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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A QUEDA DE MARINA E OS ÊXITOS DE DILMA

A queda da Marina se deve aos ataques e à correta exploração nos debates e nas propagandas dos erros dela. Bem vistas as coisas, os seus aliados são um peso porque não significam uma nova política mesmo. Os partidos de onde ela veio, o que ela tentou criar e não conseguiu e aquele partido onde ela está - e não vou detalhar aqui em que sentido, mas basta balancear para entender - lhe representam mais um ônus do que um bônus de credibilidade. Ela ainda consegue a façanha de ter um caráter fusional, difuso e confuso ao mesmo tempo. Além do neoliberalismo e do fundamentalismo fundidos em uma só pessoa e candidata, caiu devido aos erros de programa e à falta de firmeza com idas e vindas (do que LGBT e Homofobia é só a ponta), aos propósitos dela que foram muito discutidos e rejeitados - exemplo  grosso, mas verdadeiro, Banco Central, neoliberalismo, direitos trabalhistas, pré-sal, Petrobras - e ao fim da comoção com a morte de Eduardo Campos e, ainda mais para mim, coroando isso tudo à retórica confusa  e muitas vezes vazia dela, a qual só sobrevive a uma análise ou hermenêutica muito generosa. A Marina parece aquela pessoa muito atraente que à primeira vista é só encantos, mas que de perto vai aos poucos nos causando rejeição, ojeriza e nos desperta uma tremenda vontade de dar o fora dali. É uma pena, mas é verdade e quando ela renega sua passagem, formação e visibilidade nacional e internacional no PT - no que o Lula foi muito preciso na resposta -  ela perdeu muita credibilidade. Acabou se mostrando uma candidata instável, frágil e despreparada o que se confirmou mais ainda com  a tática de auto-vitimização que ela e sua coordenação de campanha tentou explorar depois da reação do PT e da militância. E agora eu creio que ela vai sendo depenada em todos os cantos do país, pela oposição e até mesmo seus aliados regionais já passaram a desconstruí-la, como é o caso aqui no sul, em que o candidato do PMDB aliado ao PSB e apoiando a Marina aqui no RS, evitou e não citou uma vez sequer a sua candidata presidencial no de debate de maior audiência. Em resumo, Marina cresceu, inchou, murchou e agora passa  para a fase do abandono já. Se houver segundo turno, creio que não haverá, pois se Marina conseguir ter mais de 300 mil votos que o Aécio já será uma vitória. E neste sentido Marina representará um furacão para a oposição ao PT, que terá que se reorganizar e se qualificar de fato para disputar projeto com o PT na próxima eleição em 2018. E a discussão só poderá ser feita em termos programáticos muito precisos, pois se a crise econômica internacional for superada de alguma forma, o Brasil terá com estas atuais políticas de Dilma que tem sido desprezadas pela imprensa e pela oposição, um belo salto de crescimento econômico. O desgaste de Marina e a impossibilidade de crescimento de Aécio, deveriam ser interpretados como uma refutação geral à crítica sistemática ao governo Dilma, seus métodos, seus programas e seus resultados. Não tenho a menor ideia como isso impactará a imprensa, os especuladores, mas eles terão que cair na real e por necessidade de sobrevivência vão ter que aprender a lidar com isso. Alguém deveria dar uma olhadinha mais de perto para compreender melhor que os eleitores de Dilma não são insensatos e que há racionalidade na sua sustentação e na possível vitória no primeiro turno. E não se trata somente das polítricas sociais não. Também na política econômica e nas estratégias de enfrentamento da crise, na forma de gestão e planejamento do estado brasileiro, Dilma transmite ao eleitor médio e bem pragmático e realista, mais seriedade, firmeza e compromisso. marina também caiu por isto, porque Dilma se afirmou como opção bem razoável e de forma convincente. Não dá mesmo para cantar vitória, não porque uma bomba atômica possa explodir, mas sim porque  o resultado eleitoral depende do eleitor, do voto na urna e não das análises e das nossas opiniões, mas dá para apontar uma tendência que se desenha claramente a partir de fatos e a partir da história política recente.

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