CONTADOR
Por uma saborosa coincidência este blog tem ficado nos últimos dias com o título de Contador como se este fosse um texto colocado aqui.
Bem, agora vai ser isso mesmo: Contador.
Tentei instalar um contador de visitas neste blog, mas acabei colocando ele no lugar de uma postagem. Rssss.
Por fim, com a ajuda de um amigo muito disposto e jeitoso, consegui instalar o tal contador no blog. Agora são 39 visitantes e passagens por aqui, mais de dez são minhas, pois tenho entrado aqui para ler e reler meus velhos textos e também para ver bem como vou melhorá-los aqui mesmo.
Por exemplo, alguns precisam de notas especiais e de bibliografia e outros, por sua vez, precisam de alguns retoques de estilo e de forma. Faltam marcadores adequados em muitos e referências mais exatas sobre as datas e os seus contextos de escritura. Nada é perfeito.
Resolvi usar este título hoje também como uma referência ao presente e ao que acontece lá no mundo a minha volta aqui no RS em 13 de julho de 2009 – entre Gripe A, definição do candidato a governador do PT, acusações cada vez mais graves ao governo Yeda e todo os resto; num passado remoto, em que eu estudava contabilidade no segundo grau e pensava na exatidão da relação entre créditos e débitos e, talvez, num futuro contínuo daqui para frente em que acabarei por contar histórias que só tem valor para mim e para os meus.
Ontem faleceu a cantora e socióloga Adriana Marques, minha amiga do tempo em que fazer arte em São Leopoldo era algo raro e pouco espaço tinha para isso. Muitas faziam, mas pouco público e condições haviam. Bem ela faleceu em Porto Alegre e eu que vivi uma década próximo dela, ao início da sua carreira, com o Grupo Tocaia, lembrei da voz muito boa que ela tinha. Gravamos até um disco juntos no estúdio Isaec ela com o Grupo Tocaia e eu com o Grupo Velas. Nossa já fazem 23 anos isto. Saudades da pessoa extremamente amiga. Fizemos algumas campanhas juntos e ela também estudava na UFRGS, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Eu na Filosofia e ela na Sociologia – nunca consegui chamar aquilo de ciências sociais. Bem ficou dela boas lembranças e a admiração pelo seu trabalho que era maior do que a rádio esmeralda para mim, pelo menos.
Quase na mesma época eu estudava contabilidade. Isso me foi de muita utilidade quando iniciei o meu trabalho na cooperativa Coolméia em 1988. E depois me trouxe ajuda nas planilhas de análise de textos filosóficos. Até hoje leio os textos como um contador que pesa prós e contras e quando me cabe construir algo sistematicamente sempre penso em organizar grandezas e sopesar prós e contras às idéias e argumentos.
Faria uma contabilidade da razão. Das razões que podemos colocar em ordem e hierarquizar adequadamente. Lembro do Descartes velho de guerra que pesava seus argumentos com uma balança de precisão. A música também tem algo de exato que dá espaço para as paixões e as emoções terem uma apresentação adequada e que se aproxime da perfeição. Como pode isso?
Uma contabilidade que de fria não tem nada é a contabilidade da vida. O valor adequado para as coisas é um bela tarefa. E tem um quê de justiça nisto também. Contador....
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