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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

SOBRE O FIM DA REELEIÇÃO

O tema do fim da reeleição pertence na minha opinião à base retórica da Nova Política. E para mim é preocupante que ele venha de um quadro político sem partido sólido e consistente atrás de si. Por mais que se possa questionar e se deva questionar a imoralidade da forma como foi concebida e constituída, aprovada e implementada a emenda da reeleição por FHC e o PSDB - o que vale e pode ser tema para o debate entre Dilma e Aécio agora  - a reeleição não é um mal em si, nem algo ruim por princípio e como método desde que se tenha um regime de plena e profunda discussão e deliberação pública. Esta política que tenta a todo custo tirar legitimidade dos eleitos é tão ou mais criminosa com a democracia do que a a corrupção, porque este tipo de crítica traz consigo o não reconhecimento do consentimento dos cidadãos e vem promovendo não somente contra a reeleição ao meu ver um processo de deslegitimação das instituições e do sistema político brasileiro. Em outros tempos isso era considerado sedição. E é muito ruim que isso seja estimulado e promovido também pela negação da política e o desrespeito aos partidos neste verdadeiro vale-tudo que ocorre hoje. E vem com isso aquele papo furado de alternância no poder. A forma de uma democracia não se resume a poder mudar o chefe de estado ou ter que mudar de 4 em 4 anos. Defendo uma ideia de que se há consentimento dos cidadãos na base da recondução dos governantes, se há debates livres e se há equilíbrio nas disputas então reeleger ou não é um tema secundário. Se houvesse compromisso com uma reforma política por parte dos adversários de Dilma estaríamos melhores e mais esperançosos.  

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