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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

SARTORI E O GOVERNO DA COVARDIA - REVISADO E REEDITADO

SARTORI E O GOVERNO DA COVARDIA

“O mundo está de ponta cabeça.”
João Carlos Alves Rodrigues –
Professor aposentado,
militante sindical e construtor do CPERS Sindicato,
em nossa Assembléia Regional de 09/09/2015

O massacre que este governo continua fazendo e promovendo contra todos os servidores, desde o dia que tomou posse, contra seus familiares e o povo gaúcho, com suas intenções e manifestações, com seus Projetos (PLs e PLCs) é tão grave que temos sim que pedir ao povo para entender a luta dos servidores. Entender a greve dos servidores e apoiá-los nesta grande jornada em defesa do Rio Grande do Sul.

Tem funcionário público em desespero com suas contas e compromissos já e que temem não poder cumprir com suas obrigações com seus dependentes. Tem funcionário público que vive, apesar de cumprir com todas suas obrigações contratuais, e excessiva insegurança e sofre com o terrorismo deste governo desde o início do ano. Tem funcionários públicos e muitos filhos de funcionários públicos sacrificando planos e projetos importantes para melhorar de vida, avançar nos estudos e manter suas casas e famílias unidas. É muito grave isso...É um ataque covarde deste governo aos trabalhadores que prestam serviços ao Rio Grande do Sul por uma vida inteira. E isto tem atingido desde funcionários recém nomeados e que ingressaram agora em suas carreiras, funcionários veteranos e em fim de carreira e também servidores aposentados que já deram sua contribuição de uma vida inteira ao nosso estado e ao nosso povo.

É, para mim, preciso repetir aqui mais uma vez, uma grande covardia e perversidade que o Governo Estadual do Sr. Sartori e dos partidos que o apoiam:

PMDB/PSD/PPS/PHS/PTdoB/PSL/PSDC/PSB/PDT/PP/DEM/PSDB/SDD/PRB,

cometem com a vida de milhares de trabalhadores, seus familiares e com o povo gaúcho. 

Tudo para poder aumentar impostos e preservar privilégios, benesses e isenções para os poderosos. E ao mesmo tempo leiloar patrimônio público ao bel interesse dos poderosos.

Ao invés de recorrer a uma solução imediata e emergencial que é sacar os depósitos judiciais para evitar a penúria dos trabalhadores neste período, esta comprovado já que o governo optou pela vida da covardia de obrigar os trabalhadores a pagar a conta que os poderosos criaram, o governador resolveu fazer os trabalhadores sofrerem. As dívidas deles se avolumarão, pensões, alimentos, aluguel, prestações, luz e água, empréstimos tudo irá pressionar e deprimir gravemente a vida e saúde dos trabalhadores, seus familiares e do povo.

E ainda tem os colegas que, com o terrorismo e o desrespeito sistemático, com as perseguições e ameaças e a continua perspectiva de parcelamento dos salários e a insegurança financeira, já entram em pânico e começam a acusar depressão, burnout e outras doenças.

É muito grave e covarde isso e penso que terá terríveis consequências na vida de muitas pessoas e irá agravar os impactos da crise no RS. Além de precarizar os serviços de segurança, educação e saúde atinge todos os demais servidores cujos vencimentos são bem inferiores a média salarial de CCs e cargos com privilégios e prerrogativas dos poderosos. Ao contrário do que se possa imaginar o governador ri da nossa cara - chama o estado de vaca morta - e não está nem aí para exemplos. Depois de ter passeado de helicóptero para ir num aniversário na praia, enquanto o SAMU ficou sem o serviço - hoje as secretárias e telefonistas do Samu Estadual entraram em greve também - , no mesmo dia aliás. Após ter criado um cargo na maior cara de pau para a esposa. Após ter concedido reajuste aos altos salários do Judiciário, secretários, vice e a si mesmo, não está nem aí para qualquer moralidade. Foi noticiado que neste período de luta dos servidores contra o parcelamento, este governador nomeou mais 1.600 CCs. E agora sabe-se que pagou integralmente os altos salários castigando todos os pequenos. É pura covardia.

E é desta covardia que partiu a minha necessidade de postar de novo este texto. Pois ontem a noite fui informado de uma postagem covarde de determinada cidadã de Novo Hamburgo, conhecida CC profissional do PMDB, que resolveu prosseguir na ousadia e desfaçatez e no ataque covarde ao servidores comparando-os aos desempregados e fazendo tábula rasa, como seu Governador e o líder do Governo e do PMDB na Assembléia Legislativa, que chamou os servidores públicos estaduais de vadios. Veja o típico raciocínio leviano da criatura:

“Alô funcionários públicos estaduais.
Esta ruim para vocês, porque receberam seus salários parcelados, mas com data definida para receber a parcela seguinte?
Então se coloquem no lugar dos trabalhadores das empresas privadas que estão sendo demitidos...”

Respondo assim a esta estultice e covardia embonecada: A reprodução da covardia do Governador Sartori e do PMDB com os servidores públicos estaduais, seus familiares e o povo gaúcho se amplia com este tipo de argumento. E ele expressa a condição vil em que eles gostariam de ver os servidores, os trabalhadores e o nosso povo. Comparar a situação dos servidores com desempregados ou outros trabalhadores confessa o pouco apreço que eles tem por ambos. Está pressupondo que o servidor tem privilégios sem considerar em nenhum momento os privilégios dos poderosos e dos marajás que ela sustenta. É só covardia e nada mais...

Quando a gente responde alguém como ela, e quando postamos determinadas considerações aqui, não o fazemos tanto por ela ou eles, mas pelos outros que lêem uma bobagem destas ou outras e se não verem contestação, tomam por verdadeira ou boa opinião tal desfaçatez e ficam pensando por mínima reflexão que é isso mesmo, mas não é não meu caro. E defender os trabalhadores contra isto é também fortalecer nossa luta contra está covardia.

E respondo também aqui contra certa presunção de que os servidores são privilegiados: Porque você acha que os servidores públicos não sabem o que é desemprego ou perda de direitos? Creio que estais muito enganada a criatura com a gigantesca maioria dos servidores que não nasceram servidores, nem são privilegiados de berço ou que seguem carreiras superiores quase que por herança paterna – de pai apara filho ou em linha sucessória e hereditária bacharelesca, latifundiária ou empresarial. Não é mesmo o caso. A gigantesca maioria é trabalhador e filho de trabalhador e adquiriram com muito esforço e estudo, apoio e busca de oportunidades capital cultural para disputar uma vaga no serviço público. Passaram por sacrifícios, dificuldades e apertos e foram selecionados por concurso público, nem por indicação e nem por eleição manobrada pro recursos de empresários interessados. E isso não significa que sempre tiveram renda ou que não passaram por dificuldades antes.

Quem concebeu esta estupidez de atacar os servidores como se eles fossem os culpados da crise, tivessem ingressado no serviço público pela porta dos fundos ou por lista partidária desrespeita o espírito republicano gaúcho e despreza a dignidade dos servidores – e isso envolve o governador, sua equipe, seus correligionários e fiéis seguidores – que estão cometendo um grave crime contra as pessoas e suas vidas e deveriam ser banidos da vida pública sem nenhuma vacilação.

Esta política não é capaz em nenhum momento razoável e sob nenhuma descrição possível de ganhar ares de estar sendo empreendida pelo bem comum – veja a violência galopante que esta estupidez causou - ou mesmo pode ser considerada uma espécie de vontade geral, pois seu juízo é inexplícito e intransitivo aos cidadãos e cidadãs de carne e osso, e isso causa muito mal a mais de um milhão de gaúchos diretamente e indiretamente a todos os gaúchos. Não é o povo gaúcho que precisa fazer mais sacrifícios, nem os servidores e seus familiares, mas sim este bando de nababos, privilegiados, poderosos e bem protegidos e prestigiados na imprensa oficial senhores e senhoras que pensam ter recebido um cheque em branco na eleição do ano passado ou ter prerrogativas e direitos superiores aos cidadãos deste estado.
Estupidez tem limite meus senhores e senhoras. E pedir compreensão aos trabalhadores e ao povo, ainda por cima, sem compreender algo tão básico e elementar como a sobrevivência dos trabalhadores, a proteção de seus dependentes indefesos e a saúde de todos é vergonhoso. Por isso repito que é uma questão de solidariedade e de moralidade apoiar a luta dos servidores públicos. Afinal não é nada difícil saber quem anda mal acostumado neste estado e quem concebe o estado como a solução econômica para os seus interesses e de seus aliados pouco se importando com as necessidades de educação, saúde, segurança, cultura, saneamento e outros temas num estado como o nosso com a grande história republicana do nosso estado.


Espero que este artigo reeditado sirva de libelo na defesa dos servidores, trabalhadores e do povo gaúcho e esteja a altura da questão colocada: como colocar este mundo em pé novamente (?), e seguir no processo civilizatório com democracia e respeito aos direitos civis, aos seres humanos, à vida do povo e a todas as pessoas que presam a dignidade humana acima de tudo!

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