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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

UMA GOTA, UMA IDEIA, UM PENSAMENTO E UMA REFLEXÃO SOBRE UMA PEQUENA MAS IMPORTANTE DÚVIDA

Os melhores argumentos sempre são aqueles que não precisam ser usados nem construídos. E, curiosamente, os piores argumentos são aqueles que esquecem deles e que vez ou outra são lembrados por caridade ou generosidade de alguém. A educação de uma pessoa depende disso, mas a educação de uma civilização inteira depende de que tenha alguém em algum lugar fique lembrando á todo tempo este limite. Quando se perde isso temos problemas. Não darei exemplos aqui, porque isso não depende mesmo do meu conhecimento ou sabedoria, mas sim da lembrança de todos ou da maioria ou dos mais sábios. Mas quem são os mais sábios? Provavelmente somente aqueles que não falam do que não sabem. Medimos, então, a qualidade inteira dos discursos aqui e acolá por este parâmetro mesmo. Onde houver mais discurso vazio, mas discurso pretensioso, mais discurso intempestivo ou precipitado, ali neste lugar mais obscuro estão a ausência de argumentos e a ausência de revelações, libertações e reflexão, Num filmezinho bem tranquilo sobre Wittgenstein, Derek Jarman, optou em sua primeira cena - e pouco impota a veracidade biográfica disto, pois encaixa mesmo na personagem  - por iniciar por um paradoxo infantil do pequeno Wittgenstein que nos interroga: Que valor teria a verdade se não houvesse o falso? Que valor, em outras palavras, teria o acerto se não houvesse o erro? Não sei - o pouco que sei é que não haveria valor algum se nada de bom ou melhor fosse pensável. E a verdade quando pensável é maravilhosa e na falta dela aceitamos até algo que dela se aproxime, ainda que não completamente. Mas Merleu-Ponty fez uma pergunta [ argumentando ] sobre todos estes discursos, opiniões, posições, decisões, escolhas, conhecimentos e informações possíveis - que podem ser verdadeiras ou falsas - que para mim é mais intensa e densa em relação à isso - e espero que cada um aqui procure encontrar os argumentos que eu não estou dizendo ou apresentando por seu próprio esforço. Isto é, que à saber: "Circula mais verdade nos dias de hoje do que no passado?" Agradeço in memoriam ao Bento Prado Junior esta nota. Ou perdemos muitos argumentos bons em nossa caminhada que talvez seja bem importante resgatá-los? lendo um livro ou estudando bem mais antes de falar a coleção de bobagens e opiniões que a liberdade nops faculta, sem reflexão alguma?   

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