Bom Domingo...sou da geração dos
meninos e meninas dos anos 70 que tinham uma visão romântica do automobilismo e
de qualquer esporte "radical" que envolvesse velocidade e alguma
forma de aventura. Ainda que nem todos pudessem ter carros e motos e etc. Mas isso
passava em nossa vida por Skate, Bicicleta, Biccross, Mobilettte, Motocross,
Moto-velocidade, Carros e etc e assemelhados....nós tínhamos alguns heróis nas
pistas, Nikki Lauda que quase bateu as botas nesta pista fantástica era um
deles e tínhamos também alguns mitos. Sentíamos que a tensão e a velocidade
eram partes de uma aventura da vida, de algo legal, tri. Lembro de muitos
pilotos e também dos meus amigos que gostavam e muito disso o que começava com
meu irmão Rafa, o Gutya e outros que já se foram e nós os que ficamos Xaxa Luis
Gall, Teobaldo Becker, Joel Stürmer, Juan Francisco Ibanez, o Dick Vigarista e
alguns outros que até hoje curtem muito isso ainda que de uma forma ou mais
profissional ou bem mais cuidadosa. Lembrei muito deles todos vendo esta TOUR
por esta pista e também das nossas pilotagens mais arrojadas e audaciosas. Mas
também lembrei das tragédias que nós vivemos e dos amigos que perdemos. E bem é
num domingo de manhã que o Bidinho compartilha isso que é era para mim
justamente a hora do dia dedicada a este tipo de esporte e competição. E nada
me convence que a parte mais emocionante disso está justamente no cockpit, não
é na televisão, nem na arquibancada. Compartilho isso aqui como uma lembrança
carinhosa não para incentivar a irresponsabilidade na direção dos mais jovens,
mas como uma lembrança de um tempo que já se foi e de um tipo de emoção que só
quem já viveu compreende seu sentido. Quando correr e competir era como que
conduzir a alma para a frente. No Bhagavad Gita tem uma passagem em que a
solidão e a sabedoria da personagem Arjuna que deve decidir o que fazer se
mostra em meio ao mundo numa guerra solitária contra seus parentes e com
resignação aprende que é assim que tem que ser, que a vida e a morte estão no
limiar de uma trajetória e que viver representa vencer sem temor as
adversidades. Que pista e que vida...
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