Dias de muita reflexão e ação que
tem me feito modular bem mais meus sentimentos. Descobertas interessantes em
reeleituras de postagens, livros, poemas, crônicas e mesmo canções. Ando
escrevendo bem mais ultimamente e percebo uma tendência a aumentar ainda mais
isso na vida. Aprendendo em silêncio e muita paciência a fazer a observação dos
meus sentimentos, das minhas dores e revoltas, das emoções e percebendo minhas
velhas paixões quando se apresentam com mais calma. Aprendendo a perceber os
sentimentos calados nas outras pessoas também. E daí escrevo ou faço um desenho
mental de textos e histórias. Conseguiria narrar detalhadamente muitas coisas e
experiências hoje e fico impressionado com isto e com este impulso para isto. O
desenho do mundo parece ficar mais nítido a cada dia que passa. Observando de
certa distância as coisas e as pessoas e entendendo as ocupações e passatempos
importantes de cada um. Observando detalhes nas condutas e aquela linguagem
silenciosa das almas que só o corpo comunica. Percebendo, por conta disto o meu
lugar nenhum e o quanto posso me sentir estranho no mundo, apesar de parecer
conectado e adaptado completamente nele. Entendendo agora e bem melhor todos os
desalinhos e descaminhos da vida e desta estrada. Olhando para as situações da
vida e compreendendo as famosas escolhas inadiáveis, definitivas e absolutas.
Rindo muito delas por perceber suas fragilidades e suas fraquezas. Tenho a
nítida impressão que tudo já foi resolvido, que nada mais pode mudar, mas sei
também por este senso de observação que estou enganado. Indo para o tempo é o
nosso momento percebo sinais de mudança, muitas mudanças. O ano começou assim,
todo atrapalhado, ocupado, carregado, mas parece que vai de desafogar mais
rapidamente do que se imagina e parte do sucesso nisto está em ouvir o coração,
acalmar os ânimos e saber calar toda ansiedade a minha volta. Boa vontade,
paciência e muita compreensão de mim e de todo mundo deve ser o suficiente
mesmo. Nada mais que isso e agir da forma mais correta que eu consigo pensar.
POLÍTICA, HISTÓRIA, FILOSOFIA, SOCIOLOGIA, DEMOCRACIA, DEMOGRAFIA, GEOGRAFIA, lITERATURA, POESIA E ARTE - TEXTOS PARA INFORMAR, DIVULGAR, LER E CRITICAR - Daniel Adams Boeira - 13 de junho de 2009 - daniel underline boeira arroba yahoo ponto com ponto br
domingo, 5 de março de 2017
PÉROLAS DE UMA NOITE DE VERÃO
A vida é dura com a gente. Não dá
moleza. Dá só um pedacinho, o resto ou a gente conquista ou a gente perde.
Para recuperar a inteligência
coletiva desta cidade será necessário que alguns sábios deixem de ser expertos.
E sem a inteligência coletiva
desta cidade todo trabalho e dedicação será desperdiçado ali adiante.
Então a pergunta moral mais
importante não é quem é o culpado, mas quem vai ajudar de fato a resolver.
Não existe este lugar a partir do
qual dá para morder e assoprar e fazer de conta que não tem nada que ver com
isto.
São Leopoldo não é um vilarejo de
alienados, antistas e inocentes, ninguém aqui é criança ou aprendiz e já faz
muito tempo.
A questão não é Deus tá vendo,
mas os trabalhadores, servidores e cidadãos estão vendo.
Então, para usar uma chave bem
rigorosa tá na hora de sair da menoridade nesta cidade e acabar com este mundo
da fantasia.
Então, para usar uma chave bem
rigorosa, tá bem na hora de sair da menoridade nesta cidade e acabar com este
mundo da fantasia.
Filosofar e viver não é trololó.
E quem não tem vergonha na cara que comece a ter.
E se não tem responsabilidade,
conceito e juízo que se abstenha de brincar de sofismar em público para gente.
ZECA DIABO E OS TREZENTOS ARGUMENTOS
Essa linguagem ou mensagem em uma
enésima potência é imaginável para você? Pense não num batalhão de trezentos
bandoleiros, mas em trezentos argumentos que repousam sobre fatos e não
fantasias e que são arguidos por pessoas sérias e não aventureiros e
espertinhos. Zeca diabo é uma bela metáfora do mundo que você ainda não está
entendendo. Vai encarar? Ha ha ha ha ha....
SOBRE O FIM DA FILOSOFIA - 2015 revisado, e vai de novo para minha amada filha Isabella Fortes
Creio que a filosofia e aqueles
que se ocupam dela parecem estar todos bloqueados numa espécie de momento de
transição entre o logicismo e o existencialismo. Paramos em um vão de acesso em
que estas duas correntes se encontram. Como a pororoca encontra as águas do
oceano, as cores e as águas se misturam. Não se trata somente de rótulos de um
ou a prática e métodos de outro. Se trata da nossa conexão entre reflexão e
vida real, e não somente a nossa vida pessoal ou a nossa reflexão pessoal sobre
a vida. O pensamento tem que ir sim para além do eu, para além do próximo e
alargar cada vez mais nossas fronteiras de compreensão. Mas também precisa ir
para além da escola, ir para além dos dogmas da melhor escola - nem analítica,
nem continental, nem crítica, nem niilista, nem estrutural ou idealista - os
rótulos não são a questão, são tratamentos da questão.O movimento de redução e
simplificação pode envolver tanto a redução do enquadramento quanto a ampliação
excessiva do foco. Numa perspectiva só se avista o detalhe do detalhe e na
outra somente aquilo que é grandioso aos olhos ou aos conceitos. A superação
disso parece estar sendo construída por quem consegue compreender as duas
tradições e ultrapassar as fronteiras que desde o século XIX dominam a cena.
Estou prescindindo aqui sim do marxismo que é redutível - com muito esperneio
justo, mas ineficaz, ao existencialismo, mas ele volta - e do tomismo que é
redutível também ao logicismo e ou filosofia analítica. Mas aduzo aqui alguma
coisa sobre a saída possível: o conhecimento humano sofreu uma dilatação tão
grande e uma especialização tão grande que ainda resta papel para organizar
formalmente isso e conectar isso com a vida. A crise é sair do clichê fixo e se
arriscar. E não serão nem os cosmólogos e nem os neurocientistas que vão fazer
este trabalho para além de suas especialidades, não. A proeza retórica de
arguir o grande avanço da ciência parece que não tem olhado direito para o
nosso mundo real e seu estado deplorável sob um viés histórico e humano e ainda
é preciso fazer isso até que a filosofia acabe com sua tarefa de garantir a
reflexão ali aonde a dominação e a exploração continuam o governo dos homens.
Dizem que quem não faz política, sofre a política dos outros, pois quem não reflete
de fato sobre isto acaba sendo governado pela reflexão dos outros. E até onde
sei a gente ainda quer ser livre, feliz e viver em sociedades justas. Então, a
corujinha ainda tem muito barulhinho para fazer...
DANI AHEAD
Depois de ver a cinebiografia
Miles Ahead e ter traduzido por Miles descabeçado, poderia ter sido sem cabeça,
ocorre que semana que vem vou viver nominalmente uma temporada AHEAD. Fiz toda
uma preparação diferencial hoje pensando nas aulas que vão abordar isso.
prometo relato detalhado se superar a condição inicial para fazer isso. Como um
acéfalo pode dar aulas ou apresentar uma aula? Miles saiu da bad trip ensinando
um jovem algumas notas...e vamos ver por onde começar.
TECLE 15 E ANULE - SEMPRE QUE PUDER
me perdoa quem acha que eu estou
exagerando, quem acha que eu não devia falar de política, quem está cansado de
lidar com seus próprios remorsos e culpas, quem é mais sábio, phyno e elegante
do que eu, mas a única recomendação que eu devo dar para quem votou nele e na
turma dele é ir treinando desde já - TODA VEZ QUE FOR AO BANCO DIGITAR UMA
SENHA APROVEITA O TECLADO E FAÇA ASSIM
TECLE 1
TECLE 5
CONFERE SE DEU 15
E PARA TERMINAR
ANULE
TCHAU - E VÊ SE APRENDE
INDIVIDUALISMO
O individualismo é tão pernicioso
e deletério que deveríamos ter conteúdos específicos na escola que tratassem
desta forma de desvão entre o homem e a humanidade, entre o homem e o mundo. É
uma espécie de macro fantasia ou ilusão de grandeza ou delírio assoberbante.
Mas o que ocorre nas nossas sociedades ocidentais e em meio ao capitalismo é
justamente o contrário. Além de se fazer, através de péssimas condutas e atuações
e com campanhas também, picadinho de qualquer idéia de que um coletivo, instituições,
a democracia ou a participação política
responsável tenha alguma eficácia, ocorre a promoção do individualismo, sua
glamourização e mesmo a eleição de que o
único caminho para a felicidade é individual. Então, toda vez que alguém diz
que não é possível ser feliz sozinho, olha se para isto como uma espécie de
ditame exclusivamente afetivo, emocional e do nível das relações privadas ou da
intimidade. Raramente se avista ai a dimensão social mais ampla. Há, portanto,
não somente nas aparências uma grande tendência incentivada por ai de
estabelecer o fundamento do sucesso existencial no sujeito. Na perspectiva da
intimidade não vemos nenhum sucesso na solidão, isso fica claro, ou sem boas
relações sociais o que precisa ser mais batido e repetido. Então, me sinto uma
pessoa bem sucedida em muitos aspectos, mas não teria nenhum êxito, sem todo
apoio e ajuda que recebi dos outros. Não me vejo mesmo como um sujeito social
isolado. E digo isso com muita gratidão inclusive. A minha auto estima e auto
confiança já foi muito estimulada e corrigida em suas faltas e em seus excessos
pelos amigos...assim, penso que deveria ser pensado pelos amigos e amigas que
me lêem a necessidade de termos muito equilíbrio ai nesta relação entre
individuo e coletividade.
LÁ VEM O BRASIL DESCENDO A LADEIRA - NO PIOR DOS MUNDOS POSSÍVEIS -
Texto que o Florestan Junior
escreveu para nós que já começamos a dizer isto faz tempo e para aqueles que
fazem de conta que não estão entendendo ou que não tem nada que ver com
isto...
Cabeças vão rolar
Presos decapitados, crianças
socadas até a morte, assaltos seguidos de morte, estupros, médicos desejando a
morte de paciente, jogador de futebol libertado pela justiça depois de crime
bárbaro contra a própria mulher. Estamos numa profunda crise moral. No Brasil
do pós golpe tudo é possível, o ódio substituiu a esperança. No estado do Rio
de Janeiro o latrocínio praticamente dobrou de janeiro de 2016 para janeiro de
2017 passando de 133 casos para 239. Em São Paulo, o latrocínio aumento 45% e
os estupros comunicados na capital tiveram um crescimento de 22%. O Brasil vem
descendo a passos largos a ladeira que leva à selvageria. Boa parte das
instituições estão à beira da falência financeira e ética. Não funcionam e nem
respondem às necessidades da maioria dos cidadãos. Os partidos e seus
políticos, parte do funcionalismo, empresários poderosos, juízes, policiais e
alguns órgãos da grande mídia chafurdam na lama das delações premiadas. Em
Curitiba, a Lava Jato insiste em jogar água num único partido, aquele que já
nem mais está no poder. Pior: paralisou por 2 anos as grandes obras públicas em
andamento nas esferas federal, municipal e estadual. Alimentou a recessão que
já colocou no desemprego 13 milhões de trabalhadores. No comando da Nação, um governo
com pouca legitimidade e sem projetos para o país vai vendendo nossas riquezas
e propondo cortes nas áreas sociais. O vice que virou presidente não empolga, é
um equilibrista andando na corda bamba das negociatas de cargos para não cair.
Antes que seja tarde demais deveríamos retornar à democracia com eleição direta
para presidente. Do contrario a ruptura virá e com ela o imponderável,
inclusive a possibilidade de convivermos com corpos e cabeças decepadas no
nosso próprio caminho.
Por Florestan Fernandes Junior
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