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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

PARA MINHAS ANOTAÇÕES SOBRE ARTE, VIDA E OBRA -

Adiantando que neste paralelo a vida é objetiva e que o que é da ordem subjetiva é a obra. O que no ano passado envolvia Kerouac e a Montanha da Vida e nestes últimos meses envolve Miró e o Fim da Representação- ou o que há de verdade numa estética? após o fim da representação...

"Pode-se pois ao mesmo tempo dizer que a vida de um autor nada nos revela e que se soubéssemos sondá-la, nela tudo encontraríamos, já que se abre em sua obra. Como observamos os movimentos de algum animal desconhecido sem, compreender a lei que os anima e governa, assim também os testemunhos de Cézanne não advinham as transmutações que incutem aos acontecimentos e ás experiências, permanecem cegos ante sua significação, por luminescência difusa que os envolve por momentos. Não se situa nunca, todavia, em seu próprio centro, nove dias sobre dez vê em torno de si apenas a miséria da sua vida empírica e de suas tentativas fracassadas, resto de festa incógnita."

MERLEAU-PONTY, Maurice. A Dúvida de Cézanne.pp. 125-126. 

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