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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O FILÓSOFO E O ERRO

Deve haver algum sinal mais claro do que é boa filosofia ou do que é uma filosofia que vale a pena ainda ser lida e estudada, interpretada e compreendida, mas começo a desconfiar que todo bom filósofo e boa filósofa comete um erro providencial e libertador que é não compreender completamente o passado e a tradição, não aceitar conformadamente o presente e a última moda em Paris, ou Londres, ou NY, ou Berlim, ou São Paulo, e etceteras, e no apagamento de um gênio qualquer procurar aquele que expressa na pontinha miúda de um fresta, no dedo mínimo de um corpo, nas entrelinhas ou detalhes de um pé de página ou mesmo no núcleo duro de uma teoria, um sopro ou um pequeno espaço de liberdade para se olhar para o futuro e encontrar algo verdadeiro ou possível, e quando isso acontece nos damos conta da necessidade de enfrentar mais uma vez de um modo novo mais uma linha ou outra de um Platão, um Aristóteles ou mesmo um pré-socrático qualquer para ir de novo ao passado com a cabeça no futuro e quem sabe sair do tempo presente ou linear e encontrar cm algo antes não visto ou jamais percebido. E neste parágrafo só falei de uma impressão superficial de que a filosofia também persiste por um erro e uma repetição do esmo erro até que se encontre um acerto digno de nota.

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