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quinta-feira, 5 de junho de 2014

REVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO COM OS JOVENS?

Após uma semana de agenda lotada e muito produtiva com o Seminário Internacional de Educação, na noite de segunda, tarde e manhas de terça e quarta, promovido pela SEDUC, cujo temática geral foi a Educação e a Juventude nos dias atuais, que só me trouxe mais confirmações sobre duas suspeitas metodológicas e sociais. E em meio a Conselhos de Classe (terça à noite turma 2N1, quarta à noite turma 2N2, quinta pela manhã turmas 3M1, 3M2 e 2M4 - faltando os demais até a semana que vem), em Cujos Conselhos de Classe Participativos da nossa Escola Olindo Flores, a qual realiza tal modalidade de conselho desde 2007 por iniciativa própria e deliberação dos professores e da comunidade escolar, paro para pensar no que tenho visto, escutado observado e compartilhado com colegas e alunos e nos sinais e indícios novos que tenho observado, me dou por conta de que as GRANDES MUDANÇAS JÁ ESTÃO DANDO NOVOS FRUTOS. Estas mudanças para mim são provocadas tanto por medidas atabalhoadas e mal dosadas, quanto pelos grandes impactos de fenômenos tecnológicos ligados às TICs - Tecnologias de Informação e Comunicação. Soma-se a isso os impactos, econômicos, políticos e sociais das mudanças no Brasil dos últimos 12 anos o que envolve mais investimentos em educação em todos os níveis, mais envolvimento dos educadores, o estabelecimento de novas diretrizes educacionais e ainda um conjunto de políticas que passam por livros didáticos no ensino médio, merenda escolar, políticas de ensino de ciências que - para mim - tem sido combinadas com  quase imensuráveis impactos das TICs nas estruturas reflexivas, cognitivas, comunicativas e da sensibilidade dos jovens. Eu vejo a grande mudança que minha esperança e fé no processo educacional vislumbrava para os próximos dez anos já se enunciando. Jovens mais autoconscientes, com formulações próprias, com perspectivas mais críticas  e também surpreendentes, com muitas informações precisas e com certa capacidade de posicionamento e interpretação nitidamente mais precisas e menos confusas, mais seguras e menos vacilantes e com tranquilidade nas diferenças, aceitando contradições, posições diversas e com mais compreensão mútua e coletiva. Olha bem, isso não é generalizado, mas eu não tenho a menor dúvida de que é já uma tendência muito clara tanto dos jovens que falam e apresentam observações quanto daqueles que consentem ou dissentem. Falando a partir do meu lugar eu diria que os jovens estão ficando mais analíticos e mais sensíveis em linhas gerais sobre muitos assuntos e que está ocorrendo uma espécie de surto de auto-avaliação rigorosa e compreensiva nestas novas gerações. Mesmo o tema bobinho e sutil do celular em sala de aula permite se abordar, por exemplo, tanto a dependência homem-máquina ou esta espécie de dialética do senhor e do escravo - o que havia já tratado no ano passado - que parecia que os homens ou jovens passavam a ser manipulados pelos equipamentos e não ao contrário, então havendo ai aquela dialética ás avessas para os obsessivos, viciados ou compulsivos na relação com estes aparelhos, quanto o tema mais preciso de certa honestidade dos jovens e das pessoas com os outros, consigo mesmas e com suas vidas. Sei que a oferta de sentido dos educadores sofre críticas, mudanças. Que os comandos e ordens tem sido abalados, mas me parece muito importante tratar dessa INTERAÇÃO ENTRE ALUNOS E EDUCADORES como um processo em que é preciso apostar nele reciprocamente, com responsabilidade, envolvimento e honestidade de mabas as partes. E entender enfim que este processo tem mesmo pro objetivo a mudança, a intensa mudança e aquisição por formação, descoberta e investimento na experiência de suas HABILIDADES, aquisição de CONHECIMENTO, avaliação de INFORMAÇÕES e depuração de OPINIÕES. E muito me atrai a perspectiva de que nesse jogo, nessa aposta de uns em outros, dos professores nos alunos, dos alunos nos professores e dos alunos sobre si mesmos, está em jogo também questões não somente de verdade, mas também de justiça, sociabilidade, eticidade e cuidado do outro. A MUDANÇA que estamos protagonizando juntos me parece ser muito mais significativa e intensa portanto. E há que se observar então o que se busca na escola, o que se procura na escola e como se faz isso. O que vale para os alunos que precisam ou que podem descobrir que precisam dela e também para os educadores que precisam ver outros aspectos também para calibrar seu engajamento nestes processos. Eu disse hoje pela manhã que tenho milhões de ideias e percepções para compartilhar e debater sobre isto. Penso que precisamos todos escrever sobre isto e ir conferindo e medindo os sentidos e as aproximações sem medos, compreendendo que o que ocorre hoje é realmente da ordem do EXTRAORDINÁRIO. Ainda que sejam sinais sutis e muitos mitigados por sofrimento e condições individuais que não são favoráveis a todos, nem confortáveis a todos. Mas vamos lá, vamos encarar isso...penso que está valendo a pena e muito... 

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