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terça-feira, 15 de novembro de 2016

NÃO VOTO AMANHÃ (29/10/2016)

Eu voto sempre escolhendo o melhor, nas situações em que o melhor não existe preciso aceitar o menos pior. É como dou um boi para não entrar em uma briga, mas não fujo de nenhuma depois que entro, também voto escolhendo o inimigo com o qual eu suponho que terei menos perdas e em que firma poderei tirar ou um empate ou uma derrota honrosa. Com nazistas eu não me dou o direito de brincar. Não vou recriminar quem vota nulo, nem em branco, porque sei que amanhã não será a última eleição - assim espero e por isto luto - mas caso seja que cada um cobre de sua própria consciência a sua própria responsabilidade. Uma das características das tragédias é que nunca existem culpados simplesmente porque todos são culpados. Que as lamentações e os resmungos sejam abafados por minhas palavras e que todos tenham sua felicidade miserável preservada, já que a generosa felicidade não está só nosso alcance e nem está sendo construída por todos, nem pela minoria muito menos por muitos que esbravejam opções melhores sem construir elas com toda determinação que já tiveram outrora. Sou um pobre homem, um pobre professor e não tenha pena nem de mim e nem de ninguém. Aliás, eu não voto amanhã, mas também não me dou por compadecido por quem vota.

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