Olá, penso bem diferente de você. A campanha que o candidato a prefeito
Ronaldo Zulke está realizando é absolutamente transparente e respeitosa,
principalmente com os mais pobres!
Como tu deves saber, um dos principais problemas que enfrentamos – e que
será superado com eleição de Zulke prefeito – diz respeito à Saúde, mais
especificamente, ao Hospital Centenário.
O adversário promete que vai
resolver esta questão. O fato é que ele não é a solução, mas parte do problema,
porque ele bate o ponto e vai atender em seu consultório particular, enquanto a
população que mais precisa aguarda para ser atendida ou não é atendida por ele.
Ora, este salário que o médico
recebe é público e é um contrato de trabalho, não algo que possa ser adaptado
aos interesses do profissional. Isso não é uma agressão pessoal, mas parte
componente do grave problema do setor: médicos, como o Dr. Moacir, que recebem
seu salário para trabalhar no Hospital Centenário, mas que batem ponto e vão
embora. Isso, entretanto não significa que todos os médicos e médicas façam
isso.
Eu admiro muito os médicos e todos os profissionais de saúde e penso que é um
ato de respeito a estes profissionais e todos os outros trabalhadores da cidade
impedir que um profissional com esta conduta seja gestor do nosso município.
Não podemos fechar os olhos para isto.
Portanto, não vejo agressões pessoais ao candidato, mas, sim, um problema que
deve ser enfrentado e que está sendo discutido. Na gestão de Zulke os médicos
cumprirão seu horário integral, pelo qual recebem seu salário. E isto é algo
que faz bem para todo o povo de São Leopoldo. E é algo que fará bem para a saúde
do povo também.
A história de trabalho e contribuições para São Leopoldo e região do Professor
Ronaldo Zulke não começou agora! Eu, em especial, conheço ele desde os tempos
de movimento estudantil universitário bem no início dos anos 80, movimento
sindical dos professores e da CUT e depois como vereador mais votado da cidade
em 1988. Eleito pelo PT, junto com o Vanazzi, na nossa primeira bancada de
vereadores. Ele foi eleito por muitos jovens, professores, intelectuais e cidadãos
e cidadãs de São Leopoldo. Após isto ele foi Presidente do PT estadual em 1994.
Deputado Estadual eleito em 1998 – indicado líder do Governo Olívio no período.
Reeleito Deputado Estadual em 2002 e reeleito de novo em 2006. Já em 2010 foi eleito
Deputado Federal. Penso que é uma trajetória respeitável e que não seria sequer
possível sem muito trabalho, dedicação e seriedade. Eu tenho uma forte lembrança
da campanha que ele fez em 2003
A Paz É a gente que faz. Esta campanha é,
de certa forma, fruto da viagem que ele fez a Palestina em 2001, onde visitou o
líder palestino Yasser Arafat que estava sitiado, sem luz e sem água. Ele
voltou muito impressionado com isto.
Por uma certa coincidência na eleição
em 2000, quando havia sido candidato a prefeito também vivemos, em campanha,
uma situação de muita violência e de ameaças. Lembra que alguns meninos e meninas
foram inclusive machucados. Lembro da Zana, irmã do Roberto Pinheiro com o
braço quebrado. Lembro de um amigo e colega cujo carro foi todo arranhado.
Lembro de uma casa invadida por capangas e militantes do PMDB no Jardim
Viaduto. Muito ódio vinha dos todo poderosos de então. E estes são os mesmo que
querem voltar agora através da candidatura do bom moço Dr. Moacir. Vi eles de
novo, na última segunda-feira, no debate da rádio progresso ameaçando,
agredindo e procurando intimidar os militantes da juventude do PT.
Algumas pessoas tentam inclusive
afirmar uma certa rejeição ao Zulke, mas penso que isso é uma grande maldade
com uma pessoa que sempre fez política, mas que nunca vi agredindo ninguém
fisicamente ou verbalmente. É estranho dizer isto desta forma, mas nunca vi o
Zulke fazer agressão verbal, já o vi denunciando, criticando com veemência,
puxando chamadas de ordem com plenos pulmões, fazendo discurso sem microfone
para diversos estudantes e também para professores. Ou seja, no berro, no
peito, mas nunca vi ele agredindo ninguém. E na política isto é inclusive uma
raridade. E é um bom exemplo de como manter o debate e o nível com a crítica
clara e precisa, sem misturar questões pessoais ou particulares com os assuntos
públicos. Mas não vejo esta atitude dos adversário não. E vejo no Facebook
muita barbaridade e apelação deles.
Sugiro que visites mais uma vez os
perfis no Facebook e veja quem está agredindo a quem. Na página do Dr. Aníbal
Moacir há várias postagens ofensivas e carregadas de preconceito, bem ao gosto
de quem fala em “limpeza”, de quem se assusta com a diversidade e com a
democracia, de quem não se importa com os mais pobres e de quem coloca o lucro
em primeiro lugar, e não as pessoas.
O debate político que o Obama faz, por exemplo, lá na democracia americana
também desmascara o seu adversário. Lá ele faz mais ou menos assim: Romney diz
isso, mas a realidade é outra.
Aqui nós estamos dizendo assim: Moa
diz que vai resolver o problema do Hospital, mas na realidade ele mesmo bate o
ponto e voa.
A Ironia com o vôo dos tucanos é
também um elemento importante na forma como tratamos este debate. Não é porque
o candidato adversário faz o que faz, que nós precisamos estimular o ódio entre
nós. Temos convicção inclusive que assim evitamos a violência de parte a parte.
Por mais brabo o que o adversário fique, não o estamos agredindo
grosseiramente, mas sim apontando seu erro e equívoco.
Isso faz bem para a democracia,
porque impede as pessoas e candidatos de enganarem os eleitores e revela quem
de fato são os candidatos. Nós por nossa coragem de enfrentar este tema, ele
por sua – digamos assim – comprometimento com o problema da saúde da cidade.
É um erro de conduta dele e
esperamos, inclusive, que ele o corrijo em sua prática cotidiana, o que nós
parece ser um requisito mínimo para que sua pretensão de ser prefeito de São
Leopoldo seja razoável e moralmente aceitável.
E não devemos temer este debate.
Com todo o meu respeito peço que considere o que estou dizendo como uma
provocação à reflexão.
Um abraço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário