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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

NOTA DO CPERS SOBRE O PROJETO DE YEDA

No dia 5 de novembro a governadora Yeda Crusius
anunciou, pela imprensa, que irá encaminhar proje-
tos à Assembléia Legislativa com propostas de modi-
ficações nas carreiras e na forma de remuneração
dos servidores públicos.

Os projetos não foram apresentados ao CPERS/Sin-
dicato, num claro desrespeito à nossa entidade. Mas
as informações divulgadas nos meios de comuni-
cação através de manifestações da governadora e de
secretários de estado indicam que:

1 -O governo pretende instituir o valor de R$
1.500,00 como remuneração mínima e não como
básico do nosso Plano de Carreira;

2 -Yeda também deseja estabelecer a remunera-
ção por mérito, através de mecanismos de avalia-
ção e cumprimento de metas de gestão, como se
a escola fosse uma empresa;

3 - O governo condicionará futuros reajustes ao
superátiv na arrecadação do estado;

4 - A proposta também deixa clara a intenção do
governo de simplesmente excluir os aposentados
de qualquer possibilidade de reajustar seus
vencimentos.

Ao contrário do anunciado, os projetos do governo
não concedem qualquer reajuste salarial e tem como
única finalidade mascarar o desmonte das carreiras
da categoria;

O governo mais uma vez tenta enganar os trabalha-
dores em educação e a sociedade. Pretende acabar
com as carreiras dos educadores criando para isso
um abono salarial, pois não reajusta o vencimento
básico das classes e dos níveis.

Ao propor a remuneração através da meritocracia,
ignora a falta de estrutura e de investimentos na
educação, o sucateamento das escolas e as enormes
desigualdades, sociais e econômicas, existentes
entre as diferentes regiões e mesmo entre municí-
pios. Com este mecanismo, apenas alguns poderiam
receber o dito “14º salário”, sem contar que os apo-
sentados estariam fora.

O CPERS/Sindicato repudia qualquer iniciativa que
invista contra os planos de carreira e também que
exclua os aposentados, bem como propostas que
discrimine algum trabalhador em educação.

Portanto, o CPERS/Sindicato denuncia a propaganda
enganosa do governo ao anunciar que esta criando
uma nova e vantajosa matriz salarial para o
magistério e também o método golpista de tratar a
categoria, pois anuncia medidas que trarão duras
conseqüências para todos, poucos dias antes da
audiência marcada com a direção do sindicato.

Na realidade, Yeda aumenta as distorções salariais,
pois enquanto ataca os trabalhadores em educação,
arrochando os salários, concede substanciais au-
mentos para os que estão no topo da pirâmide,
como delegados, coronéis, Tribunal de Contas,
procuradores, secretários e até mesmo o seu pró-
prio salário.

Por estas razões, convocamos todos para, uma vez
mais, se mobilizar na defesa dos nossos direitos, exi-
gindo a implantação imediata do Piso Salarial Nacio-
nal como básico do nosso Plano de Carreira, rejei-
tando a proposta do governo e exigindo reajustes
que recomponham as perdas salariais para todos os
trabalhadores em educação do Rio Grande do Sul,
pois os professores e os funcionários de escola vivem
o mais brutal arrocho dos últimos anos.

Por estas razões, convocamos todos para, uma
vez mais, se mobilizar na defesa dos nossos
direitos, exigindo a implantação imediata do
Piso Salarial Nacional como básico do nosso
Plano de Carreira, rejeitando a proposta do
governo e exigindo reajustes que recompo-
nham as perdas salariais para todos os traba-
lhadores em educação do Rio Grande do Sul,
pois os professores e os funcionários de escola
vivem o mais brutal arrocho dos últimos anos.

NOTA DA DIREÇÃO
DO CPERS/SINDICATO

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