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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

CARNAVAL EM SÃO LEOPOLDO 2015

A questão do carnaval, da religião, da cultura não é a questão de onde está a maioria ou de que lado a maioria está. Nunca foi. Em toda história do carnaval, das religiões não oficiais e os afro-descendentes sabem muito bem disto, em toda a história das atividades culturais inovadoras ou de vanguarda a maioria sempre esteve contra. Não é fácil para a maioria normalizada ou doentiamente equilibrada aceitar o gozo, a alegria ou o prazer do outro quando ele é diverso do seu. Mas porque então o poder público deveria investir ou compreender isto? Porque este tipo de política cultural e manifestação de diversidade deveria ser preservada, fomentada e financiada por recursos públicos? Porque ela traz consigo a diferença que em uma sociedade democrática e esclarecida, integrada e pacífica precisa ser respeitada e ter seu espaço de manifestação. Como se pode descobrir sem muito estudo o respeito e a tolerância com diferenças´pacificam a sociedade. O carnaval diz respeito aqueles que cultuam ou curtem algo singular e para aqueles cuja identidade cultural, étnica, histórica ou social foi formada ou preservada nesta atividade. O carnaval movimentava em São Leopoldo a vida de umas trinta mil pessoas - talvez muito mais, pis sempre teve potencial de expansão quando socialmente tolerada e publicamente incentivada - e algumas dessas milhares de pessoas se ocupavam com isso por gerações e gerações. Famílias inteiras tem isto como hábito, atividade e forma de relação social. Eu respeito muito eles todos. Creio que um gestor público de visão e democrata deveria olhar assim também para esta manifestação cultural..A vida deles o sentido disso para eles é muito mais importante do que os registros de violência ou qualquer incidente que possa ocorrer nestas atividades. Hoje pela manhã vi uma enquete da Guarda Municipal em que os comentários são no mínimo grosseiros e, no máximo, ignorantes sobre isto. Pecam pela forma superficial e simplória como tratam do assunto e mais que isto pela forma centrada apenas a partir de si mesmo e de sua própria opinião sobre isto. Quando falo em ignorância aqui penso mesmo assim no fato de que quem fala não sabe de fato de nada a este respeito - nem histórica, nem cultural e muito menos sociologicamente. Penso sim que não podemos guiar nossas decisões pelo achômetro ou pelos termômetros poucos generosos de pessoas que não compreendem sequer a si mesmas na sociedade em que vivem. Mas também tive a grata surpresa de ler um teto de um ex-aluno meu que por si comenta os assunto com generosidade e elegância te parabenizo Rafael Souza pela tua generosa abordagem que me dá esperanças de que as pessoas não vão se amesquinhando e virando pequenas em relação ao próximo. Só quem viu a alegria nos olhos das crianças, das mães dos filhos e pais, dos velhos e jovens no carnaval de São Leopoldo sabe do que falo aqui. Eu vi e sei que vou continuar vendo, apesar deste pobre e miserável governo e desta parte da nossa sociedade que se apequena em toda oportunidade que tem de avaliar o mundo e compreender o outro...se for falar em dinheiro do carnaval é mais vergonhoso ainda. porque o custo do carnaval é uma ninharia comparada com coisas muito menos sociais e de menos impacto com que gastam isso..E também fico feliz ao saber que o CARNAVAL VAI SAIR NO DIA 28 DE FEVEREIRO!!! e SEI QUE DIAS MELHORES VIRÃO PARA O CARNAVAL E A CULTURA!!

Economicamente a cadeia produtiva e de consumo do carnaval é muito mais interessante do que a opinião externa possa imaginar ou diminuir...mas dei enfase aqui à questão cultural e social..,mas quem quiser pode fazer uma boa lista qui disto...quando o pessoal discute segurança pública e carnaval chega a ser ridículo, porque eu aposto que a baderna do carnaval não é mesmo maiordo que aquela vibe que anda acontecendo na Rua Grande nosdomibgos à noite...só na guarda municipal rendem horas extras e outras coisas tão importantes quanto se relacionar com o povo de uma forma mais ligada ao entretenimento e ao prazer do que ao enfrentamento e a repressão....e por fim, tem a questão de lidar com o povo quem gosta de povo....mas esta já é outra questão também...

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