Estamos em pleno dia das mães e é um daqueles dias com dimensão comercial que provoca nossa reflexão.
Eu estava pensando que tem feminista que acredita que uma mulher não pode amar. Um exemplo disto aconteceu a menos de dois anos quando completaram-se 100 anos de nascimento de Simone de Beauvoir.
Pois num é que três comentaristas feministas conseguem dar ênfase especial às cartas de amor de Simone e as suas paixões paralelas a Sartre como se significassem uma traição ao ideário feminista construído por ela em sua principal obra O segundo Sexo. Eu fiquei meio aborrecido com isto porque pensei – como em outros diversos casos - joga fora esta gaiola conceitual e vai viver a vida com tudo que tem direito, ora bolas.
Temos que desejar um feliz dia das mães para as mulheres que gostam de ser mães e que aquelas que não conseguem isto sobrevivam a avalanche cultural e moral deste dia.
E, também, temos que desejar um feliz dia das mães para aqueles que tem mães distantes, desaparecidas ou que sofrem. Digo isto porque as coisas não são tão regulares, estáveis e tranquilas na relação mãe e filhos, filhos e mães.
Muitos sofrem com doenças mentais, depressões e com diversas outras situações como velhice, senilidade e ainda muita coisa que os filhos tem uma dificuldade de admitir ou revelar.
Eu penso aqui naqueles filhos que tem as mães atingidas pela solidão, que estão em asilos e semi solidão. Muitos não conseguem nem falar desta relação.
Assim, por realismo e piedade deveríamos pensar mais num dia como hoje.
O modelo mãe feliz de propaganda de margarina precisa ser abandonado pela mãe real de cada um de nós.
Jesus Cristo, segundo todas as representações e narrativas que recebemos deste evento, chamava ela de mulher, e não há nada de grosseiro nisto, és mulher, minha mãe.
Tenha uma boa vida e seja feliz ao máximo e o quanto puder.
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