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terça-feira, 3 de março de 2015

SOBRE O FIM DA FILOSOFIA

Creio que estamos todos bloqueados numa espécie de momento de transição entre o logicismo e o existencialismo. A superação disso parece estar sendo construída por quem consegue compreender as duas tradições que desde o século XIX dominam a cena. Esto prescindindo aqui do marxismo que é redutível - com muito esperneio justo, mas ineficaz, ao existencialismo - e do tomismo que é redutível também ao logicismo e ou filosofia analítica. Mas aduzo aqui alguma coisa sobre a saída possível: o conhecimento humano sofreu uma dilatação tão grande e uma especialização tão grande que ainda resta papel para organizar formalmente isso e conectar isso com a vida. A crise é sair do clichê fixo e se arriscar. E não serão nem os cosmólogos nem os neurocientistas que vão fazer este trabalho para além de suas especialidades não. A proeza retórica de arguir o grande avanço da ciência  parece que não tem olhado direito para o nosso mundo real e histórico e ainda é preciso fazer isso até que a filosofia acabe com sua tarefa de garantir a reflexão ali aonde a dominação e a exploração continuam o governo dos homens. Dizem que quem não faz política sofre a política dos outros, pois quem não reflete acaba sendo governado pela reflexão dos outros. E até onde sei a gente ainda quer ser livre, feliz e viver em sociedades justas. Então, a corujinha ainda tem muito barulhinho para fazer...

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