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domingo, 22 de janeiro de 2017

8 DE JANEIRO DE 2017: ANOTAÇÕES

Chega ao sopé da montanha da vida e uma alcatéia o recebe uivando desconfiada do estranho.

Plano sequência. Um homem se desprende da multidão e começa a caminhar até sair da cidade. Pega uma carona no caminhão dos sonhos.

E a chuva começa para molhar minhas ideias. Nenhuma gota cai em vão. 

Entre ponto e outro, vejo um texto sendo preenchido, só meu.

"Pegue o seu coração partido e transforme-o em arte."
- Meryl Streep

Zé Ramalho - é aquela que fere, que virá mais tranquila...

Chuva, banho, chuva e banho. Gotas caem sobre minhas ideias. Valeu Bauman!

Boas razões são bem vindas e só serão encontradas com muito rigor e precisão. Deixe a queixa e o desdém para quem não sabe.

Foi só um sentimento e a realidade era outra. O que deve te guiar aqui? Quando for capaz de responder a isto...

Todo o teu medo, toda tua mágoa e insegurança se dissipam e você descobre que foi só isso.

Nem sempre as nossas conquistas coletivas nos pertencem ou nos contemplam. Não há problema algum com você.

Preciso passar ali e deixar a chave daquela porta para seguir caminho.

E insônia passou a ser revelação. Reflexão e mística dão licença para a praxis. Não idéias perfeitas e nem redenção, mas a vida.

Como é bom acordar com o dia resolvido em sua cabeça. Sabendo que a chuva não pede licença para vir, que não dá para parar o sol.

9 DE JANEIRO

Afinal, é após o sermão da montanha, boa caminhada, que se faz a distribuição dos pães, e da água, um bom vinho.

Fazer o tema de casa não basta, é preciso comparecer à aula.

Num mundo paralelo de ilusões e fantasias isto pode dar certo, mas na vida real este logro é prejuízo.

A filosofia mais barata há de custar muito mais caro. Não existe uma mágica que garanta êxito com ideias podres. Não dura muito...

O primata que imaginou um outro mundo e uma outra vida olhando para a lua, olha agora para o céu pensando que depois da chuva...

Entre a pílula azul e a pílula vermelha se faz uma escolha definitiva. Ou tudo fica como está ou tudo muda realmente.

Precisamos nos libertar do passado para tornar um futuro viável. E é preciso pagar a passagem para que isto seja possível.

Adeus às velhas armas. No crepúsculo é preciso olhar para o lado certo. Não há luz no passado. A repetição é uma farsa.

A terra geme com os passos de todos nós. E os canhões e trovões anunciam do que se trata.

Bauman e o ganha ou perde entre liberdade e segurança. Ao par revolta e silêncio vale a mesma regra.

Até mesmo fora da caverna de Platão pode haver uma caverna maior nos envolvendo. Mundo duplicado.

A mesma luta que nos liberta pode também nos aprisionar.

A mesma chuva que lava a nossa alma pode nos tirar a vida.

E vemos que para fazer isto temos só duas opções: o silêncio e a revolta. Qual é a escolha digna?

Deve mesmo ser uma proeza seguir a vida sem se beneficiar ou assinar isto.

E realmente impressionado com a cara de pau dos privilegiados. Já vi caírem por falta de mérito e ficarem em pé sem caráter.

Isso não é um drama, não é ficção, não é um teatro. A luta pela vida não se encena, se vive...Não é um discurso.

Assim caminha a humanidade num ciclo de luta, conquista e revolta. Trabalho, renda e desigualdade.

Como vemos a colheita sendo feita por quem não plantou.

Como vemos também os exploradores tripudiando aos explorados.

Assim vemos os bafejados pela sorte tripudiando o azar alheio.

Para algumas pessoas não basta receber privilégios, pois é preciso também tripudiar e diminuir aqueles que não recebem.

Mentalidade de liquidação: Tudo vale menos. O trabalho vale menos. A vida vale menos. O pensamento vale nada. E as palavras são sem valor, sem medida e dignidade.


Sobre o impulso incontido ao deboche com a morte de Bauman. Mentalidade de liquidação.

ULISSES VOLTA PARA TRÓIA

Após três mil anos Zeus chama ao Olimpo diversos Heróis e Heroínas gregas, com alguns etruscos, romanos e também persas que não ficaram para a história narrada em prosa e poesia, mas que estão lá numa espécie de grande palácio de festas, banquetes e recepções de novos heróis. Zeus com sua cabeça inquieta e sábia resolve que já era hora de se retomar algumas questões transcendentais e arcanas sobre o que é ser herói. Está pensando que passados tantos anos de certo paradigma é preciso reavaliar e reorientar certos conceitos, valores e ações de modo a conferir às novas gerações de heróis e aos novos pretendentes um conjunto de dilemas, problemas e trilemas que façam das novas façanhas, proezas e êxitos algo que resulte num novo impulso para que as novas gerações façam a humanidade viver mais com mais sabedoria e que se imponham desafios à altura dos novos tempos. 

Entediado com seus passatempos e de certa forma por demais sabedor das clássicas narrativas, Zeus resolve que é hora já, que é o tempo de fazer o homem e a mulher terem novos desafios para chegar à imortalidade, à glória e à sabedoria. Andava considerando, em virtude dá chegada de certas personagens à vida eterna nos últimos dois séculos e após meditar muito sobre o sentido mais pleno de uma vida, na complexidade de uma vida que precisa enfrentar o destino, de uma vida que precisa deixar lições e também gerar prazer, amor e franca descendência, que é o tempo chegado. Após longa assembleia, árduos debates para escolher a quem caberia o papel e de que forma isto seria feito, sopezando e excluindo propostas pelo absurdo e o irrazoavel, foi vencedora a ideia de Ulisses de que ele poderia voltar à Tróia no século vinte e um a partir disto reconstruir uma nova narrativa crítica e profunda dos cantos de Homero em seu conjunto. Para fazer isto Ulisses pediu à Zeus que lhe desse apenas dois ajudantes para esta viagem. Dentre todos os presentes ele indicou como seus associados na empreitada Virgínia Wolf como secretária chefe do empreendimento e William Shakespeare como conselheiro especial. Tinha convicção e talvez após tudo continuaria tendo que com ambos seria capaz de colocar em novos termos as virtudes e a inteligência necessária para forjar o paradigma dos novos heróis e confrontar os modelos do passado e do futuro da vida dos homens e mulheres que quiseram alcançar a imortalidade e que de fato - para a surpresa de seus contemporâneos que pouco caso faziam disto - conseguiram. A história que contarei a seguir contará parte disto, porque a mim coube ser o miserável mortal que para sobreviver neste mundo deveria cumprir está tarefa. Frente a uma situação destas em que pegar ou largar me confronta com a vida, não tive outra opção à não ser assentir com indisfarçável júbilo e escondida lamentação a este desafio que me foi imposto, por azar para alguns e sorte para outros. Eis o que disto posso dizer nas próximas longas e mal escritas páginas e linhas....

Goethe ficou indisponível após uma longa e intestinal disputa com Joyce e Shelley, enquanto VW se manteve em silêncio por todo o debate de tal como que quando Nietzsche que estava na comissão de seleção e que havia sido voto vencido em relação a Shakespeare no confronto direto com o renitente e encazinado Pound e o eloquente Wolfe, entrou em um daqueles colapsos mentais que duram 100 anos, quando Platão narrou, só então, a Odisséia de cor e salteado colocando o desafio entre a coragem e à sabedoria em termos mais acabados que qualquer outro dos pretendentes apontando ao final com o indicador para Shakespeare e,dando de ombros encerrou o discurso com um silêncio só rompido pela tagarelice inesgotável de Wolfe que recorria alegando que Perkins havia suprimido justamente o argumento principal de seu esboço de dez mil páginas antes dele iniciar a leitura. Após dolorosa aclamação para os adversários, Shakespeare tomou a palavra é com dois sonetos improvisados em voz média e soluçando indicou VW que recusou com um seco não, mas que ao abrir seu caderninho de notas viu por seus próprios olhos a seguinte nota: somente os heróis são imortais, diz o convicto, mas o sábio entende que quem narra com máxima perfeição a vida de um herói ganha também a imortalidade....
Porque Ulisses?


Nietzsche já havia chamado atenção para o caráter ambivalente, contraditório e trágico dos heróis que podiam sempre ter uma excelência, uma virtude, mas jamais a virtude completa ou à máxima grandeza em virtudes de tal modo que desbancariam um Deus ou Deuses com seus sucessos. A leitura da odisseia e da Ilíada sempre nos leva a pensar no tênue equilíbrio entre a coragem de Aquiles, baseada em sua extrema maestria e num senso de medida e sua absurda e desonrosa covardia para com o cadáver insepulto de Heitor e com o fato de que ele topa ir à campanha por glória pessoal e imortalidade dando pouca ou quase nenhuma atenção ao fato de que serve ao fim e ao cabo ao rei mais injusto, perverso e ganancioso que o mundo grego conheceu. Olhar para Ulisses o super experto e super hábil com as palavras, a lança, a espada e também com o escudo, e que sempre consegue de alguma forma ludibriar seus adversários, manter ou mudar as crenças dos que estão à sua volta e também inventar soluções para problemas que poucos conseguem divisar. Ambos são heróis reconhecidos. Conquistaram a maior imortalidade possível, pois foram suas histórias lendárias foram contadas por rapsódia por muitos anos até que alguém as colocou em livros, outro as fez migrar de poema para prosa e muitos passaram a usar seus modelos e narrativas como moldes ou tropos heróicos. 

Eles, e devemos convir, todos os outros parecem possuir está dura contradição entre a virtude e o vício, entre o caráter e a perversão, entre a medida certa e o excesso ou desmedida que causa em alguns de nós o horror, a sutil impressão de que não se precisava tudo isto. Nietzsche pensava que está aversão estaria fundada num caráter excessivamente piedoso e comedido herdado de um cristianismo frágil e débil. De que não é a hubris, a desmedida arrogante e impositiva, mas sim a nossa afecção interna e moral que não se coaduna com a grandeza destes gestos. Não cabe em nos tal gesto como virtuoso. Prefeririamos um milagre ou mesmo a redenção de um pecado à cometer tal excesso. E há uma outra curiosidade aí. O excesso ficou durante um bom tempo reservado somente aos nobres, pois os pobres mortais e a ralé não caberia jamais um excesso ou desmedida pois isso só seria possível como virtude, como consagração heróica ou histórica aqueles que possuem alguma descendência assinalada ou apontada em alguma escritura sagrada, profecia ou que eram patrícios da gen de fundação dá cidade ou polis. 

Observe aqui que os semi-deuses são por si só uma justificativa ulterior que coloca explicação no fato daquele relés e miserável mortal conseguir praticar algum ato assaz grandioso ou mesmo inscrever uma façanha qualquer nos livros e histórias dos homens. E esta prática de justificação do herói pela linguagem de uma linhagem privilegiada, azul ou nobre prossegue até hoje. Erguem assim mitologias para os heróis ou semi deuses, que fazem o soterramento de qualquer possibilidade de crítica ou objeção a sua virtude por incompletude ou imperfeição. E o contrário disto também ocorre. Não sendo nobre qualquer imperfeição serve para colocar a personagem no latão de lixo dá história. Um êxito miserável é, assim, irreconhecível. Zeus se comoveu com o que vislumbrou ao fazer a panorâmica crítica e ao constituir uma certa arquitetônica das virtudes e fazendo a árvore genealógica dos heróis, das Heroínas, dos semi deuses, viu que sua conta de responsabilidade sobre eles, e a conta de outros deuses também, era muito maior do que lhe parecia justo e que está desmedida lhe trazia sérias dificuldades para compreender hoje como homens cuja descendência mais humilde são tão importantes e decisivos para a vida é a sobrevivência dá humanidade. Zeus estava pelas tabelas com mitologias pois percebia que hoje existem tantas vozes e tantos feitos a serem narrados que não cabia mais mesmo atar cada façanha a uma divindade ou linhagem, pois que os homens e as mulheres haviam aprendido por exemplos incompletos, algumas linhas tortas e outras retas, como agir virtuosamente ou de forma que seu gesto lhe daria a imortalidade. 

Devo porém dizer, que não haveria como revogar títulos de heróis e que não é o caso também de que o palácio e o reino de festas dos heróis estava superlotado não, o que ocorria de fato é que alguns que antes ingressaram com altivez e supremacia ao salão de festas, hoje andavam acabrunhados e tinham com o tempo adquirido maior reflexão sobre seus atos e concluído em seus íntimos que não era bem assim ou que não era tudo isto não. Ulisses era o único que muito rapidamente admitiu isto nos debates, e mesmo que tivesse um interesse ou motivo inconfessável para tal, havia narrado virtuosamente e com muita calma o seu próprio problema em relação à questão geral. 

Por bem, Zeus julgou com assentimento e concordância expressa e silenciosa de menear de cabeças de outros deuses e heróis, que era ele o homem talhado para tal grandiosa, muito importante e arriscada tarefa. Muitos heróis ficaram refletindo também na capacidade de Ulisses de se desembaraçar das armadilhas do destino e o próprio Hércules assentiu que só mesmo Ulisses conseguiria vencer tantos e tão trabalhosos desafios e voltar ao salão com sua imortalidade preservada e com algum ganho de sabedoria para todos. Não serão citados os invejosos que repugnaram a indicação do Olimpo, mas não faz diferença porque qualquer um de nós mortais é capaz de ver entre os heróis os mais invejosos e os menos interessados em caprichos e sutilezas.

A VOLTA DE ULISSES

Aquiles, Ulisses, Páris e Heitor - amanhã eu conto porque Zeus resolveu rever o paradigma dos heróis.

Talvez A VOLTA DE ULISSES, seja o melhor título para o projeto e aquilo que resultar da discussão e elaboração sobre seus primeiros esboços. 

FINITUDE E VERDADE

A verdade mais radical e incontestável da nossa carne e da nossa alma é a sua finitude. Ambas vão deixar de existir. Com a carne isto é mais evidente. Já a alma resiste a reconhecer isto porque possui o privilégio de ter suas operações marcadas por certa imaterialidade. De qualquer modo ambas vão ao longo da vida sendo resumidas, vão se diminuindo e dando sinais de que a finitude acaba por se alcançar e as atingir em algum momento. A carne e os ossos - nosso corpo, nosso veículo - vai perecendo e vamos com muita facilidade nos dando conta, por nossa alma ou em nossa sede reflexiva, que o fim dá seus sinais. Não se consegue mais fazer certas coisas, resolver certos problemas, nossas ações e movimentos vão sendo limitados e restritos e não se consegue mais fazer grandes escolhas e vamos ficando com uma percepção clara de que somos aos poucos e às vezes violentamente sendo limitados e resumidos.

A liberdade que elogiamos e da qual nos vangloriamos por haver um dia conquistado ou tido a impressão de possuir, nos contempla e ri de nossas vãs ilusões. Quando entendemos isso passamos a compreender e ter piedade do próximo porque vemos nele nosso futuro ou nele o seu passado que já foi nosso presente. Vem vindo a morte - o assador e suas facas afiadas - e o infinito começa a nos assombrar não porque é escuro, porque é um pesadelo, porque é o inferno ou promete mais dor, mas porque sentimos que deve haver um paralelo entre o corpo e a alma.

Que se o corpo vai desaparecendo e perdendo funções e habilidades, vai sendo limitado e de certa forma extinto, também nossa alma pode ir perdendo aspectos que só a nos pertencem. A extinção da memória ou a extinção da mobilidade que aparecem nestes dois males da velhice e que em alguns caos aparecem precocemente parecem anunciar isto.

Assim, quase nada de cada um de nós vai restar no tempo e no espaço e isso é algo impressionante em sua realidade, autenticidade e, ao mesmo tempo, em sua ausência de sentido ou na presença de um sentido mínimo. Quando se começa efetivamente a pensar nisto, entendemos o significado do essencial da vida que talvez seja como você está se sentindo agora. E lembramos do que realmente importa em nossas vidas.

A trajetória da existência vai nos resumindo, mas só mesmo no tempo a presença temo tão forte significado, justamente pelo desaparecimento de nossos poderes, pelas nossas limitações, estar aí ainda no mundo é um grandioso trunfo e um sinal de que devemos aproveitar para viver e usufruir disto com mais prazer ou com o maior prazer possível. E a alma olha para o corpo e vê que ele está assim e pode, enfim, pensar em si mesma como estando melhor ou ficando para o ultimo capítulo de tudo isso.

Sim, ver isso, visualizar isso de si mesmo é muito impressionante. E é um exercício que devemos provocar em nós mesmos, pois pode ser bem educativo para nós saber que precisamos decidir e ser principalmente e quase indelegavelmente responsáveis pelo modo como tratamos disto.


( Jean Claude Bernardet no filme "Fome", de Cristiano Burlan, do qual é protagonista. interpretou uma personagem que vive isto e esta postagem é uma reedição do meu comentário desta experiência e de sua entrevista do ano passado complementado por algumas ideias que sempre tem me tocado ultimamente e que neste ano ficaram sob a chave geral do que chamei de nossa quilometragem limitada. Precisamos saber que temos uma caminhada e que há de haver um ponto do qual não vamos passar. Queremos avançar sobre os limites e este é nosso impulso mais juvenil e maravilhoso, mas com a maturidade passamos a um processo de aceitação e compreensão maior do qual depende nossa saúde física e mental, nossos cuidados e os cuidados com os demais seres humanos.)

20 de janeiro de 2017 - SOBRE DÚVIDAS CAUSAIS

Este fato tem possibilidades múltiplas em suas causas materiais e sociais e precisa ser bem interpretado e seu sentido investigado até se chegar as suas proposições elementares mais profundas e ocultas e revelar a verdade. Pode ser um acidente, mas é muito duvidoso que seja. De qualquer forma vai cair numa coleção de incidentes com aviões que povoam a história politica do nosso país. Minha pequena experiência de observação dos poderosos e daqueles que estão acima dos reles mortais tem demonstrado, entretanto, que suas condutas sempre são orientadas por uma espécie de espírito de urgência em suas agendas. Não sou aviador, nem mecânico de avião, nem especialista em espionagem e contra- espionagem ou em segurança institucional e nem meteorologista, mas fico muito intrigado com a foma como calha bem para alguns determinados incidentes. Pode ser causa natural, pode ser o acaso ou até o sobrenatural de almeida em sua versão não futebolística, mas todos nós sabemos já, após ultrapassarmos os hábitos saudáveis, mas limitados, do finitismo ou de um unitarismo causal que sempre há um complexo de causas e circunstâncias a serem bem sopesadas e medidas por traz de certos fenômenos. E que mesmo um processo de apuração fica exposto e suscetível ao desenrolar dos acontecimentos e a supremacia de certos interesses muito poderosos. O Brasil é pródigo em incidentes desta natureza que acabam incidindo sobre nossa história. Jãnio Quadros, para não ter que dar explicações ou fazer exposição de motivos, cunhou em sua renúncia certos eventos como resultantes de "forças ocultas". É uma boa teoria para quem quer ficar sem explicações ou que aceita mistério glorioso em fenômenos que desafiam nossa apreciação, juízo e avaliação sensata. Nós somos céticos e racionais em principio, mas até por isto mesmo preservamos a dúvida como sempre razoável quando se ergue uma incerteza tão assombrosa sobre o que ocorreu, porque ocorreu e quais suas consequências diretas e indiretas ou colaterais. Bom senso e caldo de galinha não faz mal para ninguém, mas é bom ficar esperto!


A espada de damocles está pairando leve como uma pluma sobre a cabeça do usurpador.

A FOTO FÚNEBRE

É algo vergonhoso ver a cara de pau destes caras. A falta de escrúpulos e de ombridade neles. Os historiadores do futuro vão olhar para estas personagens de uma forma arrasadora. A justiça pode faltar, os jornais podem mentir e criar um viés tolerável, os biógrafos podem mentir e fazer apologias, seus partidários podem ser cínicos, hipócritas e estultos, mas haverão historiadores para narrar em detalhes os absurdos e as escolhas que estes homens fizeram contra o povo brasileiro e gaúcho.

Os caras que querem destruir os direitos trabalhistas, entravar o processo judicial da lava jato - que ganharam um tempo - entregar as riquezas nacionais e saírem mais afortunados do que já estão todos juntos no velório do juiz que poderia colocar todos eles na cadeia em alguns dias. Esta vai para a história do Brasil como a foto dos hipócritas!

E tudo no plenário do tribunal regional do trabalho da quarta região, em Porto Alegre, onde este juiz labutou e constituiu sua carreira.


Sem mais palavras. A lata de lixo dá história do Brasil aguarda aberta muitas personagens.

Linha política suicida no PT nacional

A linha política do campo majoritário do PT nacional tá virando uma linha suicida. O PT foi golpeado no congresso nacional e a maioria nacional passa agora a se submeter aos golpistas julgando que assim terá sobrevivência política. Está errado. O golpe é a expressão mais brutal de uma disposição a nos destruir, nos aniquilar e também exterminar nosso projeto político, sigla e concepção de militância. É simplesmente um ato de guerra e não se faz a paz de faz de conta com quem quer nos destruir e não demonstra nenhuma mudança de atitude em relação a isto. Um pacto foi rompido e um tratado rasgado. Quem não entende isto, precisa mesmo ser exterminado para jamais colocar os seus seguidores de novo na condição de submissos e reféns das maldades e perversidades da elite nacional. O PT não nasceu para ser bandido e nem maquiavélico, pois não faz parte do DNA dos excluídos e espoliados a cartilha dá maldade, dá covardia e DS perversão. O que a direção nacional não entendeu é que não queremos mesmo mais está política que nos levou a tragédia que vivemos. As eleições municipais, e o golpe em Dilma, mais os projetos apresentados no congresso e a destruição dá Petrobras e da perspectiva deste país explorar e acumular riquezas através do pré-sal e investir em educação e saúde, já não são razões suficientes para romper com esta política derrotada? Uma Síndrome de Estocolmo procura preservar a vida, o que a direção nacional busca e o auto extermínio, não a sobrevivência.

DONALD TRUMP PRESIDENTE

É um prêmio máximo à sua validade e ambição pessoal inesgotável. Quem acompanha a história deste cara sabe que ele desejou e foi escolhido como opção de continuidade de uma política tradicional que estava sendo ameaçada de desaparecimento.


Vai ser, enfim, governado pelo FBI, CIA, NSA e uma parcela do partido republicano bem poderosa. A primeira lição ou crise de advertência vem logo, logo...

A HISTÓRIA MAIS SÉRIA DA HUMANIDADE

"A história da humanidade não é um hotelzinho onde alguém pode alugar um quartinho sempre que lhe convém; nem é um veículo em que se pode embarcar ou sair de forma aleatória. O nosso passado terá sempre para nós um peso sob o qual podemos entrar em colapso enquanto nós nos recusamos a entender o presente e lutar por um futuro melhor. Só então, mas a partir desse momento, poderá esta carga se tornar uma bênção, isto é, uma arma na batalha pela liberdade."


-Hannah Arendt, "Moisés ou Washington" (27 de Março de 1942) 

BRASIL EM DAVOS 2017

A política econômica brasileira consegue a façanha de ser pior que a preconizada pelo FMI que já entendeu que não há crescimento sustentável sem redução dá desigualdade social ...

FMI DEFENDE DIMINUIÇÃO DA DESIGUALDADE SOCIAL E ESCALPELA OS GOLPISTAS BRASILEIROS

"Após ouvir o ministro da Fazenda brasileiro, Henrique Meirelles, defender a necessidade de adotar amargas reformas, como o governo Michel Temer tem feito no país, a presidente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde afirmou nesta quarta-feira (18) que a prioridade das políticas econômicas precisa ser o combate à desigualdade social. (...)"

"(...) "Não sei por que as pessoas não escutaram a mensagem [de que a desigualdade é nociva], mas certamente os economistas se revoltaram e disseram que não era problema deles. Inclusive na minha própria instituição, que agora se converteu para aceitar a importância da desigualdade social e a necessidade de estudá-la e promover políticas em resposta a ela", afirmou a francesa. (...)"

"(...) Em sua fala, porém, Lagarde destacou que a desigualdade social precisa estar no centro das atenções dos economistas se eles quiserem um crescimento sustentável e, como consequência, uma classe média forte.

"Nosso argumento é de que, se há excesso de desigualdade, isso é contraprodutivo para o crescimento sustentável ao qual os membros do G-20 aspiram", disse.

"Se quisermos um pedaço maior de torta, precisamos ter uma torta maior para todos, e essa torta precisa ser sustentável. O excesso de desigualdade está colocando travas nesse desenvolvimento sustentável", afirmou, retomando a mensagem central do discurso de abertura que fez no Fórum de 2013. (...)"

"(...) Um estudo do próprio FMI de 2013, assinado pelos especialistas Jaejoon Woo, Elva Bova, Tidiane Kinda e Y. Sophia Zhang, aponta que políticas de controle de gastos públicos resultam na geração de desemprego a curto prazo, o que contribui para a contração da classe média e o aumento do fosso social entre ricos e pobres.

O estudo mostra que pacotes de ajustes fiscais como o adotado pelo Brasil podem ter resultados adversos, dependendo das estratégias escolhidas na gestão pública.


"Pacotes de cortes nos gastos públicos tendem a piorar mais significativamente a desigualdade social, do que pacotes de aumentos de impostos", afirma o levantamento. (...)"

I, DANIEL BLAKE – EU, DANIEL BOEIRA...

Para aqueles que ainda não entenderam o que esta lógica neoliberal e fascista tenta fazer com os trabalhadores e servidores públicos, arrebentando direitos, atrasando salários e gerando crises pessoais e familiares para gente, vale a pena ver. É educativo, preventivo e moralmente prescritivo...Eu, Daniel Boeira....

OS DERROTADOS

Eles conseguiram produzir o pior Governo da história da cidade. Deveriam ficar bem quietinhos que justamente este grande desdém deles pelos outros, diferentes e adversários foi o que os enterrou. Alguns deles ainda precisam assimilar a derrota nas urnas e a falência de seu choque de gestão. Eles não deixaram nada exemplar na administração. Deveriam prestar atenção ao que já está sendo feito, retomado e reconstruído. Mas é demais para a baixa sensibilidade democrática deles. Imagina dar valor para o diálogo, para a construção coletiva ou para os cidadãos. Nunca precisaram ou levaram a sério isto.

INDIVIDUALISMO EM NIETZSCHE - PEQUENA PASSAGEM

"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida. Ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o!"


Friedrich Nietzsche

PARA MEUS COLEGAS E CONTEMPORÂNEOS DE FORMAÇÃO

Em especial Renato Duarte Fonseca. Marcelo Villanova, Eduardo Vicentini de Medeiros, Marco Weissheimer, César Dos Santos. Mauro Engelmann, Alfredo Storck et alii.



A meia idade que vivemos pode talvez ser muito diversa em cada um de nós, mas nossa formação comum e certa sensibilidade, percepção e reflexão comum sobre o tema da vida e do que realmente importa nela nos torna de certa forma um pouco mais importantes do que gostaríamos para os demais seres humanos. Podemos rir muito por diversos motivos e causos em comum, mas temos um senso de gravidade - e agora a palavra ecoou na tevê também - e de responsabilidade sobre a sociedade em que vivemos. Não conseguimos mesmo nos furtar de ter que responder ao mundo em que vivemos.

VIDA E PENSAMENTO COMO EXISTENCIAIS - TEXTO REEDITADO DE 2015

Dois anos atrás, após alguns muitos anos de certa relação de admiração à distância e pequenas incursões em pequenas obras e peças do existencialismo francês, comecei a ler OS MANDARINS, o romance de pós guerra de Simone de Beuavoir onde ela narra através alter egos a vida dos heróis da resistência - ela, Sartre, Camus e Nelson Algren, depois que a guerra acabou e surgem outros conflitos de caráter mais pessoal na vida deles. Uma das características mais interessantes colocada na obra é o conflito e a diferença entre a construída ficção e a realidade que efetivamente se deu. Simone escreve para episódios que vão ser bem conhecidos posteriormente outros desfechos, soluções alternativas, não para distorcer a realidade em perspectiva positiva, mas para mostrar que é plausível, razoável e interessante literária e biograficamente pensar e entender que possa ser ou seja diferente. E aqui creio que está um dos trunfos percebidos pelo existencialismo: de que a nossa liberdade mesmo é permitir com que as coisas sejam diferentes do que são ou que elas terminem sendo realizações que derrotem as expectativas mais negativas - como exercício de liberdade e escolha - sobre o que virá e que pensar nesta dimensão de abertura e mudança da vida é um belo desafio existencial. Vejo nele então um texto libertador e desafiador à nossa vontade e pensamento.

O existencialismo francês tem também esta maravilhosa característica para mim: inclui teatro, literatura, poesia, pintura, música, teoria filosófica e social e seus progenitores Sartre e Beauvoir, por assim dizer, transitam entre tudo isto. Mas no destino deles trabalhar é escrever. E ler eles também parece trabalhar para quem se dedicar a isto. E escrever e ler o que foi escrito por eles e escrever sobre eles acaba mesmo sendo tanto refletir sobre a vida, fazer a ficção necessária da vida encobridora e reveladora da vida, quanto construir a teoria ou a crítica que lhe explique ou corrija os caminhos e os descaminhos da vida. Uma vida em que reflexão e ação precisam ter encontros, serem cúmplices, amantes e parceiras de viagem. Com uma espécie de relação pendular entre ficção e crítica, literatura e teoria vemos em ambos textos que trazem à tona a difícil tarefa de ultrapassar ou suportar limites existenciais, subjetivos e objetivos. É uma bela história das múltiplas relações possíveis entre certas personagens dinâmicas e que em uma dimensão são livres e em outra dimensão parecem ser prisioneiras de seus limites morais e de compreensão da vida.

Confesso que Sartre é ainda para mim um ícone cada vez mais fortalecido e uma espécie de grande revelação na minha inicial disposição a estudar filosofia. Servia como um imã que me intrigava e atraia muito o interesse na pré-adolescência e adolescência. Ele morre quando eu tinha 15 anos e biograficamente isso marca meu assombro com o gigantismo dessa personagem filosófica. E, assim como Camus, com seu mito de Sísifo, a história de um desgraçado que precisa recomeçar todos os dias a jornada de levar uma pedra até o cume da montanha, condenado a repetir a rotina de um esforço que aparentemente é vão e improdutivo. Cuja analogia entre Prometeu acorrentado tendo seu figado devorado o dia inteiro e sendo reconstituído durante a noite para ad infinitum ser devorado de novo e reconstituído de novo. E esta rotina aparentemente torturante da vida industrial que manda repetir a mesma operação até se esgotar a matéria prima, ou a encomenda ou o mercado ou o desejo do consumidor por tal coisa. Tema este que sempre me vem à cabeça associado ao O Trabalho e os Dias, de uma vida aparentemente interminável dedicada a ganhar cada dia com um grande esforço de trabalho. E quem já trabalhou fazendo força, arando a terra, carregando peso, subindo e descendo escada, levando uma pasta cheia de livros para lá e para cá - a parte braçal do professor e do vendedor de livros que é comum a ambos, sabe o que significa ganhar o pão com o suor do próprio rosto ou com suas próprias mãos.

Porém, acho que eu sei algo mais sobre ambos e outros e minha intuição não me engana que esta mulher era como que uma orientadora geral de muitos e me admira que as prioridades dela eram absolutamente articular o pensamento com a vida, sem representação, sem máscara, sem aquele excesso de interpretação e floreio e sem símbolos ou retórica. Nada hoje me toca mais do que isso: o pensamento deve ser vivido, senão não significa nada. E nesta flexão entre pensamento e ação que deveria estar a liberdade ou o limite da nossa liberdade perante a tortura e a repetição torturante dos trabalhos e dos dias, da rotina na fábrica e do peso do mundo que temos a ilusão de carregar em nossas mãos ou em nossos cérebros.


E é por algo realmente existencial que os sinos dobram meu amigo, que as ideias surgem e os sonhos e desejos nos revelam. E só por existenciais que há arte e engenho, transformação e superação. E o trágico ali à sua espreita aguardando seu descuido. Tens medo? Ouse! Tens confiança? Sede prudente!

Grau zero do pensamento como diferença, ilusão e negação...

“O grau zero do pensar é ilusão."

Marcia Tiburi


Diversão, fantasia, delírio e magia sempre são as formas mais básicas de pensar o outro diferentemente de si mesmo. A ilusão dá início e responde a uma vontade de ver melhor, pensar além ou ultrapassar o imediatamente dado. Negamos o que simplesmente está aí para ver além dele mesmo e de nós mesmos. Grau zero é ponto de partida. Um vazio a ser preenchido ou saturado.

NIETZSCHE O INCOMPREENDIDO E MAL COMPREENDIDO

Ele é muito pouco compreendido sim. Até porque segundo ele mesmo compreender ele é se livrar dele. É ultrapassar ele o que ele quer e é exatamente este um dos traços mais importantes do modernismo que se sucede a ele. Quando lemos autores do início do século XX que o adotaram e a partir dele, de suas provocações e golpes de martelo resolveram contrariar as tradições e caças sagradas, temos a iconoclastia como um traço característico de sua influência. Mas isto deve derivar também o abandono de Nietzsche que jamais queria ser um totem da cultura ou um farol a iluminar as trevas que se dissipam, se abrires teus olhinhos pequeninos.

CONTESTAR PROFESSORES

Tenho pena de todos os professores que não aceitam contestação. 

Todas elas erguem um andaime ao pensamento.

E o melhor elogio que um mestre ou professor pode receber é ser bem contestado.


Exercitar de fato o pensamento envolve contrariar ele. 

Passar a buscar o seu limite, o ponto em que ele não vale mais também.

Indivíduo auto suficiente...Ilusões servis...

A ilusão do indivíduo serve bem ao serviço da exploração.

Mas tem um dia em que você descobre que não faz mais mesmo certas coisas sozinho. O limite de Nietzsche sempre é atingido na vida real. Ele tem este limite individual que foi bem demonstrado em sua própria vida. Quando olhamos a vida dele sempre percebemos que foi dependente de outras pessoas. Mãe, irmã, mulheres, amigos, pai morto, enfermeiras, médicos é que seu corpo repousou a sete palmos com a ajuda dos outros. Nosso mundo ocidental vive este tipo de mitologia do indivíduo, do caminhante solitário e do herói por si mesmo. Isso pode ser o caso em muito momentos, mas não é mesmo o caso o tempo todo e na vida inteira. Está ilusão do indivíduo acaba servindo na maior parte das vezes para tornar a vida mais difícil porque criar esta pretensão de prescindir dos outros e a julgar os outros desimportantes. É um erro brutal que deve ser combatido e criticado pelo bem de cada um e de todos.


VIDA DURA

Sim...A vida é dura, mas nossa razão se volta à tornar ela suportável, compreender os desafios e ter um espírito animado para encarar tudo.

QUER ME CRITICAR OU NÃO GOSTA DAS MINHAS OPINIÕES?

SEM PROBLEMA

Bom dia...solução simples: faça um post defendendo o vereador de ficção, prove que estou errado em relação a gestão da educação e sobre o PMDB na geral. Negação não é refutação.


Eu ergo argumentos, não ofensas.

EDUCAÇÃO MUNICIPAL E ESTADUAL

Sim...Imaginem os meus colegas municipais, como se sentem eu e todos os servidores públicos estaduais que estamos recebendo a gratificação de natal ou décimo terceiro em doze vezes. Imagina o tamanho do estrago causado por eles na vida de milhares e talvez dois ou três milhões de gaúchos. Estragaram nosso Natal, nossas férias e já condenaram o ano de 2017 ao ano do aperto de novo. Pobres de nossos familiares, amigos, colegas e daqueles que nos prestam diferentes serviços e que dependem de nosso consumo para tocar seus negócios. Nojo é um sentimento que equivale a muito pouco para nós todos! Estou até sendo bem moderado e educado com ele e sua turma. Não promovo aqui um linchamento pessoal, mas apenas a crítica. Nada contra a pessoa privada do cidadão, mas afirmo que para pessoa pública ele é inabilitado e não deveria ser eleito, admitido ou sequer seguido. Estamos em uma democracia que ele e sua turma ajudam a diminuir e agravar perversamente, mas tenho dúvidas sinceramente de sua consciência moral e civil. Até nisto vejo uma ficção, um auto engano e uma farsa. A ironia aqui é até uma generosidade da gente.

Vereador de Ficção em São Leopoldo

Logo eu que sou militante da educação como a Ana, a Déia, o Luiz, o Adriano e muitos outros ter que aguentar a retórica e a farsa e certas ficções de algumas pessoas. Mas eu até gosto de ficções, imagina comigo a ideia genial de um vereador qualquer do PMDB - dá turma do Temer, do Sartori e do Padilha - que diz que vai devolver o salário porque vai viver com o seu modesto salário de bancário. Isso quer dizer, seguindo na ficção, então, que o tal não vai trabalhar na câmara de vereadores, não vai dar expediente e nem trabalhar em comissões. Não vai, também, em sua ficção moral, atender os cidadãos no seu gabinete e com a sua assessoria cumprir agenda em gabinete. Vai ser, nesta ficção de vereador, exatamente como o ex-prefeito de ficção dele, aliás, que quando vereador, por vinte anos, só servia pra passar nas sessões e fazer alguns discursos também de ficção. Isso, ora esta, não é projeto de vereador, é projeto de faz de conta e discurso. É a mais completa ficção de vereador. Nossa gente da educação, por outro lado, podemos comemorar, apenas, com esta função de ficção dele a devolução do salário como reparação aos salários que ele recebeu na condição de secretário de ficção da mais incompetente gestão da educação municipal, do pior governo da história de São Leopoldo. O PMDB que ele representa ingressou no Brasil, no RS e em SL em uma fase cara de pau total. É neste caso que ficções, fantasias e bobagens não lhes faltam. Na educação municipal a lista de absurdos dele e dos gestores de 2013-2016 é tão gigantesca que não cabe aqui. Além de não ter nenhum know how em gestão da educação ainda se prestou nesta grande ficção em que vive, na sustentação real e física da violência e desrespeito contra as educadoras. Para uma cidade com a história e a importância cultural de São Leopoldo, é uma vergonha ter tido este secretário que não é educador. Não é professor de nenhuma rede pública e não fez diferença alguma por isto mesmo na educação municipal. Foi um gerente da Educação, com uma postura de ficção gerencial e das coisas que não é o que nos falta não. Foi o secretário da educação, para registrar, porque é ordenador de despesas, que foi conivente com o uso dos recursos do fundeb para pagar fornecedores e com o desumano atraso da folha de pagamento da educação. Muito cara de pau...o que me surpreendeu mais foi ver educadoras municipais apoiando isto e achando bom. Por fim, a qualidade da educação municipal não avançou em nada em quatro anos e diversos programas foram mau geridos ou desativados. Pura ficção deles e uma picaretagem na gestão pública. E os jovens que lideram este partido tem tido a performance escandalosa e de faz de conta moral que já se observa na secretaria nacional de juventude da presidência da república. Pra mim são uns caras que perderam a vergonha na cara, se é que um dia tiveram....


Eu tava na praia. Bem tranquilo, mas....

VAI DEVOLVER SALÁRIOS É?

A gente pode comemorar a devolução do salário dele como reparação aos salários que ele recebeu na condição de secretário mais incompetente da educação municipal do pior governo da história de São Leopoldo. O PMDB que ele representa ingressou em uma fase cara de pau total. E os jovens que lideram este partido tem tido a performance que já se observa na secretaria nacional de juventude dá presidência dá república. Pra mim perderam a vergonha na cara se é que um dia tiveram...

SOBRE O EX-SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO

A lista de absurdos dele é gigantesca. Além de não ter nenhum know how em gestão e educação ainda se prestou na sustentação de violência e desrespeito contra as educadoras. Foi o secretário da educação conivente com o uso dos recursos do fundeb para pagar fornecedores e com o atraso da folha de pagamento da educação. Muito cara de pau...o que me surpreendeu mais foi ver educadoras municipais apoiando isto e achando bom. Por fim, a qualidade da educação municipal não avançou em nada em quatro anos e diversos programas foram mau geridos ou desativados. Pura picaretagem na gestão pública.

Nostradamus & Trump

Quando na cidade do mar, em bom tempo nevar,
na dama liberta o trumpete tocar,

o mundo insolúvel, por fim vai acabar...

AS PALAVRAS - SARTRE - RECOMENDO - em especial para quem gosta de autobiografia

SARTRE, Jean Paul. As Palavras. Tradução de Jacó Guinzburg. 3ª Edição. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1967, 159p.

“Naturalmente, não sou trouxa; bem vejo que nós nos repetimos...” (p.151)

“O que eu amo em minha loucura, é que ela me protegeu, desde o primeiro dia, contra as seduções da “elite”: nunca me julguei feliz proprietário de um “talento”: minha única preocupação era salvar-me – nada nas mãos, nada nos bolsos – pelo trabalho e pela fé. Desta feita, minha pura opção não me elevava acima de ninguém; sem equipamento, sem instrumental, lancei-me por inteiro a ação para salvar-me por inteiro. Se guardo a impossível salvação na loja dos acessórios, o que resta? Todo um homem, feito de todos os homens, que os vale todos e a quem vale não importa quem.” (p.159)

Este livro é simplesmente a primeira biografia de filósofo que eu li na vida. Eu adquiri ela por tostões com a minha consciência de certa incapacidade econômica de adquirir, pelo valor que tinha na banca, a biografia de Sartre recém lançada em 1987 de Annie Cohen Solal pela editora L&PM, e eu namorei esta biografia muito tempo na feira do livro. Nos últimos anos fui ler e bem me vi nas peripécias e na coragem que agora nesta hora da minha caminhada tenho muita vontade de cometer. ...e creio que fará muito mais sentido viver com uma consciência plena e assumida do que fazer papel de desorientado como alguns que nunca estiveram nem perdidos e nem muito menos desamparados. Estes dias li um texto de uma raposa que atacou mais de cinquenta galinheiros fazendo Cocoricó. Me senti tocado pela lamentação moral tardia de alguém que nunca considerei levada de Roldão por coisa, causa ou pessoa alguma. Como também vi um pusilânime a falar de certas fidelidades que ele não entendia simplesmente porque ele nunca foi leal à outra coisa do que sua própria vantagem ou vaidade pessoal. E lembrando também da questão da virtude ou dá honra como ficamos discutindo ontem que mesmo entre rivais, adversários ou até inimigos nos leva até o final da peleia e dá vida com firmeza, lado e muita perseverança mesmo sob o pior quadro.

Mas há algo de maravilhoso para mim nesta pequena autobiografia de Sartre porque ela substituiu com ganhos para mim a biografia de Annie. Nela ele conta com ironia e muitos detalhes a sua formação e influências familiares, culturais e políticas e também de suas resistências que de forma muito reveladora se constituíram de tal modo que desde a sua infância, ele tenta ensejar seu próprio caminho apesar de...por exemplo, ser sobrinho de um piedoso Albert Schweitzer e resistir a fortíssima influencia da igreja em sua família. E ela me serviu muito no sentido de construir também em mim certa autoconsciência e um processo de diferenciação semelhante. Nada disto é feito por vaidade, mas sim por um sentido de responsabilidade sobre s própria vida, destino e projeto.

Esta passagem, por sua vez, representa algo muito importante para mim em minha formação e em minha trajetória porque apresenta a necessidade permanente de tentarmos resistir à certos papéis que alguns conselheiros ajuizados tentam nos atribuir e que são melhores para o que os outros querem de nós, do que, para o que, cada um de nós, pode ser por decisão própria e escolha refletida, ainda que sem o consentimento ou aprovação de outrem.

O texto da contracapa, enfim, desta tradução de As Palavras é este:

“Jean Paul Sartre inicia uma nova tarefa comunicar o sentido que, para ele, tem a sua vida. AS PALAVRAS abrange o período da infância. Não se deve esperar desse pequeno livro o relato saudosista de um velho senhor que rememora episódios encantadores do mundo da criança, ou rostos amados e desaparecidos. Nada disso. Aqui o leitor encontrará um requisitório contra o mundo da criança e, honesto, não poderá deixar de examinar, por conta própria, o que foi a sua infância.”


E assim de muito me serviu esta leitura preambular à minha formação acadêmica em filosofia.

GOVERNANDO NA CRISE

Parabéns meu caro amigo e camarada Marco Weissheimer. É muito importante dar a dimensão rigorosa e séria que os governos de esquerda enfrentam nesta ciranda que vivemos hoje! O desafio de governar na crise é o maior desafio que hoje vivemos. Um abraço e muito sucesso na nossa luta em preservar o estado, os direitos dos trabalhadores e cidadãos e garantir os serviços públicos e os direitos dos servidores públicos junto. Enquanto alguns brincam de governar, cabe à nós resgatar a seriedade com muito trabalho e firme decisão para superar este quadro grave que vive a sociedade e o estado brasileiro em todos os niveis. 



SOBRE MENTES PEREGRINAS E DISPERSAS

SÊNECA E A NOSSA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO

Bom Dia....a amiga Mariane Farias postou uma passagem muito interessante de Sêneca que me levou a refletir sobre a diferença entre condições e interesses na formação de intelectuais.

"Tanto aquilo que me escreves como o que oiço dizer de ti fazem-me ter boas esperanças a teu respeito: não viajas continuamente nem te deixas agitar por constantes deslocações. Um semelhante deambular é indício duma alma doente: eu, de fato, entendo que o primeiro sinal de um espírito bem formado consiste em ser capaz de parar e de coabitar consigo mesmo.

Toma, porém, atenção, não vá essa tua leitura de inúmeros autores e de volumes de toda a espécie arrastar algo de indecisão e de instabilidade. Importa que te fixes em determinados pensadores,que te nutras das suas idéias, se na verdade queres que algo permaneça definitivamente no teu espírito.

Estar em todo o lado é o mesmo que não estar em parte alguma! Ora a quem passa a vida em viagens acontece ter muitos conhecimentos fortuitos, mas nenhum amigo verdadeiro; o mesmo sucede logicamente àqueles que não se aplicam intimamente ao estudo de um pensador, mas sim percorrem todos de passagem a correr."

(Trecho de Cartas a Lucílio I, 2 - trad. de J. A .Segurado Campos)

Estamos aqui na parte positiva ao meu ver desta ferramenta. Esta postagem cai como uma luva para enquadrar e construir um paralelo e antagonismo entre dois tipos de experiências de formação de intelectuais bem típicas do século XX, entre nós hoje e muito provavelmente no passado também. Quando digo passado quero dizer aqui antiguidade, idade média e modernidade.

Não gostaria de lembrar ou ficar aqui fazendo lista sem a devida explicitação de porque certas personagens caem em uma ponta afinada ao que Sêneca diz e porque outros caem na sua oposta condição.

E começo - para variar meu método de reflexão - olhando para mim mesmo, sem justificar ou fazer racionalizações compensatórias. Não haveria nenhuma possibilidade deste jovem aqui ter seguido um itinerário disciplinar e bem assentado de formação. Ele seguiu sua curiosidade e a disponibilidade fortuita de bibliografia aqui e ali. Quanto ao assento houve que vagar e peregrinar de certa forma por vária condição habitacional em muitos casos em busca do melhor lugar para dar continuidade a sua trajetória de formação.

Mas agora saio de mim e lembro, por exemplo, uma figura maior para mim como Kerouac e poderia citar talvez a maioria dos grandes escritores de nosso tempo, pois que ainda que eles não tenham uma obra sistemática filosófica, cabe a nós seus leitores atentos extrair de seus relatos, ficções e inventivas as pérolas talvez de uma sabedoria tão próxima aos fragmentos e aos aforismos de outros escritores e sábios. E eles vagaram e muito. Ao ler Kerouac e outros encontro em seus textos aqui e ali verdadeiros fragmentos filosóficos que não dá uma obra, mas podem me suscitar idéias tão importantes como ao meu ver esta bela carta de Sêneca a Lucilio seu discípulo suscitou em mim agora.

Me ocorre também agora a lembrança deambulante de uma das frases mais singulares e reveladoras que ouvi para explicar o "milagre grego" do Messier Michel Serres "os gregos viajavam". Então, não ter assento ou habitar certo lugar pode ser uma vantagem. Entendo também que o "habitar a si mesmo" referido por Sêneca ai equivale talvez a um governo de si mesmo, mas eu penso também que não há melhor governo de si mesmo do que aquele que é exigido - ainda que tenha seus desconfortos - pela exposição ao mundo, ao estrangeiro, ao estranho. Isso te obriga a ser muito sábio no teu cotidiano e ao mesmo tempo estar aberto e cuidadosos para com o outro. Mas eu também me lembrei de Hannah Arendt e suas múltiplas e diversas paragens e interesses.

Mas com certeza Sêneca deixaria Jack Kerouac mais reflexivo pela falta de amigos que todas as andanças dele o levaram a ter e pela sua tragédia pessoal ligada justamente a isto que Sêneca chama de falta de habitar com conforto a si mesmo. Por fim, com certeza correr por sobre os textos e passar de visada por teorias é o oposto de qualquer possibilidade de amadurecimento e aprofundamento de uma reflexão que deveria ser aguardada e longamente maturada sobre isso ou aquilo.

Nenhum de nós quer ter uma alma doente, então, muito obrigada pela postagem porque me lembra e me faz refletir mais ainda sobre estes e outros assuntos o que inclui ai a condição mais ou menos confortável dos intelectuais de acordo com sua condição de classe e dos meios de que dispõe para formar-se e viver.

Um abraço.


DE 2014

FUTURO BRILHANTE

"Qualquer futuro que se mostrou um dia brilhante nasceu de alguém que acreditou em uma ideia nova quando ela surgiu e ainda não era nada: só uma poeira, uma miragem. " 

de Vanessa Tuleski

O PODER DA SÍNTESE

“Quando o poder da síntese desaparece da vida dos homens e quando as antíteses perdem sua relação vital e seu poder de interação e conquistam a independência, é então que a filosofia se torna uma necessidade sentida.” 

G.W.F. Hegel

SEU CARLOS

"Usa a cabeça magro. Se não usar a cabeça acabará sempre tendo que fazer mais força."


Um axioma prático. Seu Carlos, cooperativado da Cooperativa Coolméia, Porto Alegre, 1988. do inédito e impublicável DIAS DE GLÓRIA.... 

UM LEÃO ENTRE ANÕES - OLHANDO UM LEONARDO DA VINCI INACABADO

"Em todo museu há quadros criminosos, quadros assassinos que esmagam todos os outros." 

Jean Cocteau


É a visão do inferno mais aterrador e esmagadora aquela coisa com uma personalidade assombrosa e gigantesca cercada de anões. Também sei disto e se aplica em muitos outros registros e seres: existem quadros que sufocam...como na literatura devem haver obras que sufocam e asfixiam todas as outras...não é a angustia da influência que assombra...o que assombra é a influência melhor ou pior...minha impressão triste é que a partir de um grande romance não se escreve mais nada...só outra coisa...uma obra de arte não tem par...Jean Cocteau e Igmar Bergman merecem bem mais atenção...pois ali onde tua piedade chega se funda mais uma covardia...coitadas das pinturinhas? Não...foi simplesmente assim...

MEUS ALUNOS

Sim, quero que meus alunos leiam em espanhol, em francês, em italiano, em inglês, em alemão, em russo, em japonês, em árabe, em grego, em Latin, saibam cantos yorubas, falem guarani e sejam poliglotas, letrados, filósofos e filosofas e tenho pena de ti que pensa que existe um único caminho, uma única língua ou doutrina ou ocupação para está nossa única vida. É nesta vida.

LUTAR SEMPRE

Não posso desistir de lutar, preciso persistir na construção de alternativas e devo sempre refletir sobre a responsabilidade.

A RESPOSTA QUE A CIDADE E OS SERVIDORES ESPERAVAM

Hoje, dia 5 de janeiro de 2017, pela manhã, quatro dias após assumir o governo, em entrevista coletiva, o prefeito Ary José Vanazzi e sua equipe deram uma resposta surpreendente para os seus adversários que produziram um caos na cidade e na vida das pessoas e que torciam para que a calamidade deixada não tivesse solução à vista. Eles parecem ter esquecido que a equipe de Vanazzi tem experiência em gestão pública e trabalho coletivo e que nenhum deles precisa alardear excelência em gestão ou bradar choque de gestão para trabalhar de forma determinada na solução de problemas e na superação de desafios. Subestimaram Vanazzi e sua equipe. Contra a dura realidade que os servidores públicos viveram com os atrasos dos salários de dezembro, contra a dura e decadente concepção de gestão do governo anterior que sequer fez transição e que não foi capaz de manter esta cidade bem organizada e progredindo e, eles ajustaram a gestão e as prioridades de gestão em quatro dias de trabalho e ainda encaminharam as respostas cabíveis e necessárias a este quadro geral, dando aos cidadãos e cidadãs desta cidade os primeiros esclarecimentos necessários para dirimir dúvidas sobre a dívida, reduzir as inseguranças e os problemas generalizados deixados a descoberto pela imperícia da gestão passada.

A minuta da coletiva é recheada de tomadas de posição, mas creio que elas afirmam claramente três coisas:

1. A irresponsabilidade com a gestão pública em São Leopoldo e o tempo da retórica da dívida acabou;

2. O desrespeito, o desprestígio e a desconsideração com os servidores públicos da cidade acabou também;

3. E, por fim, quem causar ou causou dano a este município será penalizado e responsabilizado criminalmente.


Na próxima semana o governo deverá adiantar outras medidas e estabilizar a situação para avançar no ataque e na dissolução de outros problemas deixados.

MEU TIO EMÍLIO

Preciso me despedir de ti Emílio querido, e muitos que te conheceram, saberão em minhas palavras porque e haverão de concordar comigo não pela beleza delas, mas pela relação delas contigo. Eu preciso dizer o que sinto e sei que tuas dicas, alertas, lições, abraços, apertos bem fortes de mão, incentivos, sorrisos, piadas, deixas, tiradas e que de diversas formas me eram dadas, a mim teu sobrinho, aos meus irmãos, teus filhos, sobrinhos, primos e muitos amigos e amigas, parceiros e testemunhas vivas e silenciosas, às vezes, de tuas passagens vão lembrar de teus momentos bons e muito bons. Te homenageio por vários motivos. Sei e tenho notícias de tua generosidade extrema com os amigos e amigas, os que necessitavam de apoio, pão ou até um empurrâozinho para fazer pegar o carro enguiçado da vida. Sei e tenho notícias de que eras um bom açougueiro, que teus fregueses não perdiam no peso da balança, na qualidade e que a carne era bem cortada. Afinal foi este teu ofício uma vida inteira. E gostava de fazer no capricho. Sei e tenho notícias e sou testemunha de tuas fortes convicções políticas. Petista de carteirinha e muita convicção como eu e que sempre me dava uma letrinha para cuidar disto ou daquilo, mas que principalmente dizia que se eu era trabalhador, honesto e verdadeiro não podia me michar para ninguém e não deixar me envolver com quem não presta ou que sequer me olhasse nos olhos. Sei também dos teus hábitos. Do teu gosto por andar e perambular pela cidade. De dar prosa e de encarar qualquer cidadão ou cidadã como um igual. Sei também dos teus cuidados e prudências. Você me disse que andar com quem não presta só trazia prejuízo e este teu conselho eu sigo muito. sei que gostava de uma aposta e que o gosto da vitória e da sorte era algo que te dava muito prazer e eu te entendo muito bem nisto. A surpresa no jogo é como um sinal divino de que algo inexplicável olhou por nós ou que a sorte ou uma espécie de janela nova se abriu na nossa vida. E eu sei como é bom encarar o inexplicado e como é prazeroso fazer descobertas no grande jogo que é viver neste mundo. Eras gremista, fazia blague com meu pai sobre o colorado, mas jamais deixou de ser um rival amigo, fraterno e que sabia a diferença entre jogar bem e vencer por jogar bem e fazer um belo esforço ou depender de um lance de sorte, da intervenção do Sobrenatural de Almeida. Tu e o pai falavam de Gol Espírita e eu sei que isso tem lá sua glória e que de vez em quando aparece este fenômeno na natureza e em meio à rotina aparentemente normal e burocrática do jogo de força, velocidade e inteligência que hoje assistimos. Sei de ti que as planilhas de controle nem sempre olham para o principal. Que é preciso ir além e que as vezes se vai muito além incentivando e apoiando mais aos outros do que a si mesmo. E jamais vou me esquecer mesmo de tudo que me deste em boa vontade, desejo de conhecimento e amor ao próximo. Me compadeço de ti, mas se eu chorar por ti será muito mais pela alegria e privilégio de ter te conhecido, do que por te perder, porque penso que ter tua passagem em minha vida foi um ganho, um grande privilégio e algo que me honrará para sempre. Alguns de vocês desta geração de 30 a 50 são pessoas que viveram a mudança do Brasil e as dores do parto que este país viveu para ter uma democracia e eu lutarei muito, trabalharei muito e vou continuar estudando, sorrindo, brincando e sendo sério quando necessário para que isto não se perca. Nós queremos ser homens livres, queremos que as mulheres, os negros, os pobres, os gays, os índios tenham todos direitos e que ninguém seja mais do que ninguém ou possua qualquer privilégio maior que os trabalhadores humildes que plantam nosso alimento, produzem, constroem e carregam no seu rosto as rugas do sol e que em seus olhos possuem o brilho das estrelas que abrem sonhos para uma nova humanidade. E eu sei que tudo que me deste me ajudou e muito a acertar na palavra, pois devo a ti a coragem - que em você talvez fosse muito maior do que em muitos outros - de erguer a voz e ousar contrariar o caminhar da boiada do mundo. E este meu discurso nos serve para expressar nosso amor, nossos valores e nossa fé no ser humano. Quem quiser entender que entenda. Quem não quiser que deixe assim. Que deixe disso ou que deixe de frescura. Nós estamos ai...estamos junto contigo...para sempre...muito obrigado...


Que meus parentes tenham conforto e fé no reencontro contigo na vida eterna!!!

A POLÍTICA DO CAOS, OS BANDIDOS E O QUADRO GRAVISSIMO DE SÃO LEOPOLDO

Um bilhão de dívida de herança é a expressão mais clara da incompetência e imperícia de gestão, de um choque destrutivo de gestão burra do nosso município e a contrapartida mais negativa possível das duas gestões de 2005 a 2012, que investiram mais de um bilhão na cidade captando recursos, com recursos próprios e gerando incremento dá arrecadação. O fato dá assessoria do ex-prefeito enunciar um montante de dívida corrigindo os números apresentados exibe também a má fé e o absurdo de uma gestão que não realizou transição e que entregou um caos na cidade desprezando os munícipes, os eleitores e cidadãos desta cidade e o bom senso recomendado quando se assume função pública. O não pagamento dos salários dos servidores, a falta de repasses dos recursos previdenciários ao Iaps, os buracos na cidade, as dívidas aumentadas sem investimentos no Semae, o fechamento de leitos hospitalares, as dívidas com fornecedores e os empenhos cancelados, mais dívidas de luz e telefones são uma demonstração clara de quem é que é o bandido nesta cidade. E não é necessário mesmo contratar uma consultoria externa para apurar isto com precisão e denunciar devidamente ao MP de Contas e ao Tribunal de Contas o nível de irresponsabilidade da gestão anterior. O tamanho do déficit é do tamanho dá falta de vergonha na cara dos gestores anteriores. Ary Vanazzi, Paulete Souto e suas equipes terão pela frente mais surpresas ruins? Provavelmente sim, então, mãos à obra e que o povo leopoldenses seja bem informado dá gravidade do quadro para desmascarar essa bandidagem e bando de gafanhotos que tentaram destruir esta cidade e colocar ela abaixo.

P.S. Em 3 de janeiro de 2017.

SOBRE VERDADES E MENTIRAS

Da educação que recebi e na instituição universitária em que eu estudei meia verdade é mentira e verdade parcial ou extemporânea ainda assim não é verdade.

domingo, 1 de janeiro de 2017

CHEGOU O DIA DA VERDADE!

VANAZZI toma posse hoje em seu terceiro mandato de prefeito de São Leopoldo e isto é um feito histórico, bem mais importante do que as opiniões superficiais e eventuais sobre o fato - e o texto do seu chefe de gabinete é bastante explicativo e informativo dando a dimensão histórica real disto.

Toma posse com a vice-prefeita e nossa colega professora PAULETE para reconstruir esta cidade que está toda esburacada em sentido literal e simbólico.

Ambos tem formação humanística e são bem letrados o que pode ajudar muito nesta reconstrução que também será a reconstrução da inteligência estratégica desta cidade.

E eu tenho muita esperança no êxito desta nova abordagem para uma cidade que viveu quatro anos de atraso e perdas, com uma gestão retórica, violenta e de muitas imperícias.

E os que duvidaram disto devem tirar uma aprendizagem desta experiência. E se aprenderem vão poder crescer, vencer e assumir com mais responsabilidade tarefas e compromissos públicos.

Aliás, no futuro a designação de pior governo da história da cidade vai ficar reservada com certeza para a gestão do "Dr." Moa e do Sr. Daniel Daudt.

Duvidaram alguns que Vanazzi poderia voltar. Perderam. Outros tentaram cassar seus direitos políticos à qualquer preço, título ou propósito. Também perderam e são aqueles mesmos notáveis e excelentes que labutaram só nisso nos últimos quatro anos ao invés de trabalhar em prol de nossa cidade. E outros entraram, julgando- se a si mesmos como portadores do destino, numa disputa cuja animosidade e retórica foi escancarada e apostaram na sua derrota. Também perderam. E, ainda, houve aqueles que tentaram ou torceram para impedir a sua posse, mas todos estes que aí estão agora - o que inclui os que vão voltar ao gozo de suas fortunas e mansões à beira mar, viagens e luxurias, e os que ficarão simplesmente desempregados - terão que reconhecer que ele venceu e crescerem, porque o tempo da brincadeira e da farsa acabou.

Espero sinceramente que todos os cidadãos e cidadãs desta cidade e os adversários que também são cidadãos, passem a adotar uma conduta bem mais civilizada, democrática, republicana e de respeito e, se assim for, ajudar de alguma forma a tapar todos os buracos desta cidade, colocar os salários dos servidores em dia, encerar e reparar todos os danos cometidos pela tal "excelência em gestão" e virar a página desta história sem choradeira, ranger de dentes ou infantilidades pueris.

O tempo do "choque de gestão" acabou, o tempo da gritaria histérica acabou e o tempo da violência e do desrespeito contra os servidores e cidadãos também acabou. Não entendam esta postagem como uma provocação ou um deboche, sequer pensem que há aqui arrogância ou desprezo, leiam ela apenas como uma despedida desta lógica. Não pagaremos com a mesma moeda todas as ofensas e liberdades que alguns tiveram sobre nós.

As diferenças ideológicas e políticas são muito legítimas e podem ganhar mais qualidade e ser um bem para a cidade se forem orientadas por seriedade, responsabilidade e sabedoria. A retórica vazia e a leitura torcida ou distorcida da realidade e os que tem simpatia à nova doutrina da pós verdade que pode levar nosso mundo a uma perigosa guerra doutrinária precisa ser superados pelo bem desta cidade e pelo bom uso de toda inteligência estratégica coletiva de São Leopoldo.

Ary Vanazzi vai trabalhar muito podem ter certeza, vai conversar mais ainda com o povo e dialogar com todos para que São Leopoldo saia deste buraco em que foi metida, seja pacificada e volte a crescer. Eu aposto muito nisto e espero que a boa vontade chegue aos corações de quem precisa entender porque isto é, de fato, muito importante para a nossa cidade, nossas vidas e o nosso povo!

O outro caminho - que não terá mais vez - levaria a cidade à mais danos irreparáveis, repetiria esta coisa típica de aventureiros, vaidosos e pessoas cujo caráter é medido pela ambição pessoal e não pela responsabilidade coletiva.


Bom domingo e feliz 2017.