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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

BRESSER-PEREIRA VOTOU EM DILMA E MARCOU PARA MIM O FIM DE UM CICLO HISTÓRICO NO BRASIL

Um dos intelectuais que mais respeito, por sua história e posições econômicas e políticas no período da redemocratização, foi do grupo dissidente do PMDB nos anos 80 que formou o PSDB, com Covas, Montoro, FHC, Serra e etc, foi fundador do PSDB, que se afastou do PSDB logo após a eleição de 2010 e o debate entre Serra e Dilma, abre seu apoio a Dilma Rousseff. E também é um dos advogados da tese de que um pacto social no Brasil é uma alternativa progressista à modernização conservadora e que o método e a estratégia deve ser democrática. Defende também ampliar o controle do estado pela sociedade, políticas de transparência e modernização do estado brasileiro. E, acima de tudo, a redução das desigualdades sociais e a geração de oportunidades. 

Aqui tem referencias a posições dele e a alguns textos originais Sobre o Mensalão e as Elites aqui e Por uma ideia de nação - http://www.bresserpereira.org.br, Sobre a semelhança entre Marina e Aécio http://socialistamorena.cartacapital.com.br/ de sua tomada de posição para a esquerda e por volta de no primeiro turno forma mais explicitadas e o vídeo (Luiz Carlos Bresser Pereira, fundador do PSDB e ex-ministro de FHC apoia Dilma 13 ) em que ele lê para um platéia de intelectuais, artistas e militantes seu apoio no segundo turno . 

LUIS CARLOS BRESSER PEREIRA toca nos temas de gestão pública, políticas públicas e para quem não sabe é um dos responsáveis pelo primeiro ensaio de Pacto Político para o cenário de superação da Ditadura Militar e a redemocratização do Brasil, além disso, tem muito a nos dizer sobre desburocratização, desigualdade social e teorias do desenvolvimento econômico. É para mim uma grande referência teórica e política, mesmo tendo passado pelo PMDB e PSDB sempre manteve uma posição digna e rigorosamente impecável. E é uma das bases para as minhas análises e interpretações e ensaios sobre a dinâmica, a evolução histórica e os movimentos de deslocamento do espectro político brasileiro no período de 1979 até hoje. Que uso em minhas análises e opiniões sobre o PT, PSDB e PMDB. Quando saiu do PSDB em 2011 disse o seguinte que, segundo ele, caminhou de forma definitiva para a direita ideológica:

"Na época da fundação, o Montoro não queria o nome de social-democracia para o partido, porque Montoro tinha origem na democracia cristã, que a vida inteira tinha lutado contra os social-democratas na Inglaterra, na Alemanha e na Itália. Nós ganhamos, pelo fato de sermos centro-esquerda. Mas aí ele dizia: 'Muito bem, mas e se esse bendito PT, que se diz revolucionário, que tem propostas para a economia brasileira completamente irresponsáveis, chega no poder ou perto do poder e se domestica, e se torna social-democrata, como aconteceu na Europa? Eles têm toda uma integração com os trabalhadores sindicalizados, que nós não temos, então nós vamos ser empurrados para a direita'. E foi isso que aconteceu."

Quem pertence a minha geração que acompanha esta geração de intelectuais dos anos 60 e 70 que, na longa história e em uma certa paralela intelectual á formação do PT e dos demais partidos de esquerda ingressou nos demais partidos de esquerda ou que se manteve no MDB e depois no PMDB e se bandeou para o PSDB parece mesmo o fim do PSDB. Depois do Bresser sair em 2011, creio que agora é o fim do PSDB mesmo, vai sobra somente aquele caco neoliberal e os retardatários de sempre na política para os quais a ficha não desce nunca. Gianotti confirma uma velha tese da gente: quando o último filósofo sair, apague a luz, porque acabou mesmo. nas últimas entrevista e debates que vi do gringo - ou do cara pálida - já me senti mal ao ver o contorcionismo dele contra o PT, Lula e Dilma. Mas eu creio que é uma pena a involução que o PSDB sofreu. Pois jamais imaginava que ele se deslocaria assim para um fim lá na ultra direita.

Veja o ponto de partida de Bresser em sua reflexão biográfica e interpretação conjuntural que segue:

"Na verdade eu comecei à esquerda –nunca extrema-esquerda, mas centro-esquerda –, andei para o centro meio sem saber e depois voltei para a centro-esquerda. Os velhos ficam mais independentes, não só financeiramente, economicamente, porque têm uma aposentadoria, rendas, o que for, e ganham certa independência de pensamento por isso. Entretanto, tem dois tipos de velhos. A maioria deles fica muito conservadora porque fica cheia de medos. Fica insegura. Agora, tem outros que ficam mais à esquerda, e acho que é meu caso. Aproveitam dessa maior liberdade para pensar autonomamente e dizer o que pensam. Tenho como um dos meus modelos Barbosa Lima Sobrinho, que foi um grande intelectual brasileiro e meu tio por afinidade. Morreu aos 103 anos e quanto mais velho ficava, mais radical, não em termos de esquerda propriamente dita, mas em termos nacionalistas. Eu, num certo momento na vida, já tinha resolvido minha parte financeira no Pão de Açúcar (foi durante 20 anos diretor-administrativo do grupo, entre 1963 e 1983) e podia escolher entre ser político e intelectual. No final, resolvi que ia ser intelectual. Mas isso só faria sentido se eu aproveitasse a inteligência para pensar autonomamente. Tenho um amigo que fala que eu digo coisas “impróprias”. E acabei de fazer uma coisa “imprópria”: defendi firmemente o voto na Dilma quando sei muito bem que a minha classe social aqui em São Paulo não é que não vai votar na Dilma, tem ódio da Dilma. Mas pensei: se eu não fizer isso, se não tiver a capacidade de enfrentar a minha classe, os amigos etc., aquele compromisso de intelectual autônomo se esvaziaria. Por outro lado, tenho a visão de que o verdadeiro político é o republicano. Também sou político no sentido de intelectual público. E o que é um político republicano? É aquele capaz de tomar posições mesmo que elas sejam contrárias a seu interesses, mas que estejam de acordo com o interesse público. Isso muito pouca gente pode fazer, então eu espero que possa."

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

JANJÃO SEM MEDALHÃO

O MACHISMO e tudo aquilo que anda junto dele foi quem perdeu a eleição nacional....é o que posso dizer olhando para os dados mais finos nas pesquisas e análises...em especial a partir do primeiro debate. Aécio não tratou Dilma como deveria para quem precisava e muito dos votos das mulheres deste país...o fato de ter superado Marina não tirava em nada a obrigação dele de compreender que as mulheres desde a eleição de Dilma em 2010 estão de certa forma com a chave da política brasileira nas mãos. Por isto, também, nem coloquei em questão e não coem questão o Poder de Regina Porto aqui em casa...entreguei as chaves já antes do segundo turno de 2010 e estão em muito boas mãos. Será que é tão difícil entender algo tão simples? Com isto não desconsidero todos os outros debates e pautas, mas apenas percebo um elemento que eu tributo como fundamental na dissolução simbólica de Aécio, por seus atos, palavras, gestos e olhares e a supremacia de Dilma, que mesmo gaguejando nos debates em virtude de certos danos reflexos sistema nervoso dela - algo comum em qualquer pessoa que tomou muitos choques na vida e para quem foi torturada - durante todos os debates foi mais firme, mais séria e bem mais propositiva do que seu adversário. Quando Aécio  por falta de escrúpulo usou as palavras usadas pelos torturadores contra ela, acendeu uma luz vermelha quase instantânea na consciência de alguns e no sub-consciente de outros "este homem despreza mulheres, não respeita autoridade e não teme ser desmascarado" e todo mundo viu em praça pública um mentiroso que não tinha argumentos para se defender. E aquele riso estranho - para não dizer cínico dele - somado à sua arrogância que nos lembra bem a todos nós a conduta e o comportamento incorrigível de meninos e meninas mimados ( não se admire, então, por todo mi mi mi que tem se seguido), a conduta dos apaniguados, filhinhos de papai, playboys, daqueles que são protegidos por uma sociedade patriarcal que todos nós que somos filhos das classes trabalhadoras conhecemos muito bem. Para terminar, vou lembrar somente o seguinte este Janjão perdeu seu medalhão!!! 

COMENTÁRIOS AO COMPARTILHAMENTO DE “UM VELHO BRIZOLISTA”

Meu caro Benedito Tadeu César – professor de ciência política - agradeço a gentileza do compartilhamento de minha postagem. Também considero em parte um exagero a volta de Lula apontada por mim e que há sim um certo otimismo de mim em relação ao golpismo que eu creio que gerou, com  a reação de Tarso a isto, parte do seu sacrifico e parte da sua derrota entre outras coisas (que para mim é nossa), mas vale este otimismo e exagero como uma certa contra-mão do grande pessimismo e terrorismo que a direita ou a fração conservadora. Esta direita conservadora que vem com o golpismo de novo – quando tenta impugnar a eleição de Dilma - e que faz este tipo de análise e que fez este tipo de análise entre 1961 e 1964 para motivar seu golpismo. Na prática eles tem muita dificuldade para aceitar os resultados das urnas que ficam fora do poder ou que a figura sentada na ponta do poder executivo brasileiro não seja um representante seu, mas sim uma representante do Brasil incluído e de políticas incluídas.

Os exageros que estamos assistindo da parte dos derrotados, os ódio e raivas, os discursos de aniquilação dos adversários, dos nordestinos, dos petistas e etc e os argumentos deles também mostram o quanto eles se dispõem a tentar justificar não somente uma forte oposição, mas também um golpismo superveniente. Não escrevi nada ainda sobre esta grande eleição e a forte rivalidade e neste comentário adianto um argumento apenas: não me parece que procede nem em números e nem numa análise rigorosa do eleitorado no Brasil e nas regiões que Dilma foi eleita pelo bolsa família ou exclusivamente pelos nordestinos, analfabetos, etc.

É um grande equívoco e uma terrível discriminação pensar assim, posto que boa parte dos eleitores que elegeram Collor, FHC, Lula tem uma distribuição semelhante no país. E os setores de classe média que votaram em Dilma não são mesmo pouco esclarecidos. Um dado que me chamou muita atenção mostra que Dilma recebeu mais votos em toda a região Sul, Sudeste e Centro-Oeste onde perdeu para Aécio, do que nas regiões nordeste e norte. As vitórias de Dilma na Bahia, em Minas Gerais e Rio de Janeiro deveriam fazer a elite pensar um pouco mais no que de fato ocorreu. Creio que dias difíceis virão, mas são estes tipos de dias que permitem grandes mudanças também se cada um tiver a cabeça no seu lugar e souber dialogar, refletir mais e negociar mais. A reforma política é tão importante quanto dissipar esta conta que o PT parece pagar por todas as mazelas da política brasileira que ele não inventou, não criou e sobre a qual não tem nenhum afeiçoamento. Um abraço!

Eu não tenho dúvida que o golpismo exista. Tenho pensado muito em Getúlio, Juscelino, Jango e Brizola ultimamente por conta de que com todos eles sofreram estes mesmos ataques desta mesma política do ódio, do mar de lama, da negação da política e da democracia que sempre foi apregoada pro aqueles que numa democracia não obtém aprovação popular. Este para mim é o problema principal deles todos: em uma democracia bem informada e transparente, os conservadores e defensores de uma elite que não querem conceder concessão alguma à grande maioria do povo sempre vão perder. A única coisa que tem salvo eles é a máscara liberal de alguns e a rejeição a política e a política de esquerda insuflada pela grande mídia.  Dilma, Lula e o PT e toda a esquerda brasileira tem pela frente esta grande luta para superar este quadro e ela envolve um grande consenso pela unidade, estabilidade e fortalecimento da democracia. Jamais apresentarão, precisamos mesmo ter clareza disto, por melhores que sejam seus resultados, indicadores e medidas contra a corrupção ou inflação, algo que satisfaça esta "oposição golpista", mas devemos buscar meios e definir propostas que resolvam isto, recuperando espaços perdidos nos congresso e nas assembléias de hoje até as próximas eleições.

A imprensa tem cumprido este papel perverso, pernicioso e nefasto de negação genérica da política e negado mesmo com isso a comparação entre quem é melhor gestor de fato da coisa pública. Este tema da corrupção que tem importância de fato, mas que não é mesmo o todo da questão pública virou uma espécie de "pas pa tout" para imunizar e golpear o petismo em toda parte. Se transformou numa sombra para impedir a hegemonia e a supremacia dos governos petistas e de esquerda que sob qualquer comparação em sua grande maioria soa melhores de fato que os outros em todos os indicadores. Aqui em minha cidade foi assim o PT realizou entre 2005-2012 provavelmente o governo mais progressista da história da cidade. O PT-SL, porém, perdeu a eleição por um impacto artificial de escândalos artificiais gerados em sua base de apoio e explorados pela oposição.  E este foi o grande filme que pontificou esta eleição. Creio, para ser duro e bem rigoroso, que a denuncia vazia também deveria levar à inelegibilidade. E que isto só será de fato superado com a reforma política.
Por outro lado, cada vez me convenço mais da importância do PMDB – deste PMDB multifacetado, mas que em seu ponto de equilíbrio sustenta a estabilidade, tanto para a estabilidade política quanto econômica deste país, mas também vislumbro que esta linha de ataque da oposição possa ser quebrada pela vida real. A crise não ajuda mesmo em relação a isso, mas é bom lembrar aos garotos bons de briga que não é só um lado que sabe viver sob condições difíceis não e que não é só um lado que tem responsabilidade nesta pátria também.

O velho, altivo e sábio Lincoln fez um discurso contra Douglas certa vez sobre esta questão da divisão de um país na sua citação da parábola da casa dividida de Jesus Cristo: uma casa dividida não para em pé: "Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá." Mateus, 12.25.

Cito: "Uma casa dividida contra si mesma não pode permanecer". Eu acredito que este governo não pode suportar, permanentemente, ser metade escravo e metade livre. Eu não espero a divisão da União - Eu não espero ver a casa cair - mas espero que ela deixe de ser dividida. Ela terá que se tornar toda uma coisa ou outra.
Ou os adversários da escravidão irão deter a propagação da mesma, e a opinião pública deve repousar na crença de que deva ser extinta definitivamente, ou seus defensores irão estendê-la adiante, até que ela se torne legal em todos os Estados, velhos ou novos - Norte como no Sul."
—Abraham Lincoln, 1858 –

Traduza-se agora esta escravidão ou a libertação ai como o núcleo do problema brasileiro que Dilma enfrenta que para mim é a Democracia ou o Golpísmo. Se é o caso que o golpismo grassa então será necessário ou coibí-lo ou torná-lo regra, pois assim como vai não dá mais. Perdi quatro eleições neste ano. Duas para deputado, uma para o senado e outra para governador e estou aceitando o resultado sem atacar a legitimidade dos demais eleitos e reconhecendo o resultado das urnas, então vamos combinar e parar com este papo furado em relação a Dilma, pois pelas mesmas razões valeriam impugnar a vitória de Alckmin e muitos outros.

Por fim, o fato da diferença ser pequena não é mesmo razão para tirar legitimidade, mas sim parta se reconhecer o quanto a decisão dos eleitores é soberana e o quanto a decisão de cada eleitor tem seu valor. Isso aumenta a responsabilidade de todos, dos eleitores, dos eleitos e dos derrotados, em superar as controvérsias artificiais - e elas existem em abundância - e tratar do que é realmente relevante e eu gostei muito deste resultado porque mostra que o juízo do eleitor esta se deslocando de um todo para os detalhes.

De tal modo que, bem pesadas as coisas, os votos de Dilma foram críticos sim e que, portanto, são mais realistas do que se tivessem sido dados por pura fé , simpatia, carisma ou emoção. Uma disputa travada com esta intensidade e cheia de movimentos e escolhas do eleitores - do primeiro para o segundo turno assim, tende a deixar mais nítidas ainda as diferenças relevantes. Eu creio que o resultado das urnas disse um muito claro não aos aventureiros.  

Dilma na minha opinião sai mais cheia de méritos pela vitória e por sua conduta do que deméritos. Mas isso só será observado quando de hoje ate a posse as respostas concretas dela vierem à tona. Eu confesso mesmo que estou muito impressionado com ela e com o que o staff dela conseguiu fazer neta eleição. E as batatas serão bem abandonadas no fundo do navio e entregues ao final da viagem.


domingo, 26 de outubro de 2014

DE UM VELHO BRIZOLISTA SOBRE O GOLPISMO

Um velho militante brizolista me disse algo ontem ao me encontrar no Trensurb com minha filha em campanha pela Dilma: Sabe o que eles tem mais medo? O que explica todos estes panfletos apócrifos, a boataria, as capas de Veja e ops editoriais e opiniões tentando derrotar Dilma? O que explica todo o terrorismo econômico e político deles? O que explica este ataque contra a corrupção do PT de um bando de canalhas que não respondem ao: "Onde estão?/" de Dilma? Eles morrem de medo, tem pânico em imaginar que se Dilma é reeleita, Lula volta em 2018 e dai meu filho eles nunca mais pegam o poder executivo neste país mesmo, porque as mudanças serão tão profundas na sociedade que o povo vai governar para sempre e a elite, os entreguistas, os exploradores, os autoritários, os reacionários, os apaniguados, os playboys, as madames, os lambe-botas e os que vivem de rendas vão ter que calçar as sandálias da humildade e negociar aberta e publicamente os seus interesses e o povo vai aceitar ou não. Foi por isso que eles derrubaram o Jango também. E eles tinham um verdadeiro horror em ser governados pelo povo. E Brizola era considerado por eles o mais perigoso inimigo de todos. Não deram o Golpe por causa do comunismo do Jango não, deram o golpe porque Brizola estava no horizonte. E Brizola representava claramente a tomada do poder pelos trabalhadores naquela época. Brizola sim, o ex-engraxate, o menino trabalhador que conseguiu se formar em engenharia.Aquele menino do povo muito audacioso e corajoso que virou Prefeito de Porto Alegre e Governador do Estado e que enfrentou as multinacionais, encampando empresas de telefonia e eletricidade que depois Antônio Britto (Gov. PMDB - 1994-1998, aliado de FHC do PSDB) privatizou com apoio da RBS. Continua tua luta, acredita na campanha, porque venceremos e venceremos porque agora é o povo mesmo que decide e não tem mais esta de golpe. Eles vão tentar sempre, mas cada vez ficam menores...


TANCREDO FOI UMA TRAGÉDIA, AÉCIO É UMA FARSA

Aécio está Transformando a TRAGÉDIA em uma FARSA...uma volta à Marx e seus vaticínios históricos...

Ao dizer no final do debate presidencial que há 30 anos percorreu o país com seu avô Tancredo, nesse mesmo trajeto à Presidência o candidato exagera na dose e na medida da sua contribuição. Não é verdade isto! Tancredo foi eleito no colégio eleitoral, pelos congressistas, num acórdão entre uma parte da ARENA e o MDB, depois da derrota das Mobilizações e da Emenda das Diretas. Que papinho é esse então? Desta vez ele percorreu claramente outro trajeto com o adicional Ed que todo o seu trajeto hoje foi forjado com franco apoio de certos segmentos da mídia e das classes dominantes. Nada há de popular em sua trajetória e quando ele tenta representar um clamor pela mudança ou libertação eu só vejo um clamor pelo retrocesso e pelo passo atrás.  

E a morte de Tancredo foi uma tragédia que guindou o PMDB ao maior poder de sua história e criou a fonte de seu poder onde até hoje eles estão. E seu poder foi tão estruturado e consistente que serviu a Collor de Melo um vice, Itamar Franco e gerou de dentro de si – sem perda de lastro e posição no congresso, nas assembléias e câmaras de todo o país, um partido inteiro também mantido no poder, o PSDB.

Nada me deixa mais furioso do que a velha tese de que os caras da famosa e velha oposição consentida que obtiveram com sua sabedoria e capacidade a reabertura, a transição democrática e as diretas para presidente. Para mim tudo isso foi produto de uma luta de vanguarda e que tinha muita clareza do que queria e que aos poucos foi sendo ouvida pela população e até 1989 - o ano primeiro golpe eleitoral deste mesmo grupo, sendo que o primeiro golpe de transição  foi a eleição indireta de Tancredo e curiosamente são os mesmo que sempre se beneficiaram de uma política fetichista e conciliadora com o poder dominante. O fato desta corja e seus representantes serem até hoje donos de rádios concedidas na ditadura, possuir monopólios e poder de fogo para celebrar personagens ou incendiar reputações, carreiras e currículos em esfera nacional, o fato deles estarem muito bem representados como classe ideológica nos poderes de estado, no judiciário e nas carreiras superiores e a sua umbilical identidade com os conservadorismo brasileiro, suas posições pseudo-liberais e nada progressistas, no afinal de contas, me leva a pensar sim que eles brincam com a memória e persistem tentando manipular a consciência do povo e muitas vezes conseguem, mas ao contrário do que se possa imaginar não é o povo que é o enganado não, quem se engana no mais das vezes é a classe média mesmo que ensimesmada em seu moralismo e também num fetichismo relativo aos eu próprio mérito julga os outros - quaisquer outros - a luz de si mesma.

Eu sei que Dilma vai vencer e sei que a situação de Tarso é difícil, mas eu fico muito triste em saber que mesmo assim a grande mentira, e esta grande manipulação – leiam-se os jornais e revistas - ainda tem poder de fogo na nossa sociedade. E lamento muito pela forma como isso tem se dado com a negação da política e o curioso privilégio que tem sido dado justamente aos aventureiros na política, aos expertos e aos piores propósitos.

Briguei uma vida inteira por prioridades sociais e vejo alguns darem de ombros para isso, como se os únicos valores relevantes se resumissem á aparência, ao prestigio e à imagem construída sem trabalho algum que se sustente de fato. Tenho grande admiração por jogadores de futebol, mas entendo tanto de futebol quanto eles entendem de política...e me surpreende que um cara como o Aécio constrói justamente sua farsa alicerçando-se publicamente em figuras com toda esta sabedoria e experiência política. Tancredo não foi um santo e seu jaez liberal era flagrante, mas o neto é o que há de mais conservador e arcaico no panorama político atual é o próprio príncipe hereditário da velha oligarquia mineira  e quando alguém diz que isso é a mudança, eu diria que isso é somente a marcha ré da história brasileira e não me admire que quem o defenda queira muito aniquilar com seus adversários em não derrotá-los nas urnas de forma limpa e franca e com propostas e programa.

Muita calma nesta hora....quem planta, há de colher os frutos das semente que plantou, e não são bem flores que andam cultivando no jardim do nosso país....


#DILMA13

sábado, 25 de outubro de 2014

NOTÍCIA E RESPOSTA AO FACISMO EM SÃO LEOPOLDO

Bom Dia....Minha querida Melissa Wonghon, professora municipal e mãe foi agredida e ofendida verbalmente por um secretário e seus cupinchas em uma sorveteria no centro da nossa cidade ontem. Estava adesivada em apoio a Tarso e Dilma e sofreu com suas demais colegas e filhos assédio moral em uma sorveteria e a turma do PSDB/PMDB/PP fez estas ameaças e ofendeu a todas com os testemunho dos demais usuários da sorveteria.

Digo inicialmente que eles são completamente irracionais e irresponsáveis. E isso se mostra em suas ações e decisões, não é mesmo uma questão de opinião, pois estes atos e os fatos se somam a outros anteriores de igual forma. Este é mesmo o PIOR GOVERNO DA HISTÓRIA DE SÃO LEOPOLDO, pois faz escola facista com seus líderes, militantes e CCs por onde quer que passe e em qualquer coisa que toque, mais ainda, essa política autoritária do ódio e da raiva do PSDB/PMDB/PP em São Leopoldo, tem se mostrado vergonhosa e nefasta durante todo o período eleitoral de 2014, e antes mesmo na própria gestão da cidade, no comportamento dos seus lideres e seguidores na Câmara de Vereadores, nas suas decisões e prioridades, no tratamento dos servidores em sua greve, no tratamento dos protestos dos jovens universitários e na prefeitura, eles merecem muito ouvir e saber de toda a nossa reprovação. Se comportam com uma arrogância e soberba, agressividade e desrespeito  como se fossem intocáveis, como se fossem membros de uma máfia consagrada na impunidade e donos da nossa cidade, das ruas, das calçadas e das pessoas.

Eles merecem que seja dada uma resposta bem clara nas urnas, agora neste domingo, com todos nossos colegas professores, nossos amigos e amigas, nossos familiares e cidadãos e toda a população votando ‪#‎Tarso13 e ‪#‎Dilma13 para deixá-los bem cientes de que isso tudo que eles fazem de mal aqui em nossa querida cidade, todos estes abusos e absurdos, vai acabar e que na democracia todo poder tem limites.
Espero que aqueles que me lerem me entendam muito bem e claramente, pois nunca vi nossa cidade tão mal administrada e gerida, tão suja, faltando água e cheia de buracos, e a limpeza pública, o abastecimento de água e a manutenção das ruas é o serviço mais básico de uma administração, portanto não estou sequer tratando dos demais serviços que também merecem nossa crítica, de resto sei que isso vai acabar e que eles não merecem nossa aprovação, nem tolerância em suas agressões gratuitas, na exibição de seus preconceitos e no desrespeito a todos os cidadãs e cidadãs de nossa cidade.

E de hoje até 2016 convido nosso povo, para sem nenhuma vacilação trabalhar e lutar para que em 2016 todo o povo comemore a eleição municipal como uma grande festa de despedida e adeus definitivo destes senhores e senhoras da administração, seus cupinchas, seus asseclas, seus mercenários poderão instalar um pardais na saída da prefeitura para vermos a velocidade com que serão retirados pela democracia das cadeiras que ocupam sem honrar os respeito aos cidadãos e aos moradores de São Leopoldo.


Que toda ofensa e todo mal, que todos impropérios sejam respondidos com altivez e sabedoria e que os males sejam condenados e punidos por todos! Mais um bom motivo para lutar e vencer!!!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

DILMA PARA O ÚLTIMO DEBATE - ‪#‎DILMA13

Dilma tem uma característica que é excessivamente subestimada por muitos: ela sempre cresce na dificuldade e não por força, mas por sua característica suave e muito tranquila no enfrentamento. Aqueles que falam da dureza parecem esquecer que isso não se deve a uma escolha, mas a profunda necessidade que ela sente de ser firme e determinada, mas humana em qualquer tempo. É por isto que nos debates ela tem surpreendido e enfrentado mesmo sofrendo e se auto controlando ao máximo para não perder o tom. Os sinais se mostram na fala dela e isso deixa muitos considerando que ela fraqueja ou que vacila, mas não é o caso. O que eu vejo é alguém que tem uma exigência muito grande em relação a precisão de suas palavras e de suas questões e respostas. Eu desejo que ela aproveite para transmitir toda a tranquilidade perante ao cinismo e a perversidade que seu adversário ira demonstrar ao máximo.Vi agora o nível de concentração dela subindo em uma tomada pela tevê e desejo que ela repita parte de suas posições com mais tranquilidade ainda e com o mesmo timing que ela tem usado no primeiro e no terceiro debate. E que deixe muito clara a grande diferença entre ela e o outro. Na minha opinião ela entra em vantagem na disputa final de hjoje à noite em vários aspectos. Para vencer hoje não é preciso inventar, basta melhorar no detalhe, pois os eleitores que estarão lá vão ser muito importantes e os demais eleitores já estão bem mais atentos ao que ela diz e suas falas tem tido efeitos surpreendentes.

SARTORI É O ZÉ BIGORNA - UMA PROMESSA DE HERÓI SEM HEROÍSMO ALGUM

Antes que mais alguém me pergunte o que eu achei do debate eu respondo que foi o que a casa ofereceu para nós.

Eu gostaria mesmo que o candidato do PMDB fosse melhor. Que ele assumisse a longa tradição do PMDB no Brasil e no estado da qual ele faz parte. No Brasil, o PMDB governa em coligação praticamente desde a posse de Sarney, depois com Collor, depois com Itamar, com FHC e com Lula e Dilma, figurando sempre com sua grande bancada no Congresso Nacional como partido de sustentação dos governos e tendo cadeira cativa e força de pressão legitimamente adquirida em qualquer negociação política neste país. No Rio Grande do Sul, em todas as décadas últimas quatro décads eles governaram, só não governaram nos períodos e mandatos de Collares e do Olívio e agora do Tarso.

E tenham, aqueles que me lêem,  a mais precisa certeza que José Ivo Sartori estava lá para dar ou não dar respostas, como secretário, deputado, prefeito e dirigente do "meu PMDB". Assim, deveria ter respostas e explicações do seu PMDB à todos os desafios que ele diz que Tarso não resolveu e não poderia fazer nenhuma questão tripudiando como o custo da dívida pública que o governo dele e do Britto renegociou com FHC, o desequilíbrio no pacto federativo do que o PMDB dele é fiador, a acusada por ele excessiva centralização de recursos no governo federal do qual ele também pé tributário e responsável político e é tão ridículo o discurso dele neste e em outros temas porque ele parece fazer de conta que não teve nenhum ministro do PMDB durante todo este período, ou que o PMDB dele não presidiu o Congresso por N vezes durante todo este período com grande influencia na pauta nacional e nas votações e proposições políticas que tramitam no congresso.

Eu repito aqui o que penso mais uma vez que o discurso dele é uma estultície e uma brincadeira de faz de conta e esconde-esconde de muito mau gosto e deseducativo para o povo e para a democracia, porque tava bem na hora de acabar este tipo de debate ou joguinho de espertezas e malandragens nas eleições gaúchas. Caiu a máscara ao longo desta semana do “Meu Partido é o Rio Grande” e apareceu o velho partido que na prática cria obstáculos, abusa da boa vontade do povo e debocha dos adversários, se julgando invencível e desrespeita o juízo e o conhecimento do eleitor e os professores e fica se fazendo de vítima, quando na verdade não assume nenhuma responsabilidade sobre o seu passado e o seu próprio enredo e a própria trama em que está enredado. Qualquer semelhança com o governo atual do PSDB/PMDB em São Leopoldo não é mera coincidência, porque para eles a culpa sempre é dos outros. Pode ser que algum eleitor desavisado, incauto e novato pegue gosto e ache interessante a exibição dessa expertise, desse malabarismo e dessas esquivas, mas para quem acompanha a política gaúcha pelo menos desde os anos 70 isso, como vi um grande militante dizer, é mais velho e mais ultrapassado do que o PL, que de liberal não tinha nada. Ou seja, o candidato não é o que parece, nem tem as qualidades que esconde. Não pode mesmo haver uma proposta tão boa para os gaúchos escondida no bolso interno do casaco.

Sartori parece mesmo o Zé Bigorna - uma velha personagem da literatura - que se ufana do que não é, se ufana do que não foi e não fez e faz de conta que é isso mesmo e que já tá bom demais. Ou seja, é a típica celebridade vazia de conteúdo, vazia de proposta que ocupa um espaço por assim dizer por certo acidente do destino e da própria sorte. Tarso honrou sua tradição, honrou seu partido e correligionários sua história e seu longo esforço pessoal e trabalho político sendo preciso e claro em suas posições e que, ao contrário o Sr. Sartori segue no seu modelo retórico e falacioso, pois no debate de hoje continuou dizendo que o outro não cumpre e que ele não tem compromissos, mas propostas, as quais são tão importantes e decisivas que ele não as apresenta. Mantenho minha opinião que este PMDB gaúcho anda apequenado. E isso me é tão claro pelos fatos, pelos atos, pelos gatos e ratos que eu conheço desta velha ninhada.

Enfim, com um tom mais pessoal e para mostrar que a luta é mesmo árdua contra este tipo de política e certo tipo de conduta e concepção política em que é comum ser herói sem heroísmo algum. Cuja lógica do deboche e da ameaça, do desrespeito e da vilania sempre anda presente para nos lembrar de onde vem e porque vem. Não adianta nenhum militante ou quadro médio passar por mim na rua me reconhecer e não cumprimentar em plena Porto Alegre ontem e me assoprar de passagem que vai acabar comigo, fiquei penando no que me foi assoprado e sorri no meu velho rumo, pois não adianta ameaçar porque não vai mesmo. Algumas pretensões como essa, esquecem que não sou o tipo de pessoa que anda só neste mundo ou que cuida somente de si e de seus pequenos interesses.


Certa feita disse para alguém que me ameaçou: não tem problema nenhum meu caro, confio e tenho a mais absoluta certeza de que sou só mais um soldado nesta trincheira, mas sei que atrás de mim tem mais, muito mais e que nenhum deles irá descansar ou mesmo sossegar enquanto não reparar e não restituir ao seu devido lugar a dignidade da verdade, o sentido do bem comum e a justiça social!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

PARA UM QUERIDO ALUNO QUE PENSA EM SER PROFESSOR

Meu querido aluno que sofre vendo a arrogância e a soberba e o deboche do candidato Sartori do PMDB ao Piso do professores e o desrespeito a esta categoria de trabalhadores tão importantes para o nosso estado e o nosso país. Acalma teu coraçãozinho...isso não passará e tudo vai melhorar. Te digo com toda minha convicção que os próximos 20 a 30 anos,  serão os melhores da educação brasileira e da história deste país. E estes símbolos do deboche e do desrespeito com os professores - uma velha tradição do PMDB no RS que vem desde 1985, 1995, 2003 - são os estertores e as últimas barreiras para tudo que queremos e que merecemos .Não se trata só de salários, mas sim da nossa dignidade e do nosso papel na história.  A educação e o trabalho com a educação foi a melhor escolha da minha vida. Foi feita orientada por minha alegria em trabalhar com pessoas e conhecimento e também pelo gosto por mudança social, pelos meus sonhos de um país mais justo e menos desigual  e por amor ao próximo. Mesmo com todas as dificuldades que passei nos meus primeiros 40 anos de vida, não me arrependo em nada da escolha que fiz. Vou alegre para escola todos os dias. Faça chuva ou faça sol e vou alegre para a luta também. Abro livros e escrevo todos os dias. A educação é uma das atividades mais sociais que eu conheço. Converso com estranhos e com as pessoas no caminho e sou muito feliz por isto tudo e por estar aqui.  Estimo muito meus mestres e tenho muitas alegrias com meus colegas, amigos, alunos, mesmo no conflito, mesmo na diferença e mesmo na incompreensão. Mas os tempos hoje são bem diferentes e desafiadores e serão muito melhores. Eu acredito nisto sim. Sempre acreditei. Sempre acreditei que dias melhores virão e não tenho sido frustrado nesta expectativa. Trato toda dificuldade como um desafio para a superação e não me deixo abater pelo desespero, desesperança ou desilusão.  Sabes que eu decidi ser professor justamente no período em que os professores estaduais faziam greve contra o governador Pedro Simon em 1986 e eu pensei comigo "uma categoria que luta assim não vai mesmo perder o trem da história". Poderia ter dito na época "tamo junto", mas naquela época eu disse outra coisa: "tô dentro!". Esta opção exposta desta forma simples assim é carregada de muita reflexão e de uma boa dose de fé. Fé na vida. Fé na luta e fé na humanidade que é o que eu acho que todo educador precisa ter para continuar, não desistir e conquistar os frutos de uma grande colheita todos os dias. Eu valorizo cada pequena conquista como se fosse a maior e cada pequeno passo como se fosse de um gigante e sempre diminuo o tamanho dos monstros, porque não os temo e nem tenho apreço por quem gostaria que eu tivesse algum temor. Força, coragem e um bom juízo. Um abraço e bom dia!

MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA – FOR YOU CONSIDERATION

LEITURA SOCIOLÓGICA – ENTENDENDO O BRASIL E A SOCIEDADE HOJE E DO PASSADO

Sobre a “Modernização Conservadora” no Brasil cito o primeiro parágrafo da página 226, do didático Sociologia para o Ensino Médio, de Nelson Dacio Tomazi, recomendando a leitura e a interrogação sobre o texto inteiro.

“A ideia de mudança social no Brasil sempre esteve presente nas análises da nossa sociedade, desde o tempo do Império. Além disso, houve múltiplas revoltas contra o poder dominante, mas sempre foram aniquiladas.”

O tema da Modernização conservadora aparece em análises muito interessantes e foi utilizado pela primeira vez em uma análise da mudança social na Alemanha e no Japão é aplicado ao contexto social brasileiro por derivação e com algumas adequações. Posto que a Modernização Conservadora no Brasil não se deu sem resistências, sem sistemáticas ameaças de retrocessos aparentemente insuperáveis que são recorrentes ainda hoje. Exemplos, as tentativas de desregulamentação das leis trabalhistas, os lobbyes dos grandes latifundiários, a eleição de bancadas anti-modernização e os ataques repetidos aos direitos sociais, aos direitos humanos e aos direitos trabalhistas. Vale também citar este vírus autoritário que campeia no cenário político. Ao mesmo tempo, me parece que no Brasil a modernização tem um caráter conservador porque ela sempre passa não só por uma forma conservadora, um modo conservador, mas porque ela é uma com cessão do segmento conservador que devido à estrutura de classes e a hegemonia da elite no estado brasileiro trata sob pressão da modernização sempre pela via de uma concessão negociada. Assim,. Tanto o que é chamado de modernização no Brasil quanto o que pode ser chamado de revolução no Brasil é sempre um processo mediado e arbitrado. Mesmo os ensaios de revoltas, rupturas, cisão, dado o caráter conservador da elite e também de parte relevante da sociedade é atenuado. Isto é, a mudança só ocorre com algum assentimento ou consentimento da elite dominante no país, mesmo em circunstancias em que aparentemente os partidos de esquerda detém por algum tempo o poder executivo via sufrágio. E isso se mostra em muitos níveis. No nível municipal, estadual e federal. Eu diria que sociedade brasileira não tem caráter mudancista e que todas as mudanças sociais no Brasil são produto de intervenção estatal e só se realizam de fato por medidas estatais. Ou seja, os hábitos culturais, os costumes e os valores brasileiros sempre se apõem com certa resistência à mudança social e mesmo nas camadas que mais deveriam se interessar pelas mudanças ou por uma modernização, pois seriam as maiores beneficiadas por novos direitos, redução da desigualdade e geração de oportunidades de ascenção social, ocorre uma grande resistência a isto e aos portadores destas propostas. Assim, o Brasil sofre por seu “habitus” conservador um processo lento de modernização e como direi mais adiante, sempre eleva-se a outros patamares de organização com ameaças de regresso. A impressão que eu tenho é que no Brasil o pacto sempre é ameaçado de um retrocesso por uma característica altamente reacionária estimulada assim me parece por uma forma autoritária de resolução de conflitos. O Brasil parece assim um vulcão cuja calmaria externa é produto de um grande temor de sua possível erupção.

Porém, Modernização conservadora é um conceito elaborado por Barrington Moore Jr, em sua obra As origens sociais da ditadura e da democracia: senhores e camponeses na construção do mundo moderno. São Paulo: Martins Fontes, 1975. Do qual ele se serve para retratar o caso de desenvolvimento capitalista na Alemanha e no Japão. A revolução burguesa, segundo ele, bem como o processo de industrialização desses países, fez-se através de um pacto político entre a burguesia industrial e a oligarquia rural – este pacto foi orquestrado no interior do Estado -, sem rupturas violentas. Num dos exemplos de análise dele os Junkers alemães, no caso da Alemanha, conseguiram controlar a transição para a modernidade sem se contrapor a ela e sem deixar de estimulá-la, sobretudo no que se refere à industrialização, e sem tampouco perder o controle do campo - mantendo suas propriedades herdadas do período feudal. (faço uso aqui neste parágrafo, ainda que alterado e adequado, do verbete da Wikipedia sobre Modernização Conservadora.)

Já no Brasil este processo à quente e á frio tem uma grande lista que é entremeada por diversas ocasiões em que se deu por conflitos que passam do interior do estado para sociedade civil, acontecendo em tempos anteriores ao período do império (Tiradentes é somente um dos exemplos, pois deve se agregar as revoltas dos Quilombos), as diversas revoltas do império aos levantes do período da primeira república ( Canudos, Contestado, Ciclo de Greves de 1917, ao Tenentismo, Coluna Prestes), seguindo pela revolução de trinta, com reações conservadoras e medidas modernizadoras, com a redemocratização do pós guerra, até a morte de Getúlio Vargas, a posse sustentada pelo Marechal Lott de Juscelino Kubstchek, a renuncia de Jânio, a reação Parlamentarista, a posse do João Goulart e o golpe militar de 1964, durante toda a Ditadura Militar houve resistência e presença de pleitos de mudança social, na luta pela Anistia que se inicia em 1977, pela Redemocratização, o movimento da Diretas já, os ciclos de greves contra os arrochos salariais, o movimento pela Constituinte, e estas ocasiões avançam com instabilidades políticas até praticamente 1989 e tardiamente 1991, com a crise do Governo Collor. Na quadra atual, dos governos FHC a Lula e Dilma deixo os comentários guardados no cofrinho da razão.

Questões:

1. Mudança social no Brasil é somente uma categoria de análise?

2. O desejo de Mudança social no Brasil é um acontecimento que só passa a ocorrer com o Império?

3. Quem é ou quem representa o “poder dominante” no texto?

4. Cite alguns exemplos de revoltas contra ele.

5. Porque o autor usa o termo que as revoltas foram “aniquiladas” como estratégia de solução do poder dominante aos revoltosos?

Exemplos de análise:

1. Poder dominante pode ser entendido histórica e sociologicamente de uma forma sistêmica no contexto de uma categoria que envolve a elite, as classes sociais dominantes, latifundiários, quadros superiores de estado, suas relações institucionais com os três poderes e as armas, a mídia monopolista

2. Mudança social como categoria de análise e como impulso, desejo ou projeto de grupos sociais, lideranças e sujeitos históricos.

3. O “aniquilamento” de Tiradentes como símbolo da lógica e do método conservador de enfrentamento dos pleitos de mudança social.


4. O “aniqulamento” como estratégia clássica da elite brasileira contra as demandas populares, os representantes das demandas populares, que se apresenta com características violentas, políticas de ódio e de raiva ao outro e de promoção de perseguições e dos discursos que pregam não somente a vitória mas de fato a extinção dos segmentos, grupos, partidos e lideranças portadoras de um projeto de mudança social.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

SOBRE A ARROGÂNCIA E O GRANDE DEBOCHE DO PMDB DO RS

Vejo nas duas versões do vídeo do Sartori – que não possuem e não acrescentam, na versão ampliada, nenhuma diferença substantiva ou atenuante ao deboche -  e na reação dos seus correligionários à divulgação e ao impacto do deboche dele, um grande deboche do PMDB, ao povo gaúcho, aos professores e professoras, ao partido adversário e ao candidato adversário.

A própria defesa deles de que o vídeo é fora de contexto é somente uma outra versão tão ou quão mais debochada aos fatos e ao significado dos fatos. O nome disso é estultície. Isso é, para mim, o mais puro deboche deles também posto que ao ver o vídeo maior, mais contextualizado o que é apresentado como razão para um deboche é também um agravante pois exibe o deboche arrogante ao adversário.

Nas discussões aqui no face e no twitter e em alguns sites que trataram disto, cito Zero Hora on line, Terra on line e Sul21, os defensores dele que acusam o PT de ter manipulado o texto passam rapidinho para o deboche aos professores, ao PT e ao adversário. Ou seja, o mote e o modus operandi deles é mesmo o deboche, a política como deboche, posto que abandonam a argumentação quando se demonstra que estão errados e passam para as ofensas e deboches. Imagine-se num governo tal conduta levada como regra. Algo que já se viu antes quando certo governador chamava seus adversários de micuins, certo presidente chamava aposentados de vagabundos e um correligionário deste candidato lançava moedas ofendendo aos professores em pleno plenário da Assembléia Legislativa.

Eu fiquei pensando nisto ontem também. Na relação entre a conduta do candidato – ou candidatos deles - e a conduta dos seus representantes. Identifico uma grande soberba e arrogância deles que é a base da forma debochada e triunfal com que ele e eles falam muito à vontade qualquer besteira pressupondo que não dá nada, para usar o jargão popular.

Mas não creio que deva ser assim, nem que será sempre assim, como eles estão pensando não. Penso diferente também aqui. Creio que isso vai mudar sim, na exata medida em que enfrentarmos e repudiarmos estas condutas. Na medida em que aprimorarmos os debates e os discursos com mais informações e mais argumentação nas eleições e nos tema das política.

Sendo assim, creio que não deveríamos aceitar como normal e inteligente um candidato que debocha dos seus adversários e me parece que temos sim uma questão de ética pública que se exibe aqui de forma evidente e que se apresenta para nossa consideração com este e outros exemplos. O deboche dele em relação às promessas ou propostas do Tarso também é aquele velho simplismo infantil. Eu disse que o PMDB se apequenou com este candidato e isso em pareceu muito evidente em diversos momentos. Em especial quando ele nega o passado e o seu próprio partido e o que me comoveu mais nisto foi a resposta  tíbia dele ao ataque de Ana Amélia ao Caçapava naquele debate. Em que ele nem assume e nem expressa claramente uma defesa de suas posições no governo Brito e também não assume responsabilidade e altivez na defesa do seu correligionário.

O deboche, assim, me parece em síntese a confissão da forma como pensam muitos membros do PMDB do RS sobre a educação e a política e como eles tem tratado os professores em governos anteriores. E o riso debochado demonstra algo que no mínimo não se desejar como paradigma num debate político, numa democracia e numa sociedade esclarecida.

De forma tosca ele apresenta um elogio embutido à certa conduta cuja base mental é menor, é irresponsável e descomprometida. Então ele dá de ombros para tudo que possa comprometê-lo e faz de conta que é a solução ao desafio da gestão pública do nosso estado é simples assim. E é por isso que ele não se dá ao trabalho de apresentar propostas e fica pedindo cheque em branco ao eleitor.


E isso é lá filósofo que se apresente? A política deveria ser uma coisa tratada de forma mais séria em consideração ao nosso povo, ao nosso país e a tudo que se passou para construir uma democracia.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

ARGUMENTO

Estes dias, após a noite em que assisti a um debate em que o acusado por N situações, respondia simplesmente por ofensas ( é "mentira", a senhora é "leviana'), sem apor nenhuma prova ou contra-prova às acusações, sem apresentar um contra-argumento sequer e ainda gracejar, dei então, no dia seguinte, um bom dia àqueles que tem argumentos e que gostam de argumentação.

Não fiz isto por ironia, mas sim por pensar que o nosso mundo fica melhor com  argumentos e argumentação. Por pensar que nossa vida pode ser mais feliz - se alem de sermos sensíveis e humanos - cuidarmos de seguir e construir argumentos em nosso discursos, diálogos e debates.

Argumentar é dar razões. A negação de um argumento, ou o deboche, não transforma sua expressão em contra-argumento, nem imuniza aquele que o faz às exigências da razão. Pode passar em branco, pode ser o caso que ninguém lhe cobre o compromisso ou o sentido de suas palavras, mas isso não abala em nada um argumento bem formado. Para termos um contra-argumento precisamos refutá-lo ou prová-lo, demonstrá-lo como invalido ou falso. Quem não entende isto ou não compreende isto deveria se calar nos debates públicos e deixar suas questões de opinião ou preferências para sua esfera privada. Não se determina da possibilidade de diversas versões que não possamos paulatinamente ir avaliando uma por uma e encontrar a mais razoável ou verdadeira. Relativizar razões e fatos é somente um exercício retórico e quem o faz pressupõe de forma arrogante que pode ludibriar o outro ou enganá-lo.

Todos os nossos sonhos mais progressistas, republicanos e democratas tentam de alguma forma encontrar e se associar com homens e mulheres, jovens e idosos e construir um tempo em que se esgote de vez o triunfo e o tempo dos espertos, dos exploradores, dos aproveitadores, dos usurpadores, dos mercenários e dos vendilhões. Um país justo depende muito disto. No chão no qual eu caminho não há espaço mais para certas coisas. Talvez tenha algum interesse e satisfaça a boa curiosidade dos meus alunos e alunas, colegas e amigos que estou super ocupado agora - neste momento e nestes últimos dias - apesar das desafiadoras situações políticas e também por elas, com  a lógica da argumentação. Sim, que estou de braços dados e ocupados com isso e que ando estudando lógica e filosofia da lógica para as aulas dos terceiros anos sobre Argumento e Argumentação. E as bases são Aristóteles e Frege que estou revisitando.

Aristóteles por conta daquele beabá de formas do raciocínio ou dos silogismos. Ao olhar para os "modus" tento estimular os alunos a terem consciência e a adotarem certos modelos de dedução ou demonstração nos desenvolvimentos dos seus textos dissertativos. E todos sabemos que quanto mais consciente de sua argumentação e de seu modelo argumentativo mais caprichado fica o nosso raciocínio, a nossa expressão e a nossa argumentação.

Mas Frege tende a me cativar sempre muito mais. Em sua simplicidade e precisão, inteligência e economia argumentativa. Nossa, fico realmente impressionado com a sacada do Frege em Função e Conceito e nos outros ensaios dele. A ideia de formalizar raciocínios com mais de um argumento me estimula muito em diversas áreas do conhecimento. principalmente neste momento em que tento - via seminário integrado - discernir claramente opiniões de informações e informações de conhecimentos, numa perspectiva que marque definitivamente a formação deles e também na distinção entre conteúdos formais e materiais do nosso pensamento que nos possibilita - agora já via Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio - a tratar melhor dos conhecimentos de diversas disciplinas, integrá-los mais e aproximá-los mais e produzir traduções, por exemplo, de fórmulas matemáticas em narrativas e de descrições históricas ou de outros ramos das ciências humanas e artes em fórmulas ou em expressões formalizadas.  Pensar em argumentos nunca me pareceu um desafio tão grande e a pesquisa tem me alegrado muito. Para efeitos de ilustração e compreensão uso duas acepções de Argumento. Num primeiro sentido, A1 = Argumento é um elemento de um raciocínio, já, num segundo sentido,  A2 = Argumento é o conjunto de um raciocínio que pode possuir um ou mais de um argumento.  A minha opção por raciocínio aqui responde a necessidade de afirmar a natureza da complexidade e a assertividade do pensamento. Portanto, onde você ler raciocínio aqui leia também algo que pode ser pensado e que pode ser apresentado em um discurso, mas cuja natureza combina sempre mais de um elemento e jamais uma ideia não predicada ou não categorizada. por mais formal que possa parecer, por mais que possamos eliminar tudo e reduzir tudo a uma função, há ai algo complexo seja Fx, ou F(X), se diz algo de alguma coisa, ainda que a natureza, o gênero ou mesmo a determinação ainda esteja por se completar.

Em um argumento nós apresentamos nossos pensamentos encadeados por proposições e provas. Mas podemos encarar como argumentos também estas últimas por cumprirem a função de dar conteúdo ou justificar nosso raciocínio. Assim, por exemplo na operação 2+X=5, X=3 e sabemos que a variável X ocupa o lugar do argumento 3, e que, portanto, 3 é o argumento que precisamos para provar a verdade da operação ou do nosso raciocínio matemático. Se X tiver qualquer outro valor, então ela não é um argumento para aquela operação. Faço uso aqui e me parece evidente da mesma ideia luminosa de Frege de que podemos pensar melhor aqui em termos de função e argumento, tomando emprestada da matemática estas noções. As minhas diferenças aqui é que trato o todo de uma função também como argumento, no sentido de que um argumento pode conter dentro de si outros argumentos - ou que - no sentido de que uma função pode entrar em outra função - por inclusão de novos símbolos - também como um argumento e assim sucessivamente à medida da nossa necessidade e de forma parcimoniosa e refletida.

Além disso, incluo aqui toda a terminologia proposicional tradicional, sentido, significado, referência e validade e verdade - se é que posso chamar isto assim de teoria da proposição tradicional já - e atribuo às proposições o papel de comporem em um raciocínio com suas respectivas provas em um raciocínio. Sei também que existem diferentes tipos de argumentos segundo a natureza dos seus conteúdos e poderia ilustrar isto aqui com proposições standard ("The book is on the table." ou "o gato está no mato.") e/ou proposições e demonstrações científicas de diversas áreas.

Neste ano da graça de 2014, já se fazem cem anos que o jovem Ludwig Wittgenstein entrou na primeira guerra com seus Notebooks dentro da mochila e que começou a escrever o Tractatus Logico-Philosophicus, mas cada vez me entusiasmo mais e mais pelos problemas que ele enfrentou e pelas soluções que ele deu a eles, mesmo que depois tenha descartado algumas, ainda em desafia a pensar como formalizar nosso pensamento e como traduzir nossas fórmulas em um discurso com palavras e proposições claras e inteligíveis para todos.


Assim, num discurso, num diálogo ou em um debate ou discussão importa em respeito ao próximo não somente afirmar proposições, mas também acompanhá-las de demonstrações ou provas de tal modo que nãos e vendam afirmativas sem razões que as justifiquem.            

PISO É NA TUMELERO – SARTORI E O CLÁSSICO DESRESPEITO DO PMDB COM OS PROFESSORES

A escorregada do candidato do PMDB ao governo do estado do Rio Grande do Sul, Sartori “meu partido é o rio grande” em entrevista ao Canal Terra, sobre o tema do piso salarial aos professores e professoras estaduais conseguiu a façanha de criar a situação mais constrangedora já vivida por um candidato ao governo estadual de que eu tenho lembrança. Ao mesmo tempo, desnudou o caráter e seriedade do candidato e exibiu o tom jocoso e desrespeitoso com que ele tem tratado, pensado e irá tratar a questão do piso nacional dos professores. A repercussão do deboche é tão grande que pode se considerar que em menos de um dia já se espalhou por mais de 500 mil eleitores a imagem de um candidato e do seu deboche sobre os vencimentos e a categoria dos professores. 

Mas isso, estava demorando um pouco, mas era de se esperar de um PMDB que anda apequenado e personalista e que dada a velha tradição do PMDB GAÚCHO em relação à educação poderia fazer algo parecido só no governo. Mas Sartori antecipou, foi arrogante e se ufanou de tal modo que mostrou todo apreço e consideração que tem pelos professores e pela condição dos professores estaduais. O deboche de que o piso bom é na Tumelero reavivou a memória de todos os professores sobre a forma como sempre foram tratados pelos governos do PMDB e derruba de vez a tentativa mistificadora de erguer o Rio Grande como Partido e se descolar do passado do PMDB no RS ou se desvincular do PMDB nacional, por não seguirem a aliança com Dilma.

 Já tinha dito que este PMDB que vemos hoje em campanha é um PMDB apequenado e que o candidato busca um cheque em branco. Pois agora ele caba de preencher o seu valor e o seu apreço no item da educação. 

O PMDB do Sartori que agora acusa o PT de editar o vídeo é o mesmo que pintou e bordou nas outras três vezes que governou o RS. E não faz a menor diferença vídeo inteiro da entrevista ou o que aborda e recorta apenas a fala do titubeante e vacilão do Sartori que nem lembra o nome do Piso e que quando lembram ele faz a blague e o deboche de mandar pegar um Piso Bom que é no Tumelero. 

Só num dos links muito compartilhados são mais de 150 mil visualizações e é bom lembrar que estão ativos 90 mil professores e inativos um número aproximado. Os que pensam que isso tem algo haver com CCs se equivocam, e alguns militantres do PMDB, do PSDB e do PP, avaliam o debate eleitoral a partir ads suas réguas de suas próprias perspectivas e ambições. Mas ele não percebem que ofenderam os trabalhadores, os servidores públicos da educação ativos e inativos que eles nunca respeitaram antes e que agora estão mesmo revoltados com o deboche. O nível baixo do candidato já era gritante em relação à ausência de propostas a não aceitar olhar para o passado para não assumir suas responsabilidades pelos governos anteriores do PMDB e do PSDB dos quais foi secretário, líder na assembléia e defensor de primeira hora, e era visível o despreparo do candidato para debates – o que explica porque fugiu de tantos debates e que quando compareceu trouxe péssimos argumentos e intervenções em suas apresentações em debates, mas a coisa desandou de vez agora, pois ele cai numa espécie de descontrole e incapacidade e não consegue deixar de dizer besteiras e estultícies como esta de que “Piso bom tem na Tumelero”.

Eles só mostram mais uma vez e lembram aos eleitores e aos professores e professoras estaduais que continuam sem respeitar os professores. Com Simon foi assim, com Britto foi assim, com Rigotto foi assim e com muitos outros prefeitos, deputados e representantes deles sempre foi assim. Sou testemunha ocular do deputado estadual Giovani Feltes PMDB-RS, cuja base é Campo Bom e que foi eleito para deputado federal – com um processo gigantesco no STF que pode lhe tirar o mandato recém conquistado. Feltes deve pertencer a esta ala do deboche do Sartori, pois jogando moedinhas aos professores e professoras que buscavam reajuste na Assembléia Legislativa do RS gerou na categoria uma rejeição muito grande. Este PMDB  aqui em São Leopoldo também faz das suas em relação a educação, Pois não é que o PMDB local conseguiu a façanha de nomear como secretário da educação duas pessoas sem nenhuma formação superior condizente com a área. O primeiro é o Vice-Prefeito e ex-vereador que não é e nunca foi professor já o segundo é um bancário.

Voltando ao outro deboche, porém, o vídeo agora já viralizou, de tal modo que a grande maioria dos professores passaram a divulgar e a dar opinião sobre esse absurdo e esse deboche...E a opinião dos professores não é nada boa à respeito do Sartori não. Não devia ter acontecido e ele navegava em calmaria, mas ele pisou na bola e muito feio e conseguiu incendiar as taquareiras de vez. Por fim, é muita cara de pau mesmo agora tentar atenuar via contra-ataque ou uma disputa de versão que não resolve nada.

Nas redes sociais os Chato Boys do PMDB Gaúcho tentaram uma reação que não logrou êxito tentando atribuir o problema a uma edição do PT da entrevista. E agora pipocam perdidamente para todo lado...eles tentam defender ele porque o Tarso não pagou o piso, mas é vergonhoso eles saberem disto tudo e escorregar na própria arrogância e estultície. 

Essa escorregada pesa 500 mil votos por baixo e já é irreversível...e do modo como a coisa vai deve atingir no mínimo 1,5 milhão de eleitores até o domingo...gerando um feito manada e elevando a rejeição do candidato do PMDB em todas as querências. Alguém poderia dizer – em defesa da pouca esperança dele - que isso tem efeito só na internet, porém pela minha experiência aqui eu diria que é um impacto estrondoso, Nenhuma outra gafe ou ataque que assistimos nesta eleição de 2014 obteve tal acolhida dos internautas e ganhou tal dimensão. 

Aquele abraço, a verdade miudinha sobre Sartori e o PMDB demorou, mas chegou, cresceu e apareceu....

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

SOBRE O DEBATE DESTE DOMINGO DOS PRESIDENCIÁVEIS NA RECORD

Os debates na minha opinião estão ficando cada vez melhores. O primeiro trouxe um ataque assombroso de Dilma que surpreendeu a todos. Porque nele ela abandonou os dados e números e passou a fazer o maior enfrentamento ao mar de lama em torno de Aécio Neves. No segundo debate assistimos a um contra-ataque de Aécio que apelou ao máximo e atacou de qualquer forma a presidenta. Isso gerou certa comoção entre os apoiadores de Dilma e vergonha entre os apoiadores de Aécio mais conscienciosos. O que se consagrou com o deboche e a forma covarde como os apoiadores mais irracionais de Aécio tentaram tirar proveito do quase desmaio de Dilma, na entrevista após o debate por pressão baixa. Já o debate de ontem foi bem mais ameno e muito mais respeitoso, com um nível bom de interlocução entre os dois contendores apontando inclusive certas concordâncias de bom senso em ambos. Isto posto que não houveram acusações de mentira ou leviandade e os debates de programa e de conjuntura econômica, corrupção e perspectivas do Brasil se elevaram. Houve discussão intensa sobre a gestão de Aécio em Minas Gerais com especial destaque ao tema da saúde. Mas não se pode dizer que o debate foi desrespeitoso como o segundo no SBT. No próximo debate da Rede Globo na quinta-feira veremos o quanto o equilíbrio subsiste e também certo confro0nto definitivo entre os dois antes ads urnas. Sobra espaço para uma agenda e pauta mais quente e mais intensa, mas isso não significa que apelação e ofensas, acusações sem provas  e alegações infundadas não levem a um desastre definitivo de uma ou outra candidatura. Na minha opinião o placar aponta dois a um para a Dilma, e no último creio que ou ela vence ou empata considerando os três antecedentes. E empate fora de casa é um sério resultado, pois marcará o campo do adversário e beneficiará uma leitura mais amena da conjuntura eleitoral para os eleitores, mas Dilma pode vencer sim e se retomar alguns números e atacar com mais segurança e precisão pode dissolver de vez o bom mocismo aecista. O adversário se conteve muito ontem, por conta da vergonhosa atuação sua no debate anterior. Por exemplo, não usou uma vez sequer a  expressão “mentira” ou “leviana” das quais abusou ao limite na quinta. Ou seja, tratou de tentar limpar sua barra junto a audiência.  Mas se viu ainda e apareciam claramente aquele riso estranho e de deboche dele – o que eu creio que lhe tira muitos votos das mulheres e amplia sua rejeição - e ontem, também apareceram ou se apresentaram as fungadas, que estreiaram definitivamente em debate eleitoral no Brasil. Isso é algo sobre o que nem vou falar, como nunca falei nada disto antes, mas que dá o que pensar, dá...meu professor....

BOM DIA BRASIL!!!

Bom Dia..Na escola cheguei cedo hoje, abri a escola, liguei as luzes e pensei com o chimarrão na mão, pensando na minha vida, no pacto pelo fortalecimento do ensino médio, nas atividades e tarefas cumpridas, nas lições aos meus alunos nesta semana, na importância da política brasileira, na minha grande família, no futuro de todos nós, mo nosso futuro comum, nos alunos e alunas e nesta relação entre argumento, argumentação, contra-argumento que é bem diferente de ter opinião, fazer negação e acusação... Sei que a verdade prevalecerá, porque o Brasil não pode ficar repousando em berço esplêndido e bem aquinhoado para alguns e na pobreza ou miséria para a grande maioria...Sei que reduzir as desigualdades não é uma proposta de um partido único, nem uma questão pessoal, é um programa que deverá ser melhor compreendido para trazer mais e melhores resultados na educação e na saúde, no desenvolvimento e na segurança...Precisamos muito construir mais oportunidades para todos, fazer justiça social e enfrentar as elites sim, e quando olho para o Judiciário e seu BOLSA MORADIA auto-conferido de forma desavergonhada penso nisto também. Para mim a pergunta é: O Brasil quer crescer ou regredir ao passado de plantar inflação para colher juros altos, o que só serve para o rentismo e os endinheirados que nunca precisaram procurar emprego, batendo de porta em porta, não precisam disputar ganhos salariais com sindicatos, greves, que obtém seus ganhos de forma bem mais fácil que a grande maioria dos trabalhadores, não precisam economizar recursos e lutar, trabalhar e se sacrificar muito para progredir na vida, nos estudos e neste mundo...E eu sou daqueles que sabe muito bem quem eu sou, de que lado eu estou e sei muito bem também com quem eu vou ou ando andando nesta vida...sei que escolhas fiz e porque fiz...e você? O maravilhoso mundo de Bob, só serve para o Bob e a família do Bob meu chapa. Classes sociais não são fantasias. Ver hoje Conservadores associados com Liberais, para impedir Republicanos e Trabalhistas de continuarem removendo e eliminando esta chaga da miséria e da desigualdade no Brasil não me surpreende. O que me surpreende mesmo é ver os maiores beneficiários deste processo de distribuição de renda associados a eles. Vê se acorda e pára com estas viagens....quando alguém se expressa e argumenta se supõe sim que podemos verificar ou não a veracidade de suas proposições... 

domingo, 19 de outubro de 2014

SOBRE ALGUNS TAXISTAS ANTI-PETISTAS

Uma amiga e colega dizia que uma cabeça desocupada é a oficina do diabo...

Um dia eu peguei um taxista com certo anti-petismo flagrante, e fiquei pensando como responder com delicadeza ao que ele dizia. Assim eu perguntei para ele - após muitas considerações gerais dele sobre os governos de POA, do RS e do BR - como era a família dele? Se todo mundo da família dele andava no passo certo?...Ele me olhou e confessou que não e que havia um problema tal com alguém. 

Então, eu olhei para ele e disse, partido é como uma família e eu quero que minhas filhas tenham a menor quantidade de problemas possíveis...não posso dizer com quem elas poderão casar,é uma escolha delas, mas posso ponderar que não se casem com pessoas cujas famílias são mais complicadas que as outras, por mera prudência e parei o assunto e o papo sobre isso por ali, para cumprir aquela velha sugestão e  orientação do meu pai que já me tirou de apuros de só "jogar uma pedrinha" e deixar a pessoa pensando e refletindo por si mesma.  

Usei uma metáfora ou analogia e deixei que aquele homem que trabalha todos os dias, mas que tem muito tempo para pensar mais e melhor sobre as coisas decida em sua própria consciência Desta forma, do mesmo modo é somente isso que eu posso dizer para o eleitor hoje: olha bem, tem aquele partido lá, tem aquele outro ali, e tem aquele outro acolá..onde é que tem mais problemas de verdade hoje? Se ele olhar por qualquer critério, não é mesmo no PT. 

Ocupe a sua cabeça com critérios e informações precisas e faça seu juízo e não me venha mais com este papo de anti-petismo que é a mais pura bobagem e a mais pura ausência de reflexão objetiva.   

sábado, 18 de outubro de 2014

AÉCIO, MENTIRAS E VIDEOTEIPES

Se você parar para pensar só um pouquinho, e se der ao trabalho de investigar por si só um pouquinho, vais descobrir que, se Dilma não estiver mentindo, encontrarás boas razões para pensar assim como eu que Aécio é somente o maior Canalha que já se candidatou a Presidência de República deste pais. E a pior parte disto não é a minha opinião sobre este assunto, é que Dilma é bem mais séria do que pode parecer aos teus olhos e tudo que ela afirma sobre este candidato é verdadeiro e insofismável. Então quem não entende isto tem dois problemas: o primeiro é não saber a verdade e o segundo é continuar aceitando mentiras como verdade. Devem haver muitos videoteipes para provar com rigor e clareza tudo isso. Um abraço.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Feliz Dia dos Professores!!!



É uma data comemorativa para estes profissionais da educação que, como eu, atuam ou atuaram em escolas, com jornada de trabalho e tarefas formais e objetivas, com diversos conteúdos e disciplinas, com gestão e supervisão, orientação e aconselhamento, mas eu creio que é uma data comemorativa para toda a nossa sociedade também. 

Por isso, agradeço e homenageio a todos os meus colegas e com a minha eterna gratidão aos meus mestres por toda força, apoio e lições que recebi e a grande alegria de ter escolhido também esta profissão. 

Desejo que todos tenham um momento hoje para comemorar esta data com seus familiares, alunos, amigos e conhecidos e que a educação brasileira nos ajude a cada dia mais a tornar este nosso pais mais justo e mais desenvolvido, mais humano e mais feliz! 

Eu acredito sim que isto está sendo possível e que dias muito melhores virão e agradeço a todos que tem ajudado nesta tarefa e na construção deste grande sonho.

À minha esposa que também é professora e aos meus dois enteados que também seguem neste caminho.

Aos meus alunos e alunas, ex-alunos e ex-alunas que aproveitam e aproveitaram algo de nosso convívio e especialmente aqueles que escolheram corajosamente a mesma profissão que a gente. 

Aos pais e mães, responsáveis, tios e tias, irmãos, alunos e alunas que já compreenderam sua parte nesta lavoura e aos meus colegas que tem envolvimento, dedicação e muito amor pela educação e um gosto pela descoberta e a busca de conhecimento.  

Aos meus colegas servidores de escola que em todas as pontas de apoio também realizam, este importante trabalho de educar nossos jovens com cuidado e zelo.  

E aos demais membros de nossa sociedade que entendem também seu papel na educação dos jovens e dos cidadãos.  

Um feliz dia dos professores para os meus colegas e para todos os brasileiros e brasileiras!!!

São Leopoldo, 15 de outubro de 2014.

#‎DILMA13 vs AÉCIO NA BAND: O MASSACRE NO PRIMEIRO DEBATE DOS PRESIDENCIÁVEIS

Assisti todo o debate, que é apenas o primeiro dos quatro debates do segundo turno, e considero que AÉCIO não pôde sequer respirar e pegar ar.

E foi um debate que mostrou todas as nuances dos candidatos e foi um debate privilegiado porque exibiu claramente o confronto dos candidatos, dos programas e também de natureza emocional e de caráter.

Para quem esperava certa concentração e bate-bola em temas de Política Econômica, Corrupção e Programas Sociais, o debate avançou com o pulso e o timing impecável de Dilma sobre estes temas construindo um ônus em todos eles que o adversário jamais imaginava que recairiam sobre si.

Tanto os aspectos discursivos que trataram destes temas, quanto os fatores psicológicos, comportamentais e dos perfis dos candidatos ficaram muito visíveis e ganharam mais nitidez ainda.

As reações de um Aécio descontrolado, erguendo sua voz e seu dedo em riste frente aos ataques de Dilma são a camada mais visível do massacre psicológico e moral que assistimos.
Nos próximos três debates, desta quinta-feira no SBT, no próximo domingo, o da Rede Record e, finalmente na Globo o debate que ocorrerá na sexta-feira, a antevéspera do dia da eleição, ela deverá prosseguir neste massacre.

Neste sentido a Presidenta Dilma encontrou o tom e definiu claramente uma estratégia de ataque que responde nitidamente ao discurso de AÉCIO e dos opositores do primeiro turno com toda a clareza e precisão.

Não ficará pedra sobre pedra e é isso que deu a impressão para alguns – e a claque ou turma de apoio de Aécio sentiu isso – que Dilma parecia a candidata de oposição.

Na minha franca opinião Dilma acabou com ele em todos os temas tratados e em todos os blocos.

E todas as respostas irônicas de Aécio vão cair no mais completo esquecimento da opinião pública.

Um desavisado eleitor que assistisse o debate pela primeira vez teria anotado na caderneta pelo menos 4 situações em que Dilma jogou com seus golpes o Aécio na lona.

Apesar da sua reconhecida dificuldade para articular as palavras - o que atrai os adversários  sobre os aspectos de sua dicção - que ainda apareceu neste debate como resultado de um excesso de auto-controle;  ela evitou duas coisas claramente: o tradicional banho de números e de precisão em números de sua gestão – que é admirável mas que desvia o foco do aspecto mais emocional dos debates e passa a impressão tecnicista - e manteve a sua agressividade natural sob controle.

Do começo ao fim, aproveitando seu tradicional destemor e capacidade crítica ela acabou com todos os itens da pauta e parecia sempre ter a dianteira, mesmo quando Aécio perguntava.

Ao longo do debate o perfil e a expressão facial de Aécio mudou de figura de forma marcante.

Me pareceu por isto que ele foi amassado, triturado, lascado e liquidado por Dilma.

Iniciou o debate rindo o tempo todo e se expressando como um engraçadinho, mas foi sendo emudecido até o ponto que, ao final, quando sorria parecia mais um riso disfarçado e nervoso do que triunfal.

Creio que pegou muito mal aos expectadores aquele olhar irônico e cínico dele na arrancada do debate e que aquilo ajudou muito a Dilma como uma pedra de toque ou cabeça de ponte para a sua ofensiva.

Me parece que, sem a menor dúvida, a melhor contribuição dele neste debate foi provar que o povo brasileiro quer ser levado à sério, e que ele não leva à sério sequer a sua adversária, parecendo desrespeitá-la escancaradamente, com ar de deboche ou uma superioridade fantasiosa.

O adversário começou com aquele risinho tradicional e fazendo aquela carinha de presunçoso, mas toda a sua ironia e seus sarcasmos fugiram quando Dilma o nocauteou claramente sobre os seguintes pontos:

Corrupção - Aonde estão? Os responsáveis pela Pasta Rosa, Sivam, Privataria, Mensalão Tucano, Trensalão?

Nepotismo - emprego para irmã, três tios e três primos Dr.?

AEROPORTO DE CLAUDIO - processo crime de improbidade administrativa correndo.
Nocauteou também sobre a gestão de Aécio em Minas Gerais e usou bem a Derrota do candidato de Aécio no primeiro turno em MG, para Fernando Pimentel do PT.

Além disso, criou o momento talvez mais duro da vida de Aécio Neves em debates políticos quando com certa acribia e tranqüilidade questionou o candidato adversário sobre as políticas de combate a violência contra a mulher.

O riso nervoso de Aécio foi tão indisfarçável que provavelmente ninguém lembra da resposta dele, mas todo mundo deve lembrar que os seus ombros foram se curvando sobre o seu corpo e que ele de certa forma diminuiu de tamanho frente às câmaras da tevê Bandeirantes.
O ataque de Dilma à fábulas de Aécio, foi a melhor resposta dela às acusações sistemáticas dele de leviandade e de mentira.

E a primeira fábula derrubada foi a gestão de Aécio em Minas Gerais que foi desmanchada no que toca às dividas que aumentaram, aos índices de segurança e violência que se agravaram sobre jovens entre 16 e 24 anos, conforme o Mapa da Violência no Brasil de 2013 , aos indicadores na área da educação e da saúde – um Samu que não funciona e chegou até o uso não explicado e não transparente de recursos públicos para financiar a rede de rádios da família de Aécio – último item que pode vir num dos próximos debate com força.

A segunda fábula consiste na persistente mitomania dele de atribuir ao bolsa família o DNA tucano, o que para o jornalista Boechat da Band é uma questão de interpretação, mas que para Dilma envolve a compreensão da dimensão e da metodologia do programa Bolsa Família.

A terceira fábula é a meritocracia que Dilma suavemente desconstitui ao apontar que um governador que contrata quase 100 mil servidores a título precário, com legislação frágil que foi derrubada pelo STF, obrigando a demitir todos os servidores contratados neste regime, não pode mesmo falar de meritocracia.

Muitos comentários ainda virão sobre este debate, mas eu creio que a tendência da Dilma sair da defensiva e ir para o ataque aponta que Aécio agora tem sinalizadas as balizas e Dilma poderá decidir avançar mais sobre o adversário se julgar necessário ao limite da desmoralização completa dele, o que pelo bem da democracia ela claramente evitou ontem, com as evasivas e as respostas histriônicas e diversionistas dele.

Por fim, portanto, fica óbvio que Dilma pode bater muito mais, mas não creio que ela irá adotar este modelo até o fim, posto que após controlar seu adversário, deverá mostrar melhor e com mais tranqüilidade ainda os êxitos do governo e também apontar as novas propostas.

No geral, ela foi muito bem neste ponto e a fala final é um primor em clareza e articulação dos seus objetivos colocando a educação como base e espinha dorsal organizadora e promotora do novo ciclo de desenvolvimento do Brasil.