Lembrando de um comentário sobre distorção
da realidade e a livre escolha de usar drogas em aula e no hospital nesta
semana. Tratava também em aula do mito da caverna a respeito da possibilidade
de estarmos vendo de forma deliberada a realidade de forma distorcida. Perceber
a realidade como enganosa na caverna e no uso de drogas e que talvez não haja
realmente nenhum ganho em se ingerir drogas ou bebidas que apenas aumentam a
distância do nosso mundo real e nos afastam dele, bem como, distorcem nossa
percepção, nossa capacidade de resposta e de reflexão sobre a realidade. Isso
sem falar no delay ou retardo em responder ou na ansiedade ou angústia
aumentada que certas drogas provocam. E os personagens no cinema e na vida real
que vivem isto a nossa frente são abundantes. As drogas entorpecem mesmo um
indivíduo, de tal modo que seus usuários simplesmente não conseguem mesmo
compreender o timing ou o ritmo e a velocidade do mundo real. Uma parte da
nossa vida passamos vendo e experimentando e, em outra, vamos descartando mesmo
o que não serve para melhorar coisa alguma na gente. Porém, vou lembrar também
que tenho uma posição liberal em relação às drogas. Isto é, não sou careta e
nem quadrado neste e em outros temas. Mas me considero aqui um liberal com
responsabilidade. Não se trata do mero laisser faire simplório e demagógico ou
de uma liberdade aprisionada na pequena consciência. Defendo, e já falei disto
em diversas ocasiões, que as drogas, e incluo aqui o alcool, o tabaco, certos alimentos
em excesso e outros tipos de opções que as pessoas escolhem adotar para ingerir
ou consumir em suas vidas deveriam ser todas liberadas, mas que seus usuários
deveriam assinar de forma deliberada e consciente uma espécie de termo de
responsabilidade de tal modo que sejam responsáveis e imputáveis por todas as
suas consequências em suas vidas. Isso significa que a opção pela ingestão ou
consumo de drogas e o ônus pelo seu consumo deve ser de responsabilidade
exclusiva do usuário, inclusive os custos de tratamento no sistema de saúde, os
danos e ônus no processo educacional e etc. Quem quer se destruir que pague a
conta. E eu sei o quanto isto reduziria os custos do nosso sistema de saúde que
é extremamente comprometido com estas escolhas e suas patologias. O que eu mais
gostei nesta matéria é o tema da liberdade de escolha consciente desta nova
geração. Isso é um progresso. Afinal, como já dizia o Nei Lisboa em sua canção
Prá Viajar no Cosmos não precisa gasolina...
LINK para a matéria compartilhada pelo Luis Carlos Maciel que despertou meu comentário e texto: http://yogui.co/os-novos-hippies-do-seculo-21-nao-necessitam-de-drogas/
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