NIRVANA
– CHARLES BUKOVSKI
Nenhuma
chance, completamente sem propósito.
Ele
era um jovem viajando num ônibus
através
da Carolina do Norte e em algum ponto
começou
a nevar.
O
ônibus parou em um pequeno café
nas
colinas e os passageiros entraram.
Ele
sentou no balcão, como os outros,
pediu
um lanche rápido e a refeição foi
particularmente
boa como o café.
A
garçonete era o contrário das mulheres
que
ele tinha conhecido.
Ela
não era afetada, havia um humor
natural
vindo dela.
O
cozinheiro da chapa disse coisas loucas.
o
lavador de louça, na parte de trás,
riu
um sorriso límpido, bom e
agradável.
O
jovem olhou para a neve através das
janelas.
Ele
queria ficar ali naquele café
para
sempre.
Um
sentimento curioso atravessou ele
de
que tudo estava
ótimo,
de que sempre fica belo lá.
Então
o motorista do ônibus
disse
aos passageiros que era a hora de
embarcar.
O
jovem pensou, vou ficar sentado aqui,
quero
ficar aqui.
Mas
então levantou-se e seguiu
com
os outros no ônibus.
Encontrou
seu assento
e
olhou para o café mais uma vez
através
da janela do ônibus.
Então
o ônibus moveu-se,
desceu
uma curva, para baixo, para longe
daquelas
colinas.
E o
jovem mirou uma reta para trás,
E
ouviu os outros passageiros
Falando
de outras coisas,
alguns
liam ou estavam
tentando
dormir.
Eles
não tinham notado
aquela
mágica.
O
jovem colocou a cabeça para
o
lado,
fechou
os seus olhos e fingiu
dormir.
Não
havia nada mais a fazer -
apenas
ouvir o som do motor,
o
som dos pneus na neve.
VERSÃO MINHA DE 24 DE DEZEMBRO DE 2017
DANIEL ADAMS BOEIRA
6 anos após a primeira leitura.
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