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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

SOBRE MORALIDADE, COGNIÇÃO E JUÍZO: UM EXEMPLO

Um jovem parou seu carro, aproximou-se da vítima e socorreu um motoqueiro acidentado, nos deixando embevecidos na estrada. À primeira vista tudo que ele fazia era necessário e decorria de muita humanidade. Observamos que ele era gentil com a vitima, pois segurou a cabeça do acidentado até os socorristas chegarem. Observei, depois, que ele havia movido a cabeça do acidentado para o lado de modo que o mesmo conseguisse respirar sem se sufocar com o sangue que lhe enchia a boca. Depois minha esposa me alertou que não bastava a intenção humanitária do jovem, pois ele não possuía conhecimento algum de primeiros socorros e que talvez estivesse apenas contribuindo para agravar o dano na coluna cervical do acidentado e, além disso, talvez ao movê-lo de lado acabou por perfurar-lhe ainda mais os pulmões e agravar a asfixia. E, bem assim, poderíamos seguir na análise do exemplo. Graus diferentes de conhecimento e graus diferentes de intencionalidade moral, com consequências diferentes. O caso é este e a situação exige de nós juízo.

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