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domingo, 8 de novembro de 2015

A ANÁLISE TÉCNICA DA ECONOMIA DO GIANETTI ESBARRA NA RACIONALIDADE POLÍTICA - INÉDITO DE 2014


Com todo respeito à diferença de opinião. O problema da credibilidade do Brasil não é a Dilma. Não é a credibilidade de um presidente que afasta investimentos. Presidentes piores que ela e menos honestos que ela foram incensados por investidores. A banca joga no risco. Nós temos problemas de credibilidade sim no Brasil em relação à diversas instituições. A começar pela Imprensa, passa-se ao Judiciário, passa-se ao Legislativo e mesmo a ciência brasileira - em diversas áreas - que não é um sujeito unitário, mas sim uma grande federação de especializações e doutrinas, que não é um sistema articulado, mas que é tão fragmentado quanto alguns partidos políticos tem também problema de credibilidade. Não deve ser considerado um problema ordinário o que ocorre hoje no congresso nacional, por exemplo, em relação à reforma política e ao ajuste fiscal.

E nós não vamos aumentar nossa credibilidade fazendo sacrifícios mensais, trimestrais, semestrais, anuais ou decenais de uma vaquinha ali e outra aqui. Ao contrário, é preciso corrigir muitas condutas, começar a vetar certos pleitos corporativos e também fazer a sociedade e o empresariado nacional assumirem a responsabilidade por este país efetivamente. Sobre o Congresso e sua gestão política resta perguntar que gestão política é esta que é pedida? Esta é a boa? Convenhamos...por fim, deveria dizer com muito carinho que a oposição precisa dizer quando alega que a política precisa mudar qual  é a sua proposta  de política econômica. Não é com a alegada moralidade do PSDB que vai se promover um efetivo combate a corrupção. Convenhamos que quem bate records nisto de corrupção não apurada, não noticiada e abafada, pouco pode oferecer aqui. Os reis da impunidade deveriam descer dos seus pedestais tirar a fantasia de vestais e começarem a limpar seus próprios erros.

É a BOLHA ESPECULATIVA, que foi gerada a partir da crise do petróleo. Os bancos funcionam como salvaguardas ao risco, porém, também tem suas políticas de risco que são negligenciadas pela maior parte dos investidores. Aqui, os bancos acabaram virando garantidores e achacadores dos estados e é assim que as dívidas públicas são trocadas  e exploradas. A Grécia é vítima disto. E o Brasil lida com este processo que envolve a submissão da soberania nacional a interesses financeiros e rentistas. Aqui voltamos ao tema da autonomia do banco central. Na interpretação de alguns Joaquim Levi está ali como fiador da banca, porém ele me parece mais um fiador da política para a banca. O Brasil não merece sofrer o que está sofrendo que é um ataque especulativo atrás do outro reforçado pela oposição que no país tem atuado a qualquer preço contra os interesses nacionais. Isso a parece em relação à Petrobras e mesmo contra as demais empresas nacionais.

E a credibilidade não aumenta um milimetro com instabilidade política e com um governo golpista. Itamar Franco poderia ter todos os defeitos, mas não foi golpista e mesmo assim a credibilidade brasileira não retornou com ele. Temer merece mais respeito, porém não podemos dizer que terá mais credibilidade que a Dilma com o congresso no seu atual estado de coisas. Não se resolve acrise com mais crise ou com o caos. O Gianetti pode viajar para NY se as coisas piorarem aqui. E outros podem ir para Miami por uns tempos. Eu e meus concidadãos não.

Agradeço também, porque è a primeira vez que comento uma postagem de alguém do PSDB e que aceita o bom debate de ideias. Penso, que o Gianetti merece respeito sim, gosto da obra mais filosófica dele, mas a história tem mostrado que muitos intelectuais muito bons embarcam em erros de natureza política com razoável facilidade. Então, eu te diria que gosto de seguir uma regra que aprendi nos idos de 1991, vá com calma, alegro ma non troppo, porque os lobos nunca estão só de um lado do bosque. E ninguém deveria ser mais prudente em juízos políticos do que os intelectuais. Ser sério deveria nos afastar de medidas drásticas e absolutas, Não existe mágica neste terreno a história não é um processo que se faz no subjetivo.E sabemos que podemos estar errados e sob este acordo podemos dialogar sem extremismos, nem excessivas paixões cognitivas ou morais.

Nesse sentido a estabilidade democrática e institucional é o suporte mais importante para a mudança que todos nós queremos.

Nós temos discordância quanto as causas do mal. Eu tenho confiança nela e não é uma confiança acrítica ou ingênua. As instituições precisam trabalhar mais e melhor. E quanto à profecia eu creio que o aperto passa até as eleições municipais. Mas isto é uma crença e tem tanto valor cognitivo quanto o seu contrário. Quanto ao Congresso espero que seja corrigido, mas sei que é um processo. O radicalismo de direita, anti-político e o desespero de alguns insuflados por um excessivo terrorismo midiático fez isto que está ali. Se tivermos acordo de que o resultado dos que cevaram na direção contrária ao governo foi pior do que o problema do governo já é um grande passo. E podes crer que é pior...


http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,analise-cenario-provavel-para-o-brasil-e-de-quatro-anos-em-recessao,1727269

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