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terça-feira, 23 de junho de 2015

ANDANDO ENTRE CRENÇAS E OPINIÕES: O PENSAMENTO MAIS RASO DE TODOS OS TEMPOS



Sinto que, apesar de admiráveis esforços de muitos que aqui e ali tentam impor desafios à nossa reflexão coletiva, e o fazem da forma mais sincera e cuidadosa nunca jamais vista em número e qualidade como hoje, e que à margem do lixo e dos entulhos que soçobram aqui e ali, tentam buscar obrigações justificadas, informações certas e confiáveis, conhecimentos seguros, relações humanas melhores, nos resta sim o velho combate e disputa fundamental para tentar dissipar entre crenças e opiniões aquilo que deveria ser tomado como justo, verdadeiro e bom para todos. Não importa para mim muito mesmo se traduzes a DOXA por opinião ou crença, nem se teu conceito de EPISTEME foi mitigado pela crise da razão, pela pós-modernidade, o relativismo ou ceticismo, nem se a tua episteme sofreu variações ao longo da história, o fato é que estamos a lidar como nunca com uma forma de dogmatismo jamais visto na história. Um dogmatismo variante e flexível na aparência, mas absoluto em sua essência, que se serve do nihilismo para negar o regime mínimo do pensamento que é poder escolher entre um sim e um não, de um modelo de anarquismo que só serve para negar as regras, não para nos libertar delas, de um tipo de relativismo que serve tanto para negar as ciências quanto a democracia e a vontade de todos ou da maioria, de um tipo de  ceticismo que faz azo e arrazoado para negar todo conhecimento e de um marketing do desespero que serve para afirmar a violência e um poder absoluto e mágico para terminar com todos os males da humanidade. Isto sim, me parece o fim da história, quando não há mais um futuro não porque não exista mais esperança, mas porque as esperanças são negadas no coração e nas mentes dos homens comuns, que são justamente aqueles que mais precisam  de um sonho para viver até o dia de amanhã, labutar e resistir aos males e sofrimentos deste mundo.  

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