UFMG
Valdemar Sguissardi, UFSCar
Vera Chuelli, UFPR
Vera Figueiredo, PUC-Rio
Victor Hugo Pereira, UERJ
Viviane Veras, Unicamp
Volnei Garrafa, UnB
Wagner da Silva Teixeira, UFTM
Waldir Beividas, USP
Wilson Correia, UFRB
Adriano de Freixo, Universidade Federal Fluminense
Andre Gunder Frank, UFF
Flávia Nascimento, UNESP
Graziela Serroni Perosa, EACH/USP
Gustavo Caponi, Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC
Helena Esser dos Reis, UFG
Jaime Rodrigues, Universidade Federal de São Paulo/Unifesp
Jaqueline Kalmus, UniFIEO
Joana Ziller – Universidade Federal de Ouro Preto/UFOP
Juliana Tavares, IFF
Luis Guilherme Galeão da Silva, USP
Luiz Mariano Carvalho, UERJ
Maria Margareth de Lima, UFPB
Maria Waldenez de Oliveira, UFSCAR
Nelson Schapochnik, USP
Paulo Rodrigues Belém, PUC/Rio de Janeiro
Rita Fagundes, UFS
Tercio Loureiro Redondo, USP
Valéria Vasconcelos, UNIUBE/MG
Ana Paula Cantelli Castro, Universidade Federal do Piauí/UFP
Hélio Lemos Sôlha – Professor, UNICAMP
Pedro C. Chadarevian, UFSCAR
Ivaldo Pontes Filho, UFPE
Ricardo Summa, UFRRJ
Ernesto Salles, UFF
Sidney Calheiros de Lima, USP
Claudia Moraes de Souza, Unesp/Marília
Estêvão Martins Palitot, Universidade Federal da Paraíba/UFB
Lilian Sagio Cezar, USP
Gislene Aparecida dos Santos, EACH – USP
Eliézer Cardoso de Oliveira, Universidade Estadual de Goiás
Luiz Menna-Barreto, EACH/USP
Raquel Alvarenga Sena Venera, UFSC
Aida Marques, Universidade Federal Fluminense
Cleria Botelho da Costa, UnB
Ernestina Gomes de Oliveira, Faculdade de Direito do Instituto Superior de Ciências Aplicadas de Limeira
Kátia Menezes de Sousa, Universidade Federal de Goiás
Aluizio Moreira, UFCG
Luiz Gonzaga Godoi Trigo, EACH/USP
Lucas Bleicher, UFMG
Luiz Carlos Seixas, FMU e UniFIEO
Giane da Silva Mariano Lessa, UFRRJ
George Gomes Coutinho, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Walter Andrade, Fundação Padre Albino
Antonio Torres Montenegro, Universidade Federal de Pernambuco/UFPE
Regina Beatriz Guimarães Neto, Universidade Federal de Pernambuco/UFPE
Enilce Albergaria Rocha, Universidade Federal de Juiz de Fora
Reinaldo Salvitti, USP
Vania Noeli Ferreira de Assunção, PUC/SP
José Arlindo dos Santos, Fundação Universidade do Tocantins/UNITINS
Jose Carlos Vaz, USP
Marisa Midori Deaecto, USP
Luiz Cruz Lima, Universidade Estadual do Ceará/UECE
Maria do Carmo Lessa Guimarães, Universidade Federal da Bahia/UFBA
Ebe Maria de Lima Siqueira, Universidade Estadual de Goiás/UnU
Alexei Alves de Queiroz, UnB
Francisco Mazzeu, Unesp
Cláudia Regina Vargas, UFSCAR
Fábio Ferreira de Almeida, Universidade Federal de Goiás
Celso Kraemer, Universidade Regional de Blumenau
Gladys Rocha, UFMG
Murilo César Ramos, UnB
Deolinda Freire, Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Corinta Maria Grisolia Geraldi, UNICAMP
João Wanderley Geraldi, UNICAMP
Durval Muniz de Albuquerque Junior, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Rafael Sanzio, UnB
Sônia Selene Baçal de Oliveira, Universidade Federal do Amazonas/UFAM
Arlindo da Silva Lourenço, Uniban
Izabel Cristina dos Santos Teixeira, UFT/Araguaína
Glaucíria Mota Brasil, Universiade Estadual do Ceará
Alícia Ferreira Gonçalves, UFPB
Francisco Alves, UFSCar
Luiz Armando Bagolin, USP
Igor Fuser, Faculdade Cásper Líbero
Paula Glenadel, UFF
Lana Ferreira de Lima, Universidade Federal de Goiás/UFG
Karina Chianca Venâncio, Universidade Federal de Pernambuco/UFPE
Surya Aaronovich Pombo de Barros, Universidade Federal da Paraíba/UFPB
Fausto Fuser, USP
Silvia Beatriz Adoue, UNESP/Araraquara
Paulo Henrique Martinez, Unesp
Iram Jácome Rodrigues, USP
Sílvio Camargo, Unicamp
Fernando Nogueira da Costa, Unicamp
Mariana Cassab, UFRJ
Suzana Guerra Albornoz, FURG/Rio Grande e UNISC/RS
Alexandre Abda, FAP/SP
José Edvar Costa de Araújo, Universidade Estadual Vale do Acaraú
Gabriel Almeida Antunes Rossini, PUC/SP
Cláudio Oliveira, Universidade Federal Fluminense/UFF
Aixa Teresinha Melo de Oliveira, CEFET/RJ – UnED/Petrópolis
Flávio Rocha de Oliveira, FESP/SP
Viviane Conceição Antunes Lima, UFRRJ
Rita Maskell Rapold, UNEB
Valter Duarte Ferreira Filho, UERJ e UFRJ
Romeu Adriano da Silva, Universidade Federal de Alfenas
Paulo Cesar Azevedo Ribeiro, Universidade Estácio de Sá
Andréa Lisly Gonçalves, Universidade Federal de Ouro Preto
Álvaro Luis Martins de Almeida Nogueira, Cefet
Welerson Fernandes Kneipp, Cefet
Jarlene Rodrigues Reis, Cefet
André Barcelos Damasceno Daibert, Cefet
Luiz Antonio Mousinho Magalhães, Universidade Federal da Paraíba/UFPB
Maria Cristina Cortez Wissenbach, USP
Denise Helena P.Laranjeira, Universidade Estadual de Feira de Santana
Magnus Roberto de Mello Pereira, Universidade Federal do Paraná/UFPR
Ricardo Cardoso Paschoal, CEFET/RJ
Luciano dos Santos Bersot, UFPR
Sérgio de Paula Machado, Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ
Antônio Alberto Machado, Unesp/Franca-SP
Sérgio Ricardo de Souza, CEFET/MG
Angela Thalassa, Faculdade de Arujá / IESA
Débora C. Piotto, USP
Marcelo Parizzi Marques Fonseca, UFSJ
Carlos Augusto de Castro Bastos, Universidade Federal do Amapá
Carina Inserra Bernini, Centro Universitário FIEO
Marta Costa, USP
Ana Paula Hey, USP
Angela Maria Carneiro Araújo, UNICAMP
Ignacio Godinho Delgado, Universidade Federal de Juiz de Fora
Otávio Luís de Santana, UFCG
Vladmir Agostini, UFSJ
Roberto de Barros Faria, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Sônia Maria Rocha Sampaio, UFBA
Anderson Pires, Universidade Federal de Juiz de Fora/UFJF
Wilma Ferreira de Jesus, Faculdade Católica de Uberlândia
Antonio José de Almeida Meirelles, Unicamp
José Ademir Sales de Lima, USP
Ileizi Fiorelli Silva, UEL
Ana Fernandes, UFBA
Léo Carrer Nogueira, Universidade Estadual de Goiás
Regina Ilka Vieira Vasconcelos, UFU
Dilmar Santos de Miranda, UFC
Consiglia Latorre, UFC
Cláudia Maria Ribeiro Viscardi, Universidade Federal de Juiz de Fora
Sérgio Henriques Saraiva, Universidade Federal do Espírito Santo/UFES
Dolores Aronovich Aguero, Universidade Federal do Ceará
Attila Louzada, Universidade Federal do Rio Grande
Rogério Bitarelli Medeiros, Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ
Rodney Werke, Unisul
Bruno Mendonça da Silva, Universidade Católica de Pernambuco
Ricardo Oliveira, UFRRJ
Hudson Costa Gonçalves da Cruz, Universidade Estadual Vale do Acaraú
Maurício Vieira Martins, Universidade Federal Fluminense
Mário Tadeu Siqueira Barros, UECE/Universidade Estadual do Ceará
Flavio Galib, UNICAMP e UNIMEP/SP
Maria Amalia Andery, PUC/SP
Bruno Capanema, USP e UnB
José da Cruz Bispo de Miranda, UESPI
Marcos Olender, Universidade Federal de Juiz de Fora/UFJF
Simone Nacaguma, FACAMP/SP
Sônia Maria Aranha Rodrigues de Andrade, Faculdade Anhanguera
Carlos Eduardo O. Berriel, Unicamp
Yêda Maria da Costa Lima Varlotta, UMC/SP
Flávia de Mattos Motta, Universidade Estadual de Santa Catarina/USC
Maria Conceição Maciel Filgueira, Universidade Est. do Rio Grande do Norte
Robson Laverdi, UNIOESTE
Glícia Pontes, Universidade Federal do Ceará
Sebastião Faustino Pereira Filho, UFRN
Roberto Hugo Bielschowsky, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Américo Tristão Bernardes, Universidade Federal de Ouro Preto
Telma Ferraz Leal, Universidade Federal de Pernambuco
Cristiane Kerches da Silva Leite, USP
Vivian Urquidi, USP
Adriana Duarte, UFMG
Alexandre Fortes, UFRRJ
Carmelita Brito de Freitas Felício, Universidade Federal de Goiás
Nésio Antônio Moreira Teixeira de Barros, UFRN
Luiz Gustavo Santos Cota, Faculdade de Ciências Humanas do Vale do Piranga/MG
Clóvis Alencar Butzge, Universidade Federal da Fronteira Sul/UFFS/PR
Débora Cristina Morato Pinto, UFSCar
Márcia Marques, UnB
Antonio Carlos Moraes, Universidade Federal do Espírito Santo/UFES
Ricardo Brauer Vigoderis, UFRPE/UAG
Maria Luiza Scher Pereira, UFJF
Terezinha Maria Scher Pereira, UFJF
Débora El-Jaick Andrade, Universidade Federal Fluminense
Clinio de Oliveira Amaral, UFRRJ
Cláudia Regina Andrade dos Santos, UNIRIO/UFRJ
Ulises Simon da Silveira, Univ. Est.Mato Grosso do Sul/UEMS
Fabrizio Guinzani, Unesc/SC
Ana Elizabeth Albuquerque Maia, Universidade Federal do Ceará/UFC
Pedro Germano Leal, UFRN e University of Glasgow
Dimas Enéas Soares Ferreira, FUPAC, IPTAN e EPCAR
Geraldo Moreira Prado, Estácio de Sá e UNIRIO
José Luiz Aidar Prado, PUC/SP
Maria Elaine Kohlsdorf, Universidade de Brasília/UnB
Everaldo Carlos Venâncio, Universidade Federal do ABC/SP
Cláudia Souza Leitão, Universidade Estadual do Ceará/UEC
Lídia Santos, profa. de Literatura Brasileira na Univ. da Cidade de New York, NY, EUA
Sonia Maria Guedes Gondim, Universidade Federal da Bahia/UFBA
José Clécio B. Quesado, Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ
Micheli Dantas Soares, UFBA
Marcelo Milan, University of Wisconsin Parkside
Daniela Canella, Universidade Federal de Goiás/UFG
Elisabete de Sousa Otero, UFRGS
sábado, 16 de outubro de 2010
MANIFESTO DOS INTELECTUAIS BRASILEIROS PRÓ-DILMA 13 - COM CHICO BUARQUE
À NAÇÃO
Em uma democracia nenhum poder é soberano.
Soberano é o povo.
É esse povo – o povo brasileiro – que irá expressar sua vontade soberana no próximo dia 3 de outubro, elegendo seu novo Presidente e 27 Governadores, renovando toda a Câmara de Deputados, Assembléias Legislativas e dois terços do Senado Federal.
Antevendo um desastre eleitoral, setores da oposição têm buscado minimizar sua derrota, desqualificando a vitória que se anuncia dos candidatos da coalizão Para o Brasil Seguir Mudando, encabeçada por Dilma Rousseff.
Em suas manifestações ecoam as campanhas dos anos 50 contra Getúlio Vargas e os argumentos que prepararam o Golpe de 1964. Não faltam críticas ao “populismo”, aos movimentos sociais, que apresentam como “aparelhados pelo Estado”, ou à ameaça de uma “República Sindicalista”, tantas vezes repetida em décadas passadas para justificar aventuras autoritárias.
O Presidente Lula e seu Governo beneficiam-se de ampla aprovação da sociedade brasileira. Inconformados com esse apoio, uma minoria com acesso aos meios, busca desqualificar esse povo, apresentando-o como “ignorante”, “anestesiado” ou “comprado pelas esmolas” dos programas sociais.
Desacostumados com uma sociedade de direitos, confunde-na sempre com uma sociedade de favores e prebendas.
O manto da democracia e do Estado de Direito com o qual pretendem encobrir seu conservadorismo não é capaz de ocultar a plumagem de uma Casa Grande inconformada com a emergência da Senzala na vida social e política do país nos últimos anos. A velha e reacionária UDN reaparece “sob nova direção”.
Em nome da liberdade de imprensa querem suprimir a liberdade de expressão. A imprensa pode criticar, mas não quer ser criticada.
É profundamente anti-democrático – totalitário mesmo – caracterizar qualquer crítica à imprensa como uma ameaça à liberdade de imprensa. Os meios de comunicação exerceram, nestes últimos oito anos, sua atividade sem nenhuma restrição por parte do Governo. Mesmo quando acusaram sem provas.
Ou quando enxovalharam homens e mulheres sem oferecer-lhes direito de resposta. Ou, ainda, quando invadiram a privacidade e a família do próprio Presidente da República.
A oposição está colhendo o que plantou nestes últimos anos. Sua inconformidade com o êxito do Governo Lula, levou-a à perplexidade. Sua incapacidade de oferecer à sociedade brasileira um projeto alternativo de Nação, confinou-a no gueto de um conservadorismo ressentido e arrogante. O Brasil passou por uma grande transformação.
Retomou o crescimento. Distribuiu renda. Conseguiu combinar esses dois processos com a estabilidade macroeconômica e com a redução da vulnerabilidade externa. E – o que é mais importante – fez tudo isso com expansão da democracia e com uma presença soberana no mundo.
Ninguém nos afastará desse caminho. Viva o povo brasileiro!
Leonardo Boff
Chico Buarque
Maria Conceição Tavares
Oscar Niemeyer
Marilena Chaui
José Luis Fiori
Emir Sader
Theotonio dos Santos
Fernando Morais
Nilcea Freire
Laura Tavares
Walnice Galvão
Eric Nepomuceno
Martha Vianna
Felipe Nepomuceno
Pablo Gentili
Florencia Stubrin
Flavio Aguiar
Renato Guimarães
Ivana Bentes
Vera Niemeyer
Giuseppe Cocco
Sergio Amadeu
Hugo Carvana
Martha Alencar
Carlos Alberto Almeida
Luiz Alberto Gomez de Souza
Ingrid Sarti
Gaudêncio Frigotto
Isa Jinkings
Leila Jinkings
Sidnei Liberal
Sueli Rolnik
Celio Turino
José Gondin
Lejeune Mirhan
Monica Bruckman
Izaias Almada
Clarice Gatto
Fernando Vieira
Rafael Alonso
José Fernando Balby
Breno Altman
Elisabeth Sekulic
Carlos Otavio Reis
Cassio Sader
Tatiana Roque
Monica Rocha
Carlos Augusto Peixoto
Antonio Lancetti
Benjamin Albagli Neto
Geo Brito
Barbara Szaniecki
Henrique Antoun
Francisco de Guimaraens
Mauricio Rocha
Cibele Cittadino
Adriano Pilatti
Marcio Tenambaum
Jô Gondar
Rodrigo Guéron
Paulo Halm
Maria Candida Bordenave
André Fetterman Coutinho
Carlos Eduardo Martins
Lucia Ribeiro
Helder Molina
Elizabeth Serra Oliveira
Isadora Melo Silva
Janes Rodriguez
Claudio Cerri
Gloria Moraes
Peter Pal Pelbart
Mari Helena Lastres
Cecilia Boal
Alexandre Mendes
Mauro Rego Costa
Ana Miranda Batista
Ana Maria Muller
Ronald Duarte
Osmar Coelho Barboza
Joaquim Palhares
Marco Weissheimer
Silvio Lima
Isabella Jinkings
Marcia Aran
Cezar Migliorin
Susana de Castro
Ricardo Rezende Figueira
Eiiana Schueler
Virgilio Roma Filho
Ana Lucia Magalhaes Barros
Maria de Jesus Leite
Marcos Costa Lima
Alberto Rubim
José Cassiolato
Beth Formaggini
Marilia Danny
Fabrício Toledo
Ana Maria Bonjour
Ana Maria Alvarenga de Barros
Marcio Miranda Ferreira
Marcio Pessoa
Marco Nascimento Pereira
Vanessa Santos do Canto
Monica Horta
Ana Maria Muller
Fernanda Reznik Santos
Eliete Ferrer
Felipe Cavalcanti
Francini Lube Guizardi
Rodrigo Pacheco
Edna Krauss
Luis Felipe Bellintani Ribeiro
Rosa Maria Dias
Leneide Duarte-Plon
Licoln de Abreu Penna
Marcelo Saraiva
Francisco Bernardo Karan
Lucy Paixão Linhares
Luiz Carlos de Sousa Santos
Eliana Dessaune Madeira
Lucio Manfredo Lisboa
Isabel Moraes da Costa
Sandra Menna Barreto
Angelo Ricardo de Souza
Roberto Elias Salomão
Angelo Ricardo de Souza
Ricardo Elias Salomão
Eleny Guimarães Teixeira
Elisa Pimentel
Leonora Corsini
Maria Helena Correa
Isis Proença
José Adelio Ramos
Albertita Dornelles Ramos
Deborah Dornelles Ramos
Tamarah Dornelles Ramos
Xavier Cortez
Rodrigo Gueron
Aparecida Martins Paulino
Leonardo Palma
Paulo Roberto Andrade
Urariano Mota
Lea Maria Reis
Ferreira Palmar
Gabriel Rebello
AGFilho
Newton Pimentel
Patricia Ferraz
Pedro Alves Filho
José Antonio Garcia
Afonso Lana Leite
Mariana Rodrigues Pimentel
Jussara Rodrigues Pimentel
Affonso Henriques
Ana Muller
Mario Jakobskind
Fabio Malini
Dayse Marques Souza
Tania Roque
Jussara Ribeiro de Oliveira
Rita de Cassia Matosani
Carlos Roberto Franke
Em uma democracia nenhum poder é soberano.
Soberano é o povo.
É esse povo – o povo brasileiro – que irá expressar sua vontade soberana no próximo dia 3 de outubro, elegendo seu novo Presidente e 27 Governadores, renovando toda a Câmara de Deputados, Assembléias Legislativas e dois terços do Senado Federal.
Antevendo um desastre eleitoral, setores da oposição têm buscado minimizar sua derrota, desqualificando a vitória que se anuncia dos candidatos da coalizão Para o Brasil Seguir Mudando, encabeçada por Dilma Rousseff.
Em suas manifestações ecoam as campanhas dos anos 50 contra Getúlio Vargas e os argumentos que prepararam o Golpe de 1964. Não faltam críticas ao “populismo”, aos movimentos sociais, que apresentam como “aparelhados pelo Estado”, ou à ameaça de uma “República Sindicalista”, tantas vezes repetida em décadas passadas para justificar aventuras autoritárias.
O Presidente Lula e seu Governo beneficiam-se de ampla aprovação da sociedade brasileira. Inconformados com esse apoio, uma minoria com acesso aos meios, busca desqualificar esse povo, apresentando-o como “ignorante”, “anestesiado” ou “comprado pelas esmolas” dos programas sociais.
Desacostumados com uma sociedade de direitos, confunde-na sempre com uma sociedade de favores e prebendas.
O manto da democracia e do Estado de Direito com o qual pretendem encobrir seu conservadorismo não é capaz de ocultar a plumagem de uma Casa Grande inconformada com a emergência da Senzala na vida social e política do país nos últimos anos. A velha e reacionária UDN reaparece “sob nova direção”.
Em nome da liberdade de imprensa querem suprimir a liberdade de expressão. A imprensa pode criticar, mas não quer ser criticada.
É profundamente anti-democrático – totalitário mesmo – caracterizar qualquer crítica à imprensa como uma ameaça à liberdade de imprensa. Os meios de comunicação exerceram, nestes últimos oito anos, sua atividade sem nenhuma restrição por parte do Governo. Mesmo quando acusaram sem provas.
Ou quando enxovalharam homens e mulheres sem oferecer-lhes direito de resposta. Ou, ainda, quando invadiram a privacidade e a família do próprio Presidente da República.
A oposição está colhendo o que plantou nestes últimos anos. Sua inconformidade com o êxito do Governo Lula, levou-a à perplexidade. Sua incapacidade de oferecer à sociedade brasileira um projeto alternativo de Nação, confinou-a no gueto de um conservadorismo ressentido e arrogante. O Brasil passou por uma grande transformação.
Retomou o crescimento. Distribuiu renda. Conseguiu combinar esses dois processos com a estabilidade macroeconômica e com a redução da vulnerabilidade externa. E – o que é mais importante – fez tudo isso com expansão da democracia e com uma presença soberana no mundo.
Ninguém nos afastará desse caminho. Viva o povo brasileiro!
Leonardo Boff
Chico Buarque
Maria Conceição Tavares
Oscar Niemeyer
Marilena Chaui
José Luis Fiori
Emir Sader
Theotonio dos Santos
Fernando Morais
Nilcea Freire
Laura Tavares
Walnice Galvão
Eric Nepomuceno
Martha Vianna
Felipe Nepomuceno
Pablo Gentili
Florencia Stubrin
Flavio Aguiar
Renato Guimarães
Ivana Bentes
Vera Niemeyer
Giuseppe Cocco
Sergio Amadeu
Hugo Carvana
Martha Alencar
Carlos Alberto Almeida
Luiz Alberto Gomez de Souza
Ingrid Sarti
Gaudêncio Frigotto
Isa Jinkings
Leila Jinkings
Sidnei Liberal
Sueli Rolnik
Celio Turino
José Gondin
Lejeune Mirhan
Monica Bruckman
Izaias Almada
Clarice Gatto
Fernando Vieira
Rafael Alonso
José Fernando Balby
Breno Altman
Elisabeth Sekulic
Carlos Otavio Reis
Cassio Sader
Tatiana Roque
Monica Rocha
Carlos Augusto Peixoto
Antonio Lancetti
Benjamin Albagli Neto
Geo Brito
Barbara Szaniecki
Henrique Antoun
Francisco de Guimaraens
Mauricio Rocha
Cibele Cittadino
Adriano Pilatti
Marcio Tenambaum
Jô Gondar
Rodrigo Guéron
Paulo Halm
Maria Candida Bordenave
André Fetterman Coutinho
Carlos Eduardo Martins
Lucia Ribeiro
Helder Molina
Elizabeth Serra Oliveira
Isadora Melo Silva
Janes Rodriguez
Claudio Cerri
Gloria Moraes
Peter Pal Pelbart
Mari Helena Lastres
Cecilia Boal
Alexandre Mendes
Mauro Rego Costa
Ana Miranda Batista
Ana Maria Muller
Ronald Duarte
Osmar Coelho Barboza
Joaquim Palhares
Marco Weissheimer
Silvio Lima
Isabella Jinkings
Marcia Aran
Cezar Migliorin
Susana de Castro
Ricardo Rezende Figueira
Eiiana Schueler
Virgilio Roma Filho
Ana Lucia Magalhaes Barros
Maria de Jesus Leite
Marcos Costa Lima
Alberto Rubim
José Cassiolato
Beth Formaggini
Marilia Danny
Fabrício Toledo
Ana Maria Bonjour
Ana Maria Alvarenga de Barros
Marcio Miranda Ferreira
Marcio Pessoa
Marco Nascimento Pereira
Vanessa Santos do Canto
Monica Horta
Ana Maria Muller
Fernanda Reznik Santos
Eliete Ferrer
Felipe Cavalcanti
Francini Lube Guizardi
Rodrigo Pacheco
Edna Krauss
Luis Felipe Bellintani Ribeiro
Rosa Maria Dias
Leneide Duarte-Plon
Licoln de Abreu Penna
Marcelo Saraiva
Francisco Bernardo Karan
Lucy Paixão Linhares
Luiz Carlos de Sousa Santos
Eliana Dessaune Madeira
Lucio Manfredo Lisboa
Isabel Moraes da Costa
Sandra Menna Barreto
Angelo Ricardo de Souza
Roberto Elias Salomão
Angelo Ricardo de Souza
Ricardo Elias Salomão
Eleny Guimarães Teixeira
Elisa Pimentel
Leonora Corsini
Maria Helena Correa
Isis Proença
José Adelio Ramos
Albertita Dornelles Ramos
Deborah Dornelles Ramos
Tamarah Dornelles Ramos
Xavier Cortez
Rodrigo Gueron
Aparecida Martins Paulino
Leonardo Palma
Paulo Roberto Andrade
Urariano Mota
Lea Maria Reis
Ferreira Palmar
Gabriel Rebello
AGFilho
Newton Pimentel
Patricia Ferraz
Pedro Alves Filho
José Antonio Garcia
Afonso Lana Leite
Mariana Rodrigues Pimentel
Jussara Rodrigues Pimentel
Affonso Henriques
Ana Muller
Mario Jakobskind
Fabio Malini
Dayse Marques Souza
Tania Roque
Jussara Ribeiro de Oliveira
Rita de Cassia Matosani
Carlos Roberto Franke
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MANIFESTO INTELECTUAIS PRÓ-DILMA 13
sábado, 9 de outubro de 2010
MANIFESTO DOS PROFESSORES E PESQUISADORES DE FILOSOFIA PRÓ-DILMA
PARA: O POVO BRASILEIRO
Professores e Pesquisadores de Filosofia Apoiam Dilma Rousseff para a Presidência da República
Professores e pesquisadores de Filosofia, abaixo assinados, manifestamos nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Seguem-se nossas razões.
Os valores de nossa Constituição exigem compromisso e responsabilidade por parte dos representantes políticos e dos intelectuais
Nesta semana completam-se vinte e dois anos de promulgação da Constituição Federal. Embora marcada por contradições de uma sociedade que recém começava a acordar da longa noite do arbítrio, ela logrou afirmar valores que animam sonhos generosos com o futuro de nosso país. Entre os objetivos da República Federativa do Brasil estão “construir uma sociedade livre, justa e solidária”, “garantir o desenvolvimento nacional”, “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”.
A vitalidade de nossa República depende do efetivo compromisso com tais objetivos, para além da mera adesão verbal. Por parte de nossos representantes, ele deve traduzir-se em projetos claros e ações efetivas, sujeitos à responsabilização política pelos cidadãos. Dos intelectuais, espera-se o exame racionalmente responsável desses projetos e ações.
Os oito anos de governo Lula constituíram um formidável movimento na direção desses objetivos. Reconheça-se o papel do governo anterior na conquista de relativa estabilidade econômica. Ao atual governo, porém, deve-se tributar o feito inédito de conciliar crescimento da economia, controle da inflação e significativo desenvolvimento social. Nesses oito anos, a pobreza foi reduzida em mais de 40%; mais de 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe média; a desigualdade de renda sofreu uma queda palpável. Não se tratou de um efeito natural e inevitável da estabilidade econômica. Trata-se do resultado de políticas públicas resolutamente implementadas pelo atual governo – as quais não se limitam ao Bolsa Família, mas têm nesse programa seu carro-chefe.
Tais políticas assinalam o compromisso do governo Lula com a realização dos objetivos de nossa República. Como ministra, Dilma Rousseff exerceu um papel central no sucesso dessa gestão. Cremos que sua chegada à Presidência representará a continuidade, aprofundamento e aperfeiçoamento do combate à pobreza e à desigualdade que marcou os últimos oito anos.
Há razões para duvidar que um eventual governo José Serra ofereça os mesmos prospectos. É notório o desprezo com que os programas sociais do atual governo – em particular o Bolsa Família – foram inicialmente recebidos pelos atores da coligação que sustenta o candidato. Frente ao sucesso de tais programas, José Serra vem agora verbalizar sua adesão a eles, quando não arroga para si sua primeira concepção. Não tendo ainda, passado o primeiro turno, apresentado um programa de governo, ele nos lança toda sorte de promessas – algumas das quais em franco contraste com sua gestão como governador de São Paulo – sem esclarecer como concretizá-las. O caráter errático de sua campanha justifica ceticismo quanto à consistência de seus compromissos. Seu discurso pautado por conveniências eleitorais indica aversão à responsabilidade que se espera de nossos representantes. Ironicamente, os intelectuais associados ao seu projeto político costumam tachar o governo Lula e a candidatura Dilma de populistas.
O compromisso com a inclusão social é um compromisso com a democracia
A despeito da súbita conversão da oposição às políticas sociais do atual governo, ainda ecoam entre nós os chavões disseminados por ela sobre os programas de transferência de renda implementados nos últimos anos: eles consistiriam em mera esmola assistencialista desprovida de mecanismos que possibilitem a autonomia de seus beneficiários; mais grave, constituiriam instrumento de controle populista sobre as massas pobres, visando à perpetuação no poder do PT e de seus aliados. Tais chavões repousam sobre um equívoco de direito e de fato.
A história da democracia, desde seus primeiros momentos na pólis ateniense, é a história da progressiva incorporação à comunidade política dos que outrora se viam destituídos de voz nos processos decisórios coletivos. Que tal incorporação se mostre efetiva pressupõe que os cidadãos disponham das condições materiais básicas para seu reconhecimento como tais. A cidadania exige o que Kant caracterizou como independência: o cidadão deve ser “seu próprio senhor (sui iuris)”, por conseguinte possuir “alguma propriedade (e qualquer habilidade, ofício, arte ou ciência pode contar como propriedade) que lhe possibilite o sustento”. Nossa Constituição vai ao encontro dessa exigência ao reservar um capítulo aos direitos sociais.
Os programas de transferência de renda implementados pelo governo não apenas ajudaram a proteger o país da crise econômica mundial – por induzirem o crescimento do mercado interno –, mas fortaleceram nossa democracia ao criar bases concretas para a cidadania de milhões de brasileiros. Se atentarmos ao seu formato institucional, veremos que eles proporcionam condições para a progressiva autonomia de seus beneficiários, ao invés de prendê-los em um círculo de dependência. Que mulheres e homens beneficiados por tais programas confiram seus votos às forças que lutaram por implementá-los não deve surpreender ninguém – trata-se, afinal, da lógica mesma da governança democrática. Senhoras e senhores de seu destino, porém, sua relação com tais forças será propriamente política, não mais a subserviência em que os confinavam as oligarquias.
As liberdades públicas devem ser protegidas, em particular de seus paladinos de ocasião
Nos últimos oito anos – mas especialmente neste ano eleitoral – assistiu-se à reiterada acusação, por parte de alguns intelectuais e da grande imprensa, de que o presidente Lula e seu governo atentam contra as liberdades públicas. É verdade que não há governo cujos quadros estejam inteiramente imunes às tentações do abuso de poder; é justamente esse fato que informa o desenvolvimento dos sistemas de freios e contrapesos do moderno Estado de Direito. Todavia, à parte episódios singulares – seguidos das sanções e reparos cabíveis –, um olhar sóbrio sobre o nosso país não terá dificuldade em ver que o governo tem zelado pelas garantias fundamentais previstas na Constituição e respeitado a independência das instituições encarregadas de protegê-las, como o Ministério Público, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal.
Diante disso, foi com desgosto e preocupação que vimos personalidades e intelectuais ilustres de nosso país assinarem, há duas semanas, um autointitulado “Manifesto em Defesa da Democracia”, em que acusam o governo de tramas para “solapar o regime democrático”. À conveniência da candidatura oposicionista, inventam uma nova regra de conduta presidencial: o Presidente da República deve abster-se, em qualquer contexto, de fazer política ou apoiar candidaturas. Ironicamente, observada tal regra seria impossível a reeleição para o executivo federal – instituto criado durante o governo anterior, não sem sombra de casuísmo, em circunstâncias que não mereceram o alarme da maioria de seus signatários.
Grandes veículos de comunicação sistematicamente alardeiam que o governo Lula e a candidatura Dilma representam uma ameaça à liberdade de imprensa, enquanto se notabilizam por uma cobertura militante e nem sempre responsável da atual campanha presidencial. As críticas do Presidente à grande imprensa não exigem adesão, mas tampouco atentam contra o regime democrático, em que o Presidente goza dos mesmos direitos de todo cidadão, na forma da lei. Propostas de aperfeiçoamento dos marcos legais do setor devem ser examinadas com racionalidade, a exemplo do que tem acontecido em países como a França e a Inglaterra.
Se durante a campanha do primeiro turno houve um episódio a ameaçar a liberdade de imprensa no Brasil, terá sido o estranho requerimento da Dra. Sandra Cureau, vice-procuradora-geral Eleitoral, à revista Carta Capital. De efeito intimidativo e duvidoso lastro legal, o episódio não recebeu atenção dos grandes veículos de comunicação do país, tampouco ensejou a mobilização cívica daqueles que, poucos dias antes, publicavam um manifesto contra supostas ameaças do Presidente à democracia brasileira. O zelo pelas liberdades públicas não admite dois pesos e duas medidas. Quando a evocação das garantias fundamentais se vê aliciada pelo vale-tudo eleitoral, a Constituição é rebaixada à mera retórica.
Estamos convictos de que Dilma Rousseff, se eleita, saberá proteger as liberdades públicas. Comprometidos com a defesa dessas liberdades, recomendamos o voto nela.
Em defesa do Estado laico e do respeito à diversidade de orientações espirituais, contra a instrumentalização política do discurso religioso
A Constituição Federal é suficientemente clara na afirmação do caráter laico do Estado brasileiro. É garantida aos cidadãos brasileiros a liberdade de crença e consciência, não se admitindo que identidades religiosas se imponham como condição do exercício de direitos e do respeito à dignidade fundamental de cada um. Isso não significa que a religiosidade deva ser excluída da cena pública; exige, porém, intransigência com os que pregam o ódio e a intolerância em nome de uma orientação espiritual particular.
É, pois, com preocupação que testemunhamos a instrumentalização do discurso religioso na presente corrida presidencial. Em particular, deploramos a guarida de templos ao proselitismo a favor ou contra esta ou aquela candidatura – em clara afronta à legislação eleitoral. Dilma Rousseff, em particular, tem sido alvo de campanha difamatória baseada em ilações sobre suas convicções espirituais e na deliberada distorção das posições do atual governo sobre o aborto e a liberdade de manifestação religiosa. Conclamamos ambos os candidatos ora em disputa a não cederem às intimidações dos intolerantes. Temos confiança de que um eventual governo Dilma Rousseff preservará o caráter laico do Estado brasileiro e conduzirá adequadamente a discussão de temas que, embora sensíveis a religiosidades particulares, são de notório interesse público.
O compromisso com a expansão e qualificação da universidade é condição da construção de um país próspero, justo e com desenvolvimento sustentável
É incontroverso que a prosperidade de um país se deixa medir pela qualidade e pelo grau de universalização da educação de suas crianças e de seus jovens. O Brasil tem muito por fazer nesse sentido, uma tarefa de gerações. O atual governo tem dado passos na direção certa. Programas de transferência de renda condicionam benefícios a famílias à manutenção de suas crianças na escola, diminuindo a evasão no ensino fundamental. A criação e ampliação de escolas técnicas e institutos federais têm proporcionado o aumento de vagas públicas no ensino médio. Programas como o PRODOCENCIA e o PARFOR atendem à capacitação de professores em ambos os níveis.
Em poucas áreas da governança o contraste entre a administração atual e a anterior é tão flagrante quanto nas políticas para o ensino superior e a pesquisa científica e tecnológica associadas. Durante os oito anos do governo anterior, não se criou uma nova universidade federal sequer; os equipamentos das universidades federais viram-se em vergonhosa penúria; as verbas de pesquisa estiveram constantemente à mercê de contingenciamentos; o arrocho salarial, aliado à falta de perspectivas e reconhecimento, favoreceu a aposentadoria precoce de inúmeros docentes, sem a realização de concursos públicos para a reposição satisfatória de professores. O consórcio partidário que cerca a candidatura José Serra – o mesmo que deu guarida ao governo anterior – deve explicar por que e como não reeditará essa situação.
O atual governo tem agido não apenas para a recuperação do ensino superior e da pesquisa universitária, após anos de sucateamento, como tem implementado políticas para sua expansão e qualificação – com resultados já reconhecidos pela comunidade científica internacional. O PROUNI – atacado por um dos partidos da coligação de José Serra – possibilitou o acesso à universidade para mais de 700.000 brasileiros de baixa renda. Através do REUNI, as universidades federais têm assistido a um grande crescimento na infraestrutura e na contratação, mediante concurso público, de docentes qualificados. Programas de fomento, levados a cabo pelo CNPq e pela CAPES, têm proporcionado um sensível aumento da pesquisa em ciência e tecnologia, premissa central para o desenvolvimento do país. Foram criadas 14 novas universidades federais, testemunhando-se a interiorização do ensino superior no Brasil, levando o conhecimento às regiões mais pobres, menos desenvolvidas e mais necessitadas de apoio do Estado.
Ademais, deve-se frisar que não há possibilidade de desenvolvimento sustentável e preservação de nossa biodiversidade – temas cujo protagonismo na atual campanha deve-se à contribuição de Marina Silva – sem investimentos pesados em ciência e tecnologia. Não se pode esperar que a iniciativa privada satisfaça inteiramente essa demanda. O papel do Estado como indutor da pesquisa científica é indispensável, exigindo um compromisso que se traduza em políticas públicas concretas. A ausência de projetos claros e consistentes da candidatura oposicionista, a par do lamentável retrospecto do governo anterior nessa área, motiva receios quanto ao futuro do ensino superior e do conhecimento científico no Brasil – e, com eles, da proteção de nosso meio-ambiente – no caso da vitória de José Serra. A perspectiva de continuidade e aperfeiçoamento das políticas do governo Lula para o ensino e a pesquisa universitários motiva nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff.
Por essas razões, apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Para o povo brasileiro continuar em sua jornada de reencontro consigo mesmo. Para o Brasil continuar mudando!
06 de outubro de 2010
Sincerely,
NOTA: Cópia integral do manifesto assinado por mim e diversos professores e pesquisadores brasileiros da área de filosofia. Por onde sei o manifesto surgiu no último encontro da ANPOF, por iniciativa de uma grande filósofo gaúcho que encabeça a lista e ampla colaboração de grandes filósofos brasileiros. Nos reencontramos aqui política e filosoficamente com diversos colegas meus e diversos intelectuais que sabem que a verdade sempre precisa ser dita e que deve haver vigilância e posicionamento célere para que ela saia vitoriosa. Por conta do impacto o manifesto passou a ser aberto a outras subscrições de diversos intelectuais também. Notável, para mim, foi que a iniciativa suge com a marca de uma nova filosofia brasileira que corajosa e altiva enfrenta de frente os poderosos da midia e que ousam propagar a mentira contra grandes realizações do governo Lula e os fortes compromissos de Dilma com este projeto de fazer o Brasil continuar mudando. O manifesto pode ser lido e consultado aqui e as assinaturas encontram-se no seguinte endereço: https://sites.google.com/site/manifestofilosofosprodilma/home/assinaturas
Um grande abraço, boa luta e até a vitória.
Professores e Pesquisadores de Filosofia Apoiam Dilma Rousseff para a Presidência da República
Professores e pesquisadores de Filosofia, abaixo assinados, manifestamos nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Seguem-se nossas razões.
Os valores de nossa Constituição exigem compromisso e responsabilidade por parte dos representantes políticos e dos intelectuais
Nesta semana completam-se vinte e dois anos de promulgação da Constituição Federal. Embora marcada por contradições de uma sociedade que recém começava a acordar da longa noite do arbítrio, ela logrou afirmar valores que animam sonhos generosos com o futuro de nosso país. Entre os objetivos da República Federativa do Brasil estão “construir uma sociedade livre, justa e solidária”, “garantir o desenvolvimento nacional”, “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”.
A vitalidade de nossa República depende do efetivo compromisso com tais objetivos, para além da mera adesão verbal. Por parte de nossos representantes, ele deve traduzir-se em projetos claros e ações efetivas, sujeitos à responsabilização política pelos cidadãos. Dos intelectuais, espera-se o exame racionalmente responsável desses projetos e ações.
Os oito anos de governo Lula constituíram um formidável movimento na direção desses objetivos. Reconheça-se o papel do governo anterior na conquista de relativa estabilidade econômica. Ao atual governo, porém, deve-se tributar o feito inédito de conciliar crescimento da economia, controle da inflação e significativo desenvolvimento social. Nesses oito anos, a pobreza foi reduzida em mais de 40%; mais de 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe média; a desigualdade de renda sofreu uma queda palpável. Não se tratou de um efeito natural e inevitável da estabilidade econômica. Trata-se do resultado de políticas públicas resolutamente implementadas pelo atual governo – as quais não se limitam ao Bolsa Família, mas têm nesse programa seu carro-chefe.
Tais políticas assinalam o compromisso do governo Lula com a realização dos objetivos de nossa República. Como ministra, Dilma Rousseff exerceu um papel central no sucesso dessa gestão. Cremos que sua chegada à Presidência representará a continuidade, aprofundamento e aperfeiçoamento do combate à pobreza e à desigualdade que marcou os últimos oito anos.
Há razões para duvidar que um eventual governo José Serra ofereça os mesmos prospectos. É notório o desprezo com que os programas sociais do atual governo – em particular o Bolsa Família – foram inicialmente recebidos pelos atores da coligação que sustenta o candidato. Frente ao sucesso de tais programas, José Serra vem agora verbalizar sua adesão a eles, quando não arroga para si sua primeira concepção. Não tendo ainda, passado o primeiro turno, apresentado um programa de governo, ele nos lança toda sorte de promessas – algumas das quais em franco contraste com sua gestão como governador de São Paulo – sem esclarecer como concretizá-las. O caráter errático de sua campanha justifica ceticismo quanto à consistência de seus compromissos. Seu discurso pautado por conveniências eleitorais indica aversão à responsabilidade que se espera de nossos representantes. Ironicamente, os intelectuais associados ao seu projeto político costumam tachar o governo Lula e a candidatura Dilma de populistas.
O compromisso com a inclusão social é um compromisso com a democracia
A despeito da súbita conversão da oposição às políticas sociais do atual governo, ainda ecoam entre nós os chavões disseminados por ela sobre os programas de transferência de renda implementados nos últimos anos: eles consistiriam em mera esmola assistencialista desprovida de mecanismos que possibilitem a autonomia de seus beneficiários; mais grave, constituiriam instrumento de controle populista sobre as massas pobres, visando à perpetuação no poder do PT e de seus aliados. Tais chavões repousam sobre um equívoco de direito e de fato.
A história da democracia, desde seus primeiros momentos na pólis ateniense, é a história da progressiva incorporação à comunidade política dos que outrora se viam destituídos de voz nos processos decisórios coletivos. Que tal incorporação se mostre efetiva pressupõe que os cidadãos disponham das condições materiais básicas para seu reconhecimento como tais. A cidadania exige o que Kant caracterizou como independência: o cidadão deve ser “seu próprio senhor (sui iuris)”, por conseguinte possuir “alguma propriedade (e qualquer habilidade, ofício, arte ou ciência pode contar como propriedade) que lhe possibilite o sustento”. Nossa Constituição vai ao encontro dessa exigência ao reservar um capítulo aos direitos sociais.
Os programas de transferência de renda implementados pelo governo não apenas ajudaram a proteger o país da crise econômica mundial – por induzirem o crescimento do mercado interno –, mas fortaleceram nossa democracia ao criar bases concretas para a cidadania de milhões de brasileiros. Se atentarmos ao seu formato institucional, veremos que eles proporcionam condições para a progressiva autonomia de seus beneficiários, ao invés de prendê-los em um círculo de dependência. Que mulheres e homens beneficiados por tais programas confiram seus votos às forças que lutaram por implementá-los não deve surpreender ninguém – trata-se, afinal, da lógica mesma da governança democrática. Senhoras e senhores de seu destino, porém, sua relação com tais forças será propriamente política, não mais a subserviência em que os confinavam as oligarquias.
As liberdades públicas devem ser protegidas, em particular de seus paladinos de ocasião
Nos últimos oito anos – mas especialmente neste ano eleitoral – assistiu-se à reiterada acusação, por parte de alguns intelectuais e da grande imprensa, de que o presidente Lula e seu governo atentam contra as liberdades públicas. É verdade que não há governo cujos quadros estejam inteiramente imunes às tentações do abuso de poder; é justamente esse fato que informa o desenvolvimento dos sistemas de freios e contrapesos do moderno Estado de Direito. Todavia, à parte episódios singulares – seguidos das sanções e reparos cabíveis –, um olhar sóbrio sobre o nosso país não terá dificuldade em ver que o governo tem zelado pelas garantias fundamentais previstas na Constituição e respeitado a independência das instituições encarregadas de protegê-las, como o Ministério Público, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal.
Diante disso, foi com desgosto e preocupação que vimos personalidades e intelectuais ilustres de nosso país assinarem, há duas semanas, um autointitulado “Manifesto em Defesa da Democracia”, em que acusam o governo de tramas para “solapar o regime democrático”. À conveniência da candidatura oposicionista, inventam uma nova regra de conduta presidencial: o Presidente da República deve abster-se, em qualquer contexto, de fazer política ou apoiar candidaturas. Ironicamente, observada tal regra seria impossível a reeleição para o executivo federal – instituto criado durante o governo anterior, não sem sombra de casuísmo, em circunstâncias que não mereceram o alarme da maioria de seus signatários.
Grandes veículos de comunicação sistematicamente alardeiam que o governo Lula e a candidatura Dilma representam uma ameaça à liberdade de imprensa, enquanto se notabilizam por uma cobertura militante e nem sempre responsável da atual campanha presidencial. As críticas do Presidente à grande imprensa não exigem adesão, mas tampouco atentam contra o regime democrático, em que o Presidente goza dos mesmos direitos de todo cidadão, na forma da lei. Propostas de aperfeiçoamento dos marcos legais do setor devem ser examinadas com racionalidade, a exemplo do que tem acontecido em países como a França e a Inglaterra.
Se durante a campanha do primeiro turno houve um episódio a ameaçar a liberdade de imprensa no Brasil, terá sido o estranho requerimento da Dra. Sandra Cureau, vice-procuradora-geral Eleitoral, à revista Carta Capital. De efeito intimidativo e duvidoso lastro legal, o episódio não recebeu atenção dos grandes veículos de comunicação do país, tampouco ensejou a mobilização cívica daqueles que, poucos dias antes, publicavam um manifesto contra supostas ameaças do Presidente à democracia brasileira. O zelo pelas liberdades públicas não admite dois pesos e duas medidas. Quando a evocação das garantias fundamentais se vê aliciada pelo vale-tudo eleitoral, a Constituição é rebaixada à mera retórica.
Estamos convictos de que Dilma Rousseff, se eleita, saberá proteger as liberdades públicas. Comprometidos com a defesa dessas liberdades, recomendamos o voto nela.
Em defesa do Estado laico e do respeito à diversidade de orientações espirituais, contra a instrumentalização política do discurso religioso
A Constituição Federal é suficientemente clara na afirmação do caráter laico do Estado brasileiro. É garantida aos cidadãos brasileiros a liberdade de crença e consciência, não se admitindo que identidades religiosas se imponham como condição do exercício de direitos e do respeito à dignidade fundamental de cada um. Isso não significa que a religiosidade deva ser excluída da cena pública; exige, porém, intransigência com os que pregam o ódio e a intolerância em nome de uma orientação espiritual particular.
É, pois, com preocupação que testemunhamos a instrumentalização do discurso religioso na presente corrida presidencial. Em particular, deploramos a guarida de templos ao proselitismo a favor ou contra esta ou aquela candidatura – em clara afronta à legislação eleitoral. Dilma Rousseff, em particular, tem sido alvo de campanha difamatória baseada em ilações sobre suas convicções espirituais e na deliberada distorção das posições do atual governo sobre o aborto e a liberdade de manifestação religiosa. Conclamamos ambos os candidatos ora em disputa a não cederem às intimidações dos intolerantes. Temos confiança de que um eventual governo Dilma Rousseff preservará o caráter laico do Estado brasileiro e conduzirá adequadamente a discussão de temas que, embora sensíveis a religiosidades particulares, são de notório interesse público.
O compromisso com a expansão e qualificação da universidade é condição da construção de um país próspero, justo e com desenvolvimento sustentável
É incontroverso que a prosperidade de um país se deixa medir pela qualidade e pelo grau de universalização da educação de suas crianças e de seus jovens. O Brasil tem muito por fazer nesse sentido, uma tarefa de gerações. O atual governo tem dado passos na direção certa. Programas de transferência de renda condicionam benefícios a famílias à manutenção de suas crianças na escola, diminuindo a evasão no ensino fundamental. A criação e ampliação de escolas técnicas e institutos federais têm proporcionado o aumento de vagas públicas no ensino médio. Programas como o PRODOCENCIA e o PARFOR atendem à capacitação de professores em ambos os níveis.
Em poucas áreas da governança o contraste entre a administração atual e a anterior é tão flagrante quanto nas políticas para o ensino superior e a pesquisa científica e tecnológica associadas. Durante os oito anos do governo anterior, não se criou uma nova universidade federal sequer; os equipamentos das universidades federais viram-se em vergonhosa penúria; as verbas de pesquisa estiveram constantemente à mercê de contingenciamentos; o arrocho salarial, aliado à falta de perspectivas e reconhecimento, favoreceu a aposentadoria precoce de inúmeros docentes, sem a realização de concursos públicos para a reposição satisfatória de professores. O consórcio partidário que cerca a candidatura José Serra – o mesmo que deu guarida ao governo anterior – deve explicar por que e como não reeditará essa situação.
O atual governo tem agido não apenas para a recuperação do ensino superior e da pesquisa universitária, após anos de sucateamento, como tem implementado políticas para sua expansão e qualificação – com resultados já reconhecidos pela comunidade científica internacional. O PROUNI – atacado por um dos partidos da coligação de José Serra – possibilitou o acesso à universidade para mais de 700.000 brasileiros de baixa renda. Através do REUNI, as universidades federais têm assistido a um grande crescimento na infraestrutura e na contratação, mediante concurso público, de docentes qualificados. Programas de fomento, levados a cabo pelo CNPq e pela CAPES, têm proporcionado um sensível aumento da pesquisa em ciência e tecnologia, premissa central para o desenvolvimento do país. Foram criadas 14 novas universidades federais, testemunhando-se a interiorização do ensino superior no Brasil, levando o conhecimento às regiões mais pobres, menos desenvolvidas e mais necessitadas de apoio do Estado.
Ademais, deve-se frisar que não há possibilidade de desenvolvimento sustentável e preservação de nossa biodiversidade – temas cujo protagonismo na atual campanha deve-se à contribuição de Marina Silva – sem investimentos pesados em ciência e tecnologia. Não se pode esperar que a iniciativa privada satisfaça inteiramente essa demanda. O papel do Estado como indutor da pesquisa científica é indispensável, exigindo um compromisso que se traduza em políticas públicas concretas. A ausência de projetos claros e consistentes da candidatura oposicionista, a par do lamentável retrospecto do governo anterior nessa área, motiva receios quanto ao futuro do ensino superior e do conhecimento científico no Brasil – e, com eles, da proteção de nosso meio-ambiente – no caso da vitória de José Serra. A perspectiva de continuidade e aperfeiçoamento das políticas do governo Lula para o ensino e a pesquisa universitários motiva nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff.
Por essas razões, apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Para o povo brasileiro continuar em sua jornada de reencontro consigo mesmo. Para o Brasil continuar mudando!
06 de outubro de 2010
Sincerely,
NOTA: Cópia integral do manifesto assinado por mim e diversos professores e pesquisadores brasileiros da área de filosofia. Por onde sei o manifesto surgiu no último encontro da ANPOF, por iniciativa de uma grande filósofo gaúcho que encabeça a lista e ampla colaboração de grandes filósofos brasileiros. Nos reencontramos aqui política e filosoficamente com diversos colegas meus e diversos intelectuais que sabem que a verdade sempre precisa ser dita e que deve haver vigilância e posicionamento célere para que ela saia vitoriosa. Por conta do impacto o manifesto passou a ser aberto a outras subscrições de diversos intelectuais também. Notável, para mim, foi que a iniciativa suge com a marca de uma nova filosofia brasileira que corajosa e altiva enfrenta de frente os poderosos da midia e que ousam propagar a mentira contra grandes realizações do governo Lula e os fortes compromissos de Dilma com este projeto de fazer o Brasil continuar mudando. O manifesto pode ser lido e consultado aqui e as assinaturas encontram-se no seguinte endereço: https://sites.google.com/site/manifestofilosofosprodilma/home/assinaturas
Um grande abraço, boa luta e até a vitória.
MEUS HERÓIS DE JUVENTUDE
Encontrados em um caderno de 1981:
JOHN LENNON
NIETSZCHE
KRISCHNAMURTI
foi INCRÍVEL...mas foi verdadeiro...
agora entendo melhor meu espírito rebelde que hoje é tão dócil...
boa noite amor...
JOHN LENNON
NIETSZCHE
KRISCHNAMURTI
foi INCRÍVEL...mas foi verdadeiro...
agora entendo melhor meu espírito rebelde que hoje é tão dócil...
boa noite amor...
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
QUERO ELEGER A DILMA PARA VOLTAR A FILOSOFAR EM PAZ
Estes dias escrevi para o Idelber Avelar do Biscoito Fino e a Massa - um dos meus blogues preferidos - um elogio a sua coragem e ao fato de que ele se posiciona sem medo, ao contrário de muitos intelectuais brasileiros blasês e subservientes que fazem ar de neutralidade e dizem, ainda assim, cumprir um papel importante na democracia brasileira. Toda vez que penso nestes intelectuais lembro aquele papo de envergadura moral ou reserva moral da nação. Tipo assim: na hora que for muito urgente nos posicionaremos. E você deve saber muito bem que este tipo de intelectual quando chega no debate é porque aí mesmo é que está tudo perdido e a vaca vai inteirinha a passos largos para o brejo.
O que eu considero um absurdo, pois que como me ensinou um professor política é tomar posição e fazer pinta de externalidade nisso é só símtoma de alienação ou de desimportância do sujeito histórico que se é. Claro que este professor não disse tudo isso, mas eu creio que ele e outros que admirei nesta minha longa história de aluno assinariam embaixo. Ele queria dizer que é a arte de tomar posição. Portanto, ao meu ver, na minha modesta perspectiva filosófica neutralidade é uma contingência da política e posição uma necessidade. O que não contraria em nada a minha completa desaprovação em relação aqueles tipos de militantes e ex-militantes covardes ou acomodados que não carregam mais bandeira, não colocam adesivos e tentam sempre ser convenientes e submissos onde isto não deveria ser a regra. Por exemplo, no espaço escolar onde deveríamos ser sempre mais democratas ainda do que na sociedade. Me lembrei de um outro mestre de quem só ouvi falar e li algumas memórias e lembranças da ditadura militar.
Bem, bem, bem, mas o que eu escrevi para o Idelber tinha ainda um outro ingrediente: a possibilidade de fazermos filosofia em tempos melhores.
Pautei isto como um desafio não porque a realidade carece de reconhecimento, mas porque justamente quando a realidade está resolvida que podemos pensar para além dela, para adiante e mais longe do nosso tempo.
Confesso que quando estudei filosofia no início dos anos 90 torci a cara para a expressão de um professor de que a filosofia grega é fruto do auge da civilização grega, da abundância de meios e de um vasto espaço ocioso dos cidadãos atenienses par se dedicarem ao pensamento. E que, num viés mais crítico ainda, tudo isso era possível pela abundância de escravos que um cidadão médio atenienese dispunha para trabalharem e lidarem com os seus afazeres econômicos e (sic) domésticos, ou seja, cuidarem da produção material da vida.
Pois bem, quem me conhece destes tempos deveria imaginar que de 1989 a 1997 - período no qual empreendi minha odisséia filosófica, foram tempos muito difíceis e cabeludos para filosofar, mas, nem por isto, impossíveis. Quando parei com este negócio tavga completamente esgotado no esforço de compatibilizar esforço pela manutenção da vida material e esforço pela luta - tão árdua quanto - acreditem, em encontrar verdadeiros pensamentos sobre qualquer coisa dignos de alguma nota e valor imaterial.
Pois bem, tenho pensado muito nisto: na possibilidade de voltar a tentar filosofar caso a Dilma vença esta eleição. Pois o meu esforço político de 1996 até hoje tem tateado e procurado resolver estes assuntos da vida material para ver se a partir disto faz ainda algum sentido filosofar nesta minha curta vida.
Espero que sim!!!
O que eu considero um absurdo, pois que como me ensinou um professor política é tomar posição e fazer pinta de externalidade nisso é só símtoma de alienação ou de desimportância do sujeito histórico que se é. Claro que este professor não disse tudo isso, mas eu creio que ele e outros que admirei nesta minha longa história de aluno assinariam embaixo. Ele queria dizer que é a arte de tomar posição. Portanto, ao meu ver, na minha modesta perspectiva filosófica neutralidade é uma contingência da política e posição uma necessidade. O que não contraria em nada a minha completa desaprovação em relação aqueles tipos de militantes e ex-militantes covardes ou acomodados que não carregam mais bandeira, não colocam adesivos e tentam sempre ser convenientes e submissos onde isto não deveria ser a regra. Por exemplo, no espaço escolar onde deveríamos ser sempre mais democratas ainda do que na sociedade. Me lembrei de um outro mestre de quem só ouvi falar e li algumas memórias e lembranças da ditadura militar.
Bem, bem, bem, mas o que eu escrevi para o Idelber tinha ainda um outro ingrediente: a possibilidade de fazermos filosofia em tempos melhores.
Pautei isto como um desafio não porque a realidade carece de reconhecimento, mas porque justamente quando a realidade está resolvida que podemos pensar para além dela, para adiante e mais longe do nosso tempo.
Confesso que quando estudei filosofia no início dos anos 90 torci a cara para a expressão de um professor de que a filosofia grega é fruto do auge da civilização grega, da abundância de meios e de um vasto espaço ocioso dos cidadãos atenienses par se dedicarem ao pensamento. E que, num viés mais crítico ainda, tudo isso era possível pela abundância de escravos que um cidadão médio atenienese dispunha para trabalharem e lidarem com os seus afazeres econômicos e (sic) domésticos, ou seja, cuidarem da produção material da vida.
Pois bem, quem me conhece destes tempos deveria imaginar que de 1989 a 1997 - período no qual empreendi minha odisséia filosófica, foram tempos muito difíceis e cabeludos para filosofar, mas, nem por isto, impossíveis. Quando parei com este negócio tavga completamente esgotado no esforço de compatibilizar esforço pela manutenção da vida material e esforço pela luta - tão árdua quanto - acreditem, em encontrar verdadeiros pensamentos sobre qualquer coisa dignos de alguma nota e valor imaterial.
Pois bem, tenho pensado muito nisto: na possibilidade de voltar a tentar filosofar caso a Dilma vença esta eleição. Pois o meu esforço político de 1996 até hoje tem tateado e procurado resolver estes assuntos da vida material para ver se a partir disto faz ainda algum sentido filosofar nesta minha curta vida.
Espero que sim!!!
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