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domingo, 31 de agosto de 2014

MODO DE PRODUÇÃO, TRABALHO E PENSAMENTO

Creio que não há dúvida de que qualquer mudança no modo de produção incide sobre nossos modos de vida e nossas mentalidades, porém, esta mudança é possível por uma mudança que parte do reconhecimento de uma outra possibilidade de que aquela forma de fazer e de viver pode ser superada ou alterada. Então, é assim que uma mudança de mentalidade em poucos desperta em conseqüências e em efeitos mudança de mentalidades em outros e, como gostam muitos materialistas, as mudanças nas condições materiais mudam as mentalidades. Para quem me entende aqui estou falando de mudança de mentalidades que mudam as condições materiais e incidem sobre elas. Isso para mim ainda se chama pensamento. E sou daqueles que acredita que mesmo o trabalho é uma atividade que se segue a um pensamento que reconheci uma necessidade ou um curso de ação determinada como possível. Apesar desta discussão parecer bizantina, me fascina o fato de que ela envolve também a possibilidade da mudança, tanto do trabalho como da nossa forma de pensar sobre e ser determinado por ele. E é assim que observo na história os encontros entre um pensamento qualitativamente superior e uma ocorrência ou forma de poder ou vocação para o poder. Isso pode muito bem ser observado quando surge o pensamento, quando ele se encontra e se realiza em um ou no seu máximo poder, e quando ele vai sendo superado por outro pensamento que lhe sucede e que avança para além dele. Entendo Hegel e entendo Marx, mas entendo mais ainda a idéia de limites da razão em Kant. Pois e neles que se dá este encontro entre pensamento e poder, para após se manifestar na história como realização, fatos ou ações.  Mas pondero que sua apresentação sempre se dá num discurso que precede ação, fatos ou determinadas realizações.  As conseqüências desta idéia ou pensamento deixo para cada um tirar por si mesmo....

sábado, 30 de agosto de 2014

TE COMPREENDO

Agradeço a possibilidade de entender as pessoas, mesmo aquelas que tem mais dificuldade para se fazerem entender. É uma verdadeira dádiva para mim entender os solitários e os apaixonados, os pessimistas e os otimistas, os realistas e pragmáticos, os românticos e os hedonistas, por exemplo, e entendo até aqueles que mentem para sobreviver neste mundo, entendo os que se lamentam e os que choram, os que não entendem nada e nem querem entender, os indiferentes e os afetados, os sentimentais e os insensíveis, entendo as fortalezas e os molengões também e entendo alguns dos mais difíceis de entender, entendo os fracos e os fortes...os que tem e os que não tem vez....não darei detalhes particulares nem de mim nem dos demais, mas eu entendo a todos...só me recuso a entender aqueles que são maus deliberadamente...confesso que não consigo entender...compreendo bem os que erram, porque também já errei, mas não compreendo os que erram de forma deliberada e assumida...não compreendo a perversão e a maldade...e me sinto melhor quando vejo mais pessoas que não entendem também...e fico com isso me entendendo melhor...isso é o tipo de aversão que só uma educação e uma sensibilidade pode nos dar...agradeço esta dádiva que para mim é inexplicável porque me torna comum àqueles que estimo muito e que admiro demais...e não me sinto um fraco por isto, ao contrário...agradeço sem vaidade alguma a lição...te compreendo...

SOLIDÃO POR BERGMAN

“Eu penso assim: a solidão é absoluta. É uma ilusão uma pessoa convencer-se de outra coisa. Tome consciência disso. E tente agir em coerência com isso. Não espere nada, nada, a não ser um inferno na Terra. Se acontecer algo de agradável, melhor. Não acredite nunca que você poderá quebrar a solidão. Ela é absoluta. Você poderá fazer poesia sobre coexistência em vários planos, mas ainda assim será apenas poesia sobre religião, política, amor, arte e assim por diante. A solidão é total da mesma maneira. A ratoeira está na possibilidade de poder ser alguma vez dominada por uma miragem de coexistência. Esteja consciente de que é uma ilusão. Assim, você não ficará decepcionada depois, quando tudo voltar ao seu normal. Uma pessoa tem de viver pelo instinto da solidão absoluta. Nessa altura, uma pessoa deixa de lamentar-se, deixa de afligir-se. É aí que uma pessoa, de fato, passa a sentir-se bastante segura e aprende a aceitar a falta de sentido da vida com uma certa satisfação. Com isso, não quero dizer que uma pessoa se torna passiva. Acredito que uma pessoa deve lutar o mais possível e o melhor possível. Por nenhuma outra razão a não ser aquela de que uma pessoa se sente melhor fazendo o seu melhor do que desistindo.”

Bergman, Cenas de um Casamento Sueco.

SOBRE OS SONETOS E OS POEMAS DE SHAKESPEARE: O AMOR É UMA LOUCURA

 - minha resposta alongada a um comentário gentil sobre as traduções do soneto 116 que publiquei aqui - e uma amenidade com carinho aos amigos e amigas

Todos os sonetos de Shakespeare tem algo maravilhoso e genial. Eu fico encantado com tudo neles, com a rima, a métrica, a escolha das palavras pelo autor e pelo autores das traduções as expressões coloquiais e as invencionices e analogias, ironias e finesses dos ataques ao coração do leitor e da leitora por parte de Shakespeare. Me emociono mesmo lendo eles e para ser mais rigoroso recitando eles que é como eu creio que toda poesia deve ser lida de modo a lidar com a musicalidade e a sua grande magia.

Já falei neste blog da minha descoberta e experiência mágica com os Sonetos numa certa temporada de verão no inicio dos anos 90 em Florianópolis, na casa de minha amiga Suzi Biazus me dei lá ao trabalho de começar a ler um exemplar bilíngüe deles e cabei por ficar brincando entre amigos - e em meio a feitura de um memorável carreteiro -  com a tradução e a partir daquela data até hoje sempre dou uma espiadinha  aqui e  ali e não resisto a uma obra dele na estante de qualquer livraria. Procuro até hoje aquela edição  da Ediouro de bolso, mas não achei ainda.

Não escuto ou leio, porém, muita gente falando dos sonetos de Shakespeare e creio que com eles – encobertos pelas peças teatrais - acontece algo semelhante às crônicas de Machado de Assis que são encobertas pelas suas demais obras de fôlego.

  Na semana antepassada, para ser mais exato a dez dias – em 19 de agosto - adquiri Vênus e Adônis numa edição luxuosa da Leya, tradução por Alípio Correia de Franca Neto e me surpreendi também pela qualidade de mais isso que me cativa. O cara era genial e fiz a experiência de recitar três sextilhas para dois alunos interessados em sala de aula no noturno e o impacto foi preciso. Assisti os olhos espantados dos alunos ouvindo aquilo e se admirando de um professor de filosofia que ama a poesia com mesma paixão que ama a verdade e a busca da sabedoria e da felicidade.

Depois da postagem aqui e do comentário sobre o 116 fiquei pensando nele e em Homero. Queria também dizer que este soneto é uma espécie de leitmotiv para o meu texto no meu blog - cheio de imperfeições, mas para debate - sobre Atração Física e Mental. E confessar que sou um filósofo que olha para o amor como uma grande desafio à reflexão.  Vejam duas sextilhas (349-355):

“Quando ele senta, eis que ela já é vinda
E como amante humilde cai de joelhos;
Com a bela mão o boné agora o eleva (guinda)
A outra acarinha meiga o rosto dele, e o
        Seu rosto a aceita, se imprimindo fraca
        Tão fácil quanto a neve caindo, a marca.
Oh, como os olhos deles travam duelos,
Os dela aos dele suplicando forte,
Os dele os vendo como que sem vê-los;
Os dela em corte, os deles frios à corte;
        E atos de um drama mudo aclaram o choro
        Que os olhos dela chovem como um coro” (pp.85-87)


Chovem como um coro deve ser algo muito afinado e um amor assim não pode ser desprezado.

Vou terminar com uma linha de comentário do tradutor de Vênus e Adônis (Leya Editores). A Deusa Vênus tenta com todas as suas forças conquistar o belo Adônis que resiste bravamente e o poema que nos aponta como este jogo de resistência e indiferença é um tema desafio à pena do autor e ao mesmo tempo uma lição a um tema de nossa vida.  O Gênio de Shakespeare "não faz menos do que sondar a loucura dos que amam e a loucura ainda maior do que se recusam a fazê-lo". Tá né, agora só o que falta é isso para pensar na loucura da recusa ao amor. No caso de Adônis levou ao azar...e não vou dar spoiler aqui.

Para fechar me comentário vou frasear um pouco sobre isto, para pensar mais depois e além de hoje. 

Fiquei pensando no que seria de mim se tivesse uma expressão como esta para cada um dos amores conquistados e recusados da minha adolescência e conclui que isso sim seria sim uma grande loucura. Considerei esta chave uma espécie de arma secreta que deve ser bem guardada para evitar seu mau uso e aplicação indevida. Afinal, não se deve seduzir quem não se ama, nem conquistar alguém para quem não queremos dar nosso pleno amor, mas somente se oferece e se dão migalhas de nosso carinho, atenção e afetos. Pois veja bem, ser capaz de encurralar minha amada e minha conquista em tal encruzilhada e dilema: ama loucamente ou enlouquece sozinha, seria uma imperdoável perversidade.

Mas que há talvez, enfim, um pequeno caso ou um único caos em que isso é perdoável e compreensível, isto é, aquele em que se ama de forma tão reveladora que não se consegue fugir, negacear ou arengar. E aqui cabe meu modelo de atração completa de uma alma por outra – com todo erro categorial que alguém queira atribuir – e tal paixão que move o corpo e o espírito é irresistível e definitivamente inesquecível.


E devo confessar – com uma gota última de tinta, sem nenhuma lágrima - que creio que uma loucura compartilhada, como já dizia John Lennon em relação à um sonho compartilhado - Sonho que se sonha junto é realidade - ganha realidade e, portanto, deixa de ser loucura. Mas ninguém há de saber o que perdeu nem o que seria, apesar de alguns considerarem muita fortuna o que perderam e grande virtude resistir às flechas do arqueiro. 

ÉTICA E JUSTIÇA: NÃO SE PODE PEDIR DEMISSÃO A DEUS

"A greenelândia fica a leste do Éden. É o locus fictício do sujeito dividido entre o imperativo ético e a transgressão das regras morais; o grau zero da luta encarniçada entre a fé e a descrença; a malignidade e a bondade; a estupidez e a sensatez, enfim, entre a busca incessante da justiça e os obstáculos que adiam sua chegada.."


(Jurandir F. Costa comenta obra de Granham Greene) Dica do camarada Gustavo de Mello....

SOBRE O GRANDE CIRO GOMES!

Ciro Gomes é um dos melhores quadros políticos deste país! Faz bem análises finas, como análises e críticas duras e é bom de debate e de idéias. Com todo respeito aos demais quadros dos partidos e de grandeza inquestionável também, talvez um dia este homem seja presidente deste país! E eu como militante do PT não me sentiria mal fazendo campanha para ele! Sei que ele rompeu com Eduardo Campos e que isto deixa marcas, mas creio que o PSB tem nele um dos seus melhores quadros políticos. E acrescento que também gostaria de ver ele trabalhando com a Dilma no próximo Governo!

SOBRE DEBATES POLÍTICOS NA ESCOLA

Creio que é preciso tratar disto com um bom debate na escola e com mais democracia no trato das opções. Mas é um processo que precisa ser construído com muita calma e paciência, sem açodamento e sem aceitar provocações Eu tive um colega que fazia isso sistematicamente, mas só em períodos eleitorais. Ele encaixava uma opinião e uma posição bem agressiva aqui e ali contra o meu partido e minhas posições gerais e externas e parecia ter prazer em fazer isto. Eu ficava na minha e tentava não aceitar a provocação porque imaginava que seria muito ruim fazer guerra de bugio com questão tão importante quanto a política para mim. Creio que em alguns casos teve os efeitos que ele desejava, mas no geral ficava sempre ruim para ele, Porque alguns alunos vinham me contar e confidenciavam que sequer enfrentavam, a opinião do professor em sala de aula, pois o mesmo não era de humanas e poderia "marcar" os alunos, mas que depois em separado os alunos discutiam sobre as posições do professor e no mais das vezes ele ganhava a desaprovação geral dos alunos pela atitude e pelos méritos e formas das suas posições. O debate político é o tipo de coisa que quando é feito com mais polidez e precisão, clareza e tranqüilidade ganha muito em qualidade e abre espaço para se compreender as diferenças e também compreensões e incompreensões sobre as coisas. Não é o tipo de debate que termina por decreto. Eu me dei por conta disto faz um tempão já. As urnas cantam uma decisão para aquele ponto e naquele período, mas o debate e o conhecimento não termina com o resultado eleitoral. E se apaixonar e bradar por política só em época de eleições é um sintoma de falta de seriedade para mim no que toca a real importância dada ao assunto. Assim, fazer política para mim envolve uma reflexão num tempo mais alargado, memórias de votos que já dei e de razões e posições que já defendi e isso é bem importante ensinar e mostrar aos alunos que se pode evoluir ao longo do tempo e adquirir mais conhecimentos do que opiniões instantâneas e de bate-pronto e de súbito sobre as coisas e os assuntos da política. Nossa, eu começo a falar disso e sai tanta coisa....bem...em frente....

GERENCIA DO BRASIL?

Na questão da gerencia do Brasil e da acumulação do Chefe de Estado e Chefe de Governo do Presidencialismo Brasileiro Dilma foi clara. Ela também poderia ter dito, mas foi suave na resposta, que Marina pretende passar a gestão do país aos banqueiros e empresários que a apoiam e que este é o preço que ele topa pagar para chegar ao poder. Com discurso elogiando as privatizações e FHC e com um economista neoliberal, com as sinalizações ao PSDB, Serra e seus assessores novos e coordenadores o que não está claro para mim são as razões para apoiar Marina. Que num é mais PSB, nem PV, nem REDE e nem ex-PT mesmo!

OLÍVIO É UM RETROCESSO? ATÁ....SEI...

Então é um retrocesso para você o fato de Olívio querer e defender reforma política, moralidade pública e redução das desigualdades sociais no Brasil? chamei Simon de condestável como uma ironia, mas creio que o uso e a apresentação de argumentos ajudam sempre mais, tanto para criticar como para defender. Explique para nós mais - se quiseres - o que você pensa sobre a renovação, o avanço e o progresso representado por mais um candidato cevado na RBS, cujas opiniões políticas são francamente conservadoras e superficiais? Isso sem falar da completa ausência em toda a biografia deste homem de alguma defesa do trabalhismo? Uma contradição destas por si só já é um retrocesso meu caro.

CANDIDATA PALIATIVA

Então tá chamar o MAIS MÉDICOS de paliativo foi o máximo, da parte da CANDIDATA PALIATIVA.....

OPERADORES DE MERCADO TE APOIAM ENTÃO?

APRENDI O QUE SIGNIFICA "OPERADORES DO MERCADO" NOS ANOS 80, ENQUANTO O BRASIL AUMENTAVA SUA DIVIDA EXTERNA E INTERNA, SEM DESENVOLVIMENTO ALGUM E COM ALTA INFLAÇÃO E ESTAGNAÇÃO ECONÔMICA, TAMBÉM LEMBRO DA EXPRESSÃO "OVERNIGHT" QUE INDICAVA OS FLUXOS E OS RENDIMENTOS DE INVESTIMENTOS EM PAPÉIS ESPECULATIVOS - ENTÃO VOU FAZER UMA CONFISSÃO de PEÃO AQUI: EU NÃO QUERO UM PRESIDENTE E NEM UMA PRESIDENTA COMPROMETIDA OU ORIENTADA POR OPERADORES DE MERCADO. e a teoria da mão invisível nunca me convenceu também. Estes caras tem nome endereço e são especializados em manter seus CPF isentos e nada de bom significam para mim...acho que querem me lascar mesmo....SOCORRO....eu não gosto nada do que esta candidata paliativa significa na real, será que só eu e uns poucos brasileiros e brasileiras sabem ler isso? Vamos ter que surfar nesta onda e sair vivos.....que coisa mesmo...só XENTE BOA E DA ELITE....André Lara Resende, Neca Setubol e Eduirado Gianetti

REMENBER

PERCAS E PERDAS - uma sucessão de erros, danos, abandonos, entregas e nada mais paliativo do que o que se apresenta desta forma. Percas e perdas, REMENBER são dois pra lá, dois pra cá...E as vezes é só isso mesmo...

TIPO ASSIM - AGUENTANDO A CANALHICE COMO UM GENTLEMAN

Para um amigo e camarada que ficou todo arrependido de ter postado uma informação errada eu disse agora à pouco o seguinte: fique tranqüilo, porque isso acontece. O mais importante é que você descobriu e pode reparar e se corrigir deste erro. Talvez seja mais importante do que parece isso para nós, pois no teu caso você olha para a tua credibilidade e responsabilidade e este é um sintoma de que para você não vale tudo o que é muito bom também. Mas eu queria te dizer uma coisa que está me chateando e muito: nós estamos lutando aqui contra posições, instituições e candidatos e pessoas para os quais o vale-tudo é um método legítimo, e no debate presidencial de terça-feira eu entendi isso perfeitamente. Caímos num irracionalismo escancarado, por isso estou com um sentimento de que me lasquei também. Meu amigo não é a derrota do PT que me preocupa, nem da Dilma Rousseff, mas sim de uma idéia que nos é tão cara a de que devemos fazer o debate e a democracia sendo muito honestos e verdadeiros. Me defrontei naquele debate com tantos absurdos, manobras e distorções que fiquei abismado amigo. A luta está duríssima para nós e me dói pensar na tragédia que pode decorrer desta canalhice generalizada que temos que assistir como gentleman's. Vejo que isso é dureza, mas vai passar. E VEJO a progressão dos acontecimentos e o crime absurdo que estão perpetrando contra a democracia brasileira. Não me sinto um coitado, nem a vitima, vejo muitas vítimas mais entre aqueles que seguem este curso de ação. E me lembrei muito de Getúlio pensando hoje pela manhã no significado da traição, da traição política e da traição à pátria...

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

SOBRE OS DEBATE PRESIDENCIAL DA BAND E MEU ABORRECIMENTO PASSAGEIRO

Sobre o debate de terça-feira passada entre os presidenciáveis estou progredindo melhor hoje na análise. Eu entendi e entendo tudo muito bem, compreendo as razões mínimas e máximas de cada um e de cada uma, mas não concordo e, também, estou desesperado, mas não com uma derrota da Dilma, e sim com o padrão desta democracia e com os riscos que vejo nisto tudo somado, se eu desaparecesse amanhã eu diria uma única coisa: resolvam estas irracionalidades, casuísmos, oportunismos e opacidades.

Não são somente os governos que precisam ser transparentes, também aos candidatos cabe à máxima seriedade, transparência e honestidade em suas propostas e deveria haver também certo mecanismo de regulação e aferição disto. Creio que é muito feio ver as pessoas mentindo ou distorcendo fatos, e mentindo descaradamente em rede nacional.

Pugno por alguma medida para impedir o contágio e este vírus no nosso sistema político pela irracionalidade que se espalha a partir de certos lugares comuns e opiniões que dissimulam seus reais interesses e intentos. A decadência política é algo que tanto se tenta evitar, mas que depende também do desmascaramento do que se diz novo, mas que é realmente velho, do que se diz a mudança, mas que é um retrocesso.

Quando vejo a forma como a imprensa se comporta contra uns e a favor de outros sempre lembro que esta tendência pode ser repetida conforme a onda contra aqueles que eles apoiaram um dia. Aproveitar-se disto é promover este grande vale tudo, que alguns consideram ser o campo livre da política brasileira, mas que representa um déficit moral, democrático e republicano.

Eu sei que não há dispositivo legal que impeça um pastor do tipo Tim Tones de levar milhares de pessoas ao suicido coletivo ou ao sacrifício voluntário; eu sei que nosso sistema democrático é muito democrático a tal ponto que frações que não somam 1% dos votos sejam organizadas como partidos políticos e recebam recursos públicos para dar show, vender idéias disputar a micro hegemonia e ter espaço para suas platéias animadas e buliçosas; mas creio que deveria haver alguma forma de impedir o espetáculo de irracionalidade que vislumbro, o qual só pode ser compreendido pela nossa máxima tolerância ou total falta de juízo sobre certas coisas e entre estas as coisas e os assuntos públicos.  

Eu assimilo o golpe do Debate e das diferenças arrazoadamente colocadas, mas começo agora a ficar resignado porque vejo que não é só eu que não vejo racionalidade nas causas, nas críticas e na propostas de alguns candidatos. Isso me dá certo conforto, após o profundo desconforto que se abateu sobre mim quando afirmei para mim mesmo em plena alvorada posterior ao debate que me lasquei. Desta forma:

Eu me lasquei...lutei boa parte de uma vida para ter democracia, 25 anos depois de conquistar isso com o povo junto, tenho que assistir um debate para presidente das 22:00 as 01:20 cujos protagonistas de oposição ao governo apresentam uma coleção de bobagens e delírios e a parte pior é que todos eles tem atrás de si partidos regularizados, organizados e estruturados em todo o Brasil, e a maior adversária da minha presidenta - minha presidenta que pode não ser infalível, mas é séria e de verdade - está montada num cavalo que não é seu, faz um discurso para dizer que é seu e não tem um pingo de realidade e veracidade em suas maior proposta de nova política. Ver o candidato do PSDB falar em violência, crime, corrupção e nem piscar também foi algo. Ver a vala comum em que a Luciana "meu pai é diferente" Genro coloca Dilma, Marina e Aécio é de doer. Os mitômanos vou deixar para você pensar. Ver Eduardo Jorge e aquele tom engraçado embaraçado e imaginar também o nível de raciocínio e de visão estratégica desses caras também é de doer. Auditoria da dívida, capitalismo internacional, elites brasileiras, sonegação, estado mínimo, gerência do Brasil na boca dessa gente ganha sempre outras traduções. Me lasquei, foi de doer: QUE PERIGO!.

 A questão é justamente esta: não quem você ataca ou não e como você ataca, mas sim com quais argumentos e quais conseqüências se decorrem disto. Todas as ações políticas tem conseqüências e é muito difícil realmente pensar no bem comum sem levar isto em consideração de fato. Vejo neste debate toda a diferença entre realismo e idealismo, pragmatismo e purismo, esquerda e esquerdismo. Entre o que chamo do jogo de vale tudo pelo poder e este jogo que faz de conta que há alguma forma de indiscernibilidade das coisas.

A melhor parte da democracia é o confronto de ideias e os debates deveriam apresentar isto. Neste confronto se depura o pensamento social de um povo e uma nação. Creio que é algo que deveria ser mais trabalhado, pois não se trata somente da conquista do poder, mas também da construção do pensamento nacional sobre as coisas. Hoje em aula estava mesmo apontando para os alunos que os encontros entre pensamento e poder mudam a história. E o máximo pensamento, qualquer forma de racionalidade que apresenta-se de modo mais qualitativo e verdadeiro caba por criar algum poder ou contrarrestar uma forma de poder vigente e alterá-lo. O debate na terça-feira me aborreceu, mas há que se admitir que se apresentou nele pensamentos alguns confusos e incipientes e outros mais sólidos e com grandes vinculos com tradições que não queremos abandonar. As eleições deste ano para mim sempre significaram um divisor de águas e a oportunidade de fazermos um bom balanço do que fica e do que deve sair nestes 25 anos de democracia brasileira e mesmo dos perdedores ou dos vencidos algo deverá sobreviver e ser mais valorizado na mesa de desenho da nossa sociedade. E dos temas que maios me chamam a atenção alguns tem muita nobreza e devem ser vistos com mais atenção. A defesa singela da "paz e do amor" pelo Eduardo Jorge, por exemplo, é bem mais revolucionária e emancipatória do que parece, aceitem ou não aqueles que querem a revolução e poder.

Isso me dá esperança de correção e de que todo o mal e toda a distorção possível não triunfarão.

Quando a gente canta de verdade começa a não aceitar mais solos desafinados, fora do tom e sem beleza. E a imagem que eu vi não era mesmo de uma polifonia de vozes. Mas sim de uma orquestra dos horrores e que não se salva. A vagueza, a dubiedade e a falta de significado  das palavras me preocupa e muito, não pela gramática, pela sintática ou a correção, mas o sentido explicito e implícito disto. Mas uma coisa é certa para mim já: tudo passa...e isso também passará...quanto aos custos e aos danos serão distribuídos desigualmente para todos e aqueles que ora consideram a política um objeto de diversão e brincadeira, hão de saber o que fizeram. De todo mal que eu vejo e pressinto, somente um me comove: a injustiça e a dissolução da boa arte.

Uma narrativa - digamos ofensiva e proativa diria: estou à beira de decisões difíceis. Nenhuma delas diz respeito ao que farei de mim, mas sim sobre que armas usarei e de que modo farei dobrarem os sinos daqui por diante. Maquiavel é um remédio sagrado para mim, cujo recurso só me autorizo por razão de defesa da vida de todos, não por capricho ou ambição, nem por vaidade ou orgulho. Só por precisão.

Isso que assistimos esta semana como debate eleitoral teve seus momentos nobres ao meu ver, mas foi algo deprimente em certo sentido porque se fizermos uma lista de todas as proposições proferidas, não nos será muito difícil avaliar quais tem racionalidade e quais são produtos do obscurantismo de um impulso presunçoso e enganador sobre a inteligência da audiência e, num contexto de debate, quais são evasivas, vagas e simplórias.

Não é muito difícil se avaliar também quais proposições são verdadeiras ou falsas, quais correspondem a  fatos e quais representam distorções de fatos. O domínio de incerteza e de relativismo também tem seu limite na realidade e na correspondência efetiva a fatos. Não existe uma coisa em si na política que permite com que cada um veja uma coisa de uma forma diferente e nem há a possibilidade de fazer um mosaico das posições, opiniões e pensamentos e se dizer que todas são verdadeiras.

Aquele espetáculo assistido de cacos, fragmentos, estilhaços do passado me mostrou, por fim, que a tarefa do PT não acabou. Ainda há um projeto sendo realizado e construído com afinco e trabalho e que é legítimo em seus propósitos e tem razoável eficácia. E Dilma não foi soberba nem arrogante frente aquela saranda toda. Manteve sua direção e mostrou bem quem de fato tem visão de futuro, não pela sua caixola, mas por representar um grande coletivo de pessoas que não querem mesmo o mal deste pais e do seu povo e que não se servem do vale tudo, não tem poderes externos ao seu favor, nem canhões de comunicação ao seu lado. E ao meu ver, apesar do massacre sistemático que o governo sofre por grupos poderosos ao ponto de mobilizar uma espécie de exército paralelo contrário ao seu trabalho e do seu governo, ela mantém seriedade e a tranqüilidade necessária para vencer


E te garanto que boa parte deste coletivo não está no governo, não é empregado pelo governo, nem beneficiário de suas políticas sociais, mas que continua mantendo sua aposta no Brasil e na mudança de nossa sociedade. Muitos petistas que conheço nem querem estar no governo, só querem um país melhor e trabalham seriamente para isso em cada canto que podem e em todos os espaços que ocupam no mundo do trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia.

Me aborreço sim, mas confio no encontro entre pensamento e poder que levou este projeto a nos colocar onde e como nós estamos, ainda que seja verdadeiro que muitos não compreendem isto.

Não creio que o povo não saiba votar. Nossa democracia está em sua infância. 25 anos é muito pouco tempo para prender a votar e mesmo assim sei que o povo só pode aprender a votar, votando e assumindo sua parcela de responsabilidade com quem elege.

Fiquei pensando numa matéria e entrevista que vi na Globo News com Eric Maskin (Milenio Eric Maskin Discute como tornar a democracia mais representativa )sobre como tornar a democracia mais representativa. Este debate sobre a democracia e que me leva para o tema geral da reforma política, pois entendo que devemos sim adotar novos mecanismo de voto e fiquei muito bem impressionado com a solução ou método de Condorcet citado por ele para as maiorias reais em que os eleitores votam em seus três o quatro candidatos preferidos e que a eleição se dá sobre o melhor ranqueado. 

Também dizer que creio que é necessário criar um sistema de barreira que elimine as minorias que não formam maioria e que simplesmente disputam espaço e midia  com os debates. Não creio que não há nada que tenha sido apresentado e dito pelos grupos minoritários no debate .que não possa ser dito com mais convergência e precisão  pelos majoritários. Neste sentido creio que certos aspectos da disputa de hegemonia devem passar das urnas para os partidos e para os plebiscitos. 

De qualquer modo é preciso sim rearranjar o espectro partidário nacional e impedir o artificialismo e as legendas de aluguel que só servem para barganhar espaços e representar pobremente e sem dignidade posições diversas que podem ser sim incluídas em partidos já existentes. Não dá para ficar criando um partido para cada nova ambição de poder, e nem tanto lastro de pensamento que se apresenta ou que sente não representado. Não tenho a menor ideia como resolver isto, mas creio que precisa ser pensado também na reforma política. 

Devo falar de parte do que me aborrece com mais detalhe emfim. O fato de Marina Silva não ter partido real e formalmente legitimado só mostra o quanto nossa democracia está num arranjo ruim que permite de ocasião uma candidatura cuja unidade política máxima e mais alargada é artificial e inconsistente, mas que, entretanto, disputa por acidente, tragédia, fatalidade e acaso ou destino a presidência da república com chances reais de vencer, mas cujos principais apostadores de ocasião não lhe dão sustentação política real alguma no futuro. E não digo isso por não respeitá-la, mas sim por não respeitar a tradição que a usa como títere e fantoche para voltar ao poder no Brasil.

Não acredito mesmo que a virtude seja preservada pela fortuna, pois cabe a virtude preservar a possibilidade de uma fortuna...portanto, não arrisco a apostar em aventuras na democracia e não creio ser sensato correr ou provar de novo este tipo de risco só por capricho e oportunismo. 

E tudo se mostra nos pensamentos que os candidatos e candidatas apresentam. Na qualidade deles e no grau de seriedade e fiabilidade que racionalmente podemos lhes atribuir. Isso não significa que alguns pensamentos não possam ser melhores e avançar na democracia amanhã, mas ainda é bem cedo e precoce para tributar ao que se enuncia como novo uma saída segura.


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

AEROPORTO, JATINHO ILEGAL E HELICÓPTERO DE COCAÍNA

Prometi para mim mesmo que não ia falar sobre aeroporto, jato e helicóptero, mas vejo que é algo tão gritante e escancarado a esta altura que não dá para se omitir nem se calar sobre isto. Muito me admira que quem mais fala em corrupção, violência, drogas e  falcatruas são justamente aqueles que querem mudar a política do Brasil, fazendo política sob o manto da impunidade e pregando pecado e punição somente aos outros. Não acredito de forma alguma que é um bem para o país ou para o nosso povo e todos  cidadãos e cidadãs, trabalhadores e trabalhadoras, que  não vivem de rendas ou de favores, eleger os candidatos dessa camarilha de mal feitores. Quando é que os bonitinhos e os anjinhos vão começar a respeitar as regras do jogo neste país. Que cambada mesmo.....ora essa....

Não conheço povo de lugar nenhum do mundo que conquistou alguma melhoria real na vida, paz na sociedade, fim da corrupção, fim da guerra das drogas e fim da violência votando em candidatos apoiados e que se juntam com traficantes e contraventores. 

O A DE ANA AMÉLIA E AÉCIO - DÁ MAIS SINAIS DO QUE PARECE

Aquele A fatiado e rachado, esquartejado e fragmentando-se aos pedaços na propaganda da Ana Amélia é um dos símbolos mais claros para mim do que ela vai fazer com nosso estado. Ao contrário do que ela possa sugerir ou dizer sobre diferenças e respeito as diferenças. A escolha daquilo é um ato falho e confesso.

SÓ PARA REGISTRO MORAL - PARA QUEM ACHA QUE É REVOLUCIONÁRIO

Um imbecil que bota fogo em uma banca de revista não esta habilitado a fazer nenhuma revolução de verdade e de qualidade em lugar algum do mundo.


O último que fez tal besteira ou coisa parecida se chamava Stalin...

EDUCADOR SOU EU - NÃO ENTENDEU AINDA?

Vamos se respeitá né...nada contra chamar de educadores aqueles que atuam por um tempo, uma que outra vez nesta atividade, aqueles que atuam na educação popular e na educação informal, mas rigorosamente falando como justificativa contra outra atribuição leviana e enganadora,  educador sou eu e meus colegas, somos nós os educadores que nos ocupamos com educação uma vida inteira, uma carreira inteira, faça chuva ou faça sol, no tempo bom ou ruim, e não buscamos outras alternativas para fugir ao nosso ofício ou ter posição mais confortável na hierarquia dele ou da nossa sociedade, nós que nos dedicamos a isso, não de passagem ou eventualmente, nós que estudamos para isso, buscamos formação para isso e vivemos disto, nós que ficamos mais horas em sala de aula do que com nossos familiares, gastamos horas e horas preparando aulas, corrigindo provas, trabalhos e pensando muito nos  nossos alunos, nos conhecimentos que temos ou não temos, no cuidado e no zelo com eles e também em como construir alegria neste mundo e através de nossas atividades...nós que ganhamos os salários que ganhamos e que lutamos por educação nas ruas, avenidas, nos salões e assembléias...e, para deixar bem claro, eu não estou reclamando, escolhi esta profissão e me orgulho disto profundamente ao ponto de não querer sair de sala de aula, e eu estou só defendendo meu trabalho e de meus colegas e o pouco status que ainda temos, cujo nome não ostenta superioridade nem inocência, mas que é só nosso e de mais ninguém do mundo do faz de conta ou do deixa que eu chuto. O fato dela repetir este absurdo só mostra o quanto ela está disposta a nos desconsiderar por considerar outras coisas mais importantes....

PAZ E AMOR, RACIONALIDADE, DEMOCRACIA E CIVILIZAÇÃO

Um dos momentos mais simbólicos e civilizatórios do debate de terça à noite foi quando Eduardo Jorge - Candidato a Presidente do PV, lembrou a uma audiência de certa forma estupefata que tradição é bem essa que muitos de nós defendemos quando defendemos a democracia, o diálogo, o respeito aos direitos e a mudança da sociedade de forma pacífica. É uma lembrança àqueles que julgam que vão mudar o mundo pegando em armas, fazendo quebra-quebras, tomando o poder pelo caminho da ação violenta. A oportunidade surge quando Luciana "meu pai é diferente" Genro ataca a modalidade "paz e amor" na política. O comentário cabe a Eduardo e ele afirma que diferentemente do que Luciana Genro disse, ele é a favor sim do “paz e amor” na política. cita então como exemplos de homens importantes na história da humanidade e que mudaram algo neste mundo John Lennon, Gandhi e Tolstoi. Poderia parecer uma ingenuidade, mas há que se registrar que a maior mudança possível na política é justamente esta: a resolução dialogada dos conflitos e a superação pacífica das diferenças. isso é propriamente um salto qualitativo e civilizatório na humanidade e que faz falta em muitos países, sociedades e estados. Abaixo Leonardo Boff (LEONARDO BOFF E A REVOLUÇÃO PACÍFICA NO BRASIL EM APOIO A DILMA )fala da "maior revolução pacífica no Brasil" e faço questão de lembrar que isso só é possível pelo respeito às instituições e pela ação não violenta na resolução de dissensos e conflitos. Na minha modesta, mas informada opinião, isso é um grande progresso para a nossa sociedade e o único caminho para superar as desigualdades sociais. Contrariar interesses não precisa ser traduzido por fazer a guerra ou por uma dose de intransigência que só pode levar ao autoritarismo e dissolver nossa caminhada democrática. Valeu Eduardo deste a lembrança que muitos jovens precisam ouvir.

IDEAIS, REALISMO E AÇÃO

Bom Dia...quem leva realmente a sério seus ideais, possui ideais superiores ou avançados e quer mesmo ver de alguma forma realizados seus sonhos na realidade precisa aproximar-se dela. Não há outra saída. Creio, para o bem de nossa própria razão e do sentido de nossa existência, que há sim  uma espécie de imperativo moral ao idealista e ao crítico da realidade ou do pragmatismo, para o critico da velha política, da tradição ou do que está aí. A expressão da Dilma de que o pessimista nem começa é muito verdadeira e precisa.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

SOBRE A HEREDITARIEDADE NA POLÍTICA – A SEMENTE CONSERVADORA

A renitente e resistente Hereditariedade na política e na nossa democracia jovem é um outro ponto que tenho me dado a refletir. É também para mim um sintoma de regressão ao pré-moderno. E também  é um símile ou uma versão mais legítima e geralmente aceita do nepotismo na indicação dos cargos de livre nomeação em todos os poderes. Mas é algo que deveria receber a desaprovação pública e ser considerado vergonhoso também, pela forma como é feita e pelo que isso representa também na manutenção de espaços de poder nas mãos de poucos, nos currais eleitorais intocados, no financiamento de campanha e na exclusão de renovações, inovações na formação de novos homens públicos e novos métodos e programas.

Me parece que isso era comum no Coronelismo também. Vejo este fenômeno  - junto com o retorno do Absolutismo, através da influencia fundamentalista nas eleições – como essa coisa maluca e regressiva que é a política da hereditariedade que passa a ser sancionada nas urnas - e como se os filhotes dos reis, dos coronéis, fossem também eleitos e ungidos. Eleitos pelos mortais ou plebiscitados por eles e ungidos pelas agremiações políticas estéreis e fechadas. Eu vi o Covattinho – e este é só um exemplo entre tantos - dizendo que representa a renovação na política e dei de ombros aqui estes dias.

É sempre mais do mesmo. As exceções a isso, não passam de belas maquiagens e modismos escorados no nome do pai ou da mãe. E não vejo isso com bons olhos mesmo, nem pela direita e nem pela esquerda. É a resistência dos donos do poder e é algo anti-republicano para mim também. Deveria haver alguma coisa para impedir isto de forma generalizada e reiterada como vemos. Morre o home e no automático os partidos colocam seus filhos para puxar votos nos nomes e sobrenomes que viram marcas. Olho para todo lado e vejo isso e pouca gente trata disso, por certa intocabilidade adquirida. Quem quiser que faça a lista dos sobrenomes abaixo...


Um amigo me lembrou da herança do capital político e econômico e eu me lembrei da herança de um capital simbólico que passa a ser privado e associado a uma família, nome ou sobrenome. Mas é pára discussão....não me sinto um especialista nisto, mas creio que deve ser discutido também pelo aspecto regressivo e conservador que me apresenta. 

domingo, 24 de agosto de 2014

O NEOLIBERALISMO DO PSB - VERSUS UNICAMP - E EM SÃO LEOPOLDO COM O PSDB, PP E PMDB-PSB*

Bom Dia...custo a acreditar no que leio neste debate de Gianetti contra Unicamp, e em paralelo no terrorismo econômico e político que está sendo disseminado aso quatro cantos daquele instituto suspeitíssimo contra os Governos e as Políticas do PT, e, também, na fantasia liberal de melhorar as condições sociais e reduzir desigualdades sociais sem regulação do mercado e da economia pelo estado. Dizer que a Unicamp é filha do governo ditatorial é um absurdo, posto que justamente lá se desenvolveu parte do pensamento econômico que tem contribuído para debelar o autoritarismo econômico do Neoliberais no Brasil pós Collor e FHC. E não é muito dificil descobrir que a Unicamp, e, em especial, seus professores da economia de hoje resistem para não ver sua universidade privatizada pelo governo Alckmin do PSDB. Gianetti parece ser então uma das pontas de conexão entre o PSB e o PSDB.

Em todos - absolutamente todos os países - em que o receituário liberal com privatizações e ausência da intervenção e da regulação estatal, com ausência e redução do investimento estatal em infra-estrutura, e com liberdade rigorosa à livre-competição, à especulação predatória e ao uso irrestrito de vantagens adquiridas em outros tempos mais estatais foi implementado, vemos altos índices de desemprego, crises sociais, culturais e religiosas e também o esvaziamento da política e o agravamento de conflitos étnicos e regionais. Este modelo leva a substituição de uma gestão pública orientada pelos interesses dos cidadãos e cidadãs por uma certa gerência instável de crise que serve somente para manter a ordem vantajosa a especulação, ao rentismo e à banca do capital. 

A resposta respeitosa dos campianos aqui ( Assessor de Marina chama Unicamp de produto do regime militar e professores respondem ) é que Gianetti não defende uma posição religiosa, que não há em sua posição um fanatismo e tal. A delicadeza delas faz não recorrerem a nenhum expediente retórico e mais político, mas há que se pontuar que o AUTO-ENGANO econômico de Gianetti leva a uma tragédia social cujo estado mínimo propugnado é incapaz de reverter, pois renunciou antes aos instrumentos e mecanismos de proteção dos direitos do cidadãos e cidadãs trabalhadores e se converteu num mero indicador das condições e descritor da tragédia. Tal racionalidade é velha conhecida, pois apresenta somente mais do mesmo, ou seja, salvem-se os poderosos e os detentores de capital e lasquem-se os trabalhadores, com desemprego e ausência completa de políticas públicas. 


Gianetti é um neoliberal e a notícia mais brava sobre isto em sua relação com o PSB e Marina é que a tradução mitigada do que é chamado de neoliberalismo em liberalismo verde é também um auto-engano, pois tal expediente serve apenas para encobrir uma doutrina cuja última preocupação é o bem estar social, o bem estar humano na natureza. 

Há que se pontuar aqui algo mais, e não estou aqui defendendo a UNICAMP - mas é preciso reconhecer que mesmo no PSDB, há ou havia quem defenda a robustez de um estado de proteção social, mas que porém, nos últimos tempos, por uma espécie de surto elitista que trouxe uma total ausência de crença na força do trabalho e no potencial do povo brasileiro de superar desafios - o que inclui ai um pessimismo sobre suas próprias capacidades no PSDB, é hoje francamente dominante a doutrina do estado mínimo que se resume a uma visão fiscal ( deficit zero e débitos externos) e a ideia simplória de choque de gestão o que não significa - ao contrário do que deveria, mais empenho, mais dedicação e um esforço maior na gestão pública, mas apenas uma faísca descontínua de gestão que leva a falência do estado e à sua incapacidade de responder as demandas sociais e de desenvolvimento. 

As maiores provas disto estão desde FHC nos resultados das políticas de privatização, na dependência externa e, também, no enfraquecimento do estado brasileiro no seu período. Veja-se a dívida dos estados e em especial do RS, a qual foi vendida e propagandeada de forma fraudulenta pelo PMDB-PSDB e RBS em 1996. 

Nos âmbitos estaduais, não me sai da lembrança os trágicos governos do PSDB-PP-PMDB nos RS, o que inclui o governo Yeda e o governo Britto e em São Paulo e Minas Gerais o que podemos ver hoje com muita facilidade também como tragédia social. Devo salientar que o PP que é aliado nacional da Dilma, aqui no RS, professa o receituário Neoliberal também. 

Em São Leopoldo - aqui onde vivo, trabalho e de onde escrevo agora -  este laboratório de ideias liberais e mais neoliberais do que liberais, faz também seus estragos. E que, para terminar, é exatamente isto que esta sendo feito para o mal do povo leopoldense pelo atual governo local do PSDB-PP-PMDB-DEM-PSB* que consegue a façanha de frear o ciclo de desenvolvimento econômico da nossa cidade devolvendo recursos ao governo federal - ao mesmo tempo que apõe na fachada da prefeitura que o governo federal é rico e as prefeituras são pobres - investindo recursos públicos em prioridades que só geram lucro e desenvolvimento externo e que concentram renda ( do que os pardais entre outras coisas é somente a ponta mais visível), precarizando todas as relações de trabalho com os servidores públicos - o que passa por salários, negociações, condições e reconhecimento e reduzindo gravemente a capacidade de gestão e de trabalho de sua equipe com um exército de néscios e de desqualificados empregados como CCs. A prefeitura municipal não anda justamente porque transferiu para dentro dos seus quadros a mentalidade ultra-competitiva e expertinha que reduziu a solidariedade interna dos membros de gestão e que acirrou o travamento da máquina pública.

Vou terminar dizendo, então, que Gianetti conseguiu a façanha extraordinária de converter uma ex-petista às ideías neoliberais e ao núcleo fundamental destas ideias, o que só agrava um auto-engano que já era expresso no messianismo da candidata. E lamentar também que esta conversão se deu mais rapidamente com algumas células do PSB local cuja formação histórica e ideologia insuspeita se mostra e se manifesta de novo aliada do neoliberalismo, como já foram nos governos Britto e FHC muitos deles e no governos Yeda e uma minoria.

É talvez preciso traduzir os parágrafos iniciais á nossa realidade local, mas não creio que cada um que me lê não possa fazê-lo com sua própria cachola e reflexão sem ser guiado por minhas palavras e analisando e interpretando os fatos locais que podem ser vistos por qualquer um que tenha votado na eleição de 2012 e que saiba a que veio e o que de fato realiza este governo do PSDB-PMDB-PP-DEM-PSB*.   

Vou concluir dizendo somente, o nosso povo precisa saber disto e é por isto que dediquei esta hora dominical a tratar deste tema.            

sábado, 23 de agosto de 2014

SOBRE O AVIÃO DO EDUARDO CAMPOS E AS BESTEIRAS EM TORNO DISSO

A morte do Eduardo Campos e de sua equipe na queda do avião é muito lamentável para as famílias, para os amigos e para a democracia brasileira e para a história do nosso país. Mas o que tem vindo de cambulhada atrás disto é tão ou quão pior. Não vou falar da sucessão no PSB que é um partido livre para decidir  seu destino e que deve julgar estar fazendo o certo, ainda que eu discorde. Mas o que certa imprensa e alguns outros se prestam a fazer em torno disto é muito ruim também. Que baixaria isso tudo. É claro que deve haver algum problema e uma causa determinada para um avião desses cair daquela forma. Devem haver responsabilidades a serem verificadas e regularidades também nisso tudo. Mas pior que o problema grave e trágico que pode ser mais devido à grande vontade do Eduardo de ser presidente do nosso país, é o que sucede no entorno disso como a especulaçâo leviana, a boataria besta e a baixaria fútil e irresponsável. Não vejo graça alguma no festival de teses que rondam esta triste história e lamento que algumas pessoas não usem seus miolos para pensar no nosso país, nos programas e projetos que estão disputando a presidência da república e deixem a Polícia e a Infraero investigar tudo. Depois que criarem uma teoria da conspiração cujos efeitos será somente melar e confundir mais o povo, os mesmo imbecis que o fazem irão  se calar quando ficar provado que forçaram a mão ou disseram besteiras. Isso não passa de uma forma de desrespeito e desinformação do povo e só mostra o quanto certos sujeitos valem pouco e menos ainda á sua própria vate. 

"Ali onde tenho consciência da minha ignorância não há erro possível"

Muitos que se dedicam a dar opinião, fazerem julgamentos, criticar, tecer comentários e argüir razões, poderiam pensar e alguns efetivamente pensam que não há benefício algum na ignorância. No mais das vezes, apontar para eles - mesmo com a maior delicadeza e finesse possível – a notável superficialidade, incompletude e incoerência das suas opiniões sobre algo os ofende. 

Desta forma – aqui ou ali – dizer a alguém que ele ignora aquele assunto ou tal realidade, dizer a alguém que ela exagera a importância deste aspecto ou de outro no todo da questão ou mostrar com provas e argumentos que ela esta errada e que talvez ela desconheça algo mais fundamental e decisivo sobre aquilo do que fala pareceria uma afronta à pessoa e às coisas que ela julga saber. Nos debates, sempre podemos ganhar alguma coisa quando interpretamos não somente o que dizemos e os outros dizem, mas também quando ajuizamos porque escolhemos e selecionamos determinados elementos, exemplos e sentimentos para veicular naquela questão. Sinto que avançamos, assim, sobre nossas fontes mais primárias de motivações, valores, sentimentos resolvidos ou não resolvidos. E tenho observado que estas são boa parte das fontes mais férteis dos erros e das repetições dos nossos erros de cada dia.   

Entretanto, o dizer acima, portanto, aponta uma grande vantagem não na mera ignorância, mas na consciência e na clareza que se pode ter ao aceitar, admitir ou refletir sobre o fato de que ignoramos alguma coisa sobre algo e à s vezes sobre nós mesmos e que, portanto, é de prudência e razoabilidade ir devagar com o andor naquela matéria. E que, enfim, ao compreender isso temos um ganho que é evitar a possibilidade do erro, evitar o agravamento do erro e cuidar melhor da qualidade dos nossos juízos . Na nossa formação de professores esta deveria ser uma das medidas e orientações basilares que a todo e qualquer professor é de prudência jamais palpitar, assentir a opiniões ou julgar em definitivo sobre assuntos que desconhece, que não examinou com mais atenção e que sequer se deu ao trabalho de apurar com o máximo rigor possível a sua verdade, validade, regularidade e legalidade. Estou – talvez o leitor mais atento perceba isto – usando aqui categorias e modalidades que dizem respeito a amplos domínios e faço isso propositadamente para facilitar a abertura de um leque cada vez maior de aplicação do que digo.  

Dividindo o mundo, desta forma, e as criaturas entre aqueles que tratam do horizonte da dúvida tirando benefícios superiores dele e aqueles que o ignoram posto que julgam vantajoso à sua crença e a sua personalidade, manter suas ideias imersas em certa credulidade e na ausência da crítica ou da auto-crítica. 

Ou como diz um amigo para lembrar uma velha sentença nordestina transformada em piada pelo Renato Aragão "assim como são as pessoas, são as criaturas", e dizer que também assim como são as coisas são as criaturas. E lembrar que o velho complemento literário disto é "coisa ruim, criatura ruim, e coisa boa, criatura boa". 

Compreender que há uma diferença fundamental de atitude e de forma de tratar as coisas a partir de um pequeno detalhe que para alguns custa muito admitir, mas que para outros é usual e lhes conduz a tranquilidade relativamente a diversas questões sobre todas as coisas e sobre tudo que há.

E eu fiquei pensando um tempo ontem nisto, ao ler uma bela passagem de Gerard Lebrun sobre Kant (Do erro à alienação, o primeiro parágrafo que me é memorável na apresentação desta questão para mim), donde tiro a citação que vai de epígrafe à este texto. 

E apontando depois, enfim, as pistas dos lugares e textos onde estas questões são tratadas para termos a grande vantagem que eu pressinto em ter sempre presente a “consciência da própria ignorância” que seria a contrapartida da dúvida tão basilar aos espíritos realmente críticos, que o são assim por serem mais desconfiados de si mesmos perguntando se “posso estar errado?” e “sob que condições posso nesta questão ter certeza sobre isto?”   

SOBRE EDUCAÇÃO, DEMOCRACIA E CERTA IMPRENSA

Nós temos que defender a democracia em sala de aula e no máximo que a escolha seja o mais racional e qualificada possível, não pelo candidato preferido nosso, mas pelo conhecimento por parte dos eleitores, nossos alunos, colegas e amigos do candidato, sua trajetória, seus atributos e experiências, ideias e seu programa, partido e propostas. Eu jamais faço campanha em sala de aula, já fui objeto de questionamento muitas vezes sobre isto, mas me resumo a tratar da questão mais geral relacionada à política.

Quando meus alunos me perguntam a religião e o partido digo que me é um assunto privado, que meu ofício em sala de aula não é tratar disto e que para tratar destas questões preciso fazer isto fora da sala de aula e da escola. Assumo minha história de militância integralmente, minha filiação e meus candidatos, mas não faço proselitismo em sala de aula de forma alguma. Assim, como assumo minha formação religiosa, minhas diversas experiências de conhecimento de outros cultos, práticas e sabedorias, mas não faço jamais a afirmação desta religião em detrimento de outra, ou desfaço e estabeleço um debate que procure deslegitimar a opção religiosa de meus alunos. Trato de religiões com tolerância e tento sempre compreendê-las, conhecê-las e defendo o respeito às orientações religiosas dos outros. Tanto a política, quanto o sagrado são para mim exemplos de como a razão deve se portar em relação ao que está dentro dos seus limites e do que não está ao seu alcance julgar.  

Aprendi e cada vez tenho mais convicção sobre isto que as pessoas raciocinam e refletem de formas muito diferentes sobre as coisas, tem níveis diferentes de compreensão, informação e conhecimento, algumas são influenciáveis e manipuladas tanto para o bem quanto para o mal e outras são muito - o que considero ótimo - donas dos seus juízos e assumem suas posições após estudo e reflexão. Porém, isso não significa que excluo do âmbito de possibilidades das pessoas suas crenças, suas esperanças e o domínio daquilo que é insondável e incompreensível para mim.

Então, para salvaguardar o imponderável, superar estas tendências ao inexplicável em algumas questões e ajudar  temos que saber como professores apontar nesta direção: que política é uma coisa séria e que não é somente uma questão de opinião. Frisar que há ciência sobre esta matéria e que é possível sempre discernir e compreender diferenças com precisão e a partir disto pensar na melhor opção e numa escolha qualificada pela reflexão e não de forma superficial, por impulso ou de modo irresponsável.

Minha filha de 15 anos, por exemplo, que completa 16 em 29 de novembro, disse algo sobre a televisão que eu creio que vale para tudo: tem que filtrar. Só isso já é uma baita dica para quem segue por impulso "certa imprensa" e certos "senhores da opinião pública".

Estes "senhores da opinião pública" e seus "candidatos" são sempre aqueles que são cevados diariamente e positivamente em seus meios e que se encontram montados em monopólios adquiridos através de concessões na ditadura e na minha opinião por tráfico de influência política nos anos 80, 90 e recentemente. Aqui no RS temos uma plêiade de notáveis que são impingidos pela tevê, rádio e jornal e muitos deles são eleitos. Se alguém me provar que eles fizeram algo de bom por este estado eu me calo. Mas é altamente controverso o resultado dos governos e dos mandatos deles. E já é indubitável os danos causados por eles a este estado e este país. Os casos "Ford", "Copa do Mundo" e sobre a economia nacional hoje são gritantes. E existem casos abundantes que demonstram este propósito de obter resultados fazendo uso de manipulação e de terrorismo no trato dos fatos e das versões.. A "propaganda fraudulenta" feita por certa imprensa e um destes cevados em 1996 sobre a dívida do estado é somente uma ilustração deste absurdo, deste engodo e do abuso sobre a boa-fé do nosso povo. É inadmissível este desserviço, a desinformação intencional e a manipulação dos fatos e dos acontecimentos por uma imprensa tendenciosa e que não oferece informação de qualidade, fazendo o tempo todo proselitismo político e ideológico através do uso e abuso de uma concessão pública.


Isso precisa ser fiscalizado para o bem da democracia, porque representa sim uma ameaça e me é claro que os propósitos de manipulação são somente para efeitos de atendimento aos interesses, chantagens e pressões destes senhores. Não é pelo bem do povo, pelo bem do país, nem pelo bem da democracia.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

ESSA VIDA DE LUTA

Eu fiquei pensando numas coisas hoje. Após o helicóptero da nossa presidenta passar sobre minha cabeça na lomba da estação Unisinos, ele ia em direção a Novo Hamburgo com um outro helicóptero militar fazendo escolta, enquanto eu voltava da escola e do almoço no Mano's. Eu olhei para cima e senti na hora que a pessoa que passava ali acima de mim estava a pensar em algo semelhante ao que eu penso todos os dias desde que me conheço por gente em como vai a vida desse povo aqui em redor, como vai a vida dessa gente toda que como a gente trabalha e vive no mesmo tempo e espaço que nós todos? Pensando que é tão bom ter uma presidenta que você conhece, que trabalha e que visita obras, que tem presença e nunca se esconde, que não tem medo de povo nem de nada e que defende com a gente o povo brasileiro, o serviço público brasileiro, o estado brasileiro, a petrobras, a inclusão social e tudo que tem sido feito por aqui e, ao mesmo tempo, saber, assim, que não se está sozinho. Um cidadão que me cruzou pelo caminho e que me viu olhando para os céus e esperando a aeronave passar exclamou: Essa não cai! e eu continuei pensando mais ainda nesse destino que nos apareceu como obra de uma grande luta, de uma grande batalha nossa. Completo 50 anos em poucos meses e metade deste tempo foi de Ditadura Militar e a outra metade foi de democracia e eu, enfim, pensei mais uma vez a mesma coisa: Não podemos vacilar! Não podemos brincar de votar ou de fazer política porque é a nossa vida e a do nosso povo que depende disso! Muito obrigado por estar de verdade junto com agente onde estiveres!!! #DILMADENOVO

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

FUNDAMENTALISMO VERSUS CONSTITUCIONALISMO - QUAL CONTRADIÇÃO VOCÊ PREFERE? MARINA DO PSB OU O PMDB DO TEMER?

O debate eleitoral deste ano encobre muitas questões que não tem sido tratadas, nem debatidas e muito menos enfrentadas com propostas políticas e com uma análise rigorosa do que realmente está em jogo nestas eleições. Creio que estamos num processo de regressão política. Não digo isso para causar temor, terror ou tremor, mas simplesmente para trazer à luz também uma grande questão de fundo que não tem sido encarada com a seriedade que eu julgo merecer. E é um sintoma disso para mim certas ousadias e abordagens simplistas que são adotadas para defender esta ou outra opção para a presidência do Brasil.

É realmente incrível que seja feita a comparação entre Michel Temer e a Marina que vi alguns fazerem aqui, apontando que a opção de votar em Marina é melhor que a opção do vice da Dilma. Isso só pode ser ingenuidade ou desfaçatez. Nem Marina é tão verde e pura assim e nem Temer representa o pior do PMDB. O currículo do Temer e a sua capacidade me parecem indiscutíveis. E eu sou um daqueles que defendo ele sem titubear e creio que qualquer pessoa sensata pode verificar por si mesmo este vice que não tem nada a esconder nem a omitir.

Penso que vale a comparação e que ela deve mesmo ser feita de forma objetiva e com toda ênfase na democracia e em sua estabilidade, sem intolerância religiosa, nem falso moralismo ou um pseudo anti-pragmatismo, que só vale para os outros. Creio, pois, que há que se pensar mesmo no que é pior, no que é institucionalmente e ideologicamente pior.  E daí é que me parece que a vaca vai para o brejo, porque, para mim, Michel Temer é ideologicamente e institucionalmente melhor e muito melhor que a Marina.

E quando falo disto preciso ser muito claro. Para mim o problema não é a Marina ser pentecostal, apoiada pelo Itaú ou Natura e etc. Para mim o pior é a conduta e as posições da Marina que são atrasadas – que vem de antes do Ministério do Meio Ambiente e que seguem até hoje, que em relação ao seu pentecostalismo são arriscadas, em relação às orientações sexuais são atrasadas e mesmo as interpretações de mundo que também considero bem atrasadas e retrocessos, o que se soma a esta nova fusão entre poder político e poder religioso que a candidatura dela, como de outros candidatos representa.

É uma pena que as pessoas tratem a questão da religião e da conduta da Marina em relação a isso como algo secundário ou desimportante. Todos os ambientalistas que eu conheço e que atuaram de alguma forma em relação ao Ministério do Ambiente na gestão dela me relataram que houve um agravamento do fundamentalismo e do enrijecimento dela à medida que o ministério enfrentava pautas e opções mais intensas. E eu não creio que este habitus tenha sido superado ou que não vá interferir na gestão do estado brasileiro. Julgo sinceramente isso uma temeridade e isso não é uma rejeição ou um preconceito com esta ou outra religião, nem digo isto aqui com o impeto de defesa absoluta do PT e da Dilma. Eu creio sinceramente que o que está em jogo é a democracia brasileira e as instituições brasileiras. E neste caso digo que até Aécio - que eu rejeito por ene outras questões, é mais palatável com todo o respeito. E nos debates eu quero mesmo é verificar se vamos ter um banho de mistificações  ou fugas da realidade se apresentando. Não vejo a hora de ver o debate entre ela e Dilma, para desmistificar e colocar certas questões que alguns tratam aqui com um infantilismo e uma irresponsabilidade que só é possível pela dieta de informação e desinformação da grande imprensa brasileira que tem se portado de forma muito irresponsável também em relação a democracia.

Muito me admira que alguns dos eleitores, militantes e diferentes ativistas que criticaram Dilma por comparecer na Inauguração do tal Templo de Salomão tenham agora feito odes à candidatura de Marina. E vou resumir isto dizendo que a presença de Dilma não é mesmo uma afronta ao estado laico, é um gesto institucional de reconhecimento de uma religião que tem milhares de fiéis e seguidores neste país, assim como o Catolicismo, e outras orientações religiosas. Não podemos confundir tolerância e respeito às  religiões com apoio ou submissão a elas. Somente um governante tíbio e despreparado faria alguma desfeita ou afronta ao fenômeno religioso

Eu, por meu lado, fico sem indigestão alguma com o Michel Temer e o PMDB inteiro sem titubear neste confronto.

Ou ninguém tem parado para pensar nem porque de fato a religião e certas seitas religiosas precisam criar outros partidos e disputar com muitos candidatos a cada ano que passa nas eleições?

A história nos ensinou que a burguesia liberal moderna tratou de se livrar de certa forma da igreja e da ascendência da igreja sobre os poderes terrenos, porque sabia que a democracia é incompatível com a infalibilidade, sua santidade e os ungidos. Precisava, ao mesmo tempo, abolir a relação entre o poder real e o poder divino, estabelecida na unção dos reis, rainhas e príncipes das monarquias absolutistas. E isso deu muito trabalho meus amigos, Levaram aproximadamente 250 anos para fechar um ciclo da primeira teoria republicana contra as monarquias reais ou imperiais. Quando você olha mais de perto o intenso debate vivido por John Locke com os seus e consigo mesmo sobre este tema, tanto da tolerância religiosa, quanto do governo constitucional e laico, você entende o quanto é sutil a diferença e também  que significa um retrocesso histórico e perigoso nisso. Quando olho para o fundamentalismo islâmico, por exemplo, fico pensando nos diferentes tipos de fundamentalismos que surgem hoje no mundo ocidental. Há um traço comum destes com aqueles, todos tributam às questões de fé as soluções absolutas aos problemas reais e civis.  Eu diria que há uma espécie de NOVO ABSOLUTISMO surgindo aqui e ali e que, aqui no Brasil, precisamos criar uma legislação bem mais detalhada e rigorosa para evitar a dissolução das fronteiras entre poder real e poder divino, posto que a supressão desta fronteira leva com certeza ao autoritarismo e ao irracionalismo. Penso que é mais do que necessário promover debates constitucionais sobre isto, sobre a legitimidade de partidos religiosos num estado laico e numa democracia civil.   

Talvez coubesse pensar mais hoje no problema que surge ai como é que você vai substituir santos ou adorados em eleições democráticas, quando eles começarem a cometer as barbaridades em larga escala do que o Pastor Feliciano é só a ponta do Iceberg. Mas sim, é claro, o problema é o PT e o PMDB.

Cada um escolhe a contradição que preferir, mas que seja absolutamente responsável por ela. Aprendemos muito cedo que os maiores pecados não são os dos pecadores, mas daqueles que se julgam santos e que tem certa dose de convicção e uma crença inabalável em sua própria infalibilidade. É preciso conhecer muitos seres humanos para julgar alguns, mas aqui, neste caso, somente a ignorância histórica e a falta de reflexão poderia supor que o fundamentalismo é e pode ser melhor nas questões de estado do que o constitucionalismo representado pela tradição democrática brasileira. Isso leva mais água ainda para a necessidade de uma reforma política e de uma NOVA CONSTITUINTE, que dê instrumentos de regulação e equilíbrio mais eficazes ao sistema político brasileiro e que sustentem em pilares mais sólidos a nossa democracia contra qualquer aventura, recaída ou desvio autoritário e  fundamentalista.


Não dá para vacilar nisto!

E MAIS UM CAPÍTULO DO: EU NÃO ACREDITO!

Isso é incrível mesmo, de um lado uma candidatura que procura satisfazer a ambição de uma seita de chegar ao poder neste país – e meu ponto é simples: se fizeram o que fizeram no Ministério do Meio Ambiente imagina na Presidência da República, ainda que ninguém ouse tratar disto porque foi um verdadeiro escândalo -, de outro lado, um esquerdista – Rui Costa Pimenta do PCO - que acredita que criando milícias civis irá debelar a violência. Com Vês estou na linha: NO MERCI!...assim, uma quer a autoridade máxima do país para logo ali acabar por arguir infalibilidade da sua água benta, haja vista sua relação com o divino, o outro quer alcançar a autoridade máxima do país para renunciar à autoridade sobre política de segurança e sobre o monopólio da força...

Ambos são pré-modernos, e pré-contratualismo. E quem pensa que vai conseguir algum avanço com uma ou outra destas opções sofre de um surto de irracionalidade completa! No poder, no poder de estado não existe a opção "depois a gente vê" ou vê na hora ou baila! Se armar as milícias de cidadãos quem terá a autoridade para dizer: Agora pára de atirar! Se der o poder a uma seita religiosa e a uma personalidade individualista quem terá a autoridade para dizer: Agora pára de dizer besteira! Nem o vice e nem o comandante em chefe das forças armadas, e tem mais se um destes tiver de fazer isto, como é provável o fim dos dois casos, então, já era. Ou a democracia entra em crise de novo ou o estado balança com todos os prejuízos imagináveis e inimagináveis disto.


Eleição para presidente não é uma aventura, nem loteria esportiva para o bom mocismo e as ingenuidades! E não há prova maior de irresponsabilidade do que propor uma sandice como esta! Partiu Pimenta!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

NOVA CHAPA, VELHOS PROBLEMAS

A ingenuidade de algumas pessoas e a tolice de outras despertada com a morte de Eduardo, a substituição da Marina e a força ou qualidade da posição do Beto Albuquerque como vice na chapa nova do PSB é algo surpreendente.Só sei dizer que nós do PT, fomos milhares de vezes chamados de populistas, carismáticos e messiânicos e quando temos talvez o mandato mais racional possível, uma cambada de inocentes se abraça justamente num messianismo confesso e bem confessado, cuja vertente e viés carismática é nitidamente sem conteúdo programático algum. A morte do cara - do Eduardo Campos - não é nada engraçada, nem mesmo um sinal de que as coisas iam tão bem assim daquele lado. Não vale tudo pelo poder e eu me indigno em ver certas pessoas que se julgam racionais, honestas e igualitárias e libertárias acreditando em algo como isso. É trágico, bem mais trágico do que qualquer um dos defeitos que ainda possam querer imputar à Dilma, ao PT e aos seus governos, os quais navegam justamente no meio desse cipoal de messianismo, clientelismo, esquerdismo e voluntarismo. Qualquer charge que for feita sobre isso é ruim sim, mesmo um posicionamento LGBT favorável à Marina, por conta do Beto Albuquerque ser mais ou menos compreensívo com a comunidade LGBT também é ruim, mas não é pior nem mais perversa que a realidade que a Nova Chapa da Marina representa em seus traços tortos e coloridos.

RENOVANDO MINHA ASSINATURA NO MANIFESTO DA CULTURA-RS

Eu, Daniel Adams Boeira, Professor de Filosofia, Blogueiro, Ativista Cultural, Músico Autodidata, domiciliado em São Leopoldo, para todos os efeitos de pensamento, debate, divulgação e construção da cultura no Rio Grande do Sul, renovo minha assinatura no Manifesto pela Cultura, com Ana Affonso para Deputada Estadual (13813), Ronaldo Zulke Perfil Lotado para Deputado Federal (1300), e com Tarso Genro para Governador, Olívio Dutra para Senador e Dilma Roussef para Presidente...e assim, atesto para os devidos fins que tenho acompanhado todas as políticas culturais e dou fé de que é fato e é direito ao nosso povo Crescer Ainda Mais, e, enfim. a quem interessar possa informo que o lançamento do manifesto será no Bar Ocidente em Porto Alegre, nesta próxima terça-feira, dia 26 de agosto às 18 horas, segue o Manifesto que vai sendo assinado por mim e por quem mais quiser no seguinte endereço: manifestodacultura13@gmail.com

Manifesto da Cultura

Cultura para o Rio Grande crescer ainda mais

Nós, artistas, produtores culturais, militantes, gestores e membros da comunidade gaúcha manifestamos neste documento a necessidade de defender e aprofundar as enormes conquistas na área da Cultura em curso no Estado. De 2011 a 2014, o Governo Tarso trabalhou em diversas frentes visando a um desenvolvimento sistêmico da Cultura no Rio Grande do Sul. Com isso, introduziu elementos inovadores e estruturantes em nossa agenda política, importantes para se avançar da ação pontual e desconectada para programas, políticas e um Plano Estadual de Cultura articulado ao desenvolvimento. A Cultura agora é parte de uma agenda estratégica do Estado. Para muito além do ornamental, do acessório ou do supérfluo, qualifica a economia e é um direito humano e social fundamental. O tema da diversidade cultural foi colocado no centro das ações, junto ao respeito às identidades, às tradições e ao desenvolvimento da inovação e da criatividade.

Em vez de se ater a apenas um ou outro elemento do complexo mosaico cultural do Estado, o governo Tarso Genro trabalhou com o amplo conceito de “cultura em três dimensões”: como valor estético e artístico, como um direito de cidadania e como economia. Tal paradigma solidificou a compreensão das políticas culturais e contribuiu decisivamente para superar a visão da cultura como simples promotora de eventos. Foram quatro anos reorganizando a casa, trazendo recursos e distribuindo-os de maneira republicana via editais, uma das marcas da gestão atual. Agora, é preciso avançar mais, a partir das enormes conquistas obtidas.

A transversalidade é outra diretriz que precisa ser aprofundada no segundo governo Tarso. Afinal, como sabemos, “educação sem cultura é ensino, saúde sem cultura é remediação, desenvolvimento social sem cultura é assistencialismo, segurança sem cultura é repressão”. Para atingir esses objetivos, é preciso ampliar o diálogo com as demais secretarias, governos municipais, universidades e instituições da sociedade civil.

Resultados já obtidos

O governo Tarso criou o Sistema Estadual de Cultura por lei. Apenas seis Estados da Federação possuem sistemas, o que garantiu ao Rio Grande do Sul mais R$ 5 milhões para diversas ações. O Sistema Estadual de Cultura é composto por elementos de planejamento e conteúdo conceitual, como o Plano Estadual de Cultura; de participação, com Conselho Estadual de Cultura, 10 Colegiados Setoriais, Diálogos Culturais e Conferência Estadual de Cultura; e de financiamento. Nesta área, o governo qualificou e ampliou o uso da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) e implementou, de maneira inédita, o Fundo de Apoio à Cultura (FAC), além de realizar diversos convênios com o Ministério da Cultura.

Muitos resultados já foram alcançados e muitos outros virão. Desde 2011 foram captados cerca de 1.500% a mais em convênios com o governo federal que no governo anterior. Foram celebrados mais de R$ 60 milhões em convênios com o Ministério da Cultura para projetos como a construção do Museu da Música e da Sala Sinfônica da OSPA, Pontos de Cultura, Modernização de Bibliotecas, Museu de Direitos Humanos do Mercosul e Cadeia produtiva do Carnaval. O orçamento da Secretaria de Estado da Cultura passou de R$ 16 milhões em 2011, para R$ 52 milhões em 2013 e  R$ 85 milhões em 2014, em um aumento de 517%. A previsão orçamentária para as três fundações vinculadas  - Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Fundação Theatro São Pedro e Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore - soma R$ 18 milhões para 2014.

O volume de recursos utilizados pelo Sistema Pró-Cultura RS para o financiamento de projetos apresentados pelos agentes culturais e artistas está em alta. O Fundo de Apoio à Cultura (FAC) já investiu R$ 22,5 milhões em 14 editais financiando diretamente mais de 360 projetos em todo o Estado. Já a Lei de Incentivo a Cultura (LIC) tem investimentos de R$ 110 milhões até agora em mais de 400 projetos - no final de 2014 chegará a R$ 125 milhões. Esses investimentos todos significam um incremento inédito no desenvolvimento da economia da cultura do nosso estado.

A Fundação OSPA está construindo sua nova Sala Sinfônica com recursos de R$ 25 milhões. A Casa de Cultura executa R$ 8 milhões do Banrisul em reformas de fachadas, esquadrias, telhados e modernização dos espaços. Pelo PAC das Cidades Históricas, serão mais R$ 21,5 milhões no Museu de Artes do Rio Grande do Sul, Museu Julio de Castilhos, Museu Hipólito José da Costa e Memorial do Rio Grande do Sul. Via Sistema Nacional de Cultura, a Sedac vai investir cerca de R$ 3,5 milhões no Museu Arqueológico.

Através de convênio de R$ 18,13 milhões com o Ministério da Cultura foram potencializados 82 Pontos de Cultura e, até o final de 2014, serão selecionados mais 78, totalizando uma rede de 160 Pontos de Cultura. Entre 2011 e 2013, foram contempladas 110 bibliotecas públicas através de convênio no valor de R$ 3,4 milhões com o Ministério da Cultura. A partir de 2013 mais 50 projetos estão sendo contemplados com recursos próprios da Secretaria, garantindo que um terço das bibliotecas públicas do Estado sejam modernizadas.

Foram as conexões com o Governo Federal que permitiram a busca de recursos para o desenvolvimento de projetos fundamentais, como os Pontos de Cultura, a modernização de museus e bibliotecas e tantos outros que fomentam a arte e a cultura. A disposição para o debate permitiu a construção do Plano Estadual de Cultura, do Sistema Estadual de Cultura e a construção de uma relação respeitosa entre os gestores culturais e a comunidade artística e cultural.

Diálogos Culturais

Ainda nos primeiros meses da atual gestão, de maneira inédita, foi realizado um amplo processo de planejamento participativo junto à comunidade cultural. Por meio dos Diálogos Culturais, realizaram-se anualmente grandes encontros com a comunidade em mais de 300 municípios em todas as regiões do Estado. Nesses diálogos discutiram-se as Diretrizes para uma Política Cultural no Rio Grande do Sul. O ponto alto deste processo de planejamento foi a Conferência Cultura para o Rio Grande Crescer, no final de abril, em Santa Maria.

Na gestão 2015-2018 o objetivo é realizar as seguintes ações importantes para gerar um ambiente cada vez mais criativo, inclusivo e potencializador de autonomia no RS:

1. Implementar Plano Estadual de Cultura, Planos Setoriais, fortalecer o Sistema Estadual e contribuir para a ampliação de Sistemas Municipais;

2. Ampliar a rede de Pontos de Cultura e desenvolver programa de potencialização de rede;

3. Ampliar o Fundo de Apoio à Cultura, equilibrando seu orçamento ao destinado à Lei de Incentivo à Cultura;

4. Modernizar bibliotecas em todas as regiões, incluindo as comunitárias, restaurar a Biblioteca Pública do Estado e criar uma biblioteca parque centro cultural;

5. Fortalecer o sistema de participação e regionalização, com colegiados, diálogos e conferências;

6. Promoção das culturas populares, da acessibilidade e da diversidade cultural;
7. Aprofundar uma política de potencialização dos territórios culturais;

8. Ampliar capacidade operacional da Sedac, valorizando e ampliando o quadro de servidores, reestruturando o organograma;

9. Promover a produção e o acesso a bens e serviços culturais por meio de um circuito popular e da projeção da cultura do RS no Brasil, no Mercosul e no Mundo;

10. Fortalecer os museus, a memória e o patrimônio cultural na sua organização, estrutura e fomento; realizar obras do PAC das Cidades Históricas nas instituições da Sedac, ampliar o Museu de Artes do Rio Grande do Sul e concluir o Museu e Sala Sinfônica da Ospa, entre outras;

11. Potencializar a cadeia produtiva do Carnaval;

12. Implementar política de cultura de rede, digital e colaborativa em todo o Estado, potencializando o software livre;

13. Ampliar políticas transversais  especialmente com um Programa de Cultura e Educação interligando pontos, escolas, mapa digital da cultura etc.;

Agora é...
Dilma Presidenta!
Tarso Governador!
Olívio Senador!