Powered By Blogger

quarta-feira, 24 de março de 2010

CIÊNCIA BRASILEIRA DEVE DAR UM PASSO À FRENTE - MAIS INVESTIMENTO E OUSADIA

Tenho diferenças em relação a algumas abordagens tradicionais.

A ciência que nós queremos e precisamos não poderá ser somente produto do êxito individual deste ou daquele pesquisador. Deve ser uma ciência fomentada pelo estado e pela sociedade de forma assumida e comprometida, já na escolas fundamentais e médias.

Toda vez que falam em excelência vejo algo às avessas: a reciprocidade dos afins. Poucos tratam excelência por ser capaz de ser diverso.

A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão deve ser abandonada. É apenas um princípio econômico de tentar fazer mais com menos. Não vai dar certo no final. Alguns dos maiores gênios da ciência não tinham e não terão nunca a menor habilidade para ensinar ou tentar ensinar 30, 20 ou 10 alunos enfarados pela rotina da pseudo academia.

Precisamos de pesquisadores, investigadores e de um investimento mais intenso sobre o desconhecido. A ciência brasileira é muito boa, mas poucos se encontram em condições de avançar sobre o desconhecido.

Existem as panelinhas, mas também existe a lei do menor esforço: porque expor seu departamento a uma surpresa se você pode apostar naquele discípulo conhecido e comprovado da tradição local ou próxima.

Penso que um grande desafio é fazer um levantamento público de todos os cérebros ou quadros disponíveis e propor algon no sentido de criar condições de engajamento e reengajamento na pesquisa, no ensino ou na extensão. Um plano de uns dez anos pode surtir um efeito extraordinário. Mas é preciso inventar e ter ousadia para sair do modelo tradicional.

Nós não teremos os resultados que queremos sem um empenho e um esforço coletivo, o que inclui aí todas as instituições públicas e privadas que podem ser beneficiárias diretas ou indiretas disto.

Penso que este é parte do desafio colocado na articulação macro entre ciência e educação que deve superar a pauta mistificadora de um sonho pelo futuro e a pauta economicista do fazer mais com menos.

Potencial científico nós temos.

Então é só avançar mais.

Por fim, penso que as idéias de Dilma respondem a este grande desafio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário