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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

AGUARDANDO DILMA

AGUARDANDO - Sou daqueles que se dedicou muito a sustentar o governo, garantir a reeleição e a explicar coisas que muitas vezes não eram devidamente explicadas. Fiz isso com convicção e por ainda permanecer com minha opção partidária apesar de todos os revezes. Após a dificílima reeleição - o que aqui no sul levou a tragédia de trocarmos Tarso Genro por Sartori ( do que não vou dizer nada, posto que ele fala ou não fala por si mesmo e suas ações, escolhas e prioridades já agora no período de transição me bastam) - adotei uma postura e conduta de ir distensionando e  reduzindo as zonas de atrito porque percebi uma síndrome golpista na oposição e uma síndrome defensivista e sem nenhuma autocrítica na situação ou nas bases da situação. E eu não sei mesmo mais o que dizer. Porque tem uma hora em que quem tem que falara é a Presidenta mesmo, são os quadros mesmo e na atual situação não adianta mais fazer um discurso de acomodação dentro do partido ou apontar que haverá um freio de arrumação ali adiante. Sou daqueles que assimilei bem Katia Abreu - na lógica apontada da governabilidade, representatividade e setorialidade, mas o que saiu de ministério anteontem, fico como você Mestre Renato Janine Ribeiro aguardando as razões. E bem afim de ouvir da boca da minha presidenta as suas razões. Discordo de algumas indicações sim -  em especial Sid Gomes na Educação e não é por causa do partido, nem do nome, nem da família ou do que ele disse sobre serviço público, mas sim por conta da importância deste setor ser o carro chefe de fato para o futuro do Brasil e na minha opinião ser necessário reduzirmos o tecnicismo tanto em gestão quanto no planejamento deste setor.  E uma parte das minhas discordâncias me parecem intensas muito mais pelo significado e simbolismo do estado de coisas que elas representam, do que pelo que de fato irá ocorrer no governo. E não é só o número o problema não. Já vi governos compostos por esquerda que fizeram muita política de direita e não duvido mesmo que a única possibilidade de fazer uma administração mais progressista envolva de fato compor com um bloco para trazê-lo para dentro desta política em vez de deixá-lo assistindo e constituindo resistências. Dilma está trazendo a contradição política para dentro do seu governo o que ao meu ver demonstra muita coragem de encarar a dialética e uma síntese dura das posições no Brasil, onde na atual selva de pedra trata-s e de sobreviver às mudanças e crises que virão até 2018. Concordo com outras  indicações do ministério - admito, por exemplo, Padilha que aqui no sul foi um dos poucos - após o afastamento do Mendes Ribeiro por motivo de saúde  - que defendeu Dilma no tal "velho PMDB de guerra" que para mim no sul é um PSDB piorado e mais reacionário em sua maior parte que faz um discurso moralista para cima do Manpituba e que aqui dá abrigo ao que é bem pior que o Padilha....Dilma está aceitando as contradições e eu quero ver ela enfrentar elas, mesmo que para alguns de nós fosse mais razoável que ela desse suas razões e sou o último a presumir que la não as tenha. Aqui vale para mim o que eu já disse sobre manter ou não Graça Foster na Petrobrás - não por subserviência ou submissão a uma política - não tenho a menor dúvida de que Dilma sabe melhor do que eu o que está acontecendo ou aconteceu e que atua dentro de uma lógica que não é simplesmente a das velhas razões de estado. O cenário impôs este quadro e esta armação que alguns chamam de guerra - e é a terceira vez que uso esta palavra aqui - e só isso já deveria fazer alguns idealistas e realistas pensarem um pouco maios antes de falar pelos cotovelos. Desta forma, também espero as palavras da minha presidenta e suas razões e objetivos, metas e dispositivos com muito interesse, expectativa e certa curiosidade.

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