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quarta-feira, 3 de junho de 2015

SOBRE A NOSSA EXISTÊNCIA, NOSSAS ESCOLHAS E O NOSSO PASSADO

"o meu passado que define a minha abertura para o futuro. O meu passado é a referência que me projeta e que eu devo ultrapassar. Portanto, ao meu passado eu devo o meu saber e a minha ignorância, as minhas necessidades, as minhas relações, a minha cultura e o meu corpo. Que espaço o meu passado deixa pra minha liberdade hoje? Não sou escrava dele."

Simone de Beauvoir

Esta citação da Simone me veio em tão boa hora que chego a usá-la aqui mais de uma vez e ainda vou usar mais ainda numa certa definição de vida e existência livre.

Além desta postagem da Simone encontrei hoje uma bela e muito fina abordagem que eu chamaria de existencial do problema das escolhas e das mudanças na vida da gente. Envolve para mim muito as mudanças que vivemos ao longo da vida por força da necessidade e da nossa dimensão de liberdade e compromisso em cada época nossa; envolve também o que aprendemos na vida, a forma como aprendemos e assimilamos certas lições; com isso envolve certas decisões nossas sobre nossa própria disposição e nosso tipo de disposição em relação às coisas e aquilo que nós que conseguimos cuidar, carregar, suportar da gente e dos outros e o que ainda faz sentido ou tem algum papel real em nossa vida.

Eu trataria o mesmo tema em diversos outros viezes também e sugiro se pensar em desapego, abandono, afastamento e também sobre esta tal perda de significado de coisas que um dia nos foram tão caras como algo libertador. Não gosto de encarar isso como culpa.
Quando decidi um dia nunca me tatuar, e isso me vale como um exemplo de disposição bem primitiva e que ainda não abandonei, pensei muito exatamente nisto: no que era passageiro ou um impulso temporário de época ou ocasião em minha vida e no que poderia durar para sempre em mim e comigo.


Assim, como quando escolhi o curso da universidade e, portanto, a profissão, fiquei mesmo pensando muito nisso: no que eu gostaria de fazer o resto da minha vida, mesmo depois da aposentadoria e enquanto eu durar sobre este planeta. Bem, o artigo citado logo baixo da revista Vida Simples que é ótima vale a leitura...




Por fim, eu penso que nós temos que ser generosos sempre e perdoar sempre. E tentar deixar uma espécie de rastro com boas considerações e muito carinho e autenticidade em nossa vida e em nossa passagem pela vida dos outros. Eu tenho um problema com isso porque, em geral, não esqueço ninguém e tenho gratidão até mesmo com aqueles que pouca consideração tem pela gente. É minha forma. Aprendo e tento aprender sempre com todas as experiências e relações e vamos caminhando assim mesmo...tentando sinceramente ter sabedoria nas coisas, nas ações, escolhas e relações...e ser livre e incentivar os outros a serem livres também....

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