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sábado, 6 de agosto de 2011

Murga, SL-FEST 2011, Preconceito e Tolerância Cultural

Na São Leopoldo Fest 2011 assisti pela primeira vez em minha vida uma Murga - Lo gran siete. Cito parte do verbete da Wikipédia (PT) aqui:

“A palavra murga é originária da Espanha. O ritmo musical teria surgido em 1906, quando chegou ao Uruguai uma companhia de zarzuela cujos componentes formaram um agrupamento ao qual chamaram La Gaditana e desfilaram pelas ruas de Montevidéu para cantar, dançar e arrecadar dinheiro para as apresentações da companhia. O evento teria inspirado a criação, no ano seguinte, de uma agremiação carnavalesca de uruguaios denominada a "Murga La Gaditana que se va", para parodiar o ocorrido com os artistas espanhóis. A partir daí a palavra murga passou a designar esses grupos, que com o passar do tempo agregaram à música que tocavam elementos do candombe e de outros ritmos de origem africana. A proximidade com o Uruguai fez com que surgisse à mesma época a murga portenha, a qual se difundiria por toda a Argentina. Atualmente, é manifestação presente no carnaval de diversas cidades espanholas, uruguaias, chilenas e argentinas.”

Ou seja, para nós que organizamos em São Leopoldo um dos maiores carnavais do estado, trouxemos a Murga direto do Uruguai para a São Leopoldo Fest 2011 e para o nosso povo.

Pois achei muito legal, diferente e creio que se acerta quando se propõe apresentar estilos, músicos e coisas diferentes num evento popular como este. O povo precisa conhecer a cultura de outros povos e esta é uma forma de promover não só intercâmbio cultural, mas também o entendimento entre os povos. Os uruguaios são nossos vizinhos aqui do lado, ou melhor, na extrema sul do nosso continente e foram, até o início do século XIX, parte, assim como nós de uma região sem fronteiras em que os gaúchos, os índios, os portugueses e os espanhóis se encontravam para intensas disputas de território e, suponho, em alguns momentos de paz e convívio.

Nota baixa para um coroa resmungando e praguejando contra a apresentação deles. Se não gosta vai passear ora bolas!, a feira é tão grande. Mas o ser grosso fez com que o cara se exiba ridiculamente. É algo ridículo o papel da falta de compreensão cultural que ele fez para mim e fiquei pensando na educação que a pessoa dá para os seus filhos e decendentes. Me lembrei de uma imagem do intolerante frente ao outro. Do preconceito frente ao diverso.

Fiz questão de ignorá-lo, mas me fez pensar na condição característica dele.

Estava de bombachas e de botas, como um paladino do Rio Grande. Soubesse ele do parentesco entre a Murga, Candombe, a Trova, a Milonga e etc. Ou seja , dos laços culturais profundos entre a música gaudéria e a música de vertente uruguaia.

Baixava a crista e se afundava na sua ignorância.

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