O PESADELO DOS PROFESSORES
ESTADUAIS PRECISA ACABAR
A hipótese de Sartori e Leite
irem ao segundo turno nos coloca frente a um filme de terror em andamento. Pior
do que isto é imaginar que as duas opções significam apenas prosseguir no
roteiro de humilhação e desprezo dos educadores estaduais.
Com Sartori, passamos quatro anos
sem reajustes, com salários parcelados e atrasados e tivemos muitas perdas nas
nossas condições de vida e de trabalho. A possibilidade de prosseguir nisso é
algo que coloca em desespero muitos educadores, faz outros abandonarem de vez a
carreira e vai transformando a nossa categoria num conjunto de pobres
assalariados e sem perspectiva nenhuma de melhora. O PMDB fez muito mal aos
educadores no período 2015 a 2018.
Com Leite do PSDB, temos uma
perspectiva aparentemente desconhecida e incerta, mas não creio mesmo que este
vá fugir muito do modelo já conhecido de gestão do PSDB que foi aplicado em
minha cidade – São Leopoldo com PSDB e PMDB juntos - entre 2013 e 2016 com
resultados desastrosos, violência contra educadores e também queda ou
estagnação do IDEB municipal. No estado do Rio Grande do Sul, com Yeda Crusius,
o modelo também foi aplicado e, no estado do Paraná, com requintes de crueldade,
Beto Richa promoveu até mesmo um massacre covarde e violências contra
professores a céu aberto. Já no estado de São Paulo, o requinte é combinar
violência e dissolver os vínculos dos educadores com as escolas e promover ao
máximo contratos temporários. O modelo que é aplicado duramente em Porto Alegre
por Nelson Marquezan Júnior tem também outros requintes. Tratam eles sempre de
precarizar as condições de trabalho dos educadores. Flexibilizar ao máximo os
contratos e reduzir os direitos dos educadores.
Como educador estadual pressinto
então muitas ameaças graves vindas de ambos, Leite e Sartori: o fim do plano de
carreira dos educadores e a dissolução definitiva dos contratos de trabalho com
demissões em massa de professores sob a justificativa de redução do custo de
máquina pública, mais fechamento de escolas e percebo que até mesmo o ensino
médio noturno passará a ser alvo de questionamento em sua oferta.
A abordagem típica desses caras é
só fazer as contas, reduzir os gastos e privatizar ou terceirizar os serviços.
Quem botar seu voto em Sartori e
Leite estará autorizando a aplicação desse modelo neoliberal que só serve para
esvaziar e reduzir o estado passando a iniciativa privada determinados
serviços.
Aos professores que apoiam isso é
bom lembrar que as condições de trabalho e sobrevivência na iniciativa privada
não são melhores. Nessa abordagem o educador se transforma em figura
descartável, substituível e dispensável. O efeito imediato dessa política no
sistema de educação será piorar as condições de trabalho e sobrevivência,
porque os salários passarão sem reajustes, mas não somente isso, é bem possível
que ocorra um achatamento dos salários em virtude dos vínculos mais precários e
da perda do plano de carreira e das possibilidades de progressão.
Não custa lembrar aos esquecidos
ou aqueles que acharam irrelevantes os reajustes recebidos nos governos Olívio
Dutra 1999-2002 e Tarso Genro 2011-2014, nos dois governos nosso plano de
carreira foi respeitado, foram feitos concursos públicos para o ingresso na
carreira e os salários foram pagos em dia com reajustes na maior parte dos
casos acima da inflação.
Rosseto e Ana já prometeram pagar
os salários em dia e viabilizar as melhorias necessárias para as condições de
trabalho dos educadores. Então, eu realmente não entendo porque alguns colegas
insistem mesmo em arriscar perder muito mais com Leite ou Sartori, ao invés de
começar a recuperar alguma coisa como já foi o caso com Olívio e Tarso.
Pelo bem da educação estadual e
dos educadores do estado eu voto #RossetoAna #13 sem titubear e além disto faço
campanha intensamente.
Grande abraço.
Na imagem um servidor público
estadual aplica o #EleNon no Sartori e o #EleTbNão no Leite.
Quem tá certo é esse servidor.
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