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domingo, 28 de setembro de 2014

DA SUCESSÃO DO PRR E DO PSD E PTB NO RIO GRANDE DO SUL À REELEIÇÃO DEMOCRÁTICA DE TARSO GENRO

Pois meu caro amigo Diogo Costa aqui detalho mais o debate ...superar esta matriz prática e programática autoritária que se sucedeu no RS por bem mais tempo do que se imagina é mesmo uma façanha. O positivismo dava muito valor para a república e muito pouco para a democracia. Isto foi um fenômeno histórico que merece compreensão e não juízos precipitados, pois realizou um profundo processo de modernização do estado e do país, gostem os paulistas ou não, aceitem ou admitam os pseudo-democratas ou não. E eu creio que a gente tem que admitir que o PRR governou mais de 60 anos o RS, de 15 de julho de 1891 a outubro 1945 co a mesma sigla e as mesmas hostes, pois de Julio de Castilhos a Flores da Cunha (1937) e passando pelos interventores todos pertenciam ao PRR não somente por adesão, mas por convicção ideológica e prática e que inclusive os interventores eram todos Republicanos e herdeiros da escola castilhista que se vai realizar com revolução de 30, no governo federal com Getúlio Vargas e na ditadura Vargas (os interventores não eleitos e indicados por Getúlio e que por assim dizer são impostos, eram em quase sua totalidade, gaúchos - tirando o baiano Daltro Filho o qual porém sentou nos bancos castilhistas em Porto Alegre num dos seus tempos de formação militar, então os demais eleitos se é que se dá para considerar como bem eleitos democraticamente os candidatos do PRR de 1891 a 1937, reconduziam o mesmo projeto ao poder e as dissidências eventuais ou pessoais, como a do Flores são detalhes de pouca monta na sucessão). E se, além disso, considerares que tanto o PSD quanto o PTB devem ser vistos como filhotes legítimos do PRR, então a coisa vai mais longe ainda, com a intercalação a partir de 1945 entre ambos...até os anos de 1964, quando a velha cizânia entre as elites do PSD e os trabalhistas e populistas do PTB se consagra no golpe militar e se redistribuiu em Arena e MDB...Depois, coma redemocratização não ficou tão difícil saber quem é quem assim não. Basta olhar para os que obtiveram ganhos, que foram interventores, senadores biônicos ou para os partidos herdeiros do PSD e da Arena. Mas, olhando para o tempo atual, se Tarso se reeleger eu ousaria dizer que ocorreu um amplo amadurecimento político do estado e que a democracia se consolida sob projetos e não mais pela imposição da força ou de monopólios (econômico, de comunicação ou das elites), ainda que os adversários de Tarso e outros pensem diferente. Será a primeira recondução legitimada pelo processo democrático e por um projeto político no RS. Isto é sim uma façanha de alta legitimidade e que simboliza quase uma emancipação também do poder hereditário da mídia gaúcha considerando-se que a adversária política principal dele representa justamente a fusão entre a velha matriz autoritária do PSD e a nova direita conservadora gaúcha (PSDB ET caterva). Ainda que se possa nem saber disto e nem aceitar isto, e muitos hão de encontrar razões e tatibitatis contra, eu consideraria isto a emancipação do RS desta escola autoritária que vai e volta entre nós através de velhos liberais e pseudo democratas. Seria como que uma cura do recorrente conservadorismo e autoritarismo gaúcho.

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