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sábado, 31 de março de 2012

SOBRE OS JOVENS INTELIGENTES QUE NÃO QUEREM MAIS SER PROFESSORES


Em Tempo:

Espero que os jovens que realmente querem mudar a história deste país abandonem as cadeiras confortáveis da pós-graduação ou os empregos maravilhosos de yuppies e pseudo criativos e se dirijam imediatamente para as escolas públicas para construir de uma vez por todas o novo Brasil que todos queremos!!!

Penso que tem uma juventude com nível superior, com acesso à educação que é muito acomodada também.

Por exemplo, adoro dar aula no estado e vejo jovens repugnando a carreira de professor com milhares de desculpas. Não digo que o salário é uma maravilha não. Mas eu desafio a provar que um Sartre, ou um Kant, ou todos aqueles extraordinários professores que conhecemos ou ouvimos falar tiveram excelentes salários para motivá-los a educar. Não é o caso.

Não entendam isto como justificação das condições de renda ou de trabalho. Mas entendam que para mim este não é o argumento para não ser professor.

E eu adoro ser professor, mesmo que sinta a desvalorização salarial, não consigo desistir de ser professor.

Em mim isto tem uma origem política também. É uma tarefa histórica! E para os educadores que reconhecemos como importantes este nunca foi o motivo para desistir.

Gosto mesmo de ser professor! E ontem dei uma aula que foi muito jóia porque consegui mostrar a diferença entre um burguês e o proletário mostrando a diferença entre o baralho do burguês com todas as cartas e aquelas quatro, ou cinco, ou seis ou sete cartas que ele dá de salário para o proletário. É uma metáfora da condição de proletário e de burguês.

Todos falam do descaso dos governos com a educação, mas o descaso também é dos jovens com a possibilidade que a educação apresenta na construção do futuro da sociedade em que vivemos. Luis Fernando Veríssimo afirmou certa feita que não é por emulação que as pessoas se jogam numa aventura histórica de mudar o mundo, mas também não é com omissões que o mundo será construído.

As coisas não vão melhorar nada enquanto a gente ficar achando que o governo e os outros tem que resolver isto para nós e que daí um dia poderemos ser professores sossegados porque nosso salário será bom e seremos valorizados. Esta condiçõa não pode ser considerada pré-condição para quem quer educar e mudar a sociedade através da educação. As mudanças sociais ocorrem com nosso engajamento em algume spaço objetivo de atuação.

Eu acho que os jovens tem se acomodado pacas em relação a educação e são bem alienados no que diz respeito ao universo possível no trabalho do dia a dia da educação. Não assino embaixo de discurso deprimido de educador, apesar de ter todas as razões para ser sensível a isto.

A escola é um espaço de construção e na minha opinião você tem as melhores relações da tua vida em sala de aula. Eu pelo menos tenho grandes e extraordinários amigos conquistados no espaço escolar. Pessoas que vejo crescer e se desenvolver e que vejo apoiando e mudando a vida de outras pessoas também.

Ninguém topa assumir a tarefa de mudar o mundo mais?

Esta é a tarefa que alguns jovens da minha geração e de outras gerações aceitaram. E nossa condição de classe não era comparável a condição de classe dos jovens que ingressam nas universidades hoje. Era um outro momento histórico.

Alguns discutem que o professor não tem mais o status que tinah em outras épocas. Bem, este senso comum é algo que temos que tirar do nosso pensamento sobre a educação, porque o status é relativo também ao nosso padrão de exercício profissional. Em outras palavras não vejo nenhum professor com um bom trabalho sem um status especial na comunidade.

Alguns jovens querem outro tipo de status creio eu. Talvez ficam curtindo a vida de pequeno burguês. Com seus Lépitopi, Ipod, e etc e muitas vezes optam por ter relações fopra do processo escolar, mas do ponto de vista da transformação da sociedade em que vivemos, da nossa capacidade de compreendê-la são relações sem substância.

E estes jovens não se dão conta que a coisa vai explodir se não fizerem nada em relação ao mundo em que vivem. Acham que esta tarefa é só dos outros. Bem talvez na verdade giostariam de adotar uma perspectyiva confortável no cume da montanha observando os insucessos ou defeitos das iniciativas dos outros sem tomar parte no processo educacional da escola.

Mas eu digo que o verdadeiro trabalho, que a coisa mais importante que você que é um jovem inteligente e capaz, sensível e responsável pelo mundo em que vive e que pode realmente fazer a diferença neste mundo é dar aula em uma escola pública mesmo.

O teu Trabalho de Pesquisa, tua monografia, teu trabalho de conclusão de curso é coisa pequena comparado com a vida real de um espaço escolar. É uma trabalho solitário ou estreitamente compartilhado. Imagine-se enfrentando a realidade escolar com mais de 200 alunos sob a tua orientação, aconselhamento e aguardando tuas propostas de aprendizagem e discussão da realidade. Seja em que matéria for.

Aprender dez línguas não é nada comparado com a vida real. Com a gigantesca tarefa que é compreender 30 línguas diferentes em sala de aula. Trinta alunos diferentes em sala de aula vão desafiar cotiodianamente a tua capacidade de reflexão e ação. Assim se você se acha inteligente de verdade enfrente um desafio desta natureza. Encare a vida real que todo bom professor encara e resolva ou encaminhe melhor as coisas.

Alguns pensam meio primariamente como um roqueiro que só quer tocar no estúdio, no split, sem cheiro de banheiro e de boteco.

Eu digo isto para todos os meus alunos e tenho vários que vão ser professores um dia. Espero e confio que sejam melhores que eu. Aliás tento estimular eles a acreditarem que isto não só é possível como é necessário também.

Quando um jovem acadêmico fica reclamando disso e daquilo eu digo vá trabalhar na escola. Pare de pensar que a bibliografia ideal ou que o arcabouço fechado de uma teoria tem razão de ser por si mesmo.

Saia da academia o mais rápido que puder. Com diploma, com pós, com mestrado, com doutorado, não interessa, vá dar aulas para os demais jovens deste mundo.


Saia já desta posição confortável de intelectual blasê e vá pisar no barro e viver a vida real.

Olha só.

Eu faço greve.

Luto!

Faço toda a caminhada possível desde que me conheço por gente e nunca desisti e não quero pregar nem reconhecer a desistência como opção nunca.

A minha formação foi marxista e andei por diversas filosofias já, mas não consigo desistir da luta e do trabalho e da fé na força do trabalho. O trabalho escolar é uma grande aventura intelectual sim. É um importante desafio.

Eu não tenho nenhuma necessidade particular de ficar acomodado ou de ter uma vidinha acomodada.

Bem menino e menina eu sou assim.

Sei e tenho muita fé, que estou ajudando lá na escola a mudar algumas coisas e não é difícil assim também acreditar nisso. Basta tentar.

A nossa soma como professores afim de mudar o mundo, a nossa parceria deu um pouco de um para os outros.

Juntos podemos ser muito bons professores na escola em que atuamos e sermos felizes com isso.

Isso não quer dizer que eu não erre ou não falhe.

Quer dizer que sou sincero em minha intenção e que tento ser muito corajoso nas minhas posições.

Eu adoraria ir fazer este debate com alunos de diversos cursos que fazem um discurso contra o trabalho na escola pública ou no estado.

Dizer para eles que tem que assumir alguma tarefa para esta sociedade mudar.

E esta tarefa não está na cadeirinha da pós-graduação – por mais que ela também tenha importância para você e para o país. Ou seja,não estou aqui desvalorizando a importância do trabalho intelectual ou teórico.

Nuns caras que só reclamam e não mudam nada não creio que posso confiar, creio que posso apostar mais em quem enfrenta o desafio e não corre dele para o conforto mais próximo. E temos que admitir que o nivel de distanciamento de um trabalhador na academia e daquele na escola é alto, muito alto.

E considero, inclusive, que os jovens inteleigentes deverial evitar este processo exitoso do ponto de vista da carreira, mas ruim do ponto de vista da experiência pedagógica este processo de pular direto em sete anos ao doutorado sem nunca terem passado por um período mínimo de dez anos dentro de uma sala de aula em uma escola pública

Quem chora e grita: ai isso e aí aquilo frente as dificuldades escolares não tem tolerância às frustrações, mas acabaremos tratando então de uma geração inteira que foge à luta, que foge ao extraordinário desafio de educar o povo brasileiro.

Quem pensa mais detidamente se dá conta da necessidade que o Brasil, a nossa sociedade, tem de que pessoas realmente inteligentes entrem na escola e sejam professoras e professores.

Outra coisa é, temos que ponderar, o professor neurótico, em burnout ou desistêencia e que passa o tempo todo reclamando. Este temos que cuidar de uma forma muito especial no espaço escolar e em outars circunstâncias.

Aquele pode desistir e ganhar o seu dinehiro e ir tomar cerveja, mas isso não vai resolver nada na cabeça dele. Ele só saiu, se entregou para uma derrota de perspectiva, a qual pode não ser uma derrota real. É este o problema.

Porque julgas que o estado deve dar mais importância para a sociedade que você mesmo? Mais importância para e educação do que você mesmo?

É uma teoria bem furada esta. E mesmo que você me diga que a obrigação dele é maior do que a sua eu creio que é uma escolha sua também exercer ou não o papel social do qual falei aqui

Seja inteligente, saiba isso e aquilo, mas enquanto não te pagarem o que merece não faz nada?

Quem sabe você diz logo que é um egoísta simplesmente?

Mas não adianta ter livros e coisas na cabeça que não saem de lá nunca.

Eu te digo: seja um excelente professor público e serás muito feliz e comece o mais cedo possível, não corra da batalha, nos ajude a mudar o Brasil.

Esquece que quer padrão de vida GLOBAL, da novela da globo ou da propaganda de tevê.

Nenhum educador digno de nota esperou um estado ideal para mudar a sociedade em que vivia.

Abandone o marasmo e vá à luta!!!!

Filosofia de bar e sabedoria de split não vão mudar a história do Brasil....

Sentado em casa ou no bar dizendo como as coisas deveriam ser, sem ir lá fazer elas serem...

Nós professores precisamos de colegas afim de mudanças e que sonham com uma educação melhor, mas que vão construí-la e não ficar esperando ela chegar pronta. Isso em linguagem é oq eu chamamos de oportunidade. Ela está aí. Você é capaz mesmo? Jamais saberemos se você não tentar e não diga que é superior a tudo isso, pois se você não enfrentar a situação como ela é na realidade não é superior a nada.

Hoje você pode tranquilamente pegar a tua pastinha e ir para a escola discutir a sociedade em que vivemos. Pensar como mudar ela, como compreendê-la. Quando isso era proibido os professores ficaram pelos cantos.

O salário que ganhamos nunca foi uma boa justificativa para fazer ou não fazer o que precisa ser feito. Ele sendo alto ou baixo pode somente ser um obstáculo.

sexta-feira, 16 de março de 2012

CULTURA COMO PRIORIDADE: ANOTAÇÕES DE UM DIÁLOGO NO FACEBOOK

CULTURA COMO PRIORIDADE

Reflexões matinais: você precisa ter liderança política e qualidade de gestão para colocar cultura como prioridade.

Não há outra alternativa.

Tal reflexão tem sido provocada pelo debate sobre gestão cultural que ocorre no Brasil hoje. A idéia de colocar a cultura como prioridade é uma espécie de desafio a todo gestor cultural, ativista cultural e ao público em geral.

Nesta semana li uma entrevista de Marta Porto em que o tema é também apontado como desafio para a gestão do MINC, mas me veio à cabeça o desafio de qualquer atividade cultural em geral. Ter cultura como prioridade depende de liderança e de qualidade de gestão, não basta ter os recursos e os programas, ou a mera vontade política, é preciso liderar o processo e dirigir de alguma forma o processo, seja por um coletivo, seja por agentes culturais reconhecidos e não meramente empossados ou alçados a gestão por delegação.

Não rola, diria um amigo, a comunidade não dá aval mais para certas inconsistências e a comunidade cultural brasileira em todos os níveis é sim seletiva e exigente. Por isto surgem debates sem resolução no último período, também por conta da incapacidade de convencimento e persuasão daqueles que deveriam ser os mediadores do processo de gestão cultural entre sociedade e estado. Por outro lado, suponho que surgem novas lideranças no cenário cultural que de certa forma geram um processo de contestação, mas há que se saber lidar com isto também, afinal, “o novo sempre vém”.

Postei no meu perfil do Facebook o que acabou gerando um bom diálogo com Flávio Jesus Moreira em resposta a algumas das suas colocações disse mais ou menos o que segue com algumas alterações para publicar aqui e ampliar a abordagem que foi muito pontual em relação a quatro outros temas que foram daquele modo simples encadeados ou encordoados como segue: sobre a passagem disto para a administração de empresas em geral – o que em sociologia podemos chamar de mudança cultural e alguns gostariam que fosse uma mudança estrutural; o tema desafiador da criação dos líderes para tais mudanças; o tema do preconceito em relação aos políticos e a aparente falta de contato entre estes e gestores privados ou empresariais; e o tema mais geral da construção da democracia no Brasil.

Ainda que talvez tenha menos interesse, este debate pode migrar com este mesmo conteúdo para a área empresarial ou de gestão em geral, ou, como no caso que me foi sugerido, para a Administração de Empresas. Mas essa abordagem me auxilia a lembrar algo que nem sempre pensamos: a gestão é por si mesmo um ato de construção, manutenção ou transformação cultural.

Assim, visto deste modo, fica valendo, então, outra máxima derivada de certo modo da minha reflexão matinal de que para ter liderança política é preciso ter compreensão cultural também.

Sim, é verdade que nos ressentimos de uma certa falta de lideres capazes de enfrentar a realidade, mas tem uma coisa que me dou conta como professor. Lideres precisam ser criados e educados, apoiados e compreendidos de uma forma estranha à primeira vista. Muitos consideram que liderança é um talento. Outros apontam que para liderar é preciso servir, mas eu não creio que esta seja a abordagem mais importante.

Porque o que vejo nos lideres, no seu desenvolvimento, biografias e etc, me parece incontestável que todos eles também erram. E no começo de sua jornada erram muito. Isso me leva a crer que um sinal de sua distinção não é simplesmente resolvido com o que chamam de visão, mas sim a ousadia de contrariar ou propor novas abordagens ou velhas abordagens de um modo novo.

Eles passam por um momento muito ousado, porque se arriscam a fazer algo que a grande maioria das pessoas jamais ousam fazer tão espontaneamente: pensar para além da matilha ou da manada.

E é uma arrogância isto, o que provavelmente provoca alguma rejeição inicial e simbólica

Quero dizer com isto também que desenvolver liderança não é só uma questão de talento e sorte. Precisamos muito aprender a reconhecer estas pessoas ou estes tipos de pessoas e incentivá-las, inclusive, compreendendo seus tropeços iniciais.

Falo da perspectiva de um professor que incentiva e apóia jovens ousam ou que ambicionam ser lideranças, mesmo sabendo que as vezes comprarão e vão aderir a conflitos que da minha perspectiva são desnecessários ou injustos ou despropositados.

Mesmo contra mim mesmo como professor.

Assim, parece após a observação de um tempo que deve haver um tipo de miopia inicial nas lideranças. Que nos seus primeiros passos isto também parece ser distintivo

Pelo que tenho aprendido com a minha experiência porque sempre observei uma rejeição que se dá nos primeiros passos. Na escola é aquele aluno que compra qualquer briga para defender uma posição, alguns são mais prudentes, mas sempre aparece aquele momento em que há um conflito que bem visto não faz sentido.

Outro assunto é a relação disto com a formação política. Penso que há um erro aí de avaliação de que na política há deficiência de formação. O espaço político é uma selva.

Tendo a respeitar muito os líderes que sobrevivem e se mantém neste espaço selvagem.

Mesmo que eu não goste de alguns deles por posições ou atitudes, mas não é uma coisa tão trivial assim sobreviver a um regime de competição em que a hierarquia e o poder estão sempre em cheque.

Em que estabilidade é somente o nome fantasia de um período de tempo entre uma eleição e outra, mas que nunca existe de verdade.

Na política o líder é testado sistematicamente todo o tempo por qualquer um, sem exceção.

Penso que na política a maior deficiência é exclusivamente de gestão e de compreensão de tramites burocráticos e que qualquer pessoa tem muito a aprender sobre liderança com qualquer político mediano, seja vereador, líder sindical, liderança social, deputado, prefeito e etc.

Mas por outro lado, é muito comum que a sabedoria dos políticos seja subestimada, mas é um erro fazer isto. O excesso de pretensão comum, aliás em pessoas que tendem a supervalorizar a formação e os espaços e padrões de gestão da iniciativa privada. Quando a gente ingressa na iniciativa privada e estuda padrões de comportamento percebe este desnível de liderança também.

Na iniciativa privada a diplomação e a formação continua do jovem até o adulto, nos bancos escolares, promove um tipo de liderança estranha até, salvo aqueles com muito felling emocional e social, vemos sempre uma liderança técnica.

Nesse sentido eu creio que também deveria haver um cursinho sobre política para os cidadãos em geral. As eleições são uma etapa disto. Uma etapa em que poderíamos aprender mais sobre liderança em que poderíamos escolher as lideranças que queremos.

Mas talvez tenhamos que criar instrumentos mais diretos de aprendizagem para aperfeiçoar a nossa democracia.

Os líderes são ao fim e ao cabo, na democracia, fies representantes dos seus liderados e só se constituem obtendo reconhecimento e adesão às suas idéias. Numa empresa podem colocar um cara com o currículo carregado, mas ele vai ter sim que obter ainda adesão as suas idéias apesar de deter um tipo especializado de conhecimento e ter recebido poder na hierarquia quase que por procuração.

Creio que tivemos um muito bom diálogo para chegar até aqui. Acabo de editar este texto para publicar no meu blog e se você olhar no meu mural verá que citei uma entrevista de Marta Porto na qual ela fala da necessidade de dar prioridade a cultura. Atuo na gestão cultural e creio que a cultura é um importante desafio para sociedade e o estado brasileiro.

sábado, 10 de março de 2012

SOBRE SONHOS, PROJETOS E AMBIÇÕES

As vezes eu escrevo coisas só para ver se de fato estou pensando com os pés bem fincados na minha realidade...não porque não possa sonhar, mas o texto acaba por colocar as coisas de uma forma mais suave.....

Há uma tendência maravilhosa em mim de ficar sonhando e fantasiando sobre o mundo que eu gostaria de viver, sobre como as coisas deveriam ser e tal...

Isso desperta sempre um impulso em mim que por vezes é agressivo e outras vezes é muito intelectualizado ou pseudo intelectualizado com é qualificado pelos únicos intelectuais da nossa realidade imediata...mas quando escrevo os dois impulsos se encontram e se equilibram...

Sim, porque na verdade parecem mais dois impulsos mesmo.

E eles me alegram porque se encontram em mim no texto.

São como dois bons amigos que arranjam um tempo para prosear e se divertem, dão graça as tragédias e maldades corriqueiras do cotidiano e dão atenção também ao que as vezes passa como desimportante mas tem maior valor que a riqueza e a glória.

Sim...a riqueza e a glória, nenhuma das duas te conforta, ambas só te obrigam a ter mais e mais cuidados porque despertam a cobiça de invejosos e outros...

É uma descoberta terrível esta: o quanto algumas pessoas não suportam a tua mínima e as vezes única possibilidade de ser feliz...

Desdenham de você, debocham dos teus propósitos, e se puderem abortam esta única possibilidade...

Incrível isto que também ocorre com o êxito do teu projeto ou da tua proposta...

Para alguns não pode dar certo de forma alguma e é insuportável a idéia sequer de que isto aconteça.

Encontra-se nestas pessoas adversas, ou neles outra conjunção a do temor com o tremor, pois parece que teu êxito irá atrapalhar certos planos...

Ha ha ha...não gostaria de chamar isto de êxito...

As manobras do destino ou do futuro só tornam mais pesado o fardo daqueles que não tem mérito...

E sofrem, sofrem muito, pois não suportam a dor de ter aquilo para o qual a ambição não prepara...

Mas muito bem.

Ser feliz é muito mais fácil do que parece, também um modesto sonho ajuda a pôr as coisas num parâmetro mais honesto...sonhar, viver, viver sonhar..navegar é preciso....

e não dar a mínima importãncia para nenhuma destas adversidades.

Não temê-las é o melhor remédio.

É exatamente isto que o amigo intelectual diz para o amigo muito corajoso e revoltado:

Não dá bola...segue em frente....