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quarta-feira, 25 de março de 2015

PROPAGANDA DA DITADURA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Se pode propagandear um crime, então, pode fazer, mas não faz, só fará se todos fizerem. 

No fundo propor intervenção militar ou a volta da ditadura é uma propaganda pela quebra do regime e contra as instituições que busca a adesão da maioria. Se pode fazer, então, devemos aceitar que atinja seu objetivo. Ora, não aceitamos isso.

É com um modelo de raciocínio típico do apologista que o pedido de intervenção militar é apresentado. Só que não é uma apresentação de um tema problemático, tipo na dúvida ou pelo sim e pelo não, mas é uma apresentação em tom afirmativo e promotor.

Por muito menos que isso Cristo foi para a cruz, pois ele ainda preservava o estado - contra a vontade de Judas, recomendando na questão dos impostos “dar a Cesar o que é de Cesar”.
Tenho um colega meu que também defende esta liberalidade, que acredita que a propaganda  e o discurso em favor da ditadura não pode ou, melhor, não deve  ser coibido, mas tudo isso – essa liberalidade - só vale e se sustenta até a hora que a coisa aperta contra eles, ou seja, em que a petição vira ou passa a ser como querem alguns uma exigência defendida pelas massas. E o problema é que ela está apertando. Estamos aqui com o mesmo dilema dos alemães em relação aos neonazistas e, também, de outros povos em relação aos movimentos racistas e facistas. Le Pen na França e outros pelo mundo. Na Alemanha a Apologia e proibida, na França o racismo parece ser tolerado e m nome da liberdade de opinião, soi disant.


A maioria dos que defendem isto me parece que estão mais preocupados com a censura e seus efeitos sobre a liberdade de expressão do que com os efeitos da excessiva liberdade de expressão. Porém, tem um senão ai, se este regime é contrário à liberdade de expressão, então ela não poderia ser usada para defendê-lo

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