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sábado, 22 de novembro de 2014

SOBRE A ESQUERDA CAVIAR E A MEDIDA CERTA

A discussão sobre mais esquerda e menos direita é bem irônica e vejo as vozes cínicas se ufanando o tempo todo num contra e num a favor ao sabor das marés e das notícias. Não vejo isto como uma brincadeira, nem como um ensaio de medidores e teste do Inmetro para as balanças de precisão e réguas. Não temos o metro de Paris aqui nem calibrador ou medidores prontos para usar. Aqui vale o velho: nem Che, nem meio Che. Não há estas medidas e estes parâmetros mais a esquerda ou mais à direita, e os que existem por ai vivem sendo negados e sucumbindo às velhas retóricas setoriais. Não é porque esquerda e direita não existem, é somente porque nenhuma posição é tão pura e nítida assim e tudo pode ali adiante mudar mesmo. Interessante que não vemos nenhuma prova de Consistência em lugar nenhum do planeta, que tudo que vemos é ensaio, nas esquerdas e nas direitas, com muitas tentativas, acertos e erros nesta matéria sempre. Se Dilma fosse tão ruim assim neste ponto cruel de consistência não teria vencido da forma como venceu e hoje estaríamos discutindo apenas perdas e não concessões ao centro ou à direita. Daqui a pouco aparece uma indicação vermelha e lustrosa e daí vamos ver aquela raivinha aparecer também do outro lado. Esquerda caviar é aquela que fica na torre de marfim, mas também tem a esquerda de pastel de rodoviária que num fica só observando a política dos outros e resmungando de suas imperfeições e reclamando como o mundo é injusto e cruel com suas belas propostas e maravilhosas veleidades. Mas, com a esquerda caviar, é só lá no ano novo quando brinda com uma boa champanhe as viagens que fez e as que fará que descobrimos que para ela: A vida continua...

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