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sábado, 23 de agosto de 2014

SOBRE EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E CERTA IMPRENSA

Nós temos que defender a democracia em sala de aula e no máximo que a escolha seja o mais racional e qualificada possível, não pelo candidato preferido nosso, mas pelo conhecimento por parte dos eleitores, nossos alunos, colegas e amigos do candidato, sua trajetória, seus atributos e experiências, ideias e seu programa, partido e propostas. Eu jamais faço campanha em sala de aula, já fui objeto de questionamento muitas vezes sobre isto, mas me resumo a tratar da questão mais geral relacionada à política.

Quando meus alunos me perguntam a religião e o partido digo que me é um assunto privado, que meu ofício em sala de aula não é tratar disto e que para tratar destas questões preciso fazer isto fora da sala de aula e da escola. Assumo minha história de militância integralmente, minha filiação e meus candidatos, mas não faço proselitismo em sala de aula de forma alguma. Assim, como assumo minha formação religiosa, minhas diversas experiências de conhecimento de outros cultos, práticas e sabedorias, mas não faço jamais a afirmação desta religião em detrimento de outra, ou desfaço e estabeleço um debate que procure deslegitimar a opção religiosa de meus alunos. Trato de religiões com tolerância e tento sempre compreendê-las, conhecê-las e defendo o respeito às orientações religiosas dos outros. Tanto a política, quanto o sagrado são para mim exemplos de como a razão deve se portar em relação ao que está dentro dos seus limites e do que não está ao seu alcance julgar.  

Aprendi e cada vez tenho mais convicção sobre isto que as pessoas raciocinam e refletem de formas muito diferentes sobre as coisas, tem níveis diferentes de compreensão, informação e conhecimento, algumas são influenciáveis e manipuladas tanto para o bem quanto para o mal e outras são muito - o que considero ótimo - donas dos seus juízos e assumem suas posições após estudo e reflexão. Porém, isso não significa que excluo do âmbito de possibilidades das pessoas suas crenças, suas esperanças e o domínio daquilo que é insondável e incompreensível para mim.

Então, para salvaguardar o imponderável, superar estas tendências ao inexplicável em algumas questões e ajudar  temos que saber como professores apontar nesta direção: que política é uma coisa séria e que não é somente uma questão de opinião. Frisar que há ciência sobre esta matéria e que é possível sempre discernir e compreender diferenças com precisão e a partir disto pensar na melhor opção e numa escolha qualificada pela reflexão e não de forma superficial, por impulso ou de modo irresponsável.

Minha filha de 15 anos, por exemplo, que completa 16 em 29 de novembro, disse algo sobre a televisão que eu creio que vale para tudo: tem que filtrar. Só isso já é uma baita dica para quem segue por impulso "certa imprensa" e certos "senhores da opinião pública".

Estes "senhores da opinião pública" e seus "candidatos" são sempre aqueles que são cevados diariamente e positivamente em seus meios e que se encontram montados em monopólios adquiridos através de concessões na ditadura e na minha opinião por tráfico de influência política nos anos 80, 90 e recentemente. Aqui no RS temos uma plêiade de notáveis que são impingidos pela tevê, rádio e jornal e muitos deles são eleitos. Se alguém me provar que eles fizeram algo de bom por este estado eu me calo. Mas é altamente controverso o resultado dos governos e dos mandatos deles. E já é indubitável os danos causados por eles a este estado e este país. Os casos "Ford", "Copa do Mundo" e sobre a economia nacional hoje são gritantes. E existem casos abundantes que demonstram este propósito de obter resultados fazendo uso de manipulação e de terrorismo no trato dos fatos e das versões.. A "propaganda fraudulenta" feita por certa imprensa e um destes cevados em 1996 sobre a dívida do estado é somente uma ilustração deste absurdo, deste engodo e do abuso sobre a boa-fé do nosso povo. É inadmissível este desserviço, a desinformação intencional e a manipulação dos fatos e dos acontecimentos por uma imprensa tendenciosa e que não oferece informação de qualidade, fazendo o tempo todo proselitismo político e ideológico através do uso e abuso de uma concessão pública.


Isso precisa ser fiscalizado para o bem da democracia, porque representa sim uma ameaça e me é claro que os propósitos de manipulação são somente para efeitos de atendimento aos interesses, chantagens e pressões destes senhores. Não é pelo bem do povo, pelo bem do país, nem pelo bem da democracia.

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