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domingo, 8 de março de 2015

NOTAS DO PODER: PEQUENEZ E GRANDEZA NA VISÃO POLÍTICA


Algumas pessoas jamais conseguem avistar o tamanho de um estadista simplesmente porque não estão habituadas a refletir nesta dimensão... o nome disso é pequenez... e menoridade é que é a qualidade parceira dos seguidores deles...

bem eu sou professor de história e falo o tempo todo de personagens históricos, mas também de culturas e civilizações...

mas hoje mesmo estava lendo um livro bem legal de um filósofo e historiador (MacGee) em que numa passagem ele falava de nossa irrelevância e de quão pouca coisa efetiva será um legado nosso para o futuro...e eu sei bem do meu tamanho, mas preservo um desejo e uma ambição pela busca de algum contato com alguma totalidade da humanidade e de nossa civilização...

e esta defesa do caráter grandiosos e histórico de estadista do Lula...coincide com um aspecto interessante da história atual de nossa cidade..em que alguns por pequenez e outros por menoridade tem dificuldade para discernir certas personagens da história de nossa cidade... e desconhecendo que estas personagens tem uma expertise muito própria e original... o que para se ter acesso é preciso ultrapassar a imagem projetada...ou a imagem distorcida pela cegueira, miopia e ignorância...ou mesmo, no caso do Lula, pelo preconceito e ódio cultural...

é só porque o projeto de vida deles é pedestre, comezinho e no máximo ser bem sucedido em seus assuntos pessoais e profissionais... um texto do Max Weber sobre política como vocação é recomendável aqui...porque ele conclui que o verdadeiro político é aquele que consegue dizer sempre mesmo na adversidade  “apesar de tudo” e continuar...

eu percebo isto...sou amigo aqui do Fernando Morais (no facebook) que é o único cara que fez um livro que me pôs a chorar até hoje - OLGA, e ele mostrou uma lista de apoiadores ad candidatura para deputado federal constituinte em SP em 1986...ele não foi eleito, mas isso não o tornou menor para mim...e eu percebo uma coisa muito interessante nos grandes homens e mulheres, seja no campo das ideias, seja no campo da ação - ou das duas coisas juntas - eles reconhecem a grandeza do outro, percebem muito rapidamente e intuitivamente quando estão lidar com outro que também possui grandeza...eu chamo isso de reconhecimento porque é pré-condição para qualquer tipo de colaboração...mas antes que se caia em um papo ingênuo é preciso adicionar grano salis e dizer que deverá ser recomendado ler Maquiavel para não confundir monstros morais com gigantes políticos...

e muitos que atingem o poder são somente monstros morais....pois olhando a obra deles a ambição pelo poder não era para fazer alguma coisa, mas sim para simplesmente se envaidecer, se ufanar e pavonear e não fazer alguma coisa....há na política um grande séquito de vaidosos, eles em geral não tem projeto só uma ambição e um grande interesse pessoal nas benesses e satisfações que acompanham o poder...e é preciso discerní-los bem....eu creio que o maior teste para todos eles é a chamada hora difícil, isto é, aquele momento em que estão sós e precisam determinar o que fazer - aquela escolha que prenuncia a tragédia ou os grandes êxitos e a sorte ou fortuna nestes momentos não pode ser desperdiçada, pois não é dada em abundância para ninguém...

e é uma prova difícil, pois não pode ser determinada nem pela paixão e nem pelo ódio - é talvez o momento máximo de sabedoria que podemos ter em que unimos as ideias à ação...e muitos sucumbem a isso por descontrole e falta de um certo ânimo que não deve ser enunciado porque não é receita, mas sim uma virtude adquirida frente a desafios, dificuldades, conflitos e provações e que é o que tempera o estadista...

sim, é a sociedade que ao mesmo tempo devora suas lideranças virtuosas e é omissa contra os monstros morais...aqueles que você sabe muito bem o nome e que andam ostentando poder e excessos com um ALVO na testa aguardando quem os acerte definitivamente...


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