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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A DEMOCRACIA: NOTA DE CORREÇÃO

Estava pensando muito em democracia e me saiu isto:

A democracia como um sistema de correção das disposições políticas.

Foi o que pensei, em geral, mas me chamou atenção as três funções relacionadas. A sistêmica que abrange a todos os sujeitos. A corretiva que permite se imaginar isso no tempo e quando chamei de disposições, aquilo para o que ser deliberado, escolhido, avaliado e discernido como alternativa ou curso de ação, lei, projeto ou programa.

Pensei assim também porque nos outros sistemas políticos a correção tende a ser retardada ou compreendida de forma isolada na sociedade.

Mas na democracia ocorre ou pode ocorrer se for estimulado um progresso de responsabilidade sobre os agentes ao longo do processo.

A democracia é, então, o sistema político que permite ao povo determinar com seu juízo e com sua educação própria as disposições políticas, legais e justas de sua própria sociedade e que também permite corrigir estas disposições quando elas foram equívocas ou mal determinadas. 

Precisamos dar muito valor para isto, pois vislumbro um período muito longo de superação via mais informação, mais debate e menos manipulação, um período de superação de muitos engodos, demagogos e retóricos, contorcionistas, manipuladores e interesseiros, mas para isto o povo precisa assumir integralmente a sua responsabilidade pelas escolhas, pelo voto e pela aceitação deste ou de outros pensamentos.

E então lembro de duas pitadas de Rousseau e Kant aqui:
R.: “obrigar a ser livre”.
K.: “ousar saber”

E é claro que nada disto satisfaz os imediatistas, ansiosos e aqueles que fazem juízos superficiais, juízos desinformados, àqueles que distorcem os fatos e ou que gostam de generalizar todo o mal e diminuir todo o bem.

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