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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SOBRE O DUALISMO CATEGORIAL: PEQUENA NOTA PARA NIETZSCHE


Uma das questões filosóficas mais perturbadoras que me tem ocorrido desde antes mesmo da minha formação e que tem me preocupado porque importa numa compreensão mais nítida e fina da realidade e das cosias é que nem sempre podemos reduzir tudo que há a dois pares de conceitos opostos. De que o dualismo relativo às coisas, ao modo de ser das coisas e à nossa compreensão e a interpretação do mundo deve ser sim – para o bem do nosso juízo e do sentido da existência  - razoavelmente mitigado, ou seja, reduzido. O espírito dual que tenta simplesmente dividir o mundo, as coisas e os seres – este belo espírito bem inspirado na ontologia e no ser - poderia ser aplacado pelo conhecimento do mundo, das coisas e dos seres. Quando Aristóteles montou aquela bela tabuinha de categorias – os primeiros dez mandamentos do pensamento do ser, da predicação que ele chamou de pensamento categorial, devemos entender que ele tentou nos ajudar a compreender o ser e a dizer algo com sentido e chegar à verdade. A proposta dele não era reduzir as coisas a um universo em que não há nenhuma coloração, tonalidade ou nuance intermediário entre o preto e o branco. Aristóteles não falava das cores e isso deve nos alertar sobre muitos pontos. Primeiro que não somos nós os primeiros nem os últimos a nos surpreender com a realidade das coisas e o modo de ser das coisas e segundo  que devemos continuar nos surpreendendo para o bem da nossa razão e para o bem da nossa sensibilidade. Se olharmos para o mundo e dividirmos todas as coisas em pares, não haverá diversidade alguma que possa ser conhecida em sua essência ou em sua peculiaridade, então vamos parando por aqui. Devagar com o andor e as categorias duais. A elegância de uma teoria é algo desejável, mas não em prejuízo daquilo que é.  

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